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Água subterrânea

Prof.ª Aparecida A. Maffra


Disciplina: Dinâmica da Terra
Ciclo

O que é?

• O conceito de ciclo implica um


conjunto de transformações
sucessivas e um retorno ao
estado inicial.

Figura 1: Representação
esquemática geral de um ciclo.
Ciclo Hidrológico
• É o fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície
terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela
energia solar associada à gravidade e à rotação terrestre.
• Os subsistemas do ciclo hidrológico são abertos.

Figura 2:
Representação
esquemática do ciclo
hidrológico.
Ciclo Hidrológico

Figura 3: Representação esquemática


simplificada do ciclo hidrológico. Os
materiais (vapor, água e gelo) também
podem ser chamados de reservatórios
de massa e são apresentados dentro de
elipses. Os processos de transferência
de massa de um reservatório para o
outro são apresentados ao lado de
setas.
Descrição geral do Ciclo Hidrológico
Precipitação: ocorre quando complexos fenômenos de aglutinação e crescimento das
microgotículas, em nuvens com presença significativa de umidade (vapor de água) e núcleos
de condensação (poeira ou gelo), formam uma grande quantidade de gotas com tamanho e
peso suficientes para que a força de gravidade supere a turbulência normal ou movimentos
ascendentes do meio atmosférico. Sua forma mais comum é a chuva, e quando o vapor de
água transforma-se diretamente em cristais de gelo e estes atingem tamanho e peso
suficiente, pode ocorrer neve ou granizo.
Infiltração: é a água da precipitação que infiltra no solo. Isso ocorre até a saturação do
solo e é comandada pelas tensões capilares nos poros e pela gravidade.
Evaporação: perda d’água para a atmosfera de uma superfície líquida (ou sólida saturada)
exposta livremente às condições ambientais.
Transpiração: fenômeno de dispensação de água dos vegetais na forma de vapor para a
atmosfera.
Evapotranspiração: conjunto evaporação do solo mais transpiração das plantas.
Escoamento superficial: fluxo de água que ocorre na superfície do solo, impulsionado pela
gravidade em direção as cotas mais baixas.
Ciclo Hidrológico: valores de massa e taxas de
transferência

Figura 4: O ciclo hidrológico.


Os números entre
parênteses representam a
massa de água em cada
reservatório, em 1018 Kg.
Os fluxos de massa entre os
diversos reservatórios são
apresentados ao lado das
setas, em 1018 Kg/ano. A
fonte destas informações é
o livro Global Environment,
Berner & Berner, 1996,
capítulo 1.
Ciclo Hidrológico: processos

Figura 5: Reações químicas


desde a hidratação da
molécula de CO2 até as
reações de dissociação do Figura 6: Diagrama dos caminhos percorridos pela água de
ácido carbônico. chuva após sua precipitação na superfície dos continentes.
Bacia Hidrográfica
• É uma área de terreno limitada
topograficamente por serras ou morros, onde
toda água da chuva que cai migra em direção a
um único ponto de saída, o exutório (podendo
ser um rio ou lago).

• Também é chamada de bacia de drenagem.

• As bacias hidrográficas podem variar desde


um pequeno riacho com uma área de alguns
quilômetros quadrados, até uma ampla região
drenada por um grande rio e seus tributários
com dezenas de milhares de quilômetros
Figura 7: Esquema ilustrativo de uma bacia
quadrados (por exemplo, rio Paraíba do Sul). hidrográfica.
Bacia hidrográfica

Figura 8: Representação simplificada Figura 9: Representação de uma bacia


de uma bacia de drenagem. de drenagem, detalhando litosfera,
solo e lençol freático, bem como a
direção preferencial dos fluxos sub-
superficiais.
Divisões hidrográficas do Brasil

• A Divisão Hidrográfica Nacional, instituída pelo Conselho Nacional de Recursos


Hídricos (CNRH), estabelece as doze Regiões Hidrográficas brasileiras.

• São regiões hidrográficas: bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas


próximas, com características naturais, socais e econômicas similares. Esse critério de
divisão das regiões visa orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos
hídricos em todo o país.
Divisões hidrográficas do Brasil

Figura 10. Regiões hidrográficas do Brasil. Fonte: Agência Nacional de Águas-ANA.


Lençol freático: a hidrosfera subterrânea
• É a massa de água estocada em subsuperfície abaixo da zona não-saturada do solo;
também chamada lençol freático.

• A sua composição química está relacionada com o percurso que a água faz desde a
atmosfera até a zona saturada do solo próximo ao contato solo-rocha.

• A composição química do lençol freático é reflexo das interações que a água de chuva
desenvolve com os componentes da paisagem na medida em que atravessa o prisma
elementar.

• As fontes antrópicas de elementos para o lençol freático estão associadas a mudanças no


uso do solo, principalmente através da urbanização (por meio do esgoto doméstico e
aterros sanitários), das atividades agropecuárias e industriais.
Lençol freático

Figura 11: Esquema ilustrativo de um lençol freático.


Lençol freático: a hidrosfera subterrânea
Tabela 1. Principais fontes naturais de elementos para o lençol freático.
Lençol freático

Figura 12: Vista lateral de uma encosta com um lixão na parte superior (montante) e
residências com poço para abastecimento de água na parte inferior (jusante). Observe
a área contaminada do lençol freático estendendo-se até a captação de água das
residências. Fonte: Massachusetts Audubon Society. Groundwater and Contamination
from the Watershed into the Well. Lincoln: Community Groundwater Protection
Project/Massachusetts Audubon Society, Jan./Feb, 1984. (Groundwater Information
Flyer, 2)
Referências bibliográficas
• Aragon, Glauca Torres. Dinâmica da Terra. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2008. 272p.
FIM!

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