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UNIVERSIDADE SAVE

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Hidrologia Geral
Capítulo I

Introdução hidrologia geral


Docente: Engº Mário António Chico
Contactos: (+258) 84/865780435
Email: m.chicomk435@gmail.com

02 de Agosto de 2022
Considerações Iniciais

 CONCEITOS GERAIS (HIDROLOGIA)

 RESERVAS HÍDRICAS NA TERRA

 UTILIZAÇÃO DA ÁGUA

 CICLO HIDROLÓGICO
Hidrologia

 De acordo (WMO 1982) Organização Meteorológica Mundial a hidrologia trata da ocorrência, circulação e
distribuição da água na Terra, das suas propriedades físicas e químicas, da sua interação com o meio.

 A hidrologia da engenharia (engineering hydrology). O seu enfoque é, o da aplicação da ciência na solução


de problemas de engenharia.

 O objeto de estudo da hidrologia é o ciclo hidrológico.

 Objectivos:
• o conhecimento do ramo terrestre do ciclo hidrológico.
• Aplicações a resolução de problemas de Engenharia (dimensionamento de obras hidráulicas (descarregadores de barragens,
secções de vazão de pontes ou diques de defensas).
Reservas Hídricas na Terra

 Terra o Planeta Azul


 Distribuição de água na terra
Reservas Hídricas na Terra

 Cerca de 96,5% é água salgada;

 Cerca de 1,7% esta nos calotes


polares;

 Maior parte da água subterrânea


situada a grandes profundidades;

 Apenas cerca de 0,3% esta facilmente


disponível para a utilização.
Utilização da água

Quando se pensa na água como recurso natural, podem


considerar-se diversos tipos de utilização. É costume
categorizar tais tipos em quatro grandes grupos:
 utilizações para fins que são indispensáveis à vida e à
saúde e bem-estar das pessoas, como beber, cozinhar,
higiene pessoal e outros consumos domésticos;
 utilizações de consumo público: escolas, hospitais,
comércio e serviços, bombeiros, jardins, lavagem de
ruas e outros serviços urbanos;
 utilizações para fins económicos, ou seja, a água que é
utilizada como fator no processo produtivo;
 utilizações ligadas à conservação ambiental.
Ciclo Hidrológico

Ciclo Hidrológico descreve os diversos caminhos através dos quais a água na natureza circula e se
transforma.

O ciclo hidrológico não tem início ou fim: o ponto de início para a descrição do ciclo hidrológico é arbitrário,
podendo por exemplo partir-se da evaporação da água dos oceanos e sua passagem para a atmosfera.

A precipitação que cai sobre a terra pode seguir caminhos diversos: uma parte evapora-se durante a queda;
outra parte é interceptada por árvores, vegetação ou coberturas de edificações e volta a evaporar-se; uma
outra parte atinge a superfície do solo, originando escoamento superficial ou ficando armazenada em
depressões superficiais.
Ciclo Hidrológico
Motor do Ciclo Hidrológico

 O motor do ciclo hidrológico é a energia solar, que transmite às moléculas de água a energia
necessária para a evaporação e a passagem para a atmosfera.

 O regresso da água ao oceano resulta da libertação de parte da energia de que as moléculas


estão dotadas, originando a sua condensação, e do efeito da gravidade, que causa a
precipitação e o escoamento superficial e subterrâneo.

 A energia potencial que a gota de água na atmosfera possuía é totalmente dissipada neste
percurso de regresso.
Ramos do Ciclo Hidrológico

Por vezes consideram-se três ramos no ciclo hidrológico:

 Ramo oceânico, objeto da oceanografia;

 Ramo aéreo ou atmosférico, objeto da meteorologia;

 Ramo terrestre, objeto da hidrologia.


Balanço Hídrico

Balanço hídrico é a equação de continuidade aplicada a uma certa região durante determinado
período de tempo. Esta equação é escrita como:

𝑑𝑠
𝐼−𝑂 = 𝐼 − 𝑂 ∆𝑡 = ∆𝑠
𝑑𝑡
onde I representa o volume de água entrado no sistema por unidade de tempo,

O, volume saído do sistema também por unidade de tempo e

S, o volume armazenado no interior do sistema.


Balanço Hídrico

• Para toda região da figura:

• Considerando apenas superfície do


terreno:

• Considerando apenas o aquífero:


Balanço Hídrico

 A equação do balanço hídrico pode ser consideravelmente simplificada quando a região


considerada é a bacia hidrográfica e quando se adotem longos períodos de tempo, da ordem
de 30 anos ou mais.
 Numa bacia hidrográfica, não há, em condições naturais, outra entrada de água além da
precipitação e há uma única saída de água.
 Por outro lado, num longo período de tempo, a variação do volume armazenado pode ser
desprezada perante os valores acumulados das outras variáveis. Assim, nessas condições, a
equação do balanço hídrico pode ser escrita na seguinte forma:
Ano Hidrológico

 O procedimento adotado para a definição do início do ano hidrológico é então o de procurar


minimizar a dependência estatística dos sucessivos anos hidrológicos. Para tal, formam-se
séries de escoamentos anuais adotando, alternadamente, diferentes meses para o seu início
e determina-se, para cada alternativa de mês de início, o valor do coeficiente de
autocorrelação. O mês que origine o mais baixo coeficiente de autocorrelação deve ser o
adotado para início do ano hidrológico.

 Em Moçambique, adotou-se como ano hidrológico o período que vai de 1 de outubro de um


ano a 30 de setembro do ano seguinte.
Balanço Hídrico

 O balanço hídrico é uma ferramenta muito útil e que é utilizada numa grande variedade de
situações, maior obstáculo na resolução de problemas práticos com utilização do balanço
hídrico reside principalmente na dificuldade de medir ou estimar adequadamente as variáveis
intervenientes.

Por exemplo, no caso da albufeira de uma barragem, o balanço hídrico pode escrever-se, em
termos de volumes contabilizados durante um intervalo de tempo Δt, como:
Balaços hídricos globais

Balanços hídricos dos continentes em Km³/ano


Balaços hídricos globais

Balanços hídricos dos continentes em mm/ano


Balaços hídricos globais

Balanços hídricos dos oceanos em Km³/ano


Balaços hídricos globais

Balanços hídricos dos oceanos em mm/ano


Balaços hídricos globais

Balanço hídrico Moçambique

A primeira linha correspondem a valores em km³/ano


A segunda linha corresponde a valores em mm/ano
Balaços hídricos de Moçambique

Valores das variáveis hidrológicas em mm

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