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CAMPUS POMBAL
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PERCOLAÇÃO
“Supondo uma situação em que há fluxo, a água
percola num permeâmetro que contém uma amostra de
areia. A diferença entre as cargas totais na face de
entrada e de saída é “H”, e a ela corresponde a pressão
“H.Ɣw”.
Esta carga se dissipa em atrito viscoso na
percolação através do solo. Como é uma energia que
se dissipa por atrito, ela provoca um esforço ou arraste
na direção do movimento. Esta força atua nas
partículas, tendendo a carregá-las. Só não o faz porque
o peso das partículas a ela se contrapõe, ou porque a
areia é contida por outras forças externas.”
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Força dissipada pela carga (h) =
F = h.w.A
h w A h
j w i W
A.L L
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“A força de percolação é uma grandeza
semelhante ao peso específico. De fato, a força de
percolação atua da mesma forma que a força
gravitacional. As duas se somam quando atuam no
mesmo sentido (fluxo d’água de cima para baixo) e se
subtraem quando em sentido contrário (fluxo d’água
de baixo para cima). Este aspecto fica mais claro
quando se analisam as tensões no solo submetido à
percolação.”
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Tensões no solo num permeâmetro com fluxo ascendente
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“A tensão efetiva, portanto, tanto pode ser
calculada como a total menos a neutra, como pelo
produto da altura pelo peso específico submerso,
só que, quando há percolação, deve-se descontar a
força de percolação.”
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Tensões no solo num permeâmetro com fluxo descendente
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“Considere-se uma amostra de solo
submetido à um fluxo de água ascendente e que a
carga hidráulica “h” aumente progressivamente. A
tensão efetiva ao longo de toda a espessura irá
diminuindo até o instante em que se torne nula.
Nesta situação, as forças transmitidas de grão para
grão são nulas. Os grãos permanecem,
teoricamente, nas mesmas posições, mas não
transmitem forças através dos pontos de contato. A
ação do peso dos grãos (gravidade) se contrapõe à
ação de arraste por atrito da água que percola para
cima (força de percolação).”
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“Como a resistência das areias é
proporcional à tensão efetiva, quando esta se
anula, a areia perde completamente sua
resistência. A areia fica num estado definido como
areia movediça.
Para se conhecer o gradiente que provoca
o estado de areia movediça, pode-se determinar o
valor que conduz a tensão efetiva a zero.”
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“Este gradiente é chamado gradiente crítico.
Seu valor é da ordem de um, pois o peso específico
submerso dos solos é da ordem do peso específico
da água.
Logicamente, só ocorre o estado de areia
movediça quando o gradiente atua de baixo para
cima. No sentido contrário, quanto maior for o
gradiente, maior a tensão efetiva.”
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Areias movediças, na natureza, são
de rara ocorrência, mas o homem é
capaz de criar esta situação nas
suas obras.
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a) fluxo ascendente junto ao pé de jusante de barragens
sobre areia fina
b) fluxo ascendente de fundo de escavações escoradas
por cortinas de estacas pranchas envolvendo areias
finas
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Percolação de Água nos Solos
9-drenos verticais
4-construção de trincheira de vedação (cut off) 7-filtros horizontais
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A capilaridade é definida como sendo a
propriedade através da qual, a água alcança,
em tubos de pequenos diâmetros, alturas
superiores a seu nível de equilíbrio (freático).
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Nos solos, devido às forças originárias da tensão superficial
gerada entre a superfície mineral dos grãos e da água, esta
apresenta um movimento ascendente no interior do maciço
denominado ascensão capilar, atingindo um nível superior ao que
estaria em um poço de grande diâmetro.
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- Tensão Superficial da Água = 0,073 N/m2
Comportamento diferenciado da água na superfície em
contato com o ar
orientação das moléculas
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Altura Capilar
W .r.2 hc . w
Fc 2 .r.T
2.T
hc
r. w
0,03
hc ( m )
d ( mm )
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Embora os solos sejam conjuntos aleatórios
de partículas e os vazios entre elas também sejam
irregulares, a analogia dos tubos capilares, embora
imperfeita, ajuda a explicar os fenômenos capilares
observados nos maciços.
Na prática o valor da altura de ascensão
capilar é ligeiramente menor, devido à presença de
impurezas.
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EFEITO DA TENSÃO SUPERFICIAL EM UMA MASSA DE SOLO.
C e = índice de vazios
hc d10 = diâmetro efetivo (mm)
e.d10
C = constante que varia de 10 a 50 mm2
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Exemplos da Importância da Capilaridade
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DISTRIBUIÇÃO
DE
TENSÕES
Ao se aplicar uma carga na superfície de um terreno, numa
área bem definida, os acréscimos de tensão numa certa
profundidade não se limitam à projeção da área carregada.
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Quando aplica-se uma sobrecarga ao terreno, ela
produz modificações nas tensões até então existentes.
Teoricamente tais modificações ocorrem em todos os pontos
do maciço solicitado. O modo como as tensões aplicadas se
distribuem no maciço é chamado de “Distribuição de
Tensões”.
A magnitude das tensões aplicadas tende a diminuir
tanto com a profundidade como lateralmente, à medida que
aumenta a distância horizontal do ponto à zona de
carregamento.
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z
30o
z tg 30 2L z tg 30
2L
v o
2 L 2 ztg 30 o
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A hipótese simples contraria as observações
experimentais, pelas quais verifica-se que a pressão distribuída
em profundidade não é uniforme, mas sim variável (forma de
sino).
Este fato é observado na aplicação da hipótese simples
ao caso de diversas áreas carregadas, independentes entre si,
resultando numa distribuição não uniforme em profundidade.
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A variação entre os dois métodos diminui conforme
aumenta a relação entre a profundidade e as
dimensões da área carregada.
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2. Distribuição baseada na Teoria da Elasticidade
Solução de Boussinesq
Considera a distribuição de pressões causadas por uma
carga concentrada (pontual) aplicada à superfície de um
semi-espaço infinito, elástico, homogêneo e isótropo.
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Solução de Boussinesq
Espaço semi-infinito
Material homogêneo
Massa Isotrópica
Relação tensão deformação linear
P
y r
Espaço elástico
Semi-infinito
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Os valores do fator de influência podem ser obtidos em gráficos ou
em tabelas, em função da profundidade e da distância do ponto
em que se quer o aumento de pressão e o eixo da carga.
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Quando o ponto estiver abaixo do eixo da carga, a tensão vertical será
simplificada para:
Q
z 0,48 2
z
Em função da fórmula z = I (Q/z2), podemos obter:
1. Distribuição das tensões sobre um plano horizontal;
2. Distribuição das tensões sobre um plano vertical;
3. Traçado de isóbaras.
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Tensão vertical devida ao carregamento de um aterro:
q0 B1 B2 B1
z 2
B2
1 2
B2
B1 B B
1 arctg arctg 1
z z 1 e 2 em radianos
B1
2 arctg
z
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Solução de Newmark: área retangular
Acréscimo de tensão abaixo de área retangular com carga uniforme
b a
m n
z z
V I . 0
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Solução de área circular
Acréscimo de tensão abaixo de área circular com carga uniforme
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Acréscimo de tensão vertical abaixo de qualquer superfície
com carga uniforme:
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suelen.silva@professor.ufcg.edu.br
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