Você está na página 1de 6

CENTRO UNIVERCITÁRIO UNINOVAFAPI

ENGENHARIA CIVIL

MARIA FERNANDA GOMES DA SILVA ARANTES


SYARA VITÓRIA VIEIRA DE ALMEIDA

RESUMO DE GEOLOGIA

TERESINA-PI
2022
Solos calapsíveis

Solos calapsíveis são solos arenosos porosos, não saturados,


geralmente encontrados na faixa tropical do planeta. No brasil é encontrada em
boa parte de São Paulo. Este tipo de solo é formado praticamente por areias e
siltes, cimentadas nas proximidades dos contatos por argilominerais, óxidos,
sílicas, carbonatos ou outros minerais, com grandes espaços vazios entre suas
partículas, esses espaços vazios antigamente eram preenchidos por um material
fino que foi lixiviado e transportado pela água.
A colapsividade é a destruição da
estrutura formada pelas partículas do solo, sob
água e de tensões adicionais sobre o esqueleto
solido. O estudo desse fenômeno é estudado
por meio de ensaios de compressão edométrica,
que consiste na determinação das propriedades
de adensamento do solo, no qual é necessário
aplicar uma carga axial constate e incremental
até que o solo pare de adensar e que esteja
totalmente drenado.
Em solos do tipo calapsíveis não saturados, a tensão superficial e de
aderência da água aplicada nas partículas produz uma coesão aparente (tensão
de sucção), ela pode ser determinada em laboratório, por meio de ensaios.
Nas condições ambientes,
sem a adição de cargas, essas
estruturas não se rompem, graças
ao equilíbrio ambiental, desse
modo fica explicito que o colapso
que tinha que ocorrer, já ocorreu.
A sucção causa maior
tensão efetiva de contato entre as partículas e com cimentação (por
argilominerais), faz com que o solo se mantenha relativamente estável sob
determinadas solicitações. Uma areia pura estiver totalmente seca ou saturada,
ocorre a perda da coesão.
Quando os solos são submetidos a muita chuva ou muita infiltração no
terreno, ocorre uma saturação. Ocorre o preenchimento dos vazios pela água,
os meniscos capilares são eliminados e as tensões efetivas entre as partículas
são diminuídas. Consequentemente os solos deveriam expandir, mas, no
entanto, a resistência da cimentação entre as partículas diminui, causando a
quebra da estrutura, com deslizamento de partículas, ocupando os vazios. Esse
novo arranjo causa a diminuição do volume do solo e assim geram recalques
nas estruturas diretamente apoiadas ou embutidas no terreno como fundações.
Esse tipo de solo provoca
diversos problemas em obras,
como fundações, aterros,
barragens e estabilidade de
taludes. Como exemplo de um
problema bastante comum na
construção civil é a construção de
aterros em terrenos urbanos, que
provoca trincas em construções
vizinhas, nessas condições, o solo da base do aterro passa a ficar sob uma
tensão maior.
Como consequência do comportamento elastoplástico da maioria dos
solos, o recalque ocorre junto com um arqueamento em forma de uma depressão
no entorno do terreno, com maiores valores onde a coluna de solo é maior, assim
atinge construções vizinhas.
Esses problemas ocorrem com aterros de pequenas alturas (1 a 2
metros). Esse problema pode ser agravado ainda mais caso tenha tubulação de
água ou esgoto sob a construção, que podem se romper por conta dos
recalques, intensificando as infiltrações e a saturação do solo.
Além disso, outro problema é o recalque em fundações, que geram
trincas em construções, que ocorre por infiltração resultante de intensas
precipitações ou de vazamentos de tubulações ou de vazamentos de tubulações
de água ou esgoto. Isso ocorre mesmo em fundações profundas por estacas,
que não foram dimensionadas levando em consideração os efeitos da
colapsividade do solo. Deve-se tomar cuidados especiais quando o projeto
geotécnico e estrutural.
O comportamento desses solos no campo da engenharia civil tem sido
abordado durante as últimas décadas por meio de pesquisas cientificas na área
e diversas publicações literárias, abordando o assunto.

Solos expansivos
Solos expansivos ocorrem geralmente nas regiões tropicais no planeta
e são normalmente de material argiloso, principalmente com argilominerais de
grande expansibilidade na presença de água e depende do teor de minerais
existentes nele, essa expansão resulta em movimentos laterais e superficiais,
em especial os do grupo esmectitas (fluossilicatos).
Esse tipo de solo causa uma diversidade de problemas em obras,
principalmente em pequenas obras e de pavimentação. A variação de umidade,
frequência de chivas ou infiltração de água (vazamento de tubulações) resulta
numa expansão do solo. Essa expansibilidade também está ligada à pressão
que o solo recebe, essa relação é inversamente proporcional, ou seja, quanto
maior a pressão menor a expansibilidade.
Em exemplo que acontece em taludes de corte, onde o talude tem uma
base no solo expansivo, é que em virtude da escavação para o corte, e a
presença de água, o solo se expande e forma um empastilhamento na superfície,
que pode vir a provocar uma retroerosão o maciço do talude e provocar um
escorregamento. Quando compactados esse tipo de solo em aterros ou bases
de estradas, também se expande em contato com a água.
Um comportamento das argilas é a tixotropia. Algumas argilas com certa
umidade, quando amolgadas e deixadas em repouso, ganham certa consistência
e aumento da coesão. Retornando amassadas com a mesma umidade, mas sua
resistência diminui muito, adquirindo uma consistência viscosa. Esse
comportamento pode ser quantificado pelo grau de sensibilidade, sendo a
resistência à compressão indeformada pela resistência à compressão amolgada

Valores médios considerados na ABNT NBR 6502:


CLASSIFICAÇÃO SENSIBILIDADE (Sb)
Baixa sensibilidade 1-2
Média sensibilidade 2-4
Sensíveis 4-8
Muito sensíveis 8-16
Ultrassensíveis >16

Na engenharia civil é importante ficar atento, em obras geotécnicas e de


terraplanagem, quando executar obras em argilas, pois é possível a ocorrência
de escorregamentos rápidos, causados por vibrações causadas pelos
equipamentos.

Solos lateríticos
Esse tipo de solo ocorre muito nas regiões tropicais do planeta, são
muito alterados e formados pela ação dos agentes intempéricos sobre os
depósitos em clima tropical úmido. Podem ocorrer tanto em depósitos de solos
residuais quanto sedimentares.
No solo lateríticos, os
argilominerais são formados
principalmente por caulinitas com
elevadas concentrações de óxidos e
hidróxidos de ferro e alumínio,
possuem cores avermelhadas ou
amarronzadas, geralmente porosos
e com grandes vazios.
Eles têm grandes importâncias dentro da área de pavimentação, pois
quando esse tipo de solo é compactado eles apresentam uma elevada
capacidade de suporte, devido a diminuição dos espaços vazios entre as
partículas e das ligações dos argilominerais nas superfícies e nos contatos entre
as partículas.
No brasil, esses solos têm sido objeto de estudo por engenheiros civis
em projetos de pavimentação rodoviária ou urbana.

Solos coesivos
Os solos coesivos são formados de argilas ou solos argilosos, no qual
as partículas argilosas e siltes são cimentadas por argilominerais ou outros
minerais. A coesão entre as partículas das argilas, acontece em consequência
da constituição mineralógica e das dimensões das partículas, as menores de
0,002 milímetros de diâmetro sofrem pouquíssima com a ação da gravidade, em
contrapartida sofrem pelo potencial atrativo de natureza molecular ou coloidal.
Pode acontecer ainda pela cimentação natural, aglutinando as partículas. Em
meio a água as partículas ficam em uma estrutura floculada, e se distanciam,
expandindo a argila.
As ligações cimentantes das argilas tornam esses solos a coesão, ou
seja, a resistência no deslocamento entre uma partícula e outra, traduzindo em
resistência ao cisalhamento do solo. a coesão é uma comparação de resistência
dos solos argilosos e é adquirida em ensaios de cisalhamento (diretos ou
triaxiais), feitos em laboratório.
A coesão pode ser comparada a uma cola entre as superfícies, de tal
forma que ocorre apenas o deslizamento tangencial das superfícies quando for
rompida essa resistência. A coesão é medida em kN/m2.

Solos não coesivos


Os solos não coesivos são
principalmente granulares, pedregulhos,
areias e siltes. As tensões de contato entre
as partículas em uma areia seca se devem
ao peso da coluna de areia acima. Ao
despejar lentamente areia seca sobre uma
superfície plana, se forma um montículo
com determinada inclinação (ângulo de
atrito) e deve-se puramente à resistência
ao deslizamento oferecida por cada
partícula, em função da tensão de contato
e das condições das superfícies de
contato.
A tensão é calculada pela razão entre um esforço normal igual a unidade
e a área da superfície plana.
O parâmetro é um ângulo de atrito interno entre as superfícies ou as
partículas de pedregulho, areias ou siltes. Quanto maior o esforço normal, maior
a tensão de contato e maior a resistência ao deslizamento, essa última depende
somente da rugosidade no contato e que o ângulo de atrito interno é uma
constante para cada material.
Em áreas fofas, há uma distribuição hipotética. Ao ocorrer o
cisalhamento, as partículas adquirem uma nova posição, causando redução nos
índices de vazios, assim o volume também diminui. Em areias compactas a
formação das partículas aumenta o volume.

Você também pode gostar