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Balanço Hídrico
Dr. Raimundo Luciano Soares Neto

Representação da absorção de água ligada a transpiração. Seguindo

valores crescentes de potenciais.
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A ÁGUA NO SOLO
• O conteúdo de água e a sua taxa de movimento no solo dependem em
grande parte do tipo e da estrutura do solo

A ÁGUA NO SOLO
• Uma pressão hidrostática negativa na água do
solo diminui o seu potencial hídrico

ΨWsolo = ψSsolo + ψPsolo + ψGsolo

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A ÁGUA NO SOLO
• A água move-se pelo solo por fluxo de massa

FLUXO DE MASSA = movimento conjunto de moléculas em massa, na maioria

das vezes em resposta a um gradiente de pressão

• A taxa de fluxo de água nos solos depende de dois fatores:

1) Tamanho do gradiente de pressão pelo solo
2) Condutividade hidráulica do solo (= medida da facilidade com que a água
se move pelo solo. E varia com o tipo de solo e com o seu conteúdo de
água)

❑ Solos arenosos, os quais têm grandes espaços entre as partículas, têm alta
condutividade hidráulica quando saturados
❑ Solos argilosos, com somente diminutos espaços entre suas partículas, têm
condutividade hidráulica apreciavelmente menor 5

ABSORÇÃO DE ÁGUA PELAS RAÍZES

• A água se move na raiz pelas rotas apoplástica, simplástica e
transmembrana

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ABSORÇÃO DE ÁGUA PELAS RAÍZES

• O acúmulo de solutos no xilema pode gerar “pressão de raiz”

• Quando a transpiração é baixa ou ausente, uma pressão hidrostática positiva se

estabelece no xilema porque as raízes continuam a absorver íons do solo e
transportá-los para o xilema
ACÚMULO DE
SOLUTOS NA SEIVA
DO XILEMA

PRESSÃO
↓ ψs SOLO → ↓ ψW SOLO HIDROSTÁTICA
POSITIVA NO XILEMA

ABSORÇÃO DE ÁGUA PELAS RAÍZES

• As plantas que desenvolvem pressão de raiz frequentemente produzem gotículas
líquidas nas margens de suas folhas, fenômeno conhecido como gutação

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TRANSPORTE DE ÁGUA ATRAVÉS DO XILEMA

• O xilema consiste em dois tipos de

elementos traqueais:
traqueídes e elementos de vaso

TRANSPORTE DE ÁGUA ATRAVÉS DO XILEMA

A água se move através do xilema por

fluxo de massa acionado por pressão

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A teoria da coesão-tensão explica o transporte de

água no xilema

• A força propulsora do
movimento de água nas
plantas origina-se nas folhas

• À medida que a água evapora

da superfície das células do
mesofilo, a água retrai-se cada
vez mais para dentro dos
interstícios da parede celular

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A teoria da coesão-tensão explica o transporte de

água no xilema

• Como a celulosa é hidrofílica, a

força resultante da tensão
superficial causa uma pressão
negativa na fase líquida

• À medida que o raio da curvatura

dessas interfaces ar-água decresce,
a pressão hidrostática torna-se mais
negativa

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A teoria da coesão-tensão explica o transporte de

água no xilema

Transpiração - Evaporação
↓ψP - ↑ Tensão

Coesão
Coluna de água no xilema é mantida
por coesão das moléculas de água
nos elementos traqueais

↓ potencial hídrico na raiz provoca

a entrada de água do solo, que se
desloca por osmose até os tecidos
vasculares
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A teoria da coesão-tensão explica o transporte de

água no xilema

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A teoria da coesão-tensão explica o transporte de

água no xilema

• O fenômeno de formação de bolhas é

denominado cavitação e a lacuna
resultante, preenchida de gás, refere-se
como uma embolia

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Elemento de vaso com embolia

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MOVIMENTO DE ÁGUA DA FOLHA PARA A ATMOSFERA

• O vapor de água sai da folha

através da fenda estomática

• O transporte na fase de vapor é por

difusão

• A parte final da corrente

transpiratória é controlada pelo
gradiente de concentração de
vapor de água

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MOVIMENTO DE ÁGUA DA FOLHA PARA A ATMOSFERA

• A cutícula cerosa que cobre a superfície foliar é uma barreira efetiva ao

movimento de água

• Estima-se que apenas 5% da água perdida pelas folhas saia pela cutícula

• Quase toda a água perdida por folhas se dá por difusão de vapor de água pelas
diminutas fendas estomáticas

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MOVIMENTO DE ÁGUA DA FOLHA PARA A ATMOSFERA

• A transpiração foliar depende de dois fatores principais:
(1) A diferença de concentração de vapor d’água entre os espaços
intercelulares das folhas e a massa atmosférica externa

Concentração de vapor de água [cwv]

= cwv(folha)-cwv(ar)

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MOVIMENTO DE ÁGUA DA FOLHA PARA A ATMOSFERA

• A transpiração foliar depende de dois fatores principais:
(1) Resistência à difusão (r) desta rota

A resistência à difusão na rota da

transpiração consiste em dois
componentes variáveis

▪ Resistência da camada limítrofe (rb)

▪ Resistência estomática foliar (rs)

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MOVIMENTO DE ÁGUA DA FOLHA PARA A ATMOSFERA

• Resistência da camada limítrofe (rb)

• A espessura da camada limítrofe é determinada

pela velocidade do vento e pelo tamanho da folha

# ar parado → camada de ar limítrofe muito

espessa, e mostrando-se a principal barreira à perda
de vapor d’água

Aumentos nas aberturas estomáticas sob essas

condições têm pouco efeito na taxa de transpiração

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MOVIMENTO DE ÁGUA DA FOLHA PARA A ATMOSFERA

• Resistência da camada limítrofe (rb)

# vento em alta velocidade → camada de ar limítrofe

reduzida, diminuindo a resistência dessa camada

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MOVIMENTO DE ÁGUA DA FOLHA PARA A ATMOSFERA

▪ Resistência estomática foliar (rs)

▪ A maior parte da transpiração foliar

resulta da difusão de vapor d’água
através da fenda estomática,
proporcionando uma rota de baixa
resistência

▪ Quando a água é abundante, a

solução funcional para a necessidade
de limitar a perda de água pela folha
durante a absorção de CO2 é a
regulação temporal das aberturas
estomáticas

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Resistência estomática

Apezzato-da-Glória (2009)
Estômato com células-guarda em forma de
Vista frontal da epiderme da face
halteres da folha de uma Poaceae
abaxial da folha de Tradescantia
sp., evidenciando-se um estômato 23
tetracítico

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Regulação estomática

Um aumento na pressão de turgor da célula-guarda abre o estômato

• As células-guarda funcionam como válvulas hidráulicas multissensoriais

• Fatores ambientais, como intensidade e qualidade de luz, temperatura, status

hídrico foliar e concentração intracelular de CO2, são percebidos pelas células-
guarda e esses sinais são integrados em respostas estomáticas bem definidas

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Regulação estomática

ABERTURA ESTOMÁTICA → FECHAMENTO ESTOMÁTICO →

ocorre quando solutos são ativamente
acumulados nas células-guarda, causando um
movimento osmótico de água para as células-
guarda, aumentando a pressão de turgor em
comparação às células vizinhas
ocorre por meio de um processo inverso:
declínio da concentração de solutos nas
células-guarda, saída de água e diminuição
na pressão de turgor

▪ Potássio (K+)
▪ Cloro (Cl-)
▪ Malato2-
▪ Sacarose
▪ Luz percebida por fototropinas e zeaxantina 25

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Regulação estomática

Abertura e fechamento estomático. O gráfico mostra as mudanças diárias no tamanho do poro estomático em
folhas intactas de plantas de fava (Vicia faba), em relação ao conteúdo de potássio (K+) e sacarose das
células-guarda. Enquanto o potássio é o principal soluto osmoticamente ativo envolvido na abertura estomática
durante a manhã, a sacarose é o soluto osmoticamente ativo envolvido nas mudanças que ocorrem durante a
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tarde e a noite. (Evert & Rupert – Raven Biologia Vegetal (2014).
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Regulação estomática
• As paredes celulares das células-guarda têm características
especializadas

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