Você está na página 1de 32

1

CURSO DE MECÂNICA DOS SOLOS II


PARA ENGENHRIA CIVIL

Msc. Marianna S. Dias Msc. Pedro M. Marcão


contato: marianna_dias@hotmail.com Professor titular
2
MECÂNICA DOS SOLOS II

ÁGUA NOS SOLOS


Tópico 1

7
3
ÁGUA NOS SOLOS
PERMEABILIDADE:

Maior ou menor facilidade


com que a água escoa
através dos vazios do solo

Vazios do solo = Ar + Água

com fluxo (movimento) = percolação

Um fluxo de água através de um solo se estabelece quando


há diferença de carga total hidráulica entre dois pontos. A
água se movimenta do ponto de maior carga para o de
menor carga.
PORQUE IMPORTA ?
Porque a percolação de água interfere diretamente em
problemas de engenharia como:

Análise de recalques;
Análise de estabilidade;
7 Calculo de vazões
4
ÁGUA NOS SOLOS
IMPORTÂNCIA

Análise de
estabilidade -
onde a tensão
efetiva depende
do poropressão,
Análise de recalques, devido a que depende das
expulsão de água dos vazios tensões
provocadas pela
percolação de
água.
No cálculo de vazões que
7 infiltram em determinado solo. Ex:
filtros de areia em barragens.
5
ÁGUA NOS SOLOS
LEI DE BERNOULLI:

Descreve o comportamento de um fluido ideal (sem atrito e


viscosidade) movendo-se ao longo de um tubo e diz que a energia que possui o
fluido permanece constante ao longo de seu percurso. A energia de um fluido em
qualquer momento consta de três componentes:

cinética piezométrica altimétrica

velocidade pressão cota


neutra
A velocidade de percolação dos solos é normalmente muito pequena, de
forma que a energia cinética chega a ser desprezível, sendo assim

carga total = carga piezométrica + carga altimétrica

Carga piezométrica é pressão neutra no ponto, expressa em altura de coluna


d’água.
Carga de altura é a diferença de cota entre o ponto considerado e qualquer
cota tomada como referência
6
ÁGUA NOS SOLOS
LEI DE DARCY e GRADIENTE HIDRÁULICO:
Foi por meio de uma experiência muito simples que Darcy descobriu em 1850
que a vazão de água (Q) percolada por uma areia é proporcional ao
gradiente hidráulico (i) e a área do permeâmetro
i = O quanto de carga
se perde para cada
h comprimento l

GRADIENTE HIDRÁULICO = i
L

A relação entre a perda de carga ∆h e


o espaço percorrido ∆l é chamado de
gradiente hidráulico (i) .

Q=kxixA i = ∆h/∆l

Onde k é uma constante, conhecida


por coeficiente de permeabilidade
1m3 = 1000l
7
ÁGUA NOS SOLOS
VALORES DE PERMEABILIDADE DOS SOLOS:

SOLOS GROSSOS: não existem forças de superfície água livre entre as partículas
sólidas!k (elevada permeabilidade!)

SOLOS FINOS: existem forças de superfície camada de água adsorvida k (baixa


permeabilidade!

O valor de k é determinado PELOS FINOS DO SOLO e não pela predominância de


um tamanho de partícula

Ex: K areia grossa c/ fino < k areia fina uniforme caso obra parede Waldemar

7
8
ÁGUA NOS SOLOS
FORÇA DE PERCOLAÇÃO:
O permeâmetro abaixo representa uma situação em que há fluxo. A
diferença entre as cargas totais na face de entrada e de saída é H

A água no seu movimento através dos


vazios do solo, por possuir viscosidade,
tende a arrastar os grãos, gerando
uma pressão efetiva que atua no
arcabouço sólido, na direção
estabelecida pelo fluxo . Essa pressão
é chamada de pressão de percolação
; quando aplicada a certo volume de
solo considerado, se tem a chamada
FORÇA DE PERCOLAÇÃO .

Da figura acima, temos :

P1 = a . h1 . A e P2 = a . h2 . A e F = P1 - P2
donde : F = a . A . ( h1 - h2 ) = a . A . h
Como V = A . L ( volume da amostra )  A = V / L
Vem : F = a . V . h/ L ou F = a . V . i F / V = a . i
A pressão de percolação por unidade de volume fica :
9
ÁGUA NOS SOLOS
AREIA MOVEDIÇA:

F/A

VAZÃO FORÇA PRESSÃO


percolaçao percolação nos vazios

Como a resistência das areias é proporcional à tensão efetiva, quando esta


se anula, a areia perde completamente sua resistência. A areia fica num
estado definido como areia movediça

Não existem “ argilas movediças pois as argilas apresentam consistência


mesmo quando a tensão efetiva é nula

Para se conhecer o gradiente que provoca o estado de areia movediça,


pode-se determinar o valor que conduz o gradiente a tensão efetiva a zero

s’ = s-u
7
se eu aumento a poro pressão eu diminuo a tensão efetiva
10

Um fenômeno interessante e que evidencia a força da água é o


fenômeno da areia movediça, quando o fluxo se dá em material não
coesivo e no sentido de anular a tensão efetiva atuante no solo .

Façamos equilíbrio estático no ponto B


( h + h + L ) . A . a + a . h . A + L . sat . A =
- h . A . a - A . h . a - L . A . a + a . h . A + L . sat . A = 0
- h . a - h . a - L . a + a . h + L . sat = 0
- h . a + ( sat - a ) = 0  h . a = L . ( sat - a )
11
ÁGUA NOS SOLOS
AREIA MOVEDIÇA:

Video areia movediça

https://www.youtube.com/watch?v=wz42Y
Fgwgq4
12
ÁGUA NOS SOLOS
FATORES QUE INFLUENCIAM NA PERMEABILIDADE SO SOLOS :

TAMANHO DOS GRÃOS


A presença de partículas de menor tamanho , por
pequenas que sejam, afeta bastante o arranjo dos grãos, Ademais o
tamanho dos grãos exerce uma influência indireta através do índice de
vazios .
Quanto > o diâmetro da partícula > o diâmetro dos vazios > o “k ”
ÍNDICE DE VAZIOS
para a maioria dos solos granulares foram
constatados correlações do tipo e para solos argilosos: Quanto > e > o “k

TEMPERATURA
Qto maior for a temperatura, menor é a
viscosidade da água e, portanto ela tem um melhor escoamento entre
os vazios do solo e consequentemente aumenta o coeficiente de
permeabilidade(k)
COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA
É de pouca relevância para as areias a não ser
quando essas contém mica ou matéria orgânica. Para as argilas a
dependência é bastante acentuada através da estrutura do solo, por
exemplo o K da caulinita pode ser 1000 vezes maior que o da
montmorilonita.
7
13
ÁGUA NOS SOLOS
FATORES QUE INFLUENCIAM NA PERMEABILIDADE SO SOLOS :

GRAU DE SATURAÇÃO Quanto maior o grau de saturação maior o coeficiente


de permeabilidade (bolhas de ar estrangulam o fluxo de água

ARRANJO ESTRUTURAL DAS PARTÍCULAS


É o fator mais importante a
considerar. A permeabilidade através de arranjos dispersos em direção
perpendicular a orientação da partícula é cerca de 1/3 da permeabilidade na
direção paralela das mesmas. As estruturas floculadas são mais permeáveis
com valores de K de 10 a 10.000 vezes maiores que os valores para estruturas
dispersas, isso porque a presença de vazios enormes no arranjo floculado , por
onde a água passa com maior facilidade . Um só canal de grande diâmetro dá
mais vazão do que diversos deles.

estrutura floculada
- quando os
contatos se fazem
entre face-aresta Areia fofa

estrutura dispersa –
quando as partículas
se posicionam Areia
7 paralelamente face a compacta
face
14
ÁGUA NOS SOLOS
GRAU DE SATURAÇÃO (S)

O grau de saturação do solo é geralmente expresso em porcentagem e


representa o volume de água contida nos vazios do solo. ... Solo
saturado (S=100%): quando todos os vazios do solo estão preenchidos
com água, temos o que chamamos de solo saturado, logo, o grau de
saturação é igual a 100%

Os solos transportados são naturalmente estratificados, conduzindo a


permeabilidade no sentido horizontal maior do que no sentido vertical .
No caso de camadas alternadas de argila e areia, por exemplo, a
permeabilidade horizontal será muito maior que a vertical

Um exemplo são as argilas de Santos que costumam apresentar finas


lentes de areia dentro da massa argilosa, lentes essas que muitas
vezes não são detectáveis com os processos normais de investigação
do sub-solo, mas que aparecem nítidamente em investigações mais
sofisticadas com o emprego do piezocone .
15
ÁGUA NOS SOLOS
GRAU DE SATURAÇÃO (S)

A presença de descontinuidades numa massa de solo ou rocha pode


tornar o maciço milhares de vezes mais permeável que o material
intacto existente entre as descontinuidades.

Este fator é facilmente visível em maciços rochosos, onde fraturas


existentes podem permitir a passagem de grande quantidade de água,
enquanto que a rocha intacta pode ser praticamente impermeável.

Esta ocorrência é particularmente importante no estudo da


permeabilidade de fundações de barragens.

Da mesma forma que nas rochas, a presença de uma rede contínua de


fissuras em certas argilas duras, pode tornar o maciço muito mais
permeável que a argila intacta existente entre as descontinuidades .
16
ÁGUA NOS SOLOS
OBTENÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE:

É possível obter o coeficiente de permeabilidade de solo através de ensaios de


campo ou laboratório, podemos agrupar os métodos em :

PERMEÂMETRO DE CARGA CONSTANTE


ENSAIOS DE
LABORATÓRIO
MÉTODOS PERMEÂMETRO DE CARGA VARIÁVEL
DIRETOS
BOMBEAMENTO A PARTIR DE POÇOS
ENSAIOS DE DE GRANDE DIÂMETRO
CAMPO
ENSAIOS EM FUROSMDE PEQUENOS
DIÃMETROS, (piezometros), OUTROS

ESTIMATIVA ATRAVÉS DA GRANULOMETRIA

MÉTODOS
INDIRETOS CÁLCULO DE K A PARITR DE DADOS DO
ENSAIO DE ADENSAMENTO

Green
marketing is DE K ENSAIOS DE CAPILARIDADE
CÁLCULO
a practice
whereby
17
ÁGUA NOS SOLOS
PERMEÂMETRO DE CARGA CONSTANTE

É uma repetição da experiência de DARCY, O permeâmetro geralmente se


apresenta com a configuração já mostrada, conforme abaixo.

Mantida a carga h durante um certo


tempo a água percolada é colhida e seu
volume é medido . (mede -se a vazão :
volumes escoa dos no tempo de 20s ),
repetindo o procedi mento 3 vezes

Conhecidas a vazão e as características


geométricas, o coeficiente de
permeabilidade é calculado diretamente
pela Lei de Darcy:

7
18
ÁGUA NOS SOLOS
PERMEÂMETRO DE CARGA VARIÁVEL

Quando o coeficiente de permeabilidade é muito baixo, a permeabilidade pelo


permeâmetro de carga constante é pouco precisa, utiliza-se o permeâmetro
de carga variável

Verifica-se o tempo que a água na


bureta superior leva para baixar da
altura inicial hi à altura final hf num
instante t qualquer.

7
19
ÁGUA NOS SOLOS
ENSAIOS DE CAMPO

EX. FURO DE SONDAGEM


É um ensaio de menor custo mas o valor obtido não é tão confiável.
É mantido o nível de água dentro do furo de sondagem em um a cota mais eleva
da que
o nível de água do terreno. A vazão necessária para manter o nível de água
constante em uma determinada cota é determinado.

7
20
ÁGUA NOS SOLOS
EXERCÍCIOS:
21
ÁGUA NOS SOLOS
Capilaridade
é a propriedade física que os fluidos têm de subir ou descer em tubos
extremamente finos. Essa ação pode fazer com que líquidos fluam mesmo
contra a força da gravidade

A água retida nos vazios de uma


areia forma meniscos conforme se
mostra na figura abaixo :

os grãos de areia são comprimidos uns


contra os outros, dando origem a uma
resistência a tensões cisalhantes
denominada “ falsa coesão “
22
ÁGUA NOS SOLOS
Capilaridade

A falsa coesão desaparece quando a areia é secada ou então


submersa, uma vez que essas operações conduzem á destruição
dos mesmos capilares responsáveis pela resistência adicional
dada á areia
23
ÁGUA NOS SOLOS
EROSÃO INTERNA PIPING
Acontece em condições especiais em valas onde o nível d’água externo está
acima da cota de escavação e o subsolos na região do fundo da vala é
constituído de camada de areia e não se tenha um sistema de controle de fluxo
de água.
Nessa caso duas condições devem ser verificadas:
1º que não seja permitido a ocorrência do gradiente crítico que possa ocasionar
o fenômeno de areia movediça

2º mesmo que não ocorra a situação anterior, é necessário que o gradiente


hidráulico médio seja baixo para evitar carreamento de material, esse processo
é degenerativo, uma vez que se inicia, assim o gradiente médio aumentará
agravando ainda mais o carreamento de material podendo conduzir a situação
de areia movediça

Passar vídeo

7
24
ÁGUA NOS SOLOS
RUPTURA HIDRÁULICA DO FUNDO - BLOW
Acontece també em condições especiais em valas onde o nível d’água externo
está acima da cota de escavação e o subsolos na região do fundo da vala é
constituído de camada de argila
Nesse caso o fundo da escavação pode sofrer uma ruptura súbita quando se
atingir a condição:

Ɣa x ha = Ɣs x hs
Essa condição é bastante conservadora visto que estamos comparando apenas
pesos, sem levar em conta qualquer contribuição da resistência ao cisalhamento
do solo e eventual atrito e adesão junto as paredes da vala

7
25
ÁGUA NOS SOLOS
PERMEABILIDADE SO SOLOS :

Recaptular:
➢ A RELAÇÃO DA CARGA QUE SE DISSIPA NA PERCOLAÇÃO (H) PELA DISTÂNCIA
AO LONGO DA QUAL A CARGA SE DISSIPA (L), É CHAMADO DE GRADIENTE
HIDRÁULICO

➢ A VAZÃO DIVIDIA PELA ÁREA INDICA A VELOCIDADE COM QUE A ÁGUA SAI DA
AREIA

➢ NOTA-SE QUE O COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE INDICA A VELOCIDADE DE


PERCOLAÇÃO DA ÁGUA QUANDO O GRADIENTE É IGUAL A 1,
COSTUMEIRAMENTE REFERIDO EM M/S

➢ SÓ HAVERÁ FLUXO QUANDO SE TEM DIFERENÇA DEENERGIA TOTAL;

➢ O FLUXO SÓ OCORRE DO PONTO DE MAIOR CARGATOTAL PARA UM PONTO DE


MENOR CARGA TOTAl

7
26
ÁGUA NOS SOLOS
EXERCÍCIO 1

Para o permeâmetro esquematizado na figura abaixo, determinar:

a) As cargas de posição , piezométrica e total, nos pontos A,B e C


b) O valor de ∆ h para que ocorra o fenômeno da areia movediça no P.B

Areia  =
1.9tf/m3
27
ÁGUA NOS SOLOS
EXERCÍCIO 1

Para o permeâmetro esquematizado na figura abaixo, determinar:

a) As cargas de posição , piezométrica e total, nos pontos A,B e C


b) O valor de ∆ h para que ocorra o fenômeno da areia movediça com
equilíbrio de forças no P.B
PONTO POSIÇÃO PIEZOMÉTRIC TOTAL
A
A 90 30 120
B 30 123,33 153,33
C 0 170 170

Areia  = i = ∆h/l = 50/90 = 0,5555


1.9tf/m3 Carga piezométrica ponto B = 140 –
0,555*30 = 123,33
Carga total ponto B = 123,33+30 =
153,333
Igualando as tensões: 0,3*Ɣa+0,6*1,9 = ∆h+0,9 - ∆h/0,9*
0,3*1,0+1,9*0,6 =∆h+0,9-∆h/0,9*0,3
0,54 = 0,66∆h
∆h = 0,81m = 81cm
28
ÁGUA NOS SOLOS
EXERCÍCIO 1

Para o permeâmetro esquematizado na figura abaixo, determinar:

a) As cargas de posição , piezométrica e total, nos pontos A,2 e 1


b) O valor de ∆ h para que ocorra o fenômeno da areia movediça
fazendo o equilíbrio de forças no P.B

Areia 
=20g/cm3
Areia  =
19kN/m3
29
ÁGUA NOS SOLOS
EXERCÍCIO 2

Para o permeâmetro esquematizado na figura abaixo, determinar:

a) As cargas de posição , piezométrica e total, nos pontos A,1 e2


b) O valor de ∆ h para que ocorra o fenômeno da areia movediça
(equilíbrio de forças PA)
c) Supondo que através da amostra percolou em 1,5min um volume de
54ml, qual o valor do coeficiente de permeabilidade do solo?
PONT POSI PIEZO TOTA
O ÇÃO MÉTRI L
CA
1 0 90 90
Areia 
=20g/cm3
2 40 20 60

A 20 55 75

Ponto A = ∆h/l = 30/40 = 0,75


70 – 0,75*20 = 55
Igualando as tensões: 0,2*Ɣa+0,2*2,0 = ∆h+0,4 - Ponto 2 = ∆h/l = 30/40 =
∆h/0,40*0,2 0,75
DELTAH = 40cm 50 – 0,75*40= 20
30

Q=KxixA

1ml = 10-6m3

54/1,5*60 = k x 0,75 x 100


K = 8 x 10-3cm/s
31
ÁGUA NOS SOLOS
EXERCÍCIO 3

Para o permeâmetro esquematizado na figura abaixo, determinar:

a) As cargas de posição , piezométrica e total, nos pontos A,1 e 2


b) O valor de ∆ h para que ocorra o fenômeno da areia movediça
fazendo equilíbrio de forças no P.A

NA-1
RN
PONTO POSIÇÃO PIEZOMÉT TOTAL H
RICA
50 cm
1 -130 130 0 NA-2

20 2

2 -70 20 -50 30
A
60
A -100 75 -25 AREIA
 = 1,95 tf/m3

1
Ponto A = ∆h/l = 50/60 = 0,833
100-0,833*30 = 75
32
ÁGUA NOS SOLOS
EXERCÍCIO 3

Para o permeâmetro esquematizado na figura abaixo, determinar:

a) As cargas de posição , piezométrica e total, nos pontos A,B e C


b) O valor de ∆ h para que ocorra o fenômeno da areia movediça no P.A

Igualando as tensões: 0,2*Ɣa+0,3*1,95 = ∆h+0,5 - ∆h/0,60*0,3


0,785-0,5 = 1∆h – 0,5 ∆h
0,285 = 0,5 ∆h
∆h = 0,57m = 57cm

Você também pode gostar