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Processamento de fibras

 Formas mais comuns de apresentação das fibras


manufaturadas

 Monofilamento
 simples filamento de medida continua. constituídos de
um único elemento linear de seção transversal redonda
ou perfilada.

 Multifilamento
composição de dois ou mais monofilamentos contínuos
reunidos com comprimento indeterminado

Formados por torção ou outro meio qualquer -


paralelamente.

 Fibra cortada - é o resultado do corte, em determinados


comprimentos, de um grande feixe de filamentos contínuos.
Fios Monofilamentos

Fios Multifilamentos
PROCESSOS DE FIAÇÃO
 Os vários processos de fabricação das fibras artificiais e
sintéticas
 Baseiam-se no emprego de matérias primas
apropriadas, que mediante uma série de operações,
são transformadas em produtos fibrosos de maior
valor comercial, os quais por sua vez são utilizados
nas indústrias têxteis.
 Os vários processos de fabricação têm em comum o
seguinte princípio:
A matéria prima sólida é transformada em líquido
viscoso (viscóide) seja por dissolução em
solventes apropriados ou mediante emulsificação,
ou por fusão.
Este viscóide é posteriormente transformado em
fios num processo contínuo de extrusão.
PROCESSOS DE FIAÇÃO

 FIAÇÃO POR FUSÃO

 FIAÇÃO À UMIDO

 FIAÇÃO À SECO

 FIAÇÃO GEL
PROCESSOS DE FIAÇÃO - FUSÃO

 O processo de fiação por fusão pode ser executado em dois


modos:

1. Quando o fio a ser produzido é de titulagem elevada

 O polímero fundido é extrudado por uma fieira posta


verticalmente em água fria a alguns centímetros da
superfície.

 O fio ou os fios se resfria(m) bruscamente e solidifica(m)-se


na forma dada pela fieira.

 Neste processo são produzidos fios técnicos de poliamida,


poliéster e polipropileno para aplicações como linhas de
pesca, cordões para raquete de tênis, cerdas de escova etc.
PROCESSOS DE FIAÇÃO - FUSÃO

2. Quando se quer fios de titulagem fina

 artigos de vestuário e aplicações do lar POLIMERO


EM FUSÃO

 polímero fundido é extrudado dentro de uma cela de


fiação, onde encontra uma corrente fria de ar transversal
ao seu percurso, que provoca seu resfriamento e
conseqüente solidificação.

 Os principais exemplos são as poliamidas, o poliéster e o


polipropileno
PROCESSOS DE FIAÇÃO - FUSÃO

 Poliamida (nylon)

 Em 1925, apareceram os primeiros estudos teóricos


sobre polímeros efetuados por staudinger da
universidade de heidelberg,

Neste estudo foi demonstrado que todas as fibras


naturais eram constituídas de macromoléculas

 esta era uma condição obrigatória de uma


substância para ser apta a formar fibras.

 Nesses estudos foram examinadas as sínteses de


muitos polímeros com estrutura linear

 1934 foi transformada em fio a primeira poliamida


PROCESSOS DE FIAÇÃO - FUSÃO

 POLIÉSTER

 Os estudos para fabricação do polímero de poliéster a partir


do ácido tereftálico e do etileno glicol foram feitos pelos
químicos R. Whinifeld e J.T. Dikson no laboratório da Calicot
Printers association da Inglaterra

 conseguiram fabricar as primeiras fibras de poliéster


similares as que hoje são fabricadas

 A Imperial Chemical Industries ICI, desenvolveu o processo


industrial que se tornou realidade industrial em 1951
PROCESSOS DE FIAÇÃO - FUSÃO

DIAGRAMA DE OBTENÇÃO
PETRÓLEO

ÓLEO ÓLEO NAFTA GASOLINA DIVERSOS


COMBUSTÍVEL DIESEL

ETILENO PARAXILENO BENZENO PROPENO

ACRILONITRILA
ÓXIDO
ÁCIDO DIMETIL
DE CAPROLACTAMA CUMENO
TEREFTÁLICO TEREFTALATO
ETILENO

MONO ADIPONITRILA
FENOL
ETILENO
GLICOL

POLIÉSTER NYLON 6 NYLON 6.6 ACRÍLICO


PROCESSOS DE FIAÇÃO – Fiação por Fusão
BOMBA DE TÍTULO
PROCESSOS DE FIAÇÃO – Fiação por Fusão
FIEIRAS - BOBINADEIRAS
PROCESSOS DE FIAÇÃO – Fiação por Fusão
PROCESSOS DE FIAÇÃO - FUSÃO
FIAÇÃO A ÚMIDO
 Preparação da solução para a fiação a úmido apresentam-se
dois casos:
1. O polímero é insolúvel em qualquer solvente
Dissolvido quimicamente, isto é, o polímero reage com
determinados produtos até formar um composto solúvel,
Geralmente em água, para no processo de fiação se
processar o fenômeno inverso,
Isto é, a solução é extrudada em banho de fiação que tem
a finalidade de reprecipitar o polímero, agora em forma de
fio.
 Executada com velocidades entre 50 a 150m/min.
 Com esse processo são fabricadas as seguintes fibras:
viscose, cupro, algínicas, protéicas entre outras.
 Obs. As fibras mencionadas anteriormente foram desenvolvidas
há mais ou menos um século, quando a tecnologia ainda era
bastante restrita.
2. O polímero é dissolvido em apropriados solventes e
extrudado em banho de fiação, no qual o solvente passa em
solução e o polímero insolúvel, fica na forma de fio.

 Essa fiação é executada com velocidades entre 20 a 100


m/min.

 São produzidas com esses processos as fibras vinílicas,


fibras acrílicas e de triacetato de celulose.

 Hoje, fibras como o Liocel, que também são de celulose,


são dissolvidas diretamente em solvente comercial, que é
recuperado, para depois serem fiadas a úmido.

 Neste caso, ocorre apenas a coagulação da celulose.


PROCESSOS DE FIAÇÃO – Fiação a Úmido

Polímero não solúvel em solvente comercial – CV, CMD


 Polímero solúvel em solvente comercial - PAN
PROCESSOS DE FIAÇÃO – Fiação a Úmido
PROCESSOS DE FIAÇÃO – Fiação a Seco

 O polímero é dissolvido em solvente


e a solução é extrudada num tubo
vertical (chamado de célula de
fiação), percorrido por uma corrente
de ar quente.
 Solvente evapora, é recuperado e
o polímero sai pela parte inferior
da célula em forma de fio.
 A velocidade desta fiação varia
de 400 a 650 m/min.
 Desta forma, são fiadas fibras como
o acetato de celulose (solvente –
acetona), fibras acrílicas (solvente-
dmf), elastanos entre outras fibras.
v
PROCESSOS DE FIAÇÃO – Fiação a Seco
PROCESSOS DE FIAÇÃO

ACETATO DE CELULOSE
PROCESSOS DE FIAÇÃO A SECO

 Poliuretano

 A fibra formada pelo menos de 85% em massa de um


poliuretano segmentado

 Após ser submetida a um estiramento de até três vezes sua


longitude não estirada, recupera rápida e substancialmente a
longitude não estirada ao ser eliminada a tensão
PROCESSOS DE FIAÇÃO – Fiação a Seco
POLIURETANO
POLÍMEROS

FLEXIBILIDADE E RIGIDEZ MOLECULAR

POLIETILENO [FLEXIVEL]

CELULOSE
[RÍGIDA]
ESTRUTURAS DOS FILAMENTOS
 FOY ou FDY, (do inglês fully oriented yarns ou fully draw yarns)

 Fios multifilamentos lisos, prontos para uso das tecelagens


e malharias são denominados que significa fios totalmente
orientados ou fios totalmente estirados.

 Estes fios estão estabilizados e não estendem facilmente


quando tracionados.

 Os fios produzidos a baixas velocidades, abaixo de


800m/min de e necessitam estiragem para consolidar sua
estrutura molecular
 POY, (do inglês partly oriented yarns)
 Fio parcialmente orientado.
 Especialmente produzidos os fios para fabricar os fios
texturados
 Fios multifilamentos lisos requerem ainda uma estiragem
complementar
realizada juntamente com a texturização.
Por este motivo, quando tracionados se estendem com
certa facilidade e não voltam mais ao comprimento
original.
Fios produzidos entre 1800m/min e 4200 m/ min são
chamados de e requerem um estiragem complementar
pequena da ordem de 30 a 60 %.
 MOY, (Mediun Oriented Yarns)
 Necessitam estiragem para consolidar sua estrutura
molecular
 Estrutura semicristalina
Maior faixa de variação de propriedades
Os fios produzidos a baixas velocidades, da ordem de
1200 a 1500 m/min se necessitam estiragem para
consolidar sua estrutura molecular.

 FOY (Fully Oriented Yarns)


 Fios de alta cristalinidade
 Aplicações para têxteis técnicos
 Fios fiados a velocidades maiores como 6000 m/min são
chamados de FOY ou FDY
 São fios totalmente estirados e orientados prontos para o
uso.
PROCESSOS DE FIAÇÃO - FUSÃO

“ LOY ” “ MOY ” “ POY ” “ FOY ”


LOW ORIENTED MEDIUM PARTLY ORIENTED FULLY ORIENTED
YARN ORIENTED YARN YARN YARN

AR AR AR AR

< 800 1200 a 1800 a 4200 > 6000


m/min 1500m/min m/min m/min
 Em geral

 Quanto maior o comprimento da molécula,

Maior a resistência mecânica

 Maior a resistência ao calor


CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO
COMPORTAMENTO MECÂNICO
MECANISMOS DE DEFORMAÇÃO DOS
MATERIAIS POLIMÉRICOS
a) Deformação elastica

 Alargamento das ligações covalentes entre os carbonos da


cadeia principal

b) Deformação elastica/plastica

 Desenrolamento da cadeia principal


c) Deformação plástica

 Deslizamento de cadeia
PROPRIEDADES MECÂNICAS

 Deformação plástica em materiais poliméricos

 ocorre por deslizamento das cadeias moleculares


umas sobre as outras, quebrando e refazendo as
forças de ligação secundárias apolares
Diferentes materiais possuem diferentes estruturas
cristalinas e, conseqüentemente, propriedades finais
diferentes.
FIOS MULTIFILAMENTOS CONTÍNUOS
TERMINOLOGIAS / DEFINIÇÕES
FIOS MULTIFILAMENTOS CONTÍNUOS
TERMINOLOGIAS / DEFINIÇÕES

+/-20 microns +/-3 microns


FIOS MULTIFILAMENTOS CONTÍNUOS
TERMINOLOGIAS / DEFINIÇÕES

SECÇÃO TRANSVERSAL
As fibras sintéticas, se apresentam geralmente lisas longitudinalmente e com
seção redonda, mas podem ser oferecidas com seções diferenciadas, sendo
a mais comum a Trilobada.

redondo trilobal
FIOS MULTIFILAMENTOS CONTÍNUOS
TERMINOLOGIAS / DEFINIÇÕES

SECÇÃO TRANSVERSAL

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