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Mecânica dos Solos

Prof. Alexander Rocha


BIBLIOGRAFIA.

NOTAS DE AULA. Prof. Dr. Adriano Frutuoso


O que é Mecânica dos Solos?

Ementa

. Processo de formação das rochas


. Origem e Natureza dos solos
. Estados dos solos
. Granulometria
. Índices físicos
. Plasticidade e consistência dos solos
. Classificação dos solos.
O que é Mecânica dos Solos?

A Mecânica dos solos é a ciência que procura prever o


comportamento de maciços terrosos quando sujeitos a
solicitações provocadas, por exemplo, por obras de
engenharia.
O que é Mecânica dos Solos?

“A Mecânica dos solos é o estudo do comportamento


de engenharia do solo quando este é usado ou como
material de construção ou como material de fundação”
(Machado e Machado).
O que é Mecânica dos Solos?

Mecânica dos Solos é a ciência técnica que estuda o


comportamento quantitativo do solo visando o seu
emprego na engenharia civil, no ramo da engenharia de
fundações e obras de terra
O que é Mecânica dos Solos?
APLICAÇÕES PRINCIPAIS
Ø Fundações
Ø Obras subterrâneas e estruturas de contenção
Ø Projeto de pavimentos
Ø Escavações, aterros e barragens
Todas as obras de
Edificações, de uma forma
ou de outra, apoiam-se
sobre o solo, e muitas
delas, além disso, utilizam
o próprio solo como
elemento de construção,
como por exemplo, as
barragens e os aterros de
estradas.
A estabilidade e o comportamento funcional e estético da obra serão
determinados, em grande parte, pelo desempenho dos materiais usados
nos maciços terrosos.
Karl von Terzaghi é internacionalmente
reconhecido como o fundador da
mecânica dos solos, pois seu trabalho
sobre adensamento de solos é
considerado o marco inicial deste novo
ramo da ciência na engenharia.
o solo pode ser definido, sob o ponto de vista da engenharia civil, como
sendo um material . terroso desagregável, de origem orgânica e
inorgânica, pertencente as três fases físicas : sólida, liquida e gasosa em
proporções variáveis, encontradas na superfície da terra, sobre seu
embasamento de rochas.
Karl von Terzaghi
O solo é constituído por grãos
sólidos e vazios preenchidos
por ar, por líquido ou pela
combinação de ambos.
Quando o solo é solicitado por
uma pressão, o volume tende
a reduzir, devido a três
possíveis fatores: a
compressão dos grãos, a
compressão do ar e do líquido
presente nos vazios, a saída
de ar e líquido dos vazios.
PROCESSO
DE FORMAÇÃO DAS
ROCHAS
PROCESSO
DE FORMAÇÃO DAS
ROCHAS
PROCESSO
DE FORMAÇÃO DAS
ROCHAS
No interior do Globo Terrestre, por causa das elevadas
pressões e temperaturas, os elementos químicos que
compõe as rochas se encontram em estado líquido,
formando o magma.
A camada sólida da Terra ao romper-se em
pontos localizados deixa escapar o magma.
Assim, ocorrerá um resfriamento brusco do
magma, que se transformará em rochas
ígneas, nas quais não haverá tempo suficiente
para o desenvolvimento de estruturas
cristalinas mais estáveis.
A extrusão vulcânica ou derrame é
responsável pela formação da rocha
ígnea denominada de basalto.

A depender do tempo
de resfriamento, o
basalto pode mesmo vir
a apresentar uma
estrutura vítrea.
Quando o magma não chega a superfície terrestre, mas ascende a pontos
mais próximos à superfície, com menor temperatura e pressão, ocorre
um resfriamento mais lento, o que permite a formação de estruturas
cristalinas mais estáveis, e, portanto, de rochas mais resistentes,
denominadas de instrusivas ou plutônicas (diabásio, gabro e granito).
A avaliação comparativa entre as rochas vulcânicas e
plutônincas ocorre pelo tamanho dos cristais. Cristais
maiores indicam uma formação mais lenta, características
das rochas plutônicas, e vice-versa.
Ao ser exposta a rocha sofre ação das intempéries e forma os
solos residuais, os quais podem ser transportados e
depositados sobre outro solo de qualquer espécie ou sobre
uma rocha, vindo a se tornar um solo sedimentar.
A contínua deposição de solos faz aumentar a pressão e a
temperatura nas camadas mais profundas, que terminam por
ligarem seus grãos e formam as rochas sedimentares, este
processo chama-se litificação ou diagênese.
As rochas sedimentares ao reiniciarem o processo de
formação de solo com o afloramento à superfície ou de forma
inversa, as deposições podem continuar e consequentemente
prosseguir o aumento de pressão e temperatura, o que irá levar
a rocha sedimentar a mudar suas características texturais e
mineralógicas, a achatar os seus cristais de forma orientada
transversalmente à pressão e a aumentar a ligação entre os
cristais. O material resultante deste processo, que assume
características tão diversas da rocha original, recebe o
nome de rocha metamórfica.
a) rochas ígneas - mantém os minerais de origem, pois
representam os primeiros tipos de rochas formados na crosta;
b) rochas sedimentares - provenientes do processo de
intemperismo e erosão de rochas existentes;
c) rochas metamórficas - representa a maior parcela da crosta
terrestre. Fortemente dependente das condições de
temperatura e pressão.
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS ROCHAS

Os Solos tem sua origem na decomposição


das rochas que formavam inicialmente a
crosta terrestre. Esta decomposição ocorre
devido a agentes físicos e químicos chamados
de agentes de intemperismo.
CICLO DAS ROCHAS
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS ROCHAS

Por ser um material de origem natural, o processo de formação do solo, o


qual é estudado pela geologia, irá influenciar em muito no seu
comportamento.
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS ROCHAS

O Intemperismo é o conjunto de processos decorrentes da atividade climática e


biológica sobre as rochas (sedimentos e solo) e que altera sua estrutura e
composição.
Intemperismo de rochas e minerais
Intemperismo Físico:
Intemperismo Físico Termal:

Ocorre devido as variações da temperatura ao


longo do dia, provocando expansão e contração das
rochas;

Afeta mais as rochas com maior número de


minerais, com minerais maiores, e com minerais
mais escuros.
Intemperismo Físico
Mecânico:

. Redução das pressões


confinantes
. Congelamento da água
. Cristalização de sais
Intemperismo Químico:

As rochas e minerais estão em desiquilíbrio


com as condições ambientais diferentes daquelas
que existiam na sua formação.
Principais agentes do intemperismo
químico:

. Água (principal agente)


. Temperatura (acelera as reações)
. Gases (principalmente o CO2 e O2
Intemperismo Biológico:

. Os organismos vivos atuam física ou


quimicamente sobre os minerais da rochas,
provocando sua alteração.
. Ações físicas de desagregação por
pequenos animais ou esforço físico de raízes.
A desintegração mecânica
ocorre por meio de agentes
como água, temperatura,
vegetação e vento. Deste
processo, resulta a
formação dos pedregulhos
e areias (solos de partículas
grossas) e até mesmo os
siltes (partículas
intermediárias) e, somente
em condições especiais, as
argilas (partículas finas)
Fatores que influenciam a formação do solo:
Fatores que influenciam a formação do solo:
A SUSCETIBILIDADE DAS ROCHAS AO ITEMPERISMO

Composição mineralógica
Cor
Textura
Estrutura
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
Na superfície ou próximo
A Horizonte
Zona de intenso intemperismo e acumulo de
matéria orgânica. Usualmente apresntam ca-
racter韘ticas indesejadas como camada de funda玢o.
É geralmente muito compressível e instável.

B Horizonte
Zona de intemperismo moderado com acumulo de
vários materiais, incluindo argila e outras pequenas
partículas agregadas. Esta camada é relativamente estável,
apesar de que pode apresentar alguma característica
indesejável a engenharia as vezes.

C Horizonte
Zona levemente intemperisada, podendo ser uma
rocha alterada ou um elemento não consolidade.
É uma camada relativamente estável e favoravel
como suporte de funda珲es.
D Horizonte
Zona de rocha maciça
INTEMPERISMO

A desintegração esta relacionada ao


congelamento e degelo, ação do vento,
ação da água, etc... Já a decomposição
corresponde a oxidação e hidratação. A
combinação dos processos mecânicos e
químicos é chamado de intemperismo.
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
ORIGEM E
NATUREZA DOS
SOLOS
Solos Transportados:
Solos Transportados:

Água

Área erodida pela água Depositos


Areia e Silte Argila
Perfis originais
Pedregulho

Perfil depois da erosão

Depósito de água
Solos eólicos:

Vento

Área erodida pelo vento Depositos


Areia Solo Solo
arenoso orgânico

Perfis originais

Perfil depois da erosão


Solos coluvionares:
Solos glaciais:
Solos sedimentares:

Representam os solo resultante dos


processos intempéricos, sujeitos a
erosão e possivelmente transportados
pela água, vento, movimentos glaciais. O
material carregado e depositado desta
forma recebe a denominação de um
depósito sedimentar.
Natureza das partículas do
solo:

Principais
. componentes dos solos
grossos ( Pedregulho e areia)
1. Silicatos: feldspato, mica, quartzo,
serpentina, clorita, talco
2. Óxidos: hematita, magnetita, limonita
3. Carbonatos: Calcitas e dolomita
4. Sulfatos: Gesso e anidrita
Natureza das partículas do
solo:

Principais
. componentes dos solos
finos ( siltes e argilas)
1. Fraçõs argilas ( Siltes e argilas):
Caolinita, Montmorinolita e ilita
Fases constintuintes do solo:

.
AR

PARTÍCULAS SÓLIDAS

ÁGUA
Fases constintuintes do solo:

a) água de constituição - faz parte da


estrutura molecular das partículas;
b) água adsorvida ou adesiva - é aquela
película de água que envolve e adere
fortemente a partícula sólida,
transmitindo aos solos a propriedade
conhecida como coesão;
Fases constintuintes do solo:

c) água livre ou intersticial - ocupa os


vazios ora existentes no solo. Segue as
leis da Hidráulica;
d) água higroscópica - é aquela que
permanece no solo mesmo depois de
seco ao ar livre;
e) água capilar - sofre o fenômeno da
capilaridade, geralmente encontrada nos
solos finos.
Fases constintuintes do solo:

PARTÍCULA
DE ARGILA

ÁGUA
HIGROSCÓPICA

ÁGUA
ADSORVIDA

ÁGUA
CAPILAR
A água livre, higroscópica e capilar são as
únicas que podem ser eliminadas, quando
levadas a uma temperatura maior que 100
oC
Estados dos Solos, Granulometria e Índices
físicos
Estrutura dos solos
Estrutura dos solos
1. Estrutura granular simples:
característica dos pedregulhos e areias;
podendo o solo ser mais denso ou mais
fofo, de acordo com a classificação
atribuída pela determinação do “Grau de
compacidade”
Estrutura dos solos
Estrutura dos solos
2. Estrutura Alveolar :
Característico de Siltes e areias finas.
Estrutura influenciada pelo processo de
sedimentação
Estrutura dos solos
3. Estrutura floculenta :
Partículas muito pequenas como é o caso
das Argilas.
Estrutura dos solos
3. Estrutura floculenta :
Partículas muito pequenas como é o caso
das Argilas.
Estrutura dos solos
4. Estrutura em esqueleto :

Presença de grãos finos quanto de grãos


mais grossos
Estrutura forma e tamanho dos
grãos
1. Estrutura e forma das partículas:

A) Arredondadas (poliédrica): predominam


nos pedregulhos, areias e siltes
Forma das partículas
Estrutura forma e tamanho dos
grãos
1. Estrutura e forma das partículas:

B) Lamelares: As argilas, com propriedades


de compressibilidade e plasticidade.
Estrutura forma e tamanho dos
grãos
1. Estrutura e forma das partículas:

C) Fibilares: solos turfosos.


Estrutura forma e tamanho dos
grãos
1. Estrutura e forma das partículas:
C) Fibilares: solos turfosos.
Estrutura forma e tamanho dos
grãos
2. Tamanho das partículas:
Quanto ao tamanho das partículas, de uma
maneira geral, podemos classifica-las na
ordem decrescente do tamanho das
partículas, dependendo no caso da escala
granulométrica adotada.
Estrutura forma e tamanho dos
2. Tamanho das partículas: grãos
De uma maneira geral temos:
Pedregulho - 76,0 mm > D > 4,8 mm
Grossa : 4,8 mm > D > 2,0 mm
Areia Média : 2,0 mm > D > 0,42 mm
Fina : 0,42 mm > D > 0,06 mm
Silte - 0,05 mm > D > 0,005 mm
Argila - D < 0,005 mm tada.
Estrutura forma e tamanho dos
grãos
2. Escala granulométrica:

Correspondente ao tamanho relativo dos


grãos das diversas frações constintuintes
dos solos.
2. Escala granulométrica:
Estrutura forma e tamanho dos
grãos

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