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RECURSOS HÍDRICOS: MULTIPLOS USOS E SEUS IMPACTOS

AMBIENTAIS NO MUNICÍPIO DE LUCRÉCIA/RN

Adriana Maria Alves

INTRODUÇÃO

A escassez hídrica na região nordeste do Brasil, constitui uma grande barreira para o
desenvolvimento sócio econômico. Visando amenizar os problemas acarretados pela seca, a
construção de açudes se tornou uma das mais importantes iniciativas para garantir água para a
população. Outra alternativa é a perfuração de poços, todavia, é necessário que esteja dentro
dos mecanismos legais e normativos e que o uso seja controlado. Os mesmos podem gerar
impactos, seja por problemas associados à superexploração, pela retirada sem controle,
fazendo com que a extração seja superior à recarga ou pela contaminação que muitas vezes
leva à degradação irreversível da qualidade das águas (HIRATA, 1993).
A construção dos reservatórios (açudes) causa impactos ambientais que implicam em
alterações da fauna, da flora, desmatamento da área, degradação e erosão dos solos, alteração
do clima e dos costumes da sociedade local, entre outros. Esses reservatórios foram
construídos para distintas finalidades, tais como: recreação, irrigação, produção de energia
elétrica, abastecimento das populações e produção pesqueira.
Os açudes são de grande importância para a região, contudo é um recurso
extremamente limitante, pois são constantemente ameaçados pelas ações impróprias do ser
humano, tais como deposição de lixos, lançamento de efluentes domésticos não tratados e
descarte de resíduos de agrotóxicos, prejudicando a qualidade da água, o que acaba resultando
em prejuízo para a própria humanidade.
Inserido em tal contexto, tem-se o açude no município de Lucrécia/RN, o qual foi
construído nas terras que pertenciam por direito de posse a uma mulher negra, chamada
Lucrécia, que residia nas proximidades do Riacho Pé de Serra e o Rio Mineiro vivendo da
lavoura. No Governo Getúlio Vargas em 1930, começou a construção do açude, ocupando
cerca de 2.500 homens, finalizando em 1934 e sendo entregue ao poder público em 1939.
Com a construção do açude, foi se formando o povoado, o qual ganhou o nome de Lucrécia
por razão de sua primeira habitante (CÂMARA CASCUDO, 1984).
O Açude Lucrécia, construído com a finalidade de abastecimento humano e irrigação
(DNOCS, 2015), vem sofrendo mudanças impulsionadas pelo seu baixo nível de água, e
principalmente por atividades antrópicas, como por exemplo, desmatamento de matas ciliares,
práticas agrícolas dentro do seu perímetro, assoreamento, poluição, dentre outras (PMSB,
2019).
Nesse contexto, alternativas tecnológicas e educacionais devem ser desenvolvidas
para sensibilizar e conscientizar a população a respeito dos problemas relacionados ao meio
ambiente e, em especial, a água, para garantir que esse recurso tão precioso seja melhor
utilizado, podendo garantir água de qualidade para a nossa geração e para as futuras. Dessa
forma, a percepção ambiental pode ser utilizada como instrumento para se identificar como
acontece a relação entre o homem e a natureza, bem como, compreender o grau de
conscientização do mesmo quanto à problemática ambiental (MACEDO, 2005).
Diante da necessidade de se compreender como algumas comunidades agem perante
ao meio ambiente em que vivem, este estudo tem como objetivo principal abordar os impactos
ambientais decorrentes das atividades antrópicas que utilizam dos recursos hídricos,
procurando perceber a concepção ambiental, seus usos, as consequências da escassez hídrica e
interferências antrópicas, como também qual a importância desses recursos para a população
do município.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo

O Açude Lucrécia está localizado à 500 m ao sul da cidade de Lucrécia, no Estado


do Rio Grande do Norte (Brasil), na mesorregião Oeste Potiguar e na microrregião Umarizal,
limitando-se com os municípios de Umarizal, Martins, Frutuoso Gomes e Almino Afonso,
abrangendo o município, uma área de 31 km². De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2019), no ano 2018 sua população era estimada em 3 966
habitantes.
O relevo do município está inserido na Depressão Sertaneja, formada por terrenos de
transição entre o Planalto da Borborema e a Chapada do Apodi, com formações rochosas
metamórficas do embasamento cristalino, originárias do período Pré-Cambriano superior.
Predomina o solo podzolítico vermelho amarelo equivalente estrófico, típico de áreas com
relevo de suave a ondulado e textura média, além da drenagem acentuada e do alto nível de
fertilidade, sendo classificado como luvissolos. Está inserido no bioma da caatinga, do tipo
hiperxerófila, cujas espécies são predominantemente de pequeno porte, que perdem suas
folhas na estação seca, sendo comum a presença de cactáceas (IBGE, 2018).
Situado na bacia hidrográfica do rio Apodi-Mossoró, o Açude Lucrécia, construído
durante os anos de 1932 a 1934 com a finalidade inicial de abastecimento humano e irrigação,
com capacidade para represar 24,755 milhões de metros cúbicos e volume morto de 1,631
milhões de metros cúbicos, sendo o principal reservatório do município (DNOCS, 2015), ver
Figura 1.

Figura 1: Área de estudo – Açude Lucrécia/RN.

Fonte: Google Earth (2021).

O açude de Lucrécia até o ano de 2015 fornecia o abastecimento de água para a


população de Lucrécia/RN e os municípios de Frutuoso Gomes e Martins, tendo como
empresa responsável pela produção e distribuição de água para consumo humano a
Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN). Atualmente o sistema de
abastecimento de água no município de Lucrécia é mantido pelo Sistema Adutor Alto Oeste,
alimentado pela Adutora Barragem de Santa Cruz, situada em Apodi/RN. No momento a água
do açude é utilizada apenas para fins de dessedentação de animais, irrigação e pesca.

Metodologia

A pesquisa de caráter explorativo, subsidiada pela pesquisa bibliográfica e jornada de


campo, mediante a observação, identificação e registro dos dados levantados, permitindo
assim a compreensão da realidade dos recursos hídricos no uso e manutenção. Por meio desse
embasamento teórico e da jornada de campo pode-se ser efetivada uma análise coerente e
objetiva a respeito dos métodos de utilização da água. A partir dos dados observados, foi
possível entender quais atividades antrópicas estão causando risco ao meio ambiente. Assim,
pode ser efetivada uma análise coerente e objetiva a respeito destas atividades, auxiliando na
proposição de melhorias para utilização da água, de forma consciente, sem prejudicar o meio
ambiente e a saúde da população, buscando a conservação e preservação dos recursos
naturais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O açude de Lucrécia/RN que por muitos anos era ponto turístico da cidade, todos os
anos era comemorado com festa e competições esportivas, visto como um grande tesouro para
cidade e orgulho para os moradores. Eram muitas as utilidades e funções do açude, no
abastecimento, o açude armazenava água no inverno para abastecer a população com água
potável. Servia para irrigação agrícola, garantindo as culturas e plantios, era utilizado também
para a finalidade de lazer, para a prática de esportes, para a pesca e para a criação de animais.
Em 2017, esse cenário mudou, pois todas as funções e utilidades do açude foram
interrompidas devido à escassez hídrica pela primeira vez na sua história, mostrando uma
baixa recuperação nos anos seguintes. A baixa pluviosidade e irregularidade das chuvas,
provocou uma série de prejuízos aos agricultores, como perda de plantações e animais,
principalmente deixando de abastecer a população com água potável.

Figura 2: Açude de Lucrécia/RN.

Fonte: Portal SINRH (2015).

Outro fator preocupante no açude de Lucrécia/RN é o assoreamento do manancial,


que é o acúmulo de areia, solo desprendido de erosões e outros materiais levados até o açude,
reduzindo o volume de água. As principais causas do assoreamento dos cursos d’água foram o
carreamento de sedimentos provenientes da bacia, como consequência do desmatamento que
expõe o solo à erosão; a erosão hídrica das margens dos rios resultante do aumento da
velocidade de escoamento das águas; e o lançamento de resíduos sólidos nos canais, ação que
contribui também para a poluição da água (PMSB, 2019).
Para evitar o assoreamento, cabe a necessidade de recomposição das matas ciliares,
as quais servem de filtro para que este material não se deposite sob a água. Que além de
reduzir o volume de água do reservatório, fica mais pesada e volumosa, turva, o que causa
problemas como a eutrofização, reduz a turbidez e aumenta a presença de sólidos totais.
Inclusive, podendo ocorrer a perda da vegetação subaquática e das condições de habitat para
peixes e outros animais (PENA, 2021).

Figura 3: Matas ciliares do Açude de Lucrécia/RN.

Fonte: Autora (2021)

No entanto, é perceptível que não há vegetação do entorno do açude, ou seja, não há


preservação da mata ciliar, que é aquela que margeia as nascentes e os cursos de água. Essa
vegetação marginal auxilia a manutenção da qualidade da água, promovendo a estabilidade
dos solos, regularização dos ciclos hidrológicos, conservação da biodiversidade e protege os
rios do assoreamento, funcionando como obstáculo aos sedimentos (PMSB, 2019).
Algumas ações habituais têm contribuído para o processo de degradação que está
ocorrendo no entorno do açude, como pode ser observado nas Figuras 04 ,05 e 06, como a
retirada da mata ciliar para alimentação animal, para instalação de chiqueiros, corte de árvores
da mata ciliar para lenha, deposição de lixo às margens do açude.
Figura 04: Animais soltos nas margens do açude. Figura 05: Lenha retirada da vegetação ciliar.

Fonte: Autora (2021). Fonte: Autora (2021)

Figura 06: Lixo descartado nas margens do açude.

Fonte: Autora (2021).

As imagens permitem perceber que as ações humanas interferem diretamente na


qualidade do recurso hídrico. A busca reiterada pelo atendimento de suas necessidades,
contribuíram para aumentar a velocidade do processo de deterioração da qualidade ambiental.
Diante dos impactos que ocorrem a partir da ação humana, algumas medidas devem
ser tomadas, com o intuito de reduzir ou eliminar tais impactos negativos. Para definir tais
medidas, as avaliações devem ser executadas em conjunto, a fim de obter soluções viáveis
para amenizar os danos ambientais. Algumas medidas mitigadoras que podem ser adotadas
para prevenir os impactos negativos (PMSB, 2019).
• Implantar equipe de fiscalização e manutenção preventiva e periódica das estruturas
do sistema de drenagem ou estabelecer programas para desassorear, limpar e manter
desobstruídos os cursos d’água, os canais e as galerias do sistema de drenagem;
• Realizar a revitalização da área de preservação as margens do açude;
• Garantir o manejo adequado do solo pelos agricultores e pecuaristas com
acompanhamento de técnicos e profissionais habilitados;
• Fiscalizar e fazer cumprir as diretrizes das legislações federais (ex: Lei Federal
n°12.651/2012) e estaduais referentes à manutenção das faixas ciliares;
• Medidas de controle para reduzir o lançamento de resíduos sólidos nos corpos
d’água.

A plantação no entorno do açude ou até mesmo dentro do açude no período de


estiagem deve ter atenção quanto a sua prática, uma vez que pode acarretar uma série de
consequências e danos ambientais, tais como: as margens do reservatório são modificados e
assoreados, sendo alteradas pela retirada da mata ciliar, a fauna se refugia para outros locais,
onde há presença de vegetação que fornece abrigo e alimento, os solos perdem a sua
fertilidade, entre outros danos, isso devido ao manejo inadequado do solo e também a
utilização de defensivos químicos.

Figura 7: Práticas agrícolas nas margens do açude.

Fonte: Autora, (2021).

Em um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ano de 2011


foram encontrados despejo de efluentes domésticos pela população e da contaminação
causada por agrotóxicos, demonstrando a presença da contaminação por metais pesados e
cianobactérias tóxicas. Essa contaminação por agrotóxicos se dá através de plantação no
entorno do açude, os quais utilizam defensivos químicos para combater as pragas (GARCIA,
2011).
Na análise química da água do açude foram encontrados Cádmio, Cobre, Zinco,
Chumbo, Cromo, Níquel e Manganês, os quais foram determinados pela espectrometria de
absorção atômica em chama, possibilitando realizar a quantificação dos metais. Além disso,
alguns parâmetros físico-químicos como, turbidez, total de sólidos em suspensão, nitrato,
nitrito, nitrogênio amoniacal também foram analisados por essa mesma instituição (GARCIA,
2011).
O mais preocupante é que os municípios que se utilizavam desse açude apresentam
um histórico de elevada incidência de câncer associada popularmente ao consumo da água do
açude de Lucrécia e também produtos oriundos da pesca e agricultura. Esta região apresenta
prevalência de câncer cerca de três vezes maior, quando comparada a todo o Estado do Rio
Grande do Norte (GARCIA, 2011).
Em 2018 foi necessário realizar uma obra de restauração do açude, então, o Governo
do Estado, por meio do Projeto Governo Cidadão e recursos do acordo de empréstimo com o
Banco Mundial, realizou licitação. O serviço foi realizado nas duas paredes, as quais seria
feito a recomposição do enrocamento de montante em rocha selecionada; retirada de
vegetação com raízes superficiais e profundos; retirada da camada de solo; execução de berma
de estabilização e cercamento; recuperação da tomada d’água; escadaria para movimentação
de pessoas e cercamento (GOVERNO RN,2021).

Figura 8: Parede do açude. Figura 9: Enrocamento na parede do açude.

Fonte: Autora (2021). Fonte: Autora (2021).

A obra foi entregue em março de 2019. Já em 2021, por determinação do Banco


Mundial, o Governo do Estado precisou contratar três especialistas para compor o Painel de
Segurança de Barragens, que deveriam inspecionar o reservatório. O estudo elaborado pelo
Painel de Segurança de Barragens apontou que uma das paredes (maciço) do reservatório está
deformada, e que tal anomalia traz indicativos de instabilidade à estrutura. Os especialistas
recomendaram, que para garantir a segurança da barragem e da população que vive no
entorno do açude, não ultrapasse o volume de 30 %. As equipes da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) e do Instituto de Gestão das Águas do
Estado do Rio Grande do Norte (IGARN), fizeram o monitoramento da barragem e 11
piezômetros foram instalados (RN ,2021).
Seguindo as determinações do Banco Mundial e das normas atuais da Política
Nacional de Segurança de Barragens, o Governo do Estado elaborou um Plano de Ação
Emergencial. Com a prorrogação do acordo de empréstimo com o Banco Mundial até
dezembro de 2022, a atual gestão do Governo assegurou recursos para a realização das obras
necessárias para a garantia da segurança do açude (RN, 2021).
Diante dos impactos suscetíveis resultantes da ação humana, determinadas medidas
devem ser propostas, com a finalidade de reduzir ou eliminar esses impactos negativos.
Devendo identificar as medidas de controle, com o intuito de minimizar, compensar e, até
mesmo, eliminar tais impactos negativos.
O reflorestamento é indicado para as áreas marginais do açude, como forma de
recuperação da mata ciliar e contenção do processo erosivo. Isso porque a presença da
vegetação promove maior infiltração das águas da chuva e protege as margens e a camada
superficial do solo da erosão associada ao escoamento concentrado e ao efeito splash, além de
manter o equilíbrio ecológico (PMSB, 2019).
A limpeza e manutenção são importantes para manter a preservação do ambiente.
Devido à disposição e gerenciamento dos resíduos urbanos de forma inadequada, durante
chuvas de grande magnitude, as áreas de fundo de vale recebem diversas espécies de resíduos
e sedimentos, provenientes do escoamento superficial e das tubulações da rede drenagem.
Para reduzir a magnitude do assoreamento dos cursos d’água é necessário a
recuperação e preservação da mata ciliar. Essa vegetação marginal auxilia a manutenção da
qualidade da água, estabilidade dos solos, regularização dos ciclos hidrológicos, conservação
da biodiversidade e protege do assoreamento, funcionando como obstáculo aos sedimentos.
Para mitigar os danos ambientais, é necessário um bom planejamento, estudos e
conhecimento da comunidade e situação social.
O abastecimento de água na Zona Rural do município é feito através de poços, já que
não há abastecimento feito pela CAERN (Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do
Norte). Existem poços instalados em todas as comunidades rurais e como a água proveniente
dos poços é de boa qualidade físico-química, é dispensado o tratamento convencional . Para
que a água chegue até as residências são construídas caixas de alvenaria interligadas ao poço,
onde a água será aduzida por gravidade.

Figura 10: Perfuração de poço. Figura 11: Perfuração de poço.

Fonte: Google imagens (2022). Fonte: Prefeitura M. de Lucrécia/RN (2021).

A perfuração de poços deve ser feita seguindo as orientações ambientais devendo ser
registrada no órgão competente, no caso do RN junto ao IGARN. Os poços fazem parte da
Política Nacional de Recursos Hídricos, devem seguir os parâmetros estabelecidos. De acordo
com a política nacional de recursos hídricos, perfurar poços para extração de água subterrânea
ou operá-los sem a devida autorização é considerado infração, passível de advertência e multa
(PNRH, 1997).
No entanto, no município de Lucrécia/RN não existe um controle sobre a perfuração
desses poços, alguns foram perfurados através de programas do governo, nas comunidades
rurais e órgãos públicos, mas também existem poços particulares, sendo que não possuem um
registro da quantidade existente. O IGARN (Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio
Grande do Norte), que é o órgão responsável pela outorga de direito de uso de recursos
hídricos, também não existe registro de todos os poços. Sendo o mesmo um dos seis
instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, esse instrumento tem como objetivo
assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos
direitos de acesso aos recursos hídricos. Embora a construção desses poços traga benefícios
para população que vivem em áreas com escassez de recursos hídricos, existem alguns fatores
que interferem na qualidade da água, e consequentemente na preservação desse recurso e do
meio ambiente.

CONCLUSÕES

Este trabalho buscou identificar os impactos ambientais e consequentemente a


vulnerabilidade hídrica do Açude de Lucrécia, fatores estes que podem potencializar os
problemas no reservatório. Isso em virtude da escassez hídrica como também da falta de
manutenção no açude, que não conseguiu manter o seu nível adequado de água vindo a se
esvaziar, em função do uso indevido associado a falta de políticas públicas, desencadeando
assim, impactos negativos no reservatório. Torna-se necessário buscar iniciativas que
diminuam os impactos negativos, visando o desenvolvimento sustentável, para que os
recursos sejam utilizados sem comprometer a sua disponibilidade, com o objetivo de
preservar o meio ambiente.
Portanto, é fundamental diagnosticar a percepção da população, sensibilizando a
importância do reservatório para as pessoas que se beneficiam, fornecendo instrumentos
ambientais para minimizar os impactos decorrentes do uso, como também a implantação de
medidas sustentáveis no período de escassez, tornando-se parte primordial para futuros
projetos de educação ambiental no município.

REFERÊNCIAS

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PENA, Rodolfo F. Alves. "Assoreamento de rios"; Brasil Escola. Disponível em:


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