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METALURGIA DO NIQUEL
1. Introdução
2. Propriedades do Níquel. Aplicação.
3. Processos de extração do Ni
- Processo hidrometalúrgico
- Processo pirometalúrgico;
1. INTRODUÇÃO
blindada de aço níquel foi fabricada na França em 1885 e logo depois na Itália, Inglaterra
e EUA. No início da década de 1890, a adoção de aços de níquel pelas marinhas do
mundo levou a um aumento acentuado na demanda por níquel.
Reservas
Propriedades físicas
Estrutura cristalina Cúbica de face centrada e hexagonal
Estado da matéria Sólido (ferromagnético-hexagonal)
Ponto de fusão 1728 K (1455 °C)
Ponto de ebulição 3186 K (2913 °C)
Estados de oxidação (óxido) 2,3
O níquel tem seu ponto de fusão em 1455ºC, possuindo uma grande resistência a
corrosão e oxidação. Deste modo o níquel é utilizado, tanto puro como em ligas, em
aproximadamente 300 mil produtos para consumo, indústria, material militar, moedas,
transporte/aeronaves e em aplicações voltadas para a construção civil.
Ele se assemelha ao aço quanto a resistencia mecanica, dureza e tenacidade. Se
assemelha tambem ao cobre no que diz respeito a sua resietencia a corrosão, oxidação
e também apresenta condutividade térmica e elétrica próximas a do cobre.
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O níquel normalmente forma uma estrutura de cristal cúbicade face centrada embora
seja conhecida uma modificação hexagonal, que muda para a forma cúbica a 250 ºC. O
níquel cúbico é ferromagnético abaixo do ponto de Curie de 357 ºC, embora menos que
o ferro. A forma hexagonal de níquel não é ferromagnética.Possui uma grande
resistência a corrosão e oxidação.
Deste modo o níquel é utilizado, tanto puro como em ligas, em aproximadamente 300
mil produtos para consumo na indústria, material militar, moedas, transporte/aeronaves
e em aplicações voltadas para a construção civil
Classe I: Derivados com grande pureza, com no mínimo 99% de níquel contido (níquel
eletrolítico 99,9% e “carbonyl pellets” 99,7%) tendo assim larga utilização em qualquer
aplicação metalúrgica.
Classe II: Derivados com conteúdo entre 20% e 96% de níquel (ferro–níquel, matte,
óxidos e sinter de níquel) com grande utilização na fabricação de aço inoxidável e ligas
de aço.
APLICAÇÕES
OCORRÊNCIAS
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O níquel aparece na forma de metal nos meteoros junto com o ferro (formando as ligas
kamacita e taenita), e acredita-se que exista no núcleo da Terra junto com o mesmo
metal.
laterito Reservas de Ni
Produção de Ni
31% 27,80%
69%
72,20%
Late…
- Figura 1 . Produção e reservas do niquel no mundo.
OBS: Os solos lateríticos (later, do latim: tijolo) são solos superficiais, resultantes de
uma transformação da parte superior do subsolo pela atuação do intemperismo, por
processo denominado laterização. O processo de laterização proporciona o
enriquecimento no solo de óxidos hidratados de ferro e/ou alumínio e a permanência da
caulinita como argilo-mineral predominante e quase sempre exclusivo. Estes minerais
conferem aos solos de comportamento laterítico coloração típica: vermelho, amarelo,
marrom e alaranjado.
Os solos saprolíticos (sapro, do grego: podre) são aqueles que resultam da
decomposição e/ou desagregação in situ da rocha matriz pela ação das intempéries
(chuvas, insolação, geadas) e mantêm, de maneira nítida, a estrutura da rocha que lhe
deu origem. São genuinamente residuais, isto é, derivam de uma rocha matriz, e as
partículas que o constituem permanecem no mesmo lugar em que se encontravam em
estado pétreo.
Os solos saprolíticos constituem, portanto, a parte subjacente à camada de solo
superficial laterítico (ou, eventualmente, de outro tipo de solo) aparecendo, na superfície
do terreno, somente por causa de obras executadas pelo homem ou erosões. Estes
solos são mais heterogêneos e constituídos por uma mineralogia complexa contendo
minerais ainda em fase de decomposição.
- LATERITICOS:
GOIAS: Barro Alto, Iporá, Jaupací, Água Branca, Morro do Engenho, Níquelândia,
Santa Fe,Jussara, Crixás, Diorama, Goianésia, Montes Claros de Goiás
PARÁ: Vermelho,Onça Puma, Jacaré e Jacarezinho, Quatipuru, Serra do Tapa e Vale
dos Sonhos,
PIAUI: São João Do Piauí
TOCANTINS: Serra do Quatipuru, Lonta e Vila Oito
Fonte: Oliveira 1990, Oliveira et al. 1992, Macambira 2001, Kotschoubey et al. 2005 e
DNPM 2008.
Minérios de niquel
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Devido à quantidade de água presente, e porque a água requer muita energia para
evaporar e aquecer, é necessário a realização de um pré-tratamento do minério (pelo
menos secagem e calcinação) antes da redução.
Obs. Só após a secagem é possível fazer o peneiramento do minério que tinha sido
cominuído antes da secagem e assim ajustado sua granulometria para tamanhos de 1
a 2 mm, adequados para a calcinação. Os pós gerados podem ser submetidos a
processos de aglomeração, como vimos na metalurgia do Zn.
3.1.2 Calcinação
Nesta etapa é possível eliminar a água estrutural. Os óxidos hidróxidos hidratados se
decompõem e o produto obtido contém NiO, MgO, FeO e SiO2 além da água que é
evaporada. Ou seja, pelo calor todos os hidróxidos se convertem em óxidos e pela
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quebra da estrutura a sílica é liberada. O calor para esta etapa também é originário da
queima de hidrocarbonetos. O produto desta etapa é denominado calcina. Na calcina
não há mais água. Um pouco do NiO se reduz a Ni pois no forno calcinador é registrado
a presença de C (resultante da combustão incompleta dos HCs).
A figura 4 mostra os dois tipos de minérios e no caso dos lateríticos, os seus subtipos
(saprolito, esmectita e limonitas) que diferem quanto ao teor de Fe de minerais. Nos
sulfetados predomina a pirometalurgia enquanto nos lateritos temos as operações de
piro e de hidrometalurgia sendo utilizadas.