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FISIOLOGIA VEGETAL

Relações Hídricas é um tópico muito importante


dentro da fisiologia vegetal, pois a água participa de
quase todos os processos da planta, entre elas:
> Transpiração (refresca a planta, translocação,
turgor) (osmose simplasto e apoplasto)
> Absorção e transporte de água e minerais
> Nutrição mineral e transporte de açúcares
> Crescimento e desenvolvimento (expansão celular
e turgor)
> Germinação (embebição e quebra de dormência)
> Fotossíntese (abertura estomática)
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Potencial hídrico
A água irá se mover de acordo com a diferença de potencial de um
lugar para o outro. Por exemplo, a água do rio se movimenta em
direção ao mar pois existe uma diferença de altura entre a nascente do
rio e o mar. Assim a água se move de um lugar onde há um maior
potencial hídrico (mais alto) para um local de menor potencial hídrico (
o mar).
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Potencial hídrico (ψw )
Na planta o potencial hídrico pode variar por três motivos:
> Concentração (potencial osmótico) (ψs)
Na planta ele é gerado pelo acúmulo de solutos no
citoplasma, ou no vacúolo.
Dessa forma, a adição de soluto abaixa o potencial hídrico.
> Pressão (potencial de pressão ou hidrostático) (ψp)
Força que a parede celular exerce contra a expansão do
citoplasma celular.
Dessa forma, a pressão aumenta o potencial hídrico.
> Gravidade (potencial gravitacional)
Força que a água deve vencer para conseguir subir por toda a
árvore. ψw = ψs + ψp
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Potencial hídrico
As células vegetais estão envolvidas por um meio
extracelular e processos como a absorção da água ao nível
das raízes, transpiração e movimentos de água entre as
células e o meio extracelular são condicionados por
diferenças no valor de potencial hídrico. Alguns
componentes das células vegetais, como os vacúolos, a
parede celular e a membrana plasmática, tem papel
crucial em modificar esse potencial hídrico a fim de que
module o movimento da água.
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As células vegetais possuem uma parede celular rígida exterior a
membrana plasmática, quando há movimento de entrada de água nas
células, ocorre uma variação no potencial de pressão (pressão de
turgescência), pois quando a água entra nas células, a parede impede
que as células sofram um aumento de volume. Em consequência disso,
desenvolve-se uma pressão que vai contribuir para alterar o valor do
potencial hídrico. Assim, quando colocamos um tecido vegetal em
água, esta entra nas células porque o seu potencial hídrico é maior que
no interior da célula devido à existência de solutos dissolvidos. À
medida que a água entra na célula aumenta o valor do potencial
hídrico, atingindo-se o equilíbrio quando este for zero, tal como na
água. Uma célula nestas condições diz-se túrgida. Pelo contrário, se
um tecido vegetal for colocado numa solução muito concentrada
(ψw muito negativo) tenderá a perder água, através do abaixamento da
ψp e, consequentemente do ψw. Nestas condições as células dizem-se
plasmolisadas.
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Capilaridade
Já foi visto as propriedades da água. Dentre elas, a coesão, adesão e a
tensão superficial dão origem a um fenômeno conhecido como
capilaridade. Capilaridade é a tendência que algumas substâncias
apresentam de subirem ou descerem por paredes de tubos finos.
A água é puxada para dentro do capilar devido (1) à atração da água
para a superfície polar do tubo de vidro (adesão) e (2) à tensão
superficial da água. Juntas, essas forças puxam as moléculas de água,
fazendo-as subirem pelo tubo até que a força de ascensão seja
equilibrada pelo peso da coluna de água.
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A capilaridade está envolvida tanto na subida da água pelos
vasos do xilema, mas também tem uma relação muito
próxima com a absorção de água no solo pela raiz. Solos
com granulometria mais fina, como argilas, a ascensão
capilar tem valores mais elevados do que em solos
arenosos, ou seja, a água fica presa mais firmemente a argila
do que a areia. A explicação para isso é que devido às forças
de adesão, a água também tende a se prender às partículas
do solo, assim como a água se liga ao vidro. Como a argila
é uma partícula menor que a areia, as forças de adesão da
água à parte sólida será muito forte também.
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A medida que a água é absorvida pela planta a solução do solo
recua e fica cada vez mais ligada as partículas do solo. Esse
contato mais íntimo cria uma tensão na solução, que é chamada
deOpressão negativa.
resultado dessa tensão é uma
coesão maior entre as partículas de
solo. Se você tenta fazer um castelo
de areia com areia seca você não vai
conseguir, justamente pela falta de
coesão entre os grãos. Entretanto, se
você umidificar, sem saturar a areia,
você consegue fazer seu castelo,
justamente por essa coesão aparente,
ocasionada pela tensão superficial.
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As pontes de hidrogênio proporcionam à água uma grande
resistência à tensão, definida como a força máxima por unidade
de área que uma coluna de água pode suportar antes de se
romper.
Por exemplo, numa seringa com água dentro, quando o êmbolo é
empurrado, a água é comprimida, e desenvolve-se uma pressão
hidrostática positiva. Se, em vez de empurrado, o êmbolo for
puxado, desenvolve-se uma tensão, ou pressão hidrostática
negativa, porque as moléculas de água resistem a serem
separadas. Pressões negativas desenvolvem-se apenas quando as
moléculas são capazes de tracionar umas às outras.
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Geralmente, não se pensa em líquidos como tendo resistência à
tensão, contudo, as fortes pontes de hidrogênio entre as
moléculas de água permitem que as tensões sejam transmitidas
através da água, mesmo ela sendo um líquido. Mas ao contrário
da água, os gases não conseguem desenvolver tensão, eles se
expandem ou diminuem se colocarmos pressão neles. Se em uma
coluna d’água houver bolhas de ar e essa coluna sofrer uma
pressão, elas podem se expandir e causar o fenômeno chamado
de cavitação.
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Fluxo de massa
Movimento de um conjunto de moléculas em massa, mais comumente em resposta a um
gradiente de pressão, e independente do gradiente de concentração.

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