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Trocas gasosas nas plantas

As trocas gasosas nas plantas realizam-se maioritariamente nos órgãos fotossintéticos, ou


seja, nas folhas. Existem também partes da planta que não possuem órgãos fotossintéticos,
assim, as trocas realizam-se por respiração aeróbia (onde consomem oxigénio e libertam
dióxido de carbono).

Organelo principal no qual


Estomas ocorrem as trocas gasosas

Ao longo dos tempos as plantas sofreram várias evoluções, que permitem um melhor
desenvolvimento. Como o facto de possuírem um revestimento que impede as perdas de
água – a cutícula de natureza lipídica. Esta cutícula de natureza lipídica, corresponde á
bicamada fosfolipídica que já estudamos, em que a parte que está em contacto com o
exterior é polar, sendo hidrofílica (com afinidade com a água), e a zona interior é apolar, ou
seja, hidrofóbica (sem afinidade com a água), deste modo não é possível que haja perdas de
água, uma vez que a água que se encontra dentro da célula não consegue atravessar a zona
interior de natureza apolar, visto que a polaridade da água – esta tem natureza polar - é
diferente da da camada.
Para além de evitar as perdas de água, a cutícula de natureza lipídica dificulta a difusão do
oxigénio e dióxido de carbono.

Recordar
Membrana celular- Bicamada Fosfolipídica
Não devemos confundir os processso de respiração celular e de fotossintese, uma vez que na
respiração celular a planta capta oxigénio e liberta dióxido de carbono, enquanto que na
fotossintese a planta capta dióxido de carbono e liberta oxigénio (produto resultante do
processo de fotossinte).
Os estamas possum duas camadas de células, as células estomáticas ou células de guarda e o
ostíolo (local por onde ocorre as trocas gasosas). O estoma é não só o local por onde se dão
as trocas gasosas mais também é por onde ocorrem as perdas de água por transpiração.
Nota: as predas de água or tranpiração levam a movimento da seiva bruta e elaborada.
As células apresentam uma maior espessura na zona que delimita o ostíolo e no lado oposto
a este são mais feliveis/elasticas.

Zona mais flexivel

Zona mais espessa


As tocas gasosas dependem do volume dos estomas, a abertura e fecho dos estomas está
relacionado com o volume da água no interior das células estomáticas. Uma célula fica
turgida quando está com muita água no seu interior, assim a curvatura na zona oposta ao

ostíolo é elevada (superior á zona do ostíolo) - devido á elevada curvatura o ostíolo abre, por
outro lado a célula fica plasmolisada quando o volume de água na célula diminui, assim a
pressão na parede do ostíolo diminui e o ostíolo fecha.

A abertura e fecho dos estomas está relacionada com o volume das células, por outro lado o
movimento de água no interior desta células estomáticas deve-se ao movimento de iões K+.
A atividade fotosintética também influencia/desencadeia a troca de gases nas plantas, a
abertura dos ostíolos é condicionada pela quantidade de sacarose no interior deste,
(sacarose que é produzida durante a fotossintese), o que leva ao aumento do volume da
célula estomática e assim a abertura do ostíolo e por consequência a entrada de água.

Á pouco vimos que o movimento de água entre o interior e o exterior deve-se ao movimento
dos iões K+ também entre o interior o exterior:

1.O movimento de iões K+ por transporte ativo para o interior da célula torna um meio
hipertónico. De modo a igualar as concentrações dá-se a entrada de água na célula
por osmose, assim o volume desta é elevado ficando turgida. Dá-se a abertura do
ostíolo pelo aumento do volume.
2.O movimento de iões K+ para o exterior da célula é feito por difusão, assim a célula
trona-se num meio hipotónico (com baixa concentração de solutos). De modo a
igualar estas concentrações dá-se a saída de água da célula por osmose. Diminuindo
o seu volume, por isso esta fica plasmolisada e o estoma fecha.

Outra linguagem:
 A célula é colocada num meio hipertónico
A célula ao ser colocada num meio hipertónico significa que o seu exterior é uma
hipertónico onde a concentração de solutos é elevada já o interior é um meio hipotónico
onde é concentração de solutos é baixa assim de modo a igualar as concentrações entre os
dois meios verifica-se uma saída de água da célula devido à saída os iões K+ da célula assim
a célula diminui o seu volume ficando plasmolisada visto que saiu água da célula de
estomática. Dando-se o fecho do ostíolo.

 A célula é colocada num meio hipotónico


A célula ao ser colocada no meio hipotónico onde a concentração de solutos é baixa
significa que o seu interior é hipertónico onde a concentração de solutos é alta assim de
modo a igualar as concentrações de solutos entre dois meios verifica-se a entrada de água na
célula onde está fica turgida dado ao aumento do seu volume. A entrada de água na célula
deu-se devido à entrada de iões K+ para a célula. Devido ao aumento da pressão no interior
do ostíolo dá-se a abertura deste.

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Uma planta tem alguns modos de se adaptar ao ambiente a que está sujeita. Um deles está
relacionado com as trocas gasosas. Quando uma planta encontra-se num ambiente que, por
exemplo, durante 2 dias é sujeita a chuvas intensas, o solo apresentará elevadas quantidades
de água. Imaginemos que dias depois a meteorologia altera-se e por isso está muito calor,
chegando mesmo o solo a ficar mais seco, com menos quantidade de água, a planta perante
estas alterações irá fechar os estomas de modo a reter a água de quando o solo estava
encharcado. Ou seja, quando não há disponibilidade de água no solo os estomas fecham-se
de modo a evitar perdas.

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