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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

Tema:

Análise de custos decorrentes do transporte rodoviário de


Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) na Cidade de Maputo

Licenciatura em Engenharia e Gestão de Energias Renováveis e Recursos Petrolíferos

Nome: Ralfo Daniel

Maputo, Abril de 2021


Análise de custos decorrentes do transporte rodoviário
de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) na Cidade de
Maputo

Nome: Ralfo Daniel

LICENCIATURA ENGENHARIA E GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS E


RECURSOS PETROLÍFEROS

FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

Docente: Dr.

Maputo, Maio, 2021


Indice

1.Introdução......................................................................................2
1.2.Objectivo geral..............................................................................2
1.3.Objectivos específicos.....................................................................3
1.4.Justificativa...................................................................................3
1.5.Metodologia..................................................................................4
2.Revisão da literatura......................................................................5
2.1.Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)...................................................5
2.1.1.A importância do uso do GLP......................................................6
2.2.Custo de Transporte Rodoviário.....................................................7
2.2.1.Transportes Rodoviários............................................................8
2.3.Analise dos custos decorrentes no transporte rodoviário do gás
liquefeito de petróleo na cidade de Maputo.........................................10
2.3.1.Custos de Transporte rodoviário de gás liquefeito de petróleo........11
3.Conclusão.................................................................................16
Bibliografia..................................................................................17

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1.Introdução

Com o mercado tornando-se cada vez mais dinâmico e competitivo, as


empresas procuram maneiras de gerenciar seus lucros, diminuir custos e
fidelizar clientes. Para isso, é necessário que os produtos sejam
disponibilizados no mercado de maneira segura, por meio de distribuição e
transporte adequados. Além de um planeamento estratégico de distribuição,
para que o produto seja transportado com eficiência e ofertado ao mercado
de forma competitiva. Segundo Nazário (2000, p. 27), para que o produto
seja competitivo, é indispensável à implantação de um sistema de transporte
eficiente, pois “o custo do transporte é uma parcela considerável do valor
deste produto”. As condições do transporte de mercadorias têm papel
importante no custo logístico, e a maioria das empresas desempenha um
papel fundamental na prestação de serviço ao cliente.

O presente trabalho tem como tema: Análise de custos decorrentes do


transporte rodoviário de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) na Cidade
de Maputo. É importante salientar que o transporte rodoviário de
mercadorias é vital para a permanência de qualquer empresa no mercado. A
partir do mesmo, pode-se ainda destacar a importância do acompanhamento
dos custos dessa cadeia de valor, o que gera vantagens competitivas em
relação aos concorrentes.

1.2.Objectivo geral

Analisar os custos decorrentes do transporte rodoviário de Gás Liquefeito de


Petróleo (GLP) na Cidade de Maputo.

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1.3.Objectivos específicos

1. Descrever o conceito de gás liquefeito de petróleo (GLP) e sua


importância.
2. Identificar os principais tipos de transporte de distribuição de gás
liquefeito de petróleo
3. Conhecer os custos de transporte rodoviário de gás liquefeito de
petróleo.

1.4.Justificativa

Actualmente, as empresas têm buscado vantagens substanciais quanto à


gestão de seus negócios, fazendo-se necessário conhecer certos factores
internos e externos relativos ao seu processo de distribuição de seu produto.
As actividades de fornecimento diário do produto GLP sofrem diversos
contratempos, o que exige muito empenho por parte da empresa para
atender às demandas dos clientes, tendo como recursos para evitar riscos e
falhas no processo de distribuição, a utilização de um meio de transporte
seguro e de qualidade.

A relevância desta pesquisa consiste em compreender os custos decorrentes


do transporte rodoviário de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) na Cidade de
Maputo. A bibliografia levantada a nível nacional mostrou que em
Moçambique existem poucas matérias relacionadas à esta temática, neste
sentido, presume-se que a presente pesquisa possa preencher esta lacuna
existente. Ademais a pesquisa será utilizada como fonte bibliográfica para
estudos posterior nas bibliotecas, Ministério de Transporte e Comunicação,
empresas privadas de transporte de cargas perigosas, etc. As empresas
poderão adoptar medidas de prevenção, para reduzir o desperdício
decorrente do transporte.

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1.5.Metodologia

Segundo Gil (2008) “a metodologia consiste na explicação minuciosa,


detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método
(caminho) do trabalho de pesquisa”. Com isso, nesta secção será descrita os
procedimentos utilizados para a pesquisa, a natureza das fontes utilizadas
para o andamento da mesma, além dos métodos e instrumentos usados
para a colecta dos dados e seu tratamento.

Quanto ao objectivo a pesquisa foi descritiva e bibliográfica. A classificação


dessa pesquisa como descritiva se dá em razão de descrever as principais
características em torno do tema em estudo, assim como utilizar de técnicas
padronizadas para a colecta de dados. Gil (2008) defende que este tipo de
pesquisa tem como objectivo principal a descrição das características de
determinada população ou fenómeno, como também o estabelecimento de
relações entre as variáveis. Mas também pode ser definida como
exploratório, pois procura em sua fase inicial, entender um fenómeno, para
depois, poder explicar suas causas e consequências.

Para o autor, pesquisa bibliográfica consiste na busca de obras de autores


que facilitam na abordagem e esclarecimento do presente tema. Com
relação aos fins, o tipo é descritivo, pois, “[...] têm como objectivo
primordial a descrição das características de determinada população ou
fenómeno ou então, o estabelecimento de relações entre variáveis” ( GIL,
2008).

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2.Revisão da literatura

2.1.Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o Gás Liquefeito de


Petróleo (GLP) é composto por um conjunto de hidrocarbonetos com três ou
quatros átomos de carbono (propano, propeno, butano e buteno) que
apresentam forma isolada ou misturada entre si. A densidade média desse
gás é de 522 kg/ m3 e seu poder calorífico é de 11.300 kcal/kg; ao se

comparar ao petróleo, tem-se 4,487 barris equivalentes por m3 (ANP, 2014).

O GLP é mais conhecido no país como "gás de cozinha", é obtido de duas


formas. A primeira é a decorrente do refino do petróleo. A segunda, em
escala reduzida, acontece a partir do processamento do gás natural. Por ser
o mais leve dos derivados de petróleo, é o último produto comercial
resultante da cadeia de extracção. Antes dele, são produzidos os óleos
combustíveis, a gasolina, o querosene, o diesel e a nafta (ULTRAGAZ, 2016).

Comercializado normalmente em botijas, mas também recarregável em


recipientes específicos, a princípio é apresentado em forma líquida, e torna-
se gasoso em contacto com a pressão atmosférica e com a temperatura do
fogão. É um elemento combustível, que tem a vantagem de ser facilmente
armazenado e transportado a partir do engarrafamento em vasilhames de
pequeno o grande porte, como botijas, cilindros ou tanques (ULTRAGAZ,
2016).

Depois de produzido, o GLP é enviado para as companhias distribuidoras de


gás em caminhões e gasodutos. Nelas, o GLP é engarrafado nas diversas
embalagens, sendo a de 11 e 13 quilos a mais usual, seguindo para as
revendedoras de GLP ou para o consumidor final. Uma característica
marcante do GLP é não possuir cor nem cheiro próprios.

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2.1.1.A importância do uso do GLP

O gás liquefeito de petróleo (GLP) produz um baixo impacto ambiental para


o meio ambiente por inúmeros factores, podendo-se destacar: Não produz
particulado em sua combustão; Baixe emissão de gases do efeito estufa;
Baixa concentração de enxofre; Baixo risco de contaminação de lençol por
estar em estado gasoso; Pode substituir outros combustíveis mais poluentes
como o carvão e a lenha.

O GLP é utilizado em sua maioria como gás de cozinha nas residências.


Entretanto, seu uso em residências vem se diversificando e sua utilização
em outros sectores tem aumentado a cada ano, ganhando mercados
importantes na economia. O GLP é utilizado nas residências para
aquecimento de água do banho, aquecimento de ambientes e como
combustível de churrasqueiras (MOURA, 2012).

No sector público, atende a instituições como hospitais, escolas, creches e


centros comunitários. No mercado agrícola, é usado para a produção vegetal
e animal e em equipamentos diversos como, por exemplo, secadores móveis
de grãos, controle de pragas e queima de ervas daninhas, aquecimento e
esterilização de ambiente de criação de animais. (SINDIGÁS, 2008;
PETROBRAS, 2007).

Além disso, também é empregado em diversos segmentos indústrias como


indústria de cerâmica, vidro, ferro, aço e mineração. Os usos industriais do
GLP incluem: funcionamento de empilhadeiras industriais, fornos para
tratamentos térmicos, combustão directa de fornos para cerâmica, indústria
de vidro, processos têxteis e de papel, secagem de pinturas e gaseificação
de algodão.

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2.2.Custo de Transporte Rodoviário

Para melhor compreendermos os custos de transporte rodoviário iniciamos


esta secção com os conceitos de transporte, transporte rodoviário e
terminando com custo de transporte rodoviário. Assim sendo:

Rodrigues (2005, p. 15) define, transporte como sendo, o deslocamento de


pessoas e cargas de um local para outro. O acto de transportar é comum
desde a antiguidade, quando ainda não havia equipamentos disponíveis
como há actualmente.

Corroborando com o autor acima citado Vieira (2007, p. 13) afirma que,
transporte é basicamente o acto de levar uma mercadoria de um lugar para
outro, mas a necessidade de se transportar está directamente relacionada
com a s actividades de comércio, por isso os transportes devem se
desenvolver com preços acessíveis para melhorar o desenvolvimento de uma
região produtora.

Contudo, pode-se concluir que, o transporte é uma das actividades mais


importantes duma empresa em qualquer ramo de actividade. O transporte é
a actividade logística mais importante porque ela absorve, em média, de um
a dois terços dos custos logísticos.

De acordo com Bowersox e Closs (2001), os principais modais mais


utilizados para se efectuar um transporte são:

1. Rodoviário: transporte pelas rodovias, em caminhões, carretas, entre


outros;
2. Ferroviário: transporta pelas ferrovias, vagões fechados, plataforma,
entre outros;
3. Hidroviário (fluvial ou lacustre): transporte em embarcações,
através de rios, lagos ou lagoas;

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4. Marítimo: transporte em embarcações, pelos mares e oceanos;
5. Aquaviário: abrangem em uma só definição os modais marítimos e
hidroviários;
6. Aéreo: transporte em aviões, através do espaço aéreo.

2.2.1.Transportes Rodoviários

Caixeta Filho e Martins (2001) e Ballou (2008) afirmam que é indiscutível a


vantagem competitiva que o modo rodoviário possui quando a questão é
oferecimento de um serviço porta a porta, uma vez que os demais modos
estão limitados a instalações fixas de trilhos, hidrovias, dutovias e aerovias.

Para o transporte de mercadorias, Viera (2001, p. 63) descreve que ”o


transporte rodoviário é indicado para curtas e médias distâncias, com carga
de maior valor agregado; é utilizado na maior parte dos transportes
realizados no Mercosul”.

Segundo Ballou (2008, p. 127) e Rodrigues (2005, p. 55), as principais


vantagens deste tipo de transporte são:

 Agilidade e rapidez na entrega de mercadorias em percursos


relativamente curtos;
 A unidade de carga chega até a mercadoria, enquanto que em outros
modais a mercadoria deve ir ao encontro da unidade de carga;
 Exigência de embalagens a um custo bem menor;
 A mercadoria pode ser entregue directamente ao cliente sem que este
tenha que ir buscá-la;
 Uma movimentação menor da mercadoria, reduzindo assim, os riscos
de avarias.

Vale citar também que o transporte rodoviário é o que permite maior


flexibilidade e agilidade no acesso às cargas. Permite integrar regiões,

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mesmo as mais afastadas, inclusive o interior do país, quando não há outros
modais disponíveis.

Quanto às desvantagens do transporte rodoviário, temos:

 O custo de fretamento mais expressivo que os demais concorrentes,


com características próximas;
 Sua capacidade de tracção de carga bastante reduzida;
 Os veículos utilizados para tracção com um elevado grau de poluição
ao meio ambiente;
 Em geral, a malha rodoviária não apresenta boas condições de tráfego,
gerando custos às empresas e aos clientes. Posteriormente, esse custo
é repassado ao cliente final. Outros modais apresentam boas
condições, foram privatizadas e têm como incremento a cobrança de
taxa de locomoção.

Outra grande desvantagem é a quantidade excessiva de veículos,


provocando congestionamentos e trazendo transtornos ao trânsito, bem
como a toda população. Esse factor ocasiona no aumento do consumo de
combustíveis, agravando a situação do país que é importador líquido de
petróleo (RODRIGUES, 2005, p.51).

O excesso de veículos tem obrigado o governo a uma contínua construção


de estradas, ou à sua manutenção, com recursos do poder público. Isto faz
com que, além do frete visível, tenha também um alto frete invisível que
recai sobre os contribuintes.

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2.3.Analise dos custos decorrentes no Transporte
Rodoviário do Gás Liquefeito de petróleo na Cidade de
Maputo

Para a realização de serviços ou produção são necessários diversos tipos de


custos, classificados em custos fixos, variáveis, directos e indirectos, além
dos custos relevantes e não relevantes. Bornia (2008) classifica cada um
deles da seguinte forma:

 Custos Fixos: são custos que ocorrem mesmo que não exista nenhum
nível de produção. Ou seja, não alteram com o volume de produção ou
serviços realizados.

 Custos Variáveis: são custos que se adequam ao volume de


produção ou serviços realizados, ou seja, aumentam com o aumento
do nível de actividades da empresa.

A classificação entre custos directos e indirectos é importante para a análise


de custos e muito utilizada pelos métodos de custeio. Entender quais custos
são especificamente do produto ou devem ser rateados para o produto final
é muito importante para o estudo dos custos decorridos em uma empresa ou
desenvolvimento de um produto. Martins (1977) os classifica da seguinte
forma:

 Custos Directos: são custos que podem ser directamente


relacionados aos produtos ou serviços prestados, havendo uma
medida de consumo seja quilogramas, embalagens utilizadas, horas de
mão-de-obra utilizadas.

 Custos Indirectos: são custos que não podem facilmente ser


medidos e rateados, sendo feitos de maneira estimada.

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2.3.1.Custos de Transporte rodoviário de gás liquefeito de
petróleo

Segundo Ghiani, Laporte e Musmanno (2004) os custos de transporte são


fundamentais para a economia actual por possibilitar que a produção e
consumo sejam feitos em locais centenas de quilómetros distantes um do
outro. Como resultado o mercado é mais aberto, estimulando a competição
directa e fazendo com que as empresas explorem economias de escala. O
transporte de cargas é indispensável para o crescimento do país, sendo
responsável pelo escoamento da produção, assim como, da venda de
empresas atacadistas.

Os principais custos de transporte estão relacionados à mão-de-obra,


consumo de combustíveis, depreciação de veículos, manutenção, seguro,
administração e gerência. Os salários e seguros são dependentes do tempo,
o consumo de combustível e manutenção são dependentes da distância
percorrida, enquanto a administração e gerência são geralmente alocadas
como custos fixos. (GHIANI, LAPORTE e MUSMANNO, 2004).

Diante deste cenário verificado, pode-se afirmar que o Gás Liquefeito de


Petróleo (GLP) é um produto que deve ser manuseado ou transportado com
devido cuidado devido sua alta capacidade de formar mistura explosiva com
o ar. O transportador deve Conhecer e identificar os perigos relacionados ao
GLP para estabelecer as medidas de segurança que devem ser adoptadas
em todas as fases do processo, bem como ter a capacidade de fazer uma
boa gestão da frota, já que essa representa a grandeza de uma
transportadora. Pois, é com seus veículos que a empresa obtém receitas,
desenvolve serviços e amplia seus negócios.

No Brasil, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estabelece


disposições aplicáveis ao transporte de produtos perigosos fraccionados em

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quantidades limitadas por unidade de transporte, onde é possível dispensar
algumas exigências previstas pela Legislação (ANP, 2015). No que tange ao
transporte de GLP a quantidade limitada é de 333 kg, sendo considerado o
peso bruto total, ou seja, o peso da tara da botija mais o peso do produto
(GLP). A tara vária de botija para botija, é anotada na alça superior
(colarinho) da botija.

Por exemplo, uma botija tipo P13, se a tara da botija for de 15 kg e o peso
do produto de 13 kg de GLP, então o peso bruto total de cada botija P13
será de 28 kg. Para ser beneficiado pelas isenções previstas na legislação o
veículo deverá ter no máximo 11 (onze) botijas do tipo P13 para não
ultrapassar o limite de 333 kg. Para outros tipos de botijas, deverá ser
levado em conta a respectiva tara da botija e o peso do produto (GLP) nele
envasado.

No transporte em quantidades limitadas dispensam-se as seguintes


exigências: Rótulos de risco e painéis de segurança afixados ao veículo;
Porte de equipamentos de protecção individual e do conjunto de
equipamentos para situações de emergência, excepto extintores de incêndio,
para o veículo e para a carga; Limitações quanto a itinerário,
estacionamento e locais de carga e descarga; Treinamento específico para o
condutor do veículo (Curso MOPP); e Porte de ficha de emergência e de
envelope para transporte.

Cabe lembrar que o(s) extintor(es) de incêndio (01 Extintor de Pó de 8 Kg


ou 02 Extintores de CO2 de 6 Kg cada) ainda continuará(ao) a ser exigido(s)
mesmo na quantidade limitada. Quando não é exigida a ficha de emergência
que é o caso do transporte na quantidade limitada, o expedidor orientado
pelo fabricante deverá informar em uma declaração quais os produtos,
perigosos ou não, devem ser segregados das botijas de GLP levando em
consideração todos os riscos (principais e subsidiários) do mesmo. Essa

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declaração poderá estar no próprio documento fiscal ou num documento a
parte. Na declaração exigida devem constar as incompatibilidades citadas no
campo “aspecto” da Ficha de emergência.

Para ser beneficiado pelas isenções citadas, no documento fiscal deve ser
incluída, no nome apropriado para embarque, uma das expressões:
"quantidade limitada" ou "QUANT. LTDA”, e deve ser informado o peso bruto
total do produto perigoso em quilograma, além da declaração de
responsabilidade do expedidor.

Exemplos de descrição do Produto na quantidade limitada:

1. “ONU 1075 GLP QUANTIDADE LIMITADA 2.1” - PESO BRUTO TOTAL


308 KG;
2. “ONU 1075 GLP QUANT. LTDA. 2.1” - PESO BRUTO TOTAL 308 KG;
3. “GLP QUANTIDADE LIMITADA ONU 1075 2.1” - PESO BRUTO TOTAL
308 KG;
4. “GLP QUANT LTDA ONU 1075 2.1” - PESO BRUTO TOTAL 308 KG

Em Moçambique, o Grupo Galp Energia é responsável pela distribuição em


Moçambique na Petrogal Moçambique, Lda desde 1957. A principal
actividade da Petrogal traduz-se na comercialização e distribuição de
lubrificantes e combustíveis líquidos, e no enchimento, armazenagem,
distribuição e comercialização de GPL, nos segmentos de GPL, Retalho e
Wholesale (Clientes directos e Bancas Marítimas).  

No ano de 2019 e 2020, os munícipes das cidades de Maputo, Matola e


Boane e os residentes dos restantes distritos da província de Maputo tinham
vivido um verdadeiro martírio, devido à escassez de gás de cozinha que se
tinha registado nesta parcela do país. A situação originou longas filas junto
dos estabelecimentos de venda deste combustível.

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Com pouca disponibilidade e muita procura, alguns vendedores de gás
encontram espaço para especularem o preço deste produto, vendendo entre
790 a 800 Mts a garrafa de 11 kg, contra os 695.86 Mts fixados pelo
Governo, em Abril último.

Dos 12 estabelecimentos comerciais visitados pelo Jornal a Carta no ano de


2019 em diferentes bairros da província e cidade de Maputo, como Habel
Jafar (Marracuene), George Dimitrov, 25 de Junho, Aeroporto, Hulene, oito
tinham o gás de cozinha em pouca quantidade e era comercializado a 800
meticais. E Os vendedores ouvidos pela “Carta” foram unânimes em afirmar
que há duas semanas que não têm recebido a mesma quantidade, que têm
comprado, habitualmente.

Por sua vez, Sandra Mulhui, consumidora deste combustível e residente no


bairro do Aeroporto, queixou-se da falta de honestidade por parte de alguns
revendedores. “Durante cinco dias andei à procura de gás por toda a cidade
e não encontrei. O que percebi é que algumas pessoas compram seis a oito
botijas (garrafas) para revenderem nos bairros a preços especulativos. Aqui,
o gás parte de 790 e/ou 800 Mts”, afirmou Mulhui, fazendo referência aos
pequenos revendedores daquele bairro.

Segundo o Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis, Moisés


Paulino, as empresas responsáveis pela distribuição e transporte do gás de
cozinha, nomeadamente a Galp e Petrogás, tiveram alguns problemas de
disponibilidade e que já estão a ser resolvidos, estando neste momento a
redobrar os esforços para repor o ‘’stock’’ nos pontos de venda e que o
mesmo processo está a acontecer de forma gradual.  (Marta Afonso,
2019)

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3.Conclusão

O transporte rodoviário difere-se de outros transporte por possuir maior


mobilidade e percorrer menores distanciais. Neste contexto, analisar os
custos de transporte rodoviário de gás liquefeito de petróleo tem grande
importância para as indústrias petrolíferas e de gás, porque serve para
analisar e avaliar as rotas de curtas distâncias de produtos acabados ou
semi-acabado.

No que refere aos custos de transporte de gás liquefeito de petróleo na


cidade de Maputo, o rodoviário é mais utilizado pelas empresas (GALP E
PETROGAL) para o escoamento de sua produção rodoviária, pois, é o
transporte mais simples e eficiente, porque precisa apenas de uma rodovia,
porem, os veículos utilizados por este tipo de transporte apresentam grande
consumo de combustível, acarretando maiores custos de transporte.

Diante deste cenário, conclui-se para analisar os custos operacionais de uma


transportadora rodoviária de GLP é necessário conhecer as técnicas de
planeamento de custos operacionais da empresa de transporte rodoviário, e
ela está relacionadas na geração de relatórios e informações para o auxílio
na tomada de decisão importantes, como aluguer ou compra da frota, hora
certa de renovar a frota, tipo de veículo a ser utilizado. Todas essas decisões
devem ser tomadas com base em dados operacionais da empresa, demanda
por entregas e os custos operacionais que podem ser afectados.

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Bibliografia

Agência Nacional do Petróleo (ANP-2014), Gás Natural e Bicombustíveis. Gás


de botija (GLP). 10 Orientações para garantir seus direitos e sua
segurança. Programa Gás legal. Brasília.

Agência Nacional do Petróleo (ANP-2015). Associação Brasileira de Normas


Técnicas (ABNT / CB.16). Comité Brasileiro de Transporte e Tráfego -
Produtos Perigosos Serviços Técnicos Especializados. Brasil.

BALLOU, Ronald H. (2008). Gerenciamento da cadeia de suprimentos –


Planeamento, Organização e Logística Empresarial. Porto Alegre –
Bookman.

BORNIA, António C. (2008). Análise Gerencial de Custos. São Paulo:


Atlas.

BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. (2008).


Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística. São Paulo: Elsevier,
2008.

CAIXETA-FILHO, J. V.& MARTINS, R. S. (2001). Gestão logística do


Transporte de Carga. 1ª edição, são Paulo – atlas .

GIL, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª Ed. São


Paulo: Atlas.

GHIANI, Gianpaolo; LAPORT, Gilbert; MUSMANNO, Roberto. (2004).


Introduction to Logistics Systems Planning and Control. Wiley.

MARTINS, Eliseu (1977). Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas.

16
Moura, M, C, A (2012). Novas tendências de consumo de GLP- Gás
Liquefeito de Petróleo no Brasil. Centro Universitário do Instituto Mauá
de Tecnologia. São Caetano do Sul.

NAZÁRIO, Paulo (2000). Logística empresarial: a perspectiva brasileira.


São Paulo-Atlas.

Rodrigues, P. R. A. (2008). Introdução aos Sistemas de Transporte. 3ª


Edição. São Paulo: Aduaneiras.

Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo


(SINDIGÁS, 2008). Gás LP no Brasil. Nova proposta de valor para um
energético abundante. Volume 1/ 2 edição. Rio de Janeiro.

ULTRAGAZ, 2016, Gás de cozinha - gás GLP para a sua residência.


Consulta site: https://www.ultragaz.com.br/UltragazPortal

VIEIRA, Alexandre B. (2009). Mapeamento da exclusão social em


cidades médias: interfaces da Geografia Económica com a Geografia
Política. Tese Doutorado em Geografia – Universidade Estadual Paulista, SP.

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