Você está na página 1de 10

Limnologia

Estudo Dirigido 1

Grupo: Daniel Oliveira, Allan Britis, Nathalia Souza e Vilson Franco.

1. A bacia do rio Uberabinha compreende uma área de grande importância


econômica para o estado de Minas Gerais, com intensa urbanização e
desenvolvimento industrial e agrícola. Em função dessas características, há
grande diversidade de impactos antrópicos que comprometem a qualidade
das águas do rio e de seus afluentes. Faça uma pesquisa bibliográfica sobre
artigos científicos que abordem estudos sobre avaliação de impactos e/ou
qualidade ambiental dessa bacia e apresente as principais conclusões de dois
artigos. Indique a referência completa dos artigos, segundo as normas da
ABNT.

Desenvolvimento: As modificações inseridas pelo homem ao meio-ambiente


alteram o equilíbrio de uma natureza que opera de forma dinâmica, e apresenta,
quase sempre, movimentações harmoniosas em evolução estável e contínua.
Mesmo que a legislação ambiental brasileira seja uma das mais avançadas no
mundo, conforme Silva e Zaidan (2007), a sociedade do país é desigual,
favorecendo uma minoria comercialmente, e culturalmente formada, para utilizar os
recursos naturais ao máximo, sem se preocupar com a sua conservação.

A região dos Cerrados quase não era utilizada para o desenvolvimento de


atividades agrícolas, em função das condições climáticas e pedológicas desta
região, pouco favoráveis à agricultura, porém houve um estudo deliberado em
décadas sobre o trabalho químico nesses solos, favorecendo, hoje, um uso
gigantesco para fins na agricultura. As superfícies de chapada inseridas neste
domínio morfoclimático, contexto em que se insere a bacia do rio Uberabinha, eram
inicialmente consideradas áreas de baixa aptidão para esse tipo de atividade, em
decorrência da baixa fertilidade natural de seus solos, sendo ocupadas inicialmente
por pecuária extensiva e reflorestamentos

A bacia hidrográfica do Uberabinha, principalmente a partir da década de 70, vem


passando por profundas alterações decorrentes dos processos de uso e ocupação
do meio físico que, na maioria das vezes, não são realizados de maneira adequada,
sendo possível verificar atualmente intensas mudanças nesse meio, resultantes de,
diversos impactos ambientais causados por uma variedade de ações de origem
humana.

Uma dessas ações, comumente verificada na região, consiste na assimilação


gradativa de APPs (Áreas de Preservação Permanente), seja para o
desenvolvimento de atividades agropecuárias, extração de argila refratária e até
mesmo constituição de estradas na zona rural. Entre as principais alterações no
meio físico da bacia do rio Uberabinha, também encontram-se aquelas resultantes
da ocupação de covoais, cuja finalidade é aumentar áreas produtivas,
principalmente para o uso de atividades agropastoris, fazendo supressão de áreas
úmidas.

Outro impacto proveniente da criação de drenos que pode ser verificado consiste na
incidência de feições erosivas, a exemplo da voçoroca existente em uma porção em
área úmida da margem direita do córrego Beija Flor, afluente do rio Uberabinha. A
preservação das áreas hidromórficas da bacia do rio Uberabinha é fundamental
para o abastecimento de toda população urbana de Uberlândia e para a
manutenção do regime hídrico.

A degradação ambiental e da água é evidente e o rio não tem capacidade de


autodepuração, pois essa degradação é transferida até os pontos à jusante onde a
comunidade bentônica ainda é composta por organismos muito tolerantes à
poluição. Mesmo que, de modo geral, os pontos à montante e os afluentes
localizados à jusante da cidade tenham mostrado uma melhor qualidade e maior
estruturação da comunidade bentônica, a fiscalização das propriedades rurais e a
qualificação de suas áreas de proteção se faz necessária para que os afluentes
localizados dentro dessas propriedades sejam restaurados ou preservados.

É necessário que os órgãos governamentais responsáveis por regulamentar e


fiscalizar a forma de uso e de ocupação dos solos atuem de maneira mais incisiva,
no sentido de impedir a incorporação de APPs (Áreas de Preservação Permanente)
ao processo de produção agropecuário e assim, promover o manejo dos recursos
naturais conforme as potencialidades de seu ambiente ecológico.

Referências:

BORGES, Fabiano Alves; BORGES, Raffaella Fernandes; NISHIYAMA, Luiz; CAMPOS,


Eduardo Humberto. Impactos Ambientais em Áreas de Preservação Permanente da
Bacia do Rio Uberabinha - MG. 2007. 10 f. Monografia (Especialização) - Curso de
Geografia, Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia,
2007. Cap. 1.
CAMELO, Flávio Roque Bernardes. Avaliação da qualidade ambiental da Bacia do Rio
Uberabinha através de um índice BMWP adaptado. 2013. 61 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Biologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia, 2013. Cap. 10.

SILVA. J. X.; ZAIDAN, R. T. Geoprocessamento & análise ambiental. Rio de Janeiro:


Bertrand Brasil, 2004. 368 p.

2. Espécies invasoras podem trazer diferentes impactos negativos para


ecossistemas aquáticos continentais. Em nossa região já foram registradas
algumas espécies de invertebrados invasores, incluindo os bivalves Limnoperna
fortunei e Corbicula fluminea e o gastrópode Melanoides tuberculata. Consultando
referencial bibliográfico científico (artigos, teses, dissertações e livros) indique
para cada uma dessas espécies a região de ocorrência nativa, a distribuição atual
(ou mais recente) das espécies no Brasil e os potenciais impactos que esses
organismos podem causar. Indique as referências bibliográficas utilizadas segundo
as normas ABNT.

Desenvolvimento: Para melhor compreensão e discussão de cada caso,


separaremos em tópicos, procurando aprofundar e discorrer sobre as questões que
se enquadram nas espécies separadamente.

Limnoperna fortunei: No “Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento


do Mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) no Brasil”. tem-se um estudo
desenvolvido sobre o caso de origem, áreas de invasão e cronologia dessa espécie.
Acredita-se que a distribuição nativa de L. fortunei provavelmente era restrita à
Bacia do Rio Pearly, na China (XU, 2015; MORTON, 1973). Na China, a partir da
Bacia do Rio Pearly, o mexilhão-dourado foi transferido por navios durante as
décadas de 1960 e 1970 para os estuários de rios nas regiões de Fujiang e
Zhejiang, assim como do Rio Yangtze (XU, 2015). O mesmo autor comenta que
após 1980 a espécie expandiu sua distribuição geográfica para as bacias do Rio
Huaihe, Amarelo e Haihe; para Tianjin, uma cidade no Mar de Bohai, no norte da
China, e áreas em torno de Pequim. A cronologia da invasão na América do Sul
encontra-se detalhadamente descrita em Darrigran e Mansur (2009), quanto ao
período de 1998 a 2004, e Oliveira et al. (2015) até o ano de 2015. De forma
resumida, na América do Sul a espécie foi inicialmente introduzida na Argentina, no
início da década de 1990 (DARRIGRAN; PASTORINO, 1995), sendo que o primeiro
registro foi observado no Balneário Blagliardi, no estuário do Rio La Plata.

Por meio de compilação bibliográfica e da base de dados do Centro de


Bioengenharia de Espécies Invasoras de Hidrelétricas (CBEIH), até o momento
foram encontrados registros do mexilhão-dourado em 50 reservatórios, sendo 7
distribuídos ao longo do trecho do Alto Rio Jacuí (RS), 1 no Rio Canoas (SC), 1 no
Rio Pelotas (SC/RS), 3 no Rio Uruguai (SC/RS), 5 no Rio Iguaçu (PR), 2 no Rio
Jordão (PR), 1 no Tibagi (PR), 7 no Paranapanema (SP/PR), 6 no Tietê (SP), 4 no
Paraná (PR, SP/MS, MS/SP e SP), 9 no Grande (sete em SP/MG e um em MG), 2
no Paranaíba (MG), 1 no Rio Claro (GO) e 1 no Rio São Francisco (BA).

Impactos ambientais das populações invasoras do mexilhão-dourado foram


documentados na literatura sobre diferentes componentes da biota aquática, bem
como os habitats de água doce. Boltovskoy et al. (2015b) revelaram por meio de
experimentos laboratoriais e de uma série de dados de campo de longo prazo que
populações do mexilhão-dourado diminuem as concentrações de matéria orgânica
particulada na coluna d’água e elevam os teores de amônia, nitrato e fosfato,
acarretando aumento da relação fósforo/nitrogênio. Também causam aumento da
transparência da água, diminuição do séston, do fitoplâncton e da produtividade
primária. De acordo com Karatayev et al. (2015), o mexilhão-dourado afeta o ciclo
de nutrientes no ambiente aquático clarificando a coluna d’água.

De acordo com Darrigran e Damborenea (2011), L. fortunei é considerada uma


espécie engenheira devido às seguintes alterações estruturais, que podem causar
no ecossistema, em função de sua elevada capacidade de filtração: clarificar o
corpo d’água, acarretando aumento da penetração da luz, crescimento de
macrófitas aquáticas submersas e alterações na comunidade planctônica;
intensificar a ciclagem de nutrientes, produzindo grandes quantidades de material
orgânico liberado por fezes e pseudofezes, liberando-os para a coluna d´água,
sendo, posteriormente, sedimentado ao fundo do corpo hídrico, ofertando, assim,
habitat e recurso alimentar para organismos bentônicos escavadores (infauna).
Também citam as alterações estruturais em função dos aglomerados de conchas,
devido à maior disponibilidade de substrato duro e aumento da complexidade de
substrato, aumentando a fauna móvel e diminuindo a epifauna endêmica;
diminuição do fluxo da água devido ao acúmulo de conchas. Ainda em relação à
produção de aglomerados, os autores mostram impactos potenciais como aumento
dos peixes onívoros, competição com bivalves nativos e degradação de raízes de
junco (Juncaceae).

Pensando em vieses econômicos, os impactos de ordem econômica afetam


sobretudo o setor elétrico, por causa da danificação de equipamentos e redução de
eficiência da geração. Entre outros setores afetados, podemos citar a pesca, a
navegação, a piscicultura e a captação e tratamento de água.

Corbicula fluminea: Bivalves são um dos grupos faunísticos de maior potencial


invasor em ecossistemas de água doce sendo a amêijoa Asiática Corbicula fluminea
um exemplo dessas espécies. Existem vários impactos econômicos e ecológicos
associados a esta espécie. A amêijoa-asiática (nome científico: Corbicula fluminea
(Müller, 1774), família: Corbiculidae) é uma espécÉ uma espécie originária de climas
tropicais e subtropicais, sua distribuição nativa é bem ampla, do oeste da África ao
sudeste da Ásia. Foi inicialmente descrita a partir de espécimes da Índia, mas
análises filogenéticas sugerem uma origem africana. É encontrada como espécie
invasora em todo o cinturão intertropical do globo, nas três Américas, Europa e
Oceania. Mesmo na sua distribuição nativa africana, são encontradas populações
invasoras de outras localidades. É uma das espécies com maior capacidade de
bioinvasão, como veremos adiante. No Brasil, já foram detectados em 19 estados,
além do Distrito Federal. O primeiro registro é de 1967, em Santos (SP), e
acredita-se que estes tenham sido animais liberados na natureza por aquaristas,
semelhante ao que ocorreu nos EUA.ie nativa da Ásia (incluindo a China, o
Vietname e o Laos, entre outros países), Oceânia e África.

Na América do Sul, a espécie foi introduzida simultaneamente no rio La Plata entre


a Argentina e o Uruguai e no rio Jacuí no sul do Brasil nos anos 1970. Atualmente,
menos de 50 anos depois, ela é encontrada tão ao norte quanto a Colômbia e para
o sul até a Patagônia. Muito possivelmente através do transporte acidental no casco
de barcos (enredada em macrófitas ou algas).

Esta amêijoa provoca grandes impactos ecológicos e econômicos. Desde logo, os


impactos ecológicos resultam da sua elevada taxa de filtração, pois diminui as
partículas na coluna de água e assim aumenta a penetração da luz. Essas
mudanças, no que lhe concerne, deixam de limitar a vegetação que está submersa.
Pode igualmente modificar a comunidade de organismos aquáticos como os macro
e epibentos, devido à presença de conchas, e influenciar os predadores que a
consomem. Patos e outras aves, tartarugas de água doce, lagostins e alguns peixes
são animais que se alimentam da amêijoa asiática, mantendo assim uma relação de
consumo.

Melanoides tuberculata: É uma espécie originária de climas tropicais e


subtropicais, sua distribuição nativa é bem ampla, do oeste da África ao sudeste da
Ásia. Foi inicialmente descrita a partir de espécimes da Índia, mas análises
filogenéticas sugerem uma origem africana. É encontrada como espécie invasora
em todo o cinturão intertropical do globo, nas três Américas, Europa e Oceania.
Mesmo na sua distribuição nativa africana, são encontradas populações invasoras
de outras localidades. É uma das espécies com maior capacidade de invasão, como
veremos adiante.

No Brasil, já foram detectados em 19 estados, além do Distrito Federal. O primeiro


registro é de 1967 (VAZ et al. 1986), em Santos (SP), e acredita-se que esses
tenham sido animais liberados na natureza por aquaristas, semelhante ao que
ocorreu nos Estados Unidos. Atualmente encontra-se desde o alto Paraná e
Pantanal até os afluentes da Bacia Amazônica (SIMONE, 1999). Em Ribeirão Preto
no início da década de 1980 já havia registro dessa espécie na cidade (VAZ et al.
1986). Portanto, apesar da baixa densidade registrada no presente estudo essa
espécie encontra-se bem estabelecida nessa região.
Além da provável possível diminuição da diversidade da fauna bentônica como
consequência da competição com as espécies invasoras registradas nos estudos, a
ocorrência da espécie de Melanoides tuberculata nos cursos de água é também um
motivo de preocupação, por essa espécie ser um hospedeiro intermediário de vários
trematódeos, alguns dos quais parasitam o homem (VAZ et. al 1986).

Efeitos de herbivoria e a predação também têm sido mais estudados, mas não são
os únicos fatores gerados pela interação – somam-se riscos de hibridação entre
espécies relacionadas, competição por locais de nidificação e alimento, além de
introdução de patologias. Tais efeitos podem fragilizar as espécies nativas,
tornando-as vulneráveis a outros impactos, como a poluição química, fragmentação
dos habitats e sobre-exploração pesqueira (Rocha, 2003).

Referências:

Darrigran G, Mansur MCD (2009) Introdução e dispersão do Limnoperna fortunei. In:


Darrigran G, Damborenea C (ed) Introdução à Biologia das Invasões. O mexilhão
dourado na América do Sul: biologia, dispersão, impacto, prevenção e controle.
Cubo Editora. São Carlos, Brasil, p. 89-109.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Plano


nacional de prevenção, controle e monitoramento do mexilhão-dourado
(Limoneperna fortunei) no Brasil / Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e
Florestas. – Brasília, DF: IBAMA, 2020. 150 p. : il. ; color.

GABRIEL, R.S.G.P., Monitorização e Controlo da Amêijoa Asiática, Corbicula


fluminea (Müller, 1774): Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra, Portugal, 2011.

LUCCA, Gisele Maria de; KAMADA, Marcela del Lama; LUCCA, José Valdecir de.
OCORRÊNCIA DE CORBICULA FLUMINEA E MELANOIDES TUBERCULATA
(MOLUSCOS EXÓTICOS) NO CÓRREGO RETIRO SAUDOSO, RIBEIRÃO PRETO - S.
2011. 10 f. Monografia (Especialização) - Curso de Ciências Biológicas, Instituto de
Biologia, Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, 2012. Cap. 1.

MARCHESE, M.R., SANTOS, M.R., LIMA, J.D.S. and PAMPLIN, P.A.Z., 2015. First
record of introduced species Lumbriculus variegatus Müller, 1774 (Lumbriculidae,
Clitellata) in Brazil. BioInvasions Records, vol. 4, no. 2, pp. 81-85.
http://dx.doi.org/10.3391/bir.2015.4.2.02

MINCHIN, D., Corbicula fluminea, 2008.


Morton, B (1973) Some aspects of the Biology and functional morphology of the
feeding and digestion of Limnoperna fortunei (Dunker) (Bivalvia: Mytilacea)
Malacologia, 12: 265-281

Santos, A.I., Calafate, L., (2018) Amêijoa-asiática, Rev. Ciência Elem., V6(1):027.

VAZ, JF., TELES, HMS., CORREA, MA. and LEITE, SPS., 1986., Ocorrência no Brasil de
Thiara (Melanoides) tuberculata (O.F. Müller, 1774) (Gastropoda, Prosobranchia),
primeiro hospedeiro intermediário de Clonorchis sinensis, Revista de Saúde Pública,
vol. 20, no. 4, p. 318-322. PMid:3554478.

Xu M, Wang Z, Zhao N, Pan B (2015) Growth, reproduction, and attachment of the


golden mussel (Limnoperna fortunei) in water diversion projects. Acta Ecologica
Sinica, 35(4), 70-75

3. Os dados de abundância de macroinvertebrados bentônicos abaixo foram


obtidos em trechos de três riachos localizados em um município hipotético. O
riacho 1 está localizado na área urbana do município e os riachos 2 e 3 na área
rural. A vegetação marginal do riacho 2 foi substituída por pastagem, enquanto a
vegetação do riacho 3 foi mantida praticamente intacta.

Grupos taxonômicos Riacho 1 Riacho 2 Riacho 3

Plecoptera 0 3 7

Ephemeroptera 2 10 28

Trichoptera 3 9 15

Megaloptera 0 1 3
Diptera - Chironomidae 230 62 48

Diptera - Simuliidae 10 15 20

Odonata 5 13 22

Coleoptera - Elmidae 0 15 12

Gastropoda 2 3 0

Amphipoda 0 5 6

Oligochaeta 72 6 2

Calcule o índice biótico para cada trecho dos riachos e avalie sua qualidade
ambiental, considerando que valores maiores de índices bióticos indicam melhor
qualidade ambiental. Para calcular o índice biótico multiplique a abundância de
organismos de cada táxon pelo seu valor biótico (quadro abaixo). Some os
resultados de todas as multiplicações e divida o total por 10. O valor obtido
representa o índice biótico. Compare os valores dos índices bióticos e discuta as
possíveis causas dos resultados obtidos.

Valor biótico de diferentes grupos de macroinvertebrados bentônicos


Grupo Valor biótico Grupo Valor biótico

Plecoptera 10 Simuliidae 6

Ephemeroptera 10 Heteroptera 6

Megaloptera 10 Lepidoptera 6

Trichoptera 10 Gastropoda 4

Elmidae 10 Hirudinea 2

Psephenidae 10 Chironomidae 1

Amphipoda 8 Oligochaeta 0

Bivalvia 8

Odonata 6

Os resultados encontrados após o cálculo do índice biótico foram:

Índice Biótico
Riacho 1 Riacho 2 Riacho 3

37,8 66,2 99,8

Avaliando os grupos taxonômicos presentes em cada um dos três ambientes,


observa-se que no Riacho 1 apresenta menor qualidade devido a menor presença
(em proporção) dos principais grupos taxonômicos indicadores de não poluição que
são as Plecoptera, Ephemeroptera e a Trichoptera. Além disso, no Riacho 1
apresenta uma maior proporção de grupos taxonômicos que são tolerantes à
poluição como o Chironomidae e a Oligochaeta. Isso pode ser explicado devido a
presença do riacho na área urbana, apresentando maior exposição de efluentes
domésticos e industriais, além de apresentar menor área com vegetação ao redor o
que facilita a entrada de sedimentos, aumentando a turbidez e consequentemente
diminuindo a capacidade de fotossíntese do meio.

Já o Riacho 2 apresenta proporções mais elevadas dos grupos taxonômicos


Plecoptera, Ephemeroptera e Trichoptera. Ela também apresenta menor proporção
de Chironomidae e a Oligochaeta, indicando que o ambiente está menos poluído que
no Riacho 1. Entretanto, esses valores do Riacho 2 são bem inferiores ao Riacho 3
em comparação aos grupos taxonômicos Plecoptera, Ephemeroptera e Trichoptera.
O Riacho 3 também apresenta valores inferiores aos grupos Chironomidae e a
Oligochaeta. Isso ocorre devido a preservação da vegetação densa ao redor que
preserva e mantém a qualidade da água presente na sua jusante.

Você também pode gostar