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31/05/2023

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO


CAMPUS BALSAS
BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

Mecânica dos Solos


Aula 9 – Água no solo
Prof. Dr. Cláudio Luis de Araújo Neto

Balsas - MA
2022

ÁGUA NO SOLO
 A água ocupa a maior parte ou a totalidade dos vazios do solo. Submetida a
diferença de potenciais, a água se desloca no seu interior.
 O estudo da percolação da água no solo
intervém nos seguintes problemas
práticos:
 Cálculo de vazões.
 Análise de recalques.
 Estudo de estabilidade.
 Rebaixamento do nível de água e
drenagem.
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AÇÃO DA ÁGUA CAPILAR


 A água capilar é aquela que nos solos de grãos Processos que explicam a retenção da
água num solo não-saturado.
finos, sobe pelo intertícios capilares deixados
pelas partículas sólidas, além da superfície livre da
Capilaridade
água.

Adsorção

AÇÃO DA ÁGUA CAPILAR


 A influência da água em influenciar diversos processos do solo é determinada
principalmente pela estrutura da molécula de água.
 A altura capilar que alcança a água no solo se determina considerando sua massa
um conjunto de tubos capilares, formados pelos seus vazios; na realidade esses
“tubos” são irregulares e não uniformes.

As moléculas de água
O estão unidas através
de pontes de
hidrogênio.

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AÇÃO DA ÁGUA CAPILAR


 Uma das características da água é o fato dela
apresentar um comportamento diferenciado
na superfície em contato com o ar, em virtude
da orientação das moléculas que nela se
posicionam, ao contrário do que ocorre no
interior da massa, onde as moléculas estão
envoltas por outras moléculas de água em
todas as direções.
 Em consequência, a água apresenta uma
tensão superficial, que é associada, por
analogia, a uma tensão de membrana, pois
seus efeitos são semelhantes.

AÇÃO DA ÁGUA CAPILAR


 Quando a água, ou outro líquido, fica em contato com um corpo sólido, as forças
químicas de adesão fazem com que a superfície livre da água forme uma curvatura
que depende do tipo de material e de seu grau de limpeza.

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AÇÃO DA ÁGUA CAPILAR


 A altura da ascensão capilar é inversamente
proporcional ao diâmetro do “tubo”, ou interstício do
solo.
 A água nos vazios do solo, na faixa acima do lençol
freático, mas com ele comunicada, está sob pressão
abaixo da pressão atmosférica, ou seja, pressão
neutra é negativa.
 A pressão neutra negativa provoca uma maior força
nos contatos dos grãos, aumentando a tensão efetiva
que reflete essas forças.

AÇÃO DA ÁGUA CAPILAR


 A tensão superficial da água tende a aproximar as partículas, ou seja, aumenta a
tensão efetiva no solo.
 Essa tensão efetiva confere ao solo uma coesão aparente, porque não permanece
se o solo se saturar ou secar.

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Fluxo de água

Fluxo de água
Permeabilidade: é a propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento da água
através dele.

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PERMEABILIDADE
Na tentativa de melhorar o sistema de purificação de
água do sistema de abastecimento de água de Dijon,
na França em 1856, Henry Darcy, estabeleceu a
relação que governa o fluxo de água em meios
porosos saturados.

∆h
Henry Darcy (1803 - 1858)
hentrada L
hsaída
Q

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PERMEABILIDADE
Lei de Darcy

v=ki

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PERMEABILIDADE
Lei de Darcy

Grau de permeabilidade: expresso pelo “k”.

 É um índice empregado para estabelecer parâmetros de permeabilidade dos


solos.

É um valor que representa a com que a água atravessa uma amostra.

 Como este índice é bastante pequeno numericamente, foi convencionado


expressar seu resultado em forma de

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LEI DE DARCY
 Para que haja fluxo de água entre dois pontos é necessário que a energia (carga)
total em cada ponto seja diferente. A água fluirá sempre de um ponto de maior
energia (carga) para o ponto de menor energia (carga) total.
 A lei de Darcy é válida para um escoamento “laminar”, tal como é possível e deve
ser considerado o escoamento na maioria dos solos naturais.
 Um escoamento se define como laminar quando as trajetórias das partículas d’água
não se cortam; em caso contrário, denomina-se turbulento.
 O número de Reynolds (Re) fixa os limites de regime laminar e turbulento. Verifica-
se velocidade crítica “vcrít” abaixo da qual o regime é laminar.
í . .
.
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COEFICIENTE DE
PERMEABILIDADE
Taylor (1948)

Onde:
D – diâmetro do grão
γ – peso específico do fluido
µ - viscosidade do fluido
e – índices de vazios
C – coeficiente de forma

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Temperatura

Índice de
vazios

Estrutura do
solo
Fatores que influenciam
na permeabilidade

Grau de
Estratificação saturação
do terreno

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Índice de vazios
Maior índice de vazios (e) → Maior coeficiente de permeabilidade (k).

Eq. Taylor

Conhecido “k” para um certo tipo de solo,


pode-se calcular o “k” para o outro solo pela
proporcionalidade da equação apresentada
(mais utilizada para areias)

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Índice de vazios
Maior índice de vazios (e) → Maior coeficiente de permeabilidade (k).

Solos argilosos

No caso de solos argilosos, uma melhor


log correlação se obtém entre o índice de vazios e
o logaritmo do coeficiente de permeabilidade
log (k).

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Temperatura Viscosidade

Maior temperatura (t) → Maior coeficiente de permeabilidade (k).

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Estrutura do solo
Amostra 1 Amostra 2

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FATORES QUE INFLUENCIAM


NA PERMEABILIDADE
GRAU DE SATURAÇÃO (S)
 O coeficiente de permeabilidade de um solo não saturado é menor do que o que
ele apresentaria se estivesse totalmente saturado. Essa diferença não pode,
entretanto ser atribuída exclusivamente ao menor índice de vazios disponível, pois
as bolhas de ar existentes, contidas pela tensão superficial da água, são um
obstáculo para o fluxo. Entretanto, essa diferença não é muito grande.

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Estratificação do terreno
Permeabilidade paralela Permeabilidade
à estratificação perpendicular à estratificação

Todo depósito estratificado, teoricamente:

kh > kv

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Determinação do coeficiente de
permeabilidade

Laboratório Fórmulas Hazen

Campo

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Dúvidas?

Prof. Dr. Cláudio Luis de Araújo Neto

E-mail: claudioluisneto@gmail.com

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