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Universidade Federal do Sul da Bahia

Componente: Sistema Solo-Água-Planta


Prof.ª Dr.ª Khétrin Silva Maciel
Anna Beatriz de Jesus Pereira

Estudo Dirigido

1- O potencial hídrico (Ψw) é uma medida que descreve a energia com que a água se move
em um sistema e a combinação desses componentes descrevem diferentes formas de
energia associadas ao movimento da água, sendo elas:

● Potencial gravitacional (Ψg): É a energia relacionada à posição da água em relação


à gravidade. Quanto mais alto estiver a água, maior será o seu potencial
gravitacional.
● Potencial de pressão (Ψp): É à energia associada à pressão exercida sobre a água.
Quanto maior a pressão, maior será o potencial de pressão.
● Potencial matricial (Ψm): É o resultado da interação da água com as partículas do
solo ou outros meios porosos. O solo contém pequenos espaços entre suas
partículas onde a água pode ser retida por forças de atração. O potencial matricial é
uma medida da energia necessária para retirar a água desses espaços.
● Potencial osmótico (Ψs): Refere-se à energia associada à concentração de solutos
na água. Quando há uma diferença de concentração de solutos entre duas soluções,
a água tende a se mover do local com menor concentração para o de maior
concentração para equilibrar essa diferença.

2- Ψw = Ψs + Ψp

Para a célula A: Ψw(A) = Ψs(A) + Ψp(A) = -0,4 MPa + 0,1 MPa = -0,3 MPa

Para a célula B: Ψw(B) = Ψs(B) + Ψp(B) = -0,7 MPa + 0,5 MPa = -0,2 MPa

A água se move do local com um potencial hídrico mais negativo para o local com um
potencial hídrico menos negativo, ou seja, a água vai se mover da célula B para a célula A,
na direção oposta à diferença de potencial hídrico.
3- Ψw = Ψs + Ψp

Ψw(célula) = Ψw(solução) e Ψs(célula) + Ψp(célula) = Ψw(solução)

Ψp(célula) = -0,3 MPa + 1,5 MPa Ψp(célula) = 1,2 MPa

O Ψp da célula no momento do equilíbrio é de 1,2 MPa.

4- Ψw = Ψs + Ψp

Para a célula A: Ψw(A) = Ψs(A) + Ψp(A) = -0,8 MPa + 0,3 MPa = -0,5 MPa

Para a célula B: Ψw(B) = Ψs(B) + Ψp(B) = -1,2 MPa + 0,4 MPa = -0,8 MPa

Ψp = Ψw - Ψs (Volume da célula)

Para a célula A: Ψp(A) = Ψw(A) - Ψs = -0,5 MPa - (-0,2 MPa) = -0,3 MPa

Para a célula B: Ψp(B) = Ψw(B) - Ψs = -0,8 MPa - (-0,2 MPa) = -0,6 MPa

No momento do equilíbrio, o Ψp da célula A é de -0,3 MPa e o Ψp da célula B é de -0,6


MPa.

5- ΔΨ é a diferença de potencial elétrico (em volts) entre o interior e o exterior da célula;

R é a constante dos gases ideais (8,314 J/(mol·K));

T é a temperatura absoluta (em kelvin);

F é a constante de Faraday (96.485 C/mol);

in é a concentração do íon dentro da célula;

out é a concentração do íon fora da célula.

Δμ = ΔΨ - (RT/F) ln ([X]in / [X]out) ≈ -0,15 V - (8,314 J/(mol·K) * 303 K / 96.485 C/mol) ln (0 /


9)

O transporte de SO4 nas células de Pinus elliottii ,ocorre por difusão passiva.

6- A água é absorvida pelas raízes devido a diferenças de concentração entre o interior das
células da raiz e o solo. O solo contém água e substâncias dissolvidas, e quando a
concentração de água é maior no solo do que nas células da raiz, a água entra nas células
por osmose, ou seja, ela se move do local onde há maior concentração para onde há menor
concentração.
Quando dentro das células da raiz, a água é transportada de célula para célula em direção
ao xilema, um tecido condutor especializado responsável pelo transporte de água e
nutrientes pela planta. O movimento da água é ajudado por canais especiais chamados
aquaporinas, que permitem que a água passe pelas membranas celulares.

Ao chegar ao xilema radicular, a água continua a subir através do caule até as folhas. Esse
movimento é impulsionado por uma combinação de forças, incluindo a transpiração de água
pelas folhas e a adesão e coesão da água. A evaporação da água pelas folhas cria uma
pressão negativa que puxa a água para cima, enquanto a adesão da água às paredes dos
vasos do xilema e a coesão entre as moléculas de água ajudam a manter uma coluna
contínua de água.

Esse processo contínuo de absorção de água pelas raízes e transporte através do xilema
permite que as plantas obtenham a água necessária para suas funções vitais, como a
fotossíntese, e também ajuda a manter a planta hidratada e saudável.

7- Quando adicionamos grandes quantidades de sais ao solo, a concentração de solutos no


solo aumenta. Isso cria um desequilíbrio osmótico, onde a concentração de solutos no solo
se torna maior do que dentro das células das raízes das plantas. Como resultado, a água
tende a se mover do interior das células das raízes para o solo, em vez de ser absorvida
pelas plantas. Isso reduz a quantidade de água disponível para as plantas, causando
desidratação e prejudicando seu crescimento e desenvolvimento.

8- Os estômatos são pequenas aberturas presentes nas folhas das plantas que
desempenham um papel importante na troca de gases e na regulação da perda de água. A
abertura e fechamento do estômato é controlado por células-guarda, que são células
especializadas localizadas ao redor do estômato. Essas células podem inchar ou encolher,
alterando assim o tamanho da abertura do estômato.

Quando o estômato se abre, as células-guarda acumulam íons, como o potássio (K+),


dentro dele, e isso cria um gradiente osmótico, fazendo com que a água entre nas
células-guarda por osmose, e à medida que as células-guarda se enchem de água, elas se
expandem, fazendo com que o estômato se abra, permitindo a entrada de dióxido de
carbono (CO2) para a fotossíntese.

Em outra visão, durante o fechamento do estômato, as células-guarda perdem íons, como o


potássio, e a água sai das células por osmose. Com a perda de água, as células-guarda
murcham e o estômato se fecha, reduzindo a perda de água pela transpiração.

A estrutura do estômato consiste em duas células-guarda que cercam uma abertura central
chamada de poro estomático. Essas células têm formato de rim e estão ligadas entre si.
Quando as células-guarda se expandem ou murcham, elas alteram a forma do poro
estomático, controlando assim a abertura ou fechamento do estômato.

9- O transporte passivo e o transporte ativo são mecanismos importantes para o movimento


de substâncias através das membranas celulares. O transporte passivo ocorre
espontaneamente, sem necessidade de gasto de energia, e segue gradientes de
concentração ou elétricos, já o transporte ativo requer energia adicional e permite o
transporte de substâncias contra gradientes, contribuindo para a manutenção de condições
celulares adequadas e o desempenho das funções vitais das células.

10- A transpiração é o processo pelo qual as plantas perdem água na forma de vapor
através das folhas, sendo uma função vital para planta.

A transpiração ocorre principalmente nas folhas das plantas, onde existem os estômatos
que são compostos por duas células-guarda que controlam a abertura e o fechamento dos
poros. Quando os estômatos estão abertos, o vapor de água é liberado para o ambiente.

A transpiração é impulsionada por fatores, como a diferença de concentração de água entre


as células das folhas e a atmosfera. As células das folhas contêm água em seu interior,
enquanto o ar ao redor contém menos água. Esse gradiente de concentração faz com que a
água se mova das células para o ar, saindo pelos estômatos.

Além disso, a transpiração é influenciada pela temperatura, umidade relativa do ar,


intensidade da luz solar e disponibilidade de água no solo. Em condições quentes e secas,
a transpiração tende a aumentar, uma vez que a planta precisa resfriar-se e manter a
temperatura adequada. Quando a umidade do ar está alta, a taxa de transpiração pode
diminuir, pois o ar já está saturado de vapor de água.

A transpiração desempenha um papel importante na planta, pois contribui para o transporte


de água e nutrientes do solo para as partes superiores da planta, ajudando na absorção e
distribuição de nutrientes. Além disso, a transpiração também auxilia na regulação térmica
das plantas, resfriando-as durante períodos de calor intenso.

No entanto, a transpiração excessiva pode levar à perda excessiva de água, o que pode ser
prejudicial para a planta, especialmente em condições de seca. Para minimizar a perda de
água, as plantas têm mecanismos adaptativos, como o fechamento parcial ou completo dos
estômatos em situações de estresse hídrico.

11- A qualidade da luz, determinada pelos diferentes comprimentos de onda, influencia


processos como fotossíntese e desenvolvimento de folhas. A duração da luz afeta a
floração e a dormência das plantas. E a quantidade de luz disponível determina a taxa de
fotossíntese e crescimento das plantas. É importante que as plantas recebam a quantidade
correta de luz e o espectro adequado para um crescimento e desenvolvimento saudáveis.

12- O balanço de radiação em uma floresta varia ao longo do ano devido às mudanças
sazonais nas condições climáticas, com isso balanço de radiação em uma floresta varia ao
longo do ano devido à inclinação do Sol, à duração dos dias, à presença de nuvens e à
cobertura vegetal. Essas variações sazonais têm um impacto significativo na quantidade de
energia solar que a floresta recebe e, consequentemente, no aquecimento e no
funcionamento do ecossistema florestal.

13- Em um ecossistema perturbado, como uma área desmatada, o balanço de radiação é


afetado de forma negativa. Sem a cobertura vegetal, o solo fica exposto à radiação solar
direta, resultando em maior absorção de energia e aumento da temperatura. Além disso, a
falta de sombreamento reduz a interceptação da radiação solar, levando a um aumento da
quantidade de luz que atinge o solo.
Já em um ecossistema conservado, o balanço de radiação é mais equilibrado. A presença
de vegetação saudável regula a radiação solar, interceptando parte dela e reduzindo sua
intensidade no solo. Isso ajuda a controlar a temperatura e evitar o aquecimento excessivo.
Além disso, as plantas absorvem parte da radiação solar para realizar a fotossíntese,
convertendo a energia luminosa em energia química.

14- A severidade do estresse é determinada por uma série de parâmetros que afetam a
intensidade e os efeitos negativos do estresse em um organismo.

Um dos parâmetros mais relevantes é a intensidade do estímulo estressante. Quanto mais


intenso for o estresse, maiores serão os danos causados ao organismo, em seguida temos
a duração do estresse, onde também desempenha um papel importante, já que estresses
de curta duração podem ser tolerados, mas quando a exposição é prolongada, os efeitos
negativos se acumulam, resultando em uma severidade maior, inclusive a frequência de
ocorrência do estresse também influencia sua severidade, porque estresses frequentes
podem levar a danos cumulativos, mesmo que individualmente sejam de baixa intensidade.

A condição fisiológica do organismo também desempenha um papel crucial. Indivíduos


enfraquecidos por doenças ou desnutrição são mais suscetíveis a um estresse mais severo,
e vale considerar o contexto ambiental, o tipo de ambiente em que o organismo está
inserido pode influenciar a severidade do estresse. Por exemplo, a disponibilidade de
recursos e as interações com outras espécies podem afetar a resposta ao estresse.

15- Quando uma planta é submetida a estresse hídrico, seja por excesso ou falta de água, e
estresse térmico, ocorrem mudanças morfológicas e metabólicas importantes para a
sobrevivência da planta.

No estresse hídrico falando em morfologia, as raízes podem sofrer danos devido à falta de
oxigênio, levando ao encharcamento do solo. Já no estresse por falta de água, as plantas
podem apresentar murcha das folhas e crescimento mais profundo das raízes.

Já no metabolismo, a falta de oxigênio afeta a respiração das plantas, reduzindo a atividade


metabólica, como a fotossíntese. Já no estresse por falta de água, ocorre diminuição da
atividade fotossintética e aumento na produção de hormônios de estresse.

No estresse térmico, em relação a morfologia,no frio extremo, as plantas podem sofrer


danos físicos, como congelamento dos tecidos, levando a manchas escuras e necrose. No
estresse térmico por calor extremo, ocorre murcha das folhas e encurvamento das hastes.

Já no metabolismo, no frio, ocorre redução na atividade enzimática e na fotossíntese,


afetando o metabolismo das plantas. Já no estresse por calor, há danos nas membranas
celulares, redução da fotossíntese e alteração na produção de hormônios.

16- O ciclo da água é o processo contínuo em que a água se move entre a atmosfera, a
superfície da Terra e os organismos vivos, onde esse ciclo contínuo de evaporação,
condensação, precipitação, escoamento, infiltração, transpiração e evapotranspiração
mantém o equilíbrio do suprimento de água na Terra, garantindo a disponibilidade desse
recurso vital para os seres vivos.
Explicando cada ponto:

● Evaporação: O calor do sol faz com que a água dos oceanos, rios, lagos e solo se
transforme em vapor de água e se eleve para a atmosfera.
● Condensação: O vapor de água esfria na atmosfera e se transforma em pequenas
gotas de água, formando nuvens.
● Precipitação: As gotas de água nas nuvens se juntam e caem de volta à superfície
da Terra na forma de chuva, neve, granizo ou neblina.
● Escoamento superficial: A água da chuva que cai sobre a superfície da Terra pode
escorrer em rios, riachos e lagos.
● Infiltração: Parte da água da chuva penetra no solo e é absorvida pelas raízes das
plantas ou se acumula nos lençóis freáticos.
● Transpiração: As plantas absorvem água do solo por suas raízes, que é transportada
até as folhas e liberada na atmosfera na forma de vapor d'água.
● Evapotranspiração: É a soma da evaporação da água da superfície, como rios e
lagos, e da transpiração das plantas.

17- O ciclo do carbono é o processo contínuo em que o carbono é movimentado entre a


atmosfera, os organismos vivos, os oceanos e a superfície terrestre. O ciclo é feito em
etapas, sendo elas:

● Fixação do carbono: As plantas realizam a fotossíntese, um processo em que


capturam dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e o convertem em moléculas
orgânicas, como açúcares e amido, utilizando a energia do sol.
● Respiração: Os seres vivos, incluindo plantas e animais, realizam a respiração,
liberando CO2 de volta para a atmosfera. Durante a respiração, a energia contida
nas moléculas orgânicas é liberada para sustentar as funções vitais.
● Decomposição: Quando plantas e animais morrem, seus restos são decompostos
por bactérias e fungos, que liberam CO2 durante esse processo de decomposição.
● Combustão: A queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural,
libera grandes quantidades de CO2 na atmosfera. Isso ocorre quando utilizamos
esses combustíveis para gerar energia, aquecimento, transporte, entre outros.
● Absorção pelo oceano: Os oceanos têm a capacidade de absorver dióxido de
carbono da atmosfera. Essa absorção ocorre por meio de processos físicos e
químicos, ajudando a regular a concentração de CO2 na atmosfera.
● Formação de sedimentos: O carbono pode ser depositado no solo ou nos oceanos
sob a forma de sedimentos. Ao longo de milhares de anos, esses sedimentos se
acumulam e se transformam em rochas sedimentares, como calcário e carvão,
armazenando o carbono por longos períodos de tempo.

18- O nitrogênio é um elemento essencial para os seres vivos, mas não podemos
aproveitá-lo diretamente do ar que respiramos, pois está na forma de gás nitrogênio (N2),
que não é facilmente utilizado pelos organismos. O ciclo do nitrogênio é o processo em que
o nitrogênio é convertido em diferentes formas para ser utilizado pelos organismos e
retornar à atmosfera.
● Fixação: O ciclo começa com a fixação do nitrogênio atmosférico. Alguns tipos de
bactérias têm a capacidade de converter o nitrogênio gasoso em compostos
nitrogenados, como amônia (NH3) e nitratos (NO3-), que são mais facilmente
utilizados pelos organismos.
● Assimilação: As plantas absorvem os compostos nitrogenados do solo e os utilizam
para sintetizar proteínas e outros compostos necessários para seu crescimento e
desenvolvimento. Os animais obtêm nitrogênio ao consumir plantas ou outros
animais que se alimentam de plantas.
● Decomposição: Quando os organismos morrem, bactérias e fungos decompositores
decompõem seus restos, liberando amônia no processo. Essa amônia é convertida
em nitratos por outros tipos de bactérias, em um processo chamado nitrificação.
● Desnitrificação: Algumas bactérias realizam a desnitrificação, processo em que os
nitratos são convertidos novamente em nitrogênio gasoso e retornam à atmosfera.
Isso completa o ciclo, fechando o ciclo do nitrogênio.

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