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CONFORMAÇÃO DE FIBRAS DE CARBONO

Wesley dos Santos Bastos

Processos de Conformação Mecânica

Professor: Marcos Flávio de Campos


INTRODUÇÃO

O material estudado neste trabalho é a fibra de carbono (FC), um material com


grande potencial de aplicações modernas, utilizado principalmente na constituição
de materiais compósitos destinados à indústria aeronáutica. Esta consiste em um
material composto por átomos de carbono apresentando partes cristalinas e
amorfas (Figura 1(a)) e o tecido de FC como mostra a Figura 1(b), no qual cada
cabo de fibra possui milhares de monofilamentos. Esta fibra possui elevadas
resistências à tração e à compressão, elevada resistência à temperatura em
atmosfera inerte, baixa molhabilidade (YUAN et al., 2012). Esta última característica
é pouco interessante na produção de materiais compósitos, uma vez que para tal
emprego é necessário uma boa aderência entre fibra e matriz (CALLISTER, 2008).

Fonte: ResearchGate

Figura 1 - (a) Estrutura da fibra de carbono e (b) uma das formas de como a fibra
pode ser trançada (1x1, plain weave) Fonte: (CHUNG, 2014).
As fibras de carbono são adequadas para a fabricação dos mais diversos materiais,
tais como: tecidos, telas, micro-telas para a filtragem de líquidos e gases de grande
propriedade corrosiva. As fibras são resistentes a altas temperaturas e servem
especialmente como catalisadores utilizados em processos químicos (NETO,
PARDINI, 2006).

A produção de fibras de carbono envolve a pirólise, ou seja, a decomposição pelo


calor de algum material rico em átomos de carbono. Um exemplo deste material
(precursor polimérico) é 31 a poliacrilonitrila conhecida pela sigla "PAN". Para se
produzir uma fibra carbônica de boa qualidade a partir de uma fibra precursora, é
necessário um processo de tratamento térmico e condições controladas de tensão,
atmosfera, tempo e, principalmente, temperatura.

As fibras de carbono sozinhas não são apropriadas para uso, porém, ao serem
combinadas com matrizes poliméricas, estas resultam em um material com
propriedades mecânicas excelentes. Este novo material é chamado de material
compósito, também designado como materiais plásticos reforçados por fibra de
carbono e estão, neste momento, em enfoque por parte das indústrias aeroespacial,
automobilística e marítima (NETO, PARDINI, 2006).

As fibras estão presentes nas aeronaves que vemos sobrevoando os céus de todo o
mundo e também está nas bicicletas mais poderosas. Podemos ver as aplicações
em acessórios para esportes — como tacos, raquetes e vários outros — e nos
painéis dos carros. Você pode não saber como ele é feito e nem conhecer todas as
aplicações possíveis, mas você certamente já ouviu falar deste material: fibra de
carbono.

Sendo um material sintético, a fibra de carbono é composta por filamentos


construídos majoritariamente de carbono, mas não apenas desse elemento — pois
há outros utilizados para a produção dos filamentos e também para a sustentação
das fibras. Entretanto, o que faz da fibra de carbono um material tão elogiado e
utilizado em todo o mundo? Por que queremos que esteja cada dia mais presente?

Em resumo, a fibra de carbono é leve e forte, sendo uma excelente opção para o
ferro. Como ela pode substituir outras ligas e por que isso tem sido muito importante
nos últimos anos. A fibra de carbono está mais presente na sua vida do que você
imagina.

Como é feita esta fibra?

As fibras de carbono são adequadas para a fabricação dos mais diversos materiais
tais como: papéis, tecidos, telas, micro-telas para a filtragem de líquidos e gases de
grande propriedade corrosiva. As fibras são resistentes a altas temperaturas; e
servem especialmente em catalisadores utilizados em processos químicos.

Para a produção de fibras carbônicas o método utilizado é chamado pirólise, ou


seja, a decomposição pelo calor, de algum material rico em carbono que retém a
sua forma fibrosa através de tratamentos térmicos que resultam em carbonização
com alto resíduo carbonáceo.

Os materiais carbonáceos podem ser naturais ou sintéticos e são utilizados como


"fibra precursora". Normalmente, o cânhamo, o linho, o algodão, entre outros
materiais naturais, têm rendimento pobre de carbono; suas propriedades físicas,
rigidez e resistência mecânica são fracas; e não são utilizados como em materiais
formadores de estruturas que exigem esforço físico.

Os tecidos de carbono utilizados como agentes reforçadores de resinas feniólicas


levaram às pesquisas para o desenvolvimento de fibras cujas propriedades
mecânicas foram sendo aperfeiçoadas até chegar-se ao "raiom".

Ao se desenvolver estas matérias-primas, iniciando-se na década de 1950 até o


final da década de 1960, chegou-se à produção de fibras carbônicas de alta
resistência à tração e tensão mecânicas.

Um exemplo destes produtos é a fibra de poliacrilonitrila, conhecida pela sigla


"PAN". Esta é semelhante ao acrílico. As poliimidas, poliamidas e o álcool
polivinílico são considerados fibras precursoras poliméricas sintéticas.

Para se produzir uma fibra carbônica de boa qualidade a partir de uma fibra
precursora, é necessário um processo de tratamento térmico e condições
controladas de tensão, atmosfera, tempo e principalmente temperatura.
O processo se inicia com um pré tratamento onde a matéria prima recebe tensões
mecânicas que provocam o seu alongamento utilizando vapor. Em seguida vem a
etapa em que ocorre a conversão de um precursor polimérico. Seguindo-se ao
aquecimento constante e controlado até em torno de 250°C aproximadamente. Em
seguida é necessária à sua estabilização físico-química. Isto ocorre através do
surgimento de ligações transversais entre as cadeias moleculares.

Após a estabilização físico-química vem o processo de carbonização em atmosfera


inerte em alta temperatura, o gás mais utilizado neste ponto do processo é o
"Argônio" e a temperatura utilizada é em torno de 1.000°C.

No momento em que ocorre a pirólise começam a surgir sub-produtos devido à


decomposição gasosa. A contração do material passa a ocorrer aumentando assim
sua rigidez mecânica.

Em alguns tipos de fibras de carbono, são liberados nitrogênio, dióxido de carbono,


vapor d'água, cianureto de hidrogênio e amônia.

Após o processo de pirólise vem o processo de "grafitização". Este consiste num


tratamento térmico que oscila entre 2.000°C e 3.000°C; e proporciona uma
"cristalização" ordenada dos cristais de carbono no interior da fibra.

Na cristalização, os cristais de carbono podem assumir formas cristalinas diversas.


Suas propriedades físicas e mecânicas variam conforme a matéria prima utilizada e
as condições de produção. As fibras de carbono têm suas características
dependentes de sua microestrutura, ou seja, de sua estrutura atômica.

Quando se usa a grafita cristalina de estrutura hexagonal de cadeia fechada com a


forma de lâminas de 3,35 ângstrons, está possui propriedades físicas diferentes nos
sentidos longitudinal e transversal do cristal. Temos uma fibra de carbono com alta
resistência mecânica.

Sabe-se que os materiais de maior resistência mecânica são os grafitosos


compostos de cristais dispostos em estrutura helicoidal perfeita. Para se obter fibras
de carbono resistentes e rígidas, durante a sua indução se faz ocorrer uma estrutura
grafítica que adquire a orientação desejada durante o tratamento térmico.
Se utilizarmos como precursor da fibra um material cuja formação é um tecido
orgânico repuxado, a orientação de sua estrutura molecular são ordenadas. O
resultado será um cristal contendo camadas alinhadas paralelamente ao eixo das
fibras. Depois de ocorrer o processo de grafitização, a estrutura resultante são fibras
chamadas de "fibrilas", que são fibras extremamente finas compostas de 15
camadas de cristal separadas em 150 ângstrons; e com um comprimento entre
10.000 a 100.000 ângstrons.

Fonte: Tecmundo

Materiais possíveis

Como já dissemos, a pirólise de materiais ricos em carbono é a origem de polímeros


dessa substância. Praticamente qualquer material orgânico pode ser utilizado para
isso, mas a escolha é totalmente baseada na quantidade de carbono que existe em
cada fonte. Em 1879, Thomas Edison conseguiu criar fibras a partir de algodão e
bambu, mas hoje esse tipo de extração se tornou menos viável.
Fonte: Tecmundo

Anos depois, na década de 1950, Roger Bacon realizou um processo diferente e


conseguiu resultados similares a partir de seda artificial Raiom. Mas foi apenas na
década de 1960 que as empresas japonesas começaram a utilizar a poliacrilonitrila
(PAN). Não demorou muito para que todo o mercado se voltasse a esse mesmo
procedimento, que se mostra mais viável e barato em escala industrial.

Ainda existem outras fontes utilizadas ao redor do mundo, mas é preciso dizer que
isso ocorre em escalas menores. Um exemplo disso é o carro Krestel, que foi
produzido em 2010 e tem como base a fibra de carbono extraída a partir do cânhamo.
Também há fibras produzidas a partir de algodão, linho e diversos outros materiais
orgânicos.

A importância da cola

A fibra de carbono não seria nada sem a presença de uma cola tão resistente quanto
ela. É claro que não podemos nos referir ao elemento de fixação como uma cola
comum, mas sim como uma resina epóxi de alto desempenho. É ela que fará com
que as chapas de fibra fiquem estabilizadas e aproximadas. Não é exagero dizer que,
sem as resinas epóxi, fibras de carbono não teriam a resistência que permite a
aplicação em tantos meios como acontece hoje.

Como o site ArsTechnica afirma: “A dureza e a leveza da fibra de carbono deriva de


duas coisas. Primeiro estão os componentes que serão a base dos filamentos de
carbono, aliados ao epóxi que moldará o elemento-base. A segunda coisa é a troca
química entre dois elementos que fará com que o material se misture, permitindo que
o epóxi seja realmente a sustentação de tudo”.

Compostos ou nada

Você não vai encontrar um produto no mercado que seja 100% carbono. As empresas
utilizam o material em conjunto com outros elementos para que as fibras sejam
aplicáveis em diversos processos. Isso é o que gera os materiais compostos
reforçados por ligas plásticas ou metálicas, por exemplo.

Na indústria, uma das aplicações mais claras disso está no “Carbon Fiber Reinforced
Plastic” (CFRP), que é utilizado em aviões e muitos outros bens de alto desempenho
e que demandam durabilidade elevada. Este é outro momento em que se torna bem
clara a importância vital dos epóxis de alta qualidade.

Por que usar?

Uma das principais vantagens que as fibras de carbono têm sobre o aço é a leveza
do material. Sem o peso dos metais, as estruturas se tornam mais leves — facilitando
o transporte e também reduzindo custos no caso da produção de veículos —, ao
mesmo tempo que não ocorre a perda de resistência das ligas obtidas a partir da
junção de fibras de carbono com epóxis e materiais plásticos.

No ramo da construção civil, o que torna os compostos carbonosos mais


interessantes do que metais é a durabilidade. Por causa de sua estrutura não
oxidável, a ação do tempo não confere corrosão aos materiais. Ou seja, ele pode ser
mantido por muitos anos sem que ocorra qualquer dano por processos similares à
“ferrugem”.

Usos e benefícios

Ligas baseadas em fibras de vidro são levadas para diversos mercados, sempre
utilizadas para garantir leveza e resistência aos produtos em que são aplicadas. O
CFRP utilizado em aviões é vital para que as aeronaves fiquem mais leves e
economizem combustível, além de sofrer menos com a ação do tempo — o que
aumenta a durabilidade.

Na Fórmula 1, carros criados com fibras de carbono atingem velocidades mais altas
e protegem melhor os pilotos do que outras ligas. Indo para ambientes mais próximos
de nós, as bicicletas “Carbon” vistas nas pistas profissionais conseguem oferecer
desempenho sem igual — sendo também vistas nas corridas de estrada.

Ainda em relação aos esportes, é preciso dizer que a fibra de carbono pode ser vista
em muitos locais diferentes. A empresa Zoltek afirma que a utilização do material
pode ser vista em “tacos de golfe, raquetes de tênis, esquis, snowboards, tacos do
hóquei e varas de pescar”. Isso sem falar da importância na indústria, em setores de
pesquisa e desenvolvimento e também na construção civil.

Números concretos

Em 2012, um relatório publicado na Reinforced Plastics mostrou os usos da fibra de


carbono em escala global. Na época, a maior utilização dos materiais era relacionada
à produção das turbinas de vento para fins aeroespaciais e automobilísticos (23% do
total). Em seguida, produtos para fins bélicos e construção aeronáutica somavam
18%, seguidos de perto por materiais esportivos (17%).
Fonte: Tecmundo

Outro caminho rentável é a produção de compostos e moldes diversos, algo que leva
12% de toda a fibra mundial. Apenas 6% da produção mundial são enviados para a
construção civil, e a indústria automotiva também demanda a fibra de carbono e
chega a 5% do uso total — lembrando que neste segmento a fibra de vidro é mais
utilizada.

POR QUE A FIBRA DE CARBONO É TÃO CARA?


Quando a indústria descobriu as fibras carbônicas como uma opção mais leve do que
o aço e o alumínio, logo este material passou a ser o mais desejado por aqueles que
buscam aerodinâmica e desempenho. As bicicletas full carbon, ou seja, aquelas que
têm não só o quadro, mas também o garfo, canote e outros componentes fabricados
com este material, atualmente são comuns até mesmo entre ciclistas amadores. O
que intriga a muitos é: afinal, porque a fibra de carbono é tão cara?
Em decorrência da Segunda Guerra Mundial houve um aumento no interesse em
desenvolver novos materiais com propriedades especiais, entre eles, as fibras de
carbono. Mas o aperfeiçoamento deste tipo de material se deu na década de 1960.
Décadas depois, ela ainda é um material exótico.
O material base da fibra de carbono geralmente é um polímero orgânico com átomos
de carbono ligando longos fios de moléculas chamado Poliacrilonitrila, material similar
aos acrílicos encontrados em carpetes e malhas.

O que torna este material muito mais caro é o seu processo de fabricação. Primeiro,
metade do acrílico do material base precisa ser eliminado. Ou seja, só este processo
já dobra o custo, e antes mesmo de considerar gastos com energia e equipamentos,
especialistas afirmam que o produto já alcança o valor de cinco dólares a libra (uma
libra equivale a 453,59 gramas).

Forçar o acrílico a se soltar dos seus átomos não-carbônicos exige máquinas


monstruosas e muita energia, ou seja, o custo é muito alto. O primeiro passo no
processamento é a estabilização de oxidação, quando as fibras passam
continuamente por fornos de 15 a 30 metros de comprimento aquecidos a centenas
de graus Celsius.

Este procedimento leva horas e representa um enorme gasto de energia. Depois, o


material ainda passa pelo processo chamado de carbonização, em fornalhas um
pouco menores mas em temperaturas muito mais altas. Por fim, os fabricantes
precisam lidar com o acrílico que não segura durante o aquecimento. Gases precisam
ser tratados para não causar danos ao meio ambiente. Tudo isto representa um alto
custo de energia, espaço físico ocupado e equipamentos enormes.
Até este momento, estamos falando apenas da fabricação das fibras individuais.
Agora, há mais um caminho a seguir para moldar estes fios num entrelaçado que
junte tudo e então se torne um material resistente. Para se beneficiar da resistência
unidirecional do material, é preciso que todas as fibras estejam paralelas e igualmente
esticadas. Se um fio não estiver bem esticado, o fio mais próximo precisa suportar um
esforço maior e provavelmente quebre antes. Para compensar a possibilidade de um
entrelaçado imperfeito, os fabricantes podem incluir 10% mais fibras do que o
necessário, o que também acarreta em um incremento no preço.

Este entrelaçado, porém, ainda não é o produto acabado, ele precisa de algo mais
para se tornar o material que os fabricantes precisam. Atualmente, a fibra de carbono
funciona em conjunto com uma resina. Combinados, eles formam um composto que
pode ser manipulado para ser modelado conforme o formato desejado.

Para alcançar a maturidade científica e industrial que torne a fibra de carbono um


produto em uma faixa de preço mais baixa, não basta uma pequena modificação ou
melhoria. A fabricação da fibra de carbono precisa de uma revolução completa, mas
como o seu uso tem um prospecto de retorno financeiro bastante alto, as indústrias
têm procurado soluções para diminuir o custo, melhorar a eficácia da produção e
aproveitar o crescimento deste mercado.

Matéria prima: Diferenças da Fibra de Carbono

Se você está lendo este artigo é por que já se perguntou o motivo de uma peça de
fibra de carbono ser tão diferente de outra peça de fibra de carbono, sendo que são
feitas do mesmo material. Fique tranquilo, você não está sozinho! Fizemos um breve
guia para explicar um pouco dessa diferença.
Fonte: AWBK

A fibra de carbono geralmente é fabricada como diferentes tecidos e cada um tem


sua nomenclatura. Cada tipo serve a um propósito diferente, não é apenas
cosmético e varia bastante dependendo de sua aplicação. As fibras de carbono são
feitas de precursores como Poliacrilonitrila (PAN) e Rayon. As fibras precursoras
são quimicamente tratadas, aquecidas e esticadas e, em seguida, carbonizadas a
até 3000°C para criar fibras de alta resistência.
Fonte: AWBK

Essas fibras, ou filamentos, são então agrupadas em cabos que são identificados
pelo número de filamentos de carbono que contêm. As classificações mais comuns
para os fios são 3k, 6k, 12k e 15k.

Fonte: AWBK

O "k" se refere a mil, portanto, um fio de 3k é feita de 3.000 filamentos de carbono.


Um fio padrão de 3k tem normalmente 0,125’ de largura, o que significa uma grande
quantidade de fibra compactada em um espaço pequeno. Um fio de 6k tem 6.000
filamentos de carbono, uma de 12k tem 12.000 filamentos e assim por diante. Esse
grande número de fibras de alta resistência agrupadas é o que torna a fibra de
carbono um material tão forte. A fibra de carbono normalmente vem na forma de um
tecido, o que facilita o trabalho e pode fornecer resistência estrutural adicional,
dependendo da aplicação. Por causa disso, existem muitas tramas diferentes
usadas para tecidos de fibra de carbono. Os mais comuns são os tecidos SARJA e
PLANO.

As duas principais características da fibra de carbono são sua excelente resistência


e leveza. A densidade da fibra de carbono é de cerca de 1,8 g/cm3, que é
aproximadamente um quarto da densidade do ferro (7,8). A fibra de carbono
também é significativamente mais leve do que o alumínio, que tem densidade
específica de 2,7. É por isso que a fibra de carbono é o material leve favorito para
substituir os materiais metálicos convencionais. A fibra de carbono tem várias outras
características, como não apresentar falhas devido à fadiga, não enferrujar e ser
química e termicamente estável. É um material altamente confiável cujas
características são estáveis por muito tempo, mesmo em condições severas.

Recentemente o avião da Boeing, modelo 787 e outros aviões a jato que surgiram,
ficaram significativamente mais leves que modelos anteriores, mais eficientes em
termos de combustível, mais flexíveis em termos de design e mais confortáveis,
graças à sua carcaça, asas principais, caudas e outros membros estruturais feitos
de materiais compostos de fibra de carbono, que se beneficiam das características
acima mencionadas.

Por exemplo, uma placa com um metro quadrado feita de de fibra de carbono, com
6 mm de espessura, teria um peso estimado de 9 a 10 kg, enquanto a mesma
chapa feita em ferro pesaria cerca de 46kg, e se fosse em alumínio que é um
material muito leve, pesaria cerca de 17kg.

CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS


A classificação das fibras de carbono é bastante peculiar ao material, a partir do
qual são obtidas. Sendo elas os tipos I - Alto módulo II – Médio Módulo e III - Baixo
Módulo. Os tipos são convenientemente explicados através da tabela abaixo.

Tipo Propriedades e Características


I-Alto módulo Obtidas a partir do PAN e do piche mesofase,
apresentam resistência mecânica e a tensão, usada
principalmente na indústria de autos, e na pesquisa
eletroanalítica.
II- Médio Módulo Obtidas principalmente a partir do PAN, resistência a
tensão, baixa Massa específica, utilizada comumente na
indústria aeroespacial, carros de corrida e na construção
civil.
III- Baixo Módulo Obtenção a partir do rayon e piche isotrópico
apresentam resistência mais baixa principalmente à
mecânica, densidade um pouco mais elevada, é utilizada
como enchimento de plásticos e como aditivo de
concreto, custo baixo.

MERCADO DE FIBRAS DE CARBONO

A produção de fibras de PAN para este segmento de mercado é relativamente


pequena quando comparado com o mercado têxtil, mas o seu valor agregado é
bastante alto devido às propriedades mecânicas especiais da fibra de carbono obtida
para uso principalmente aeronáutico e aeroespacial.

Aproximadamente 90% da produção de fibra de carbono do mundo utiliza as fibras


de PAN como precursora, sendo o restante produzido com outras matérias primas
como o piche e o rayon. A produção atual de fibra de carbono é de 140.000 toneladas
por ano o que representa uma produção de fibra precursora de PAN na ordem de
280.000 toneladas por ano, considerando que o rendimento de carbono desta fibra é
de aproximadamente 50%. A capacidade de produção mundial é da ordem de 151 mil
toneladas por ano.
Este mercado é crescente, principalmente com a expansão de novas aplicações na
área automobilística, óleo, gás e geração de energia. A maior parte da produção
mundial esta localizada na Ásia (40%), e depois Europa (37%) e América do Norte
(21%).

Os principais fabricantes mundiais são:


Fonte: IGTPAN
Fonte: IGTPAN
Fonte: IGTPAN

Fonte: IGTPAN

BIBLIOGRAFIA

https://www.tecmundo.com.br/quimica/76017-fibra-carbono-feito-funciona-material-
incrivel.htm

https://blog.fibraseresinas.com.br/porque-a-fibra-de-carbono-e-tao-cara/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_de_carbono

https://www.academia.edu/34578599/Pol%C3%ADmeros_Fibra_de_Carbono_Propri
edades_mec%C3%A2nicas_qu%C3%ADmicas_processo_de_fabrica%C3%A7%C3
%A3o_e_as_dificuldades_de_aplica%C3%A7%C3%A3o_em_larga_escala

https://www.igtpan.com/mercado-carbono.asp

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