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Economia da Poluição
Pombal-PB
2022
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1-Introdução
A economia da poluição trata da medida que o meio ambiente fica escasso devido a
atividades antropogênicas, as necessidades de suprimento de funções como supridor da
infraestrutura física das atividades humanas, nos mostra que o meio ambiente precisa ser
“economizado”. Logo, podemos nos voltar para função fossa de resíduos que é desempenhada
pelo meio ambiente, à medida que o entorno natural se torna escasso é relativo às necessidades
de dispersão e assimilação dos resíduos gerados pelas atividades humanas de produção e
consumo.
Com essas três abordagens podemos analisar também alguns instrumentos econômicos
que o Estado utiliza para a implementação destas duas políticas ˗ Principio Poluidor-Pagador
(PPP) e Certificados Negociáveis de Poluição (CNPs).
2- Solução Pigouviana
Segundo Andrade (2008) a parte mais valiosa da teoria ambiental neoclássica, tem como
alma a teoria do bem-estar (welfare economics) e dos bens públicos, que foi proposta por Pigou
no início do século XX. Ela tem foco o meio ambiente – um bem público – no cargo de receptor
de rejeitos, considerando a poluição como uma externalidade negativa.
é um custo social, logo é uma externalidade negativa, que resulta do fato de um agente
econômico, devido a sua atividade gerar custos, aos quais os agentes terão de arcar. Por
exemplo: uma indústria qualquer que em sua atividade produtiva emite através de sua chaminé
partículas inaláveis como dióxido de enxofre, irá gerar custos sociais a toda população
circunvizinha desta indústria.
Pigou afirma, que a correção dessa externalidade negativa deve ser executada mediante
a imposição aplicada pelo Estado, através de tributos, incidente por cada unidade produzida,
igual à diferença entre o custo marginal privado e o custo marginal social.
Feito essa análise do gráfico o Estado, por meio da sua autoridade ambiental, deverá
impor um tributo por unidade produzida igual ao valor da externalidade causada. A curva de
custo marginal privado é corrigida e desta forma teremos uma nova curva de oferta que refletira
nos custos marginais privado (CMgP) mais o custo marginal social (CMgS), assim, o resultado
é o aumento do preço do produto para os consumidores e a diminuição da quantidade
transacionada no mercado.
• No ponto B= (x’, pd) os consumidores pagam um preço equitativo pelo produto, de tal
maneira a cobrir todos os custos que a sociedade realmente tem.
Com isso a quantidade transacionada no mercado diminuirá, o que materializa uma menor
pressão no meio ambiente, também podemos notar que no novo ponto de equilíbrio, o preço é
igual é igual ao CMgP + CMgS, o que implica que os demais mercados estão ajustados.
O estudo da economia auxilia na tarefa que tem suas escolhas entre opções para designar
o custo e/ou o benefício de certa opção e justificar a decisão de proteção ambiental para a
sociedade. Uma Análise Custo Efetividade (ACE) determina a eficiência relativa de diferentes
projetos na obtenção do mesmo produto, ou ajuda a determinar as melhores alternativas para
atingir os mesmos objetivos da iniciativa. Envolve determinar os benefícios e os requisitos de
alocação de recursos de abordagens alternativas para atingir um objetivo específico. Os
resultados são geralmente expressos como uma relação custo-efetividade (R$/E). A opção com
menor custo por unidade de efetividade é a mais eficiente (LIBRARY, 2022).
A ACE trata-se de uma segunda abordagem que visa combater a degradação ocasionada
ao meio ambiente pela poluição, logo, busca alternativas para diminuir a poluição,
estabelecendo metas sociais com o menor custo. Vale destacar que essa abordagem tem
substituído a politica de comando e controle em países desenvolvidos na medida que é possível
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utiliza-la.
A operacionalização dessa política ambiental ACE pode ser implementada por meio de
2 instrumentos econômicos de incentivo aos agentes, os quais são: a cobrança pelo despejo de
efluentes no meio ambiente (PPP) e/ou estabelecimento CNPs- Certificados Negociáveis de
Poluição. Ainda sobre os instrumentos o PPP é mais utilizado quando o bem ambiental é a água,
já em relação ao ar o instrumento mais utilizado é os CNPs.
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Vale ressaltar que esse princípio não objetiva permitir poluir e muito menos pagar para
poluir, ele visa assegurar a reparação econômica de um dano ambiental quando não é possível
evitar o mesmo ao meio ambiente, por meio de medidas de prevenção.
Por meio deste instrumento econômico Porto (2018) afirma, que o Estado deve
estabelecer um limite para a quantidade total de poluição emitida – ou seja, não deve ocorrer
aumento de emissões sem que aja reduções equivalentes no sistema – compatível com a
condição ambiental desejada, com isso emitir a quantidade coerente de Certificados
Negociáveis de Poluição e os dispersar entre os agentes poluidores.
O mercado para os CNPs é muito valorado pelas empresas de formas diferentes, devido
a existência de variados custos marginais de abatimento da poluição, visto que empresas com
altos custos de abatimento estão dispostas a pagar altos valores por certificados, em contra
partida empresas com baixos custos de abatimento se dispõem a pagar pequenos valores pelos
mesmos. Desta forma além das empresas que recebem muitos CNPs em excesso, outras ao
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invés de comprar preferem vender seus certificados, se, somente se, o preço de venda for maior
que o custo marginal de abatimento.
Entende-se como analise custo-benefício, a relação existente entre o custo imposto para
o abatimento da poluição, em termos monetários, levando em consideração o Princípio Poluidor
Pagador (PPP), e os benefícios gerados ao arcar com os custos dessa ação, que geralmente são
benefícios a longo prazo.
Analisando o gráfico acima, percebe-se que o PPP funciona como no caso da ACE,
"ascendendo a escada" do Custo Marginal de Longo prazo. A diferença está no estabelecimento
de uma meta final, o padrão a ser atingido a longo prazo. A intersecção da curva do Custo
Marginal e a linha do benefício Marginal, é o que nos permite determinar o "nível ótimo de
abatimento da poluição".
Porém em alguns casos a curva de benefício marginal pode se situar em nível muito
abaixo em relação à curva de custo marginal, isso ocorre geralmente pelo fato de os benefícios
serem a longo prazo e quando "descontados" dos custos iniciais, acabam tendo valores atuais
reduzidos (taxa de retorno desprezível). Outra razão é a explicita pelo alemão Wilhelm Kapp
(1950), que deixa explicito que países de baixa renda per capita e /ou de distribuição de renda
muito desigual, mesmo que consiga eficazmente a revelação de preferências, as curvas de
benefício marginal se revelam muito inferiores do que é adequado para provocar intervenções
de proteção ou recuperação ambiental. Por isso, torna-se mais viável a consecução ao menor
custo para a sociedade de metas socialmente acordadas.
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Referências Bibliográficas
ANTUNES, Paulo Bessa. Direito ambiental. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2001.
MAY, P. H.; LUSTOSA, M. C.; Economia do Meio Ambiente: Teoria e Prática. Rio
de Janeiro: Campus, 2010. (Cap. 4)