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Cap 29 - Potencial - Parte 2
Cap 29 - Potencial - Parte 2
• Vamos deduzir a função V(r, θ) para qualquer ponto do plano que contenha o eixo z,
como na imagem a seguir. Partindo de:
1 𝑞 𝑞 q 𝑟2 − 𝑟1
𝑉 = 𝑉n = 𝑉1 + 𝑉2 = − =
4 πε0 𝑟1 𝑟2 4 πε0 𝑟1 𝑟2
n
➢ Para 𝜃 = 90° temos que V = 0, ou seja, não se realiza trabalho para trazer uma
carga do infinito ao longo da mediatriz da reta que passa pelo dipolo.
• Então
1 𝑞 2𝑞 𝑞 q 2𝑎2
𝑉= − + 𝑉=
4 πε0 𝑟 − 𝑎 𝑟 𝑟+𝑎 4 πε0 𝑟 𝑟 − 𝑎 (𝑟 + 𝑎)
𝟏 𝑸
• Portanto, supondo agora r >>a, teremos: 𝑽=
𝟒 𝛑𝜺𝟎 𝒓𝟑
1
e) Para um hexadecapolo 𝑉 𝑟 ≈
1 𝑟5
b) Para um dipolo elétrico: 𝑉 𝑟 ≈
𝑟2
1
c) Para um quadrupolo elétrico: 𝑉 𝑟 ≈
𝑟3
dipolo elétrico
quadrupolo elétrico
carga puntiforme
Energia Potencial Elétrica
• A energia correspondente ao trabalho de afastar (ou aproximar) uma carga 𝑞1 e 𝑞2 , que estão separadas a uma distância r,
pode ser considerada como armazenada no sistema sob a forma de energia potencial elétrica (podendo ser transformada
em outras formas de energia).
• Imaginemos que removemos a carga 𝑞2 para o infinito. O potencial elétrico produzido por 𝑞1 na posição original de 𝑞2 é:
1 𝑞
𝑉=
4 πε0 𝑟
𝟏 𝒒𝟏 𝒒𝟐
𝑼(= 𝑾) = onde 𝒓𝟏𝟐 é a distância entre as cargas 𝒒𝟏 e 𝒒𝟐
𝟒 𝛑𝜺𝟎 𝒓𝟏𝟐
Energia Potencial Elétrica
➢ Lembrando que este trabalho W é exatamente a energia potencial elétrica U do sistema 𝑞1 + 𝑞2 , portanto:
𝟏 𝒒𝟏 𝒒𝟐
𝑼(= 𝑾) = onde 𝒓𝟏𝟐 é a distância entre as cargas 𝒒𝟏 e 𝒒𝟐
𝟒 𝛑𝜺𝟎 𝒓𝟏𝟐
➢ Para sistemas de mais de duas cargas U é calculada somando-se a energia de todos os pares de cargas.
𝑵
𝟏 𝒒𝒊 𝒒𝒋
𝑼 =𝑾 =
𝟒 𝛑𝜺𝟎 𝒓𝒊 𝒋
𝒊<𝒋
1 𝑞1 𝑞2
𝑈=
4 πε0 𝑟
• Então:
1 (+𝑞)(−4𝑞) (+𝑞)(2𝑞) (+2𝑞)(−4𝑞)
U= + +
4 πε0 𝑎 𝑎 𝑎
𝟏𝟎 𝒒𝟐
• Portanto: 𝐔=−
𝟒 𝛑𝛆𝟎 𝒂
𝑈 = − 9,0 x 10−3 J
Cálculo de 𝐸 a partir de V
• Se 𝐸 for conhecido em todos os pontos do espaço, podemos traçar as linhas de força e obter a forma aproximada das
equipotenciais, simplesmente traçando superfícies que são ortogonais às linhas de força.
𝐵
𝑉𝐵 − 𝑉𝐴 = − න 𝐸 ∙ d 𝑙Ԧ
𝐴
Cálculo de 𝐸 a partir de V
• Consideremos a interseção de uma família de superfícies equipotenciais por um plano, como na figura a seguir. Observa-
se que o campo 𝐸 , no ponto P, é ortogonal à superfície equipotencial que passa por P.
∆𝑊 = 𝑞0 ∆𝑉
➢ Utilizando um outro ponto de vista, admitindo que as equipotenciais são
muito próximas de modo que 𝑭 é constante em todos os pontos, também
podemos calcular o trabalho por:
∆𝑊 = 𝐹Ԧ ∙ ∆𝒍Ԧ
∆𝑾 = 𝒒𝟎 𝑬 𝒄𝒐𝒔(𝜽)∆𝒍
𝒅𝑽
𝑬𝒍 = −
𝒅𝒍
Cálculo de 𝐸 a partir de V
• Existe uma direção de 𝒍Ԧ para a qual 𝑑𝑉/𝑑𝑙 terá um valor máximo, que no caso é o próprio E. Assim sendo,
𝒅𝑽
𝑬= −
𝒅𝒍 𝒎𝒂𝒙
• O valor máximo de dV/dl num ponto dado é chamado de gradiente do potencial nesse ponto. A direção 𝒍Ԧ para a qual dV/dl
tem valor máximo é sempre ortogonal às superfícies equipotenciais, correspondendo a 𝜃 = 0 e dá a direção do campo
elétrico. Para o caso em que V depende de mais de uma variável temos:
𝑬 = − 𝜵𝑽
𝑑V
Ԧ em 𝐸𝑙 = −
• Tomando 𝒍, , nas direções x, y e z, podemos achar as três componentes de 𝑬 num ponto arbitrário:
𝑑𝑙
𝜕V 𝜕V 𝜕V
𝐸𝑥 = − 𝐸𝑦 = − 𝐸𝑧 = −
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
➢ Assim, se V é conhecido em todo os pontos do espaço, isto, é se conhecermos a função V(x, y, z), as componentes de 𝑬, e
portanto, o próprio 𝑬, podem ser obtidas por meio das respectivas derivadas parciais.
Cálculo de 𝐸 a partir de V
𝑑𝑉
Exemplo 10: Calcule o campo E(r) criado por uma carga puntiforme 𝑞 > 0 usando 𝐸𝑙 = − e supondo V(r) dado pela
𝑑𝑙 𝑚𝑎𝑥
1 𝑞
𝑉= .
4 𝜋𝜀0 𝑟
Devido a simetria do potencial, o campo 𝐸 para uma carga 𝑞 positiva, deve ter uma direção radial como se vê na figura abaixo
𝑑V 𝑑 1 𝑞
𝐸=− =−
𝑑𝑟 𝑑𝑟 4 𝜋𝜀0 𝑟
𝑞 𝑑 1
𝐸=−
4 𝜋𝜀0 𝑑𝑟 𝑟
𝑞 1
𝐸=
4 𝜋𝜀0 𝑟 2
Cálculo de 𝐸 a partir de V
Exemplo 11: A figura abaixo mostra um ponto P muito afastado de um dipolo elétrico situado na origem do sistema de
coordenadas 𝑥𝑦. O potencial V é dado pela Eq. abaixo:
1 𝑝 𝑐𝑜𝑠( 𝜃 )
𝑉(𝑟, 𝜃) =
4 𝜋𝜀0 𝑟2
𝑦
𝑟= 𝑥2 + 𝑦 2 1/2 cos 𝜃 =
𝑥2 + 𝑦2 1/2
• Temos então:
𝑝 𝑦
𝑉(𝑥, 𝑦) =
4 𝜋𝜀0 𝑥2 + 𝑦2 3/2
Cálculo de 𝐸 a partir de V
𝜕𝑉 𝒑 𝒚
• Como 𝐸𝑦 = − e uma vez que 𝑉 = 𝟑/𝟐 termos então, derivando em relação a y:
𝜕𝑦 𝟒 𝝅𝜺𝟎 𝒙𝟐 +𝒚𝟐
1
𝜕V 𝑝 2
𝑥 +𝑦 2 3/2
− 3ൗ2 𝑦 𝑥 2 + 𝑦 2 2 (2 𝑦)
𝐸𝑦 = − =−
𝜕𝑦 4 𝜋𝜀0 𝑥 2 + 𝑦2 3
𝑝 𝑥 2 − 2𝑦 2
𝐸𝑦 = −
4 𝜋𝜀0 𝑥 2 + 𝑦 2 5/2
2𝑝 1
𝐸𝑦 =
4 𝜋𝜀0 𝑦 3
𝜕V 𝑝𝑦 3 2 −
5
𝐸𝑥 = − =− (− ) 𝑥 + 𝑦 2 2 (2 𝑥)
𝜕𝑥 4 𝜋𝜀0 2
3𝑝 𝑥𝑦
𝐸𝑥 =
4 𝜋𝜀0 𝑥2 + 𝑦2 5/2
𝑩
• Aplicando a equação 𝑽𝑩 − 𝑽𝑨 = − ∙ 𝑬 𝑨d𝒍Ԧ e como 𝐸 = 0 dentro da esfera, para quaisquer dois pontos,
conclui-se que 𝑽𝑩 − 𝑽𝑨 é igual a zero para todo par de pontos A, B dentro da esfera ou seja V é constante
(equipotencial)
Um condutor isolado
• Os gráficos ao lado mostram a relação do potencial V e do campo E, em
relação a r, calculado a partir do centro do condutor, em uma casca esférica.
1 𝑞
a) Para r ≥ 𝑅, 𝑉 = pois essa distribuição de cargas comporta-se
4 𝜋𝜀0 𝑟
como se toda a carga estivesse concentrada no centro. 1
𝑉 ∝
𝑟
b) Sendo V é uma constante, por continuidade, o potencial no interior é o
1 𝑞
mesmo na superfície, ou seja: 𝑉 =
4 𝜋𝜀0 𝑅
➢ Na primeira a carga está distribuída apenas na superfície enquanto na segunda ela está distribuída em todo o volume da
esfera.
Um condutor isolado
• Vamos discutir a relação entre 𝜎 e a curvatura da superfície no caso particular
𝑞1
de duas esferas de raios diferentes, ligadas
por um fio fino e muito comprido, como na figura a seguir. Suponhamos que todo esse sistema seja levado a um potencial
arbitrário V. Os potenciais das duas esferas serão:
1 𝑞1 1 𝑞2 𝑞1 𝑞2
𝑉= = =
4 𝜋𝜀0 𝑅1 4 𝜋𝜀0 𝑅2 𝑅1 𝑅2
• As densidades superficiais de carga para cada esfera são:
𝑞1 𝑞2
𝜎1 = 𝜎2 =
4 𝜋𝑅1 2 4 𝜋𝑅2 2
• Portanto
𝜎1 𝑅2
=
𝜎2 𝑅1
𝝈𝟏 𝑹𝟏 = 𝝈𝟐 𝑹𝟐
Um condutor isolado
• Vamos discutir a relação entre 𝝈 e a curvatura da superfície no caso particular de duas esferas de raios diferentes, ligadas
por um fio fino e muito comprido, como na figura a seguir. Suponhamos que todo esse sistema seja levado a um potencial
arbitrário V. Os potenciais das duas esferas serão:
𝜎1 𝑅2
= 𝝈𝟏 𝑹𝟏 = 𝝈𝟐 𝑹𝟐
𝜎2 𝑅1
• Poder das pontas, aplicado na construção de para raios. O raio ao cair (ou subir) na terra escolhe o caminho mais fácil, ou seja
através das pontas do para raio onde 𝜎 e portanto E = 𝜎/𝜖0 , é mais intenso.
Um condutor isolado
➢ Efeito Corona: o fato de , e portanto E, tornar-se muito grande perto de pontas agudas é um fato importante no projeto de
equipamentos de alta tensão. Quando um condutor atinge, no ar, potenciais elevados costuma ocorrer, na vizinhança de
tais pontos, o chamado efeito corona (vazamento de corrente).
https://www.youtube.com/watch?v=NSblNfcSUXg
Bons Estudos
Um condutor isolado Bons Estudos
Por que o
pássaro se deu
bem e a cobra
se deu mal ?