Você está na página 1de 34

Revisão Final

Botânica
01. a) A célula em questão é certamente proveniente de um tecido vegetal, pois podemos notar
nessa célula a presença de caracteres que a diferenciam de uma célula animal, como a presença
de parede celular, cloroplastos e vacúolos grandes.
b) Os ribossomos estariam presentes em maior quantidade, além de um maior desenvolvimento
do retículo endoplasmático rugoso. Isso ocorre porque as estruturas citadas são as mais intima-
mente ligadas à síntese proteica.
02. a) Quando PO = PT, DPD = 0 e as células estão túrgidas.
b) Em uma solução que permita a entrada de água por osmose, ou seja, uma solução hipotônica
em relação ao suco vacuolar.
03. a) Ao ser colocada em solução hipertônica, a célula perde água e murcha, podendo chegar à
plasmólise.
b) Ao ser retirada de 2, a célula está murcha, porém com seu vacúolo e citoplasma bastante concen-
trados (por ter perdido água). Quando colocada em 3, cuja solução tem mesma concentração
que 1, ou seja, menos concentrada que a célula, esta absorverá água e tenderá a ficar isotônica
com o meio.
04. a) O tipo de transporte celular relacionado com o experimento é a osmose.
b) Esse tipo de transporte ocorre quando há um gradiente de concentração entre os meios,
que são separados por uma membrana semipermeável.
c) A diferença de comportamento da célula vegetal em relação à célula animal deve-se à presença
de parede celular (celulose) na célula vegetal.
Em água destilada, a hemácia recebe água por osmose e termina por estourar, porque não
possui parede celular, contém somente membrana plasmática. A célula vegetal fica túrgida e
não se rompe devido à presença da parede celular rígida.
Em solução concentrada, a hemácia perde água por osmose e murcha. A célula vegetal também
perde água pelo mesmo processo. Assim, o conteúdo citoplasmático encolhe, caracterizando
o murchamento, que pode levar à plasmólise.
05. a) A – epiderme;
B – parênquima;
C – xilema primário;
D – floema primário.
b) Pertencem a uma angiosperma eudicotiledônea. A disposição dos feixes vasculares na raiz –
com o xilema na porção mais interna do cilindro vascular e, geralmente, em forma de cruz – e a
disposição dos feixes no caule – organizados em anel ao redor do procâmbio – são típicas dessas
plantas.
06. a) Os anéis são formados pela atividade diferenciada do câmbio vascular, originando o lenho
primaveril, de paredes delgadas, e o lenho estival, de paredes espessas e intensamente lignifi-
cadas. O anel do lenho primaveril é mais claro, e do lenho estival, mais escuro.
Fatores climáticos, como temperatura e disponibilidade hídrica, podem influenciar sua formação,
tornando-os mais espessos ou mais delgados.
b) Não é possível utilizar essa análise em monocotiledôneas, pois nesses vegetais a distribuição
dos feixes liberolenhosos no caule é aleatória; não há crescimento secundário.

1 BIOLOGIA
o 222
07. Os pneumatóforos são típicos de plantas de mangue. Em ambientes pantanosos como esse,
o teor de oxigênio é baixo no “solo”.
Para conseguirem o oxigênio de que necessitam, as raízes de certas plantas emitem expan-
sões aéreas (os pneumatóforos) com orifícios (os pneumatódios), que captam O2 do ar
ambiente.
08. a) Estrutura l – estômato, anexo epidérmico responsável pela aeração das folhas e caules
verdes.
Tecido ll – parênquima clorofiliano, mais comumente parênquima paliçádico, um dos locais onde
ocorre fotossíntese na planta.
b) O CO2 absorvido nos estômatos (em l) é utilizado na fotossíntese, processo pelo qual as plantas
produzem a matéria orgânica, principalmente carboidratos. São denominadas seres autótrofos
por serem produtoras de matéria orgânica. Na natureza estão colocadas na base das cadeias
alimentares, portanto, fundamentais para a manutenção da vida do planeta.
O oxigênio é fundamental para a respiração dos seres vivos aeróbios.
09. a) O volume de O2 produzido na fotossíntese é igual ao volume desse mesmo gás consu-
mido na respiração, na intensidade n de luz, que corresponde ao ponto de compensação
fótico.
b) A planta está gastando suas reservas no intervalo ,-n, porque a taxa de respiração é maior
que a taxa de fotossíntese.
c) Sim, porque na intensidade r, a taxa fotossintética (síntese de matéria orgânica) é maior
que a taxa de respiração (consumo de matéria orgânica).
10. Não. Os pulmões dos vertebrados absorvem ar rico em oxigênio na inspiração e eliminam ar
rico em gás carbônico na expiração.
Nas plantas, o processo da respiração é semelhante, ou seja, absorvem oxigênio e eliminam gás
carbônico. Porém, as plantas realizam fotossíntese, processo no qual absorvem gás carbônico e
eliminam como subproduto o oxigênio.
A floresta Amazônica, especificamente, é um ecossistema em equilíbrio, no qual todo o oxigênio
produzido na fotossíntese é utilizado na respiração.
Assim, a expressão “A Amazônia é o pulmão do mundo” é um grande erro. A maior parte do
oxigênio que respiramos vem da atividade das algas.
11. a) No vidro fechado, o camundongo morreu porque a quantidade de O2 disponível diminuiu
progressivamente, consumida pela respiração do animal.
b) Os processos que interagem e permitem a sobrevivência do camundongo são a fotossíntese
e a respiração.
A fotossíntese produz matéria orgânica (glicose) e oxigênio e consome H2O e CO2. Por outro
lado, a respiração consome matéria orgânica (glicose) e oxigênio, produzindo CO2 e H2O. Veja o
esquema simplificado a seguir.

luz
glicose

respiração fotossíntese

energia
(ATP)

c) As organelas envolvidas são mitocôndrias (respiração) e cloroplastos (fotossíntese).

2 BIOLOGIA
o 222
12. a) O fenômeno que produziu o oxigênio é a fotossíntese. O processo produz matéria orgânica
e oxigênio a partir de CO2 e H2O, sob ação da luz e da clorofila.
b) O gráfico mostra que os tubos 3 e 4 produzem o mesmo volume de O2 sob intensidades lumi-
nosas diferentes. Isso significa que, nesses tubos, a luz deixou de ser fator limitante. Se o quinto
tubo receber uma intensidade de luz maior, produzirá o mesmo volume de O2 que os tubos 3 e 4.
Quando a luz deixa de ser fator limitante, dizemos que a intensidade luminosa está além do
ponto de saturação.
13. A sugestão de cortar o caule sob a água tem a finalidade de impedir que a coluna líquida de seiva
bruta (água e sais) que se encontra sob tensão nos vasos lenhosos seja rompida. Quando o caule
é cortado fora da água, o corte rompe a tensão, o que permite a entrada de ar. Isso prejudica
sensivelmente a subida de água até as folhas e flores. Como a transpiração é constante,
teremos um murchamento mais rápido da planta.
Colocar tabletes de açúcar na água do vaso é uma sugestão interessante. Esse recurso favorece
o aporte e consequente disponibilidade de matéria orgânica às folhas e flores. O açúcar sobe
junto com a água. A condução da seiva bruta é rápida, porque compensa a transpiração. Com
isso, o metabolismo se mantém elevado, prolongando a vida das flores.
14. Os vasos lenhosos conduzem a seiva bruta (inorgânica ou mineral), composta de água e sais
minerais, da raiz até as folhas, onde serão necessários ao processo fotossintético.
Os vasos liberianos conduzem a seiva elaborada (ou orgânica), constituída do material orgânico
produzido na fotossíntese, das folhas para todo o vegetal, inclusive às regiões de armazenamento.
15. Ao retirarmos um anel da casca, o floema é interrompido, o que bloqueia o transporte da seiva
elaborada. Após algum tempo, teremos a morte do sistema radicular, cessando, assim, a absorção
e a ascensão da seiva bruta, o que causa a morte das demais partes da planta.
16. a) A absorção de água é menor no segmento A.
b) A abertura máxima dos estômatos ocorre no período C.
c) A baixa concentração de CO2 estimula a abertura dos estômatos, e a alta concentração,
o seu fechamento.
d) A maior intensidade de luz estimula a abertura dos estômatos, e a menor intensidade, o seu
fechamento.
17. a) Considerando que a transpiração tem relação direta com o consumo hídrico, a floresta A tem
maior dependência de disponibilidade de água, pois apresenta maior taxa de transpiração, que
leva ao aumento da umidade relativa do ar, nos meses mais quentes do ano. Considerando que
a fotossíntese e a respiração determinam o padrão anual de variação de CO2, a maior produção
de biomassa ocorre na floresta A. Nota-se que nessa floresta, ao longo dos meses mais quentes
do ano, há menor concentração de CO2 atmosférico. Esse gás é consumido pelas plantas e,
por meio do processo fotossintético, será convertido em biomassa.
b) Em um cenário de redução no regime de chuvas, haveria redução da concentração de vapor
d’água no ar, pois com menor disponibilidade de água as plantas abrem menos seus estômatos.
Assim, reduzem a transpiração. Nesse mesmo cenário, haveria aumento da concentração de CO2
no ar, pois as plantas necessitam da água para realizar a fotossíntese, e, com os estômatos
mais fechados, ocorrerá redução da captação de CO2 atmosférico.
18. a) O caule se inclinará para a direita, em direção à fonte de luz. Diz-se que possui fototropismo
positivo. A raiz se inclinará para a esquerda, em direção contrária à fonte luminosa. Possui
fototropismo negativo.
b) O motivo desta curvatura está na ação do ácido indolacético (AIA), a principal auxina vegetal.
O caule e a raiz têm sensibilidade diferente às concentrações de AIA. Altas concentrações dessa au-
xina estimulam o crescimento do caule, porém inibem o crescimento da raiz. Baixas concentrações,
ao contrário, estimulam a raiz e inibem o caule. A iluminação unilateral provoca a redistribuição do AIA
no caule e na raiz, fazendo com que haja acúmulo da auxina no lado não iluminado. Portanto, o caule
cresce mais com maior concentração de auxina, do lado não iluminado, curvando-se para a direita.
A raiz cresce mais com menor concentração de AIA, do lado iluminado, curvando-se para a esquerda.

3 BIOLOGIA
o 222
19. a) Caule e raiz apresentam, respectivamente, geotropismos negativo e positivo, ou seja, o caule se
distancia do solo adotando postura vertical, enquanto a raiz se curva em direção a ele, enterrando-se.
b) Baseia-se nas diferenças de concentrações de auxinas (AIA), fitormônios da elongação,
em lados diferentes do vegetal devido à ação da gravidade.
O caule necessita, em termos relativos, de grande concentração de AIA para se elongar, ao contrário
da raiz que só o faz submetida a pequenas concentrações; daí as respostas geotrópicas diferentes:
na raiz elonga-se mais o lado com menor concentração, e no caule ocorre o contrário.
20. a) A aplicação de herbicidas em canaviais deverá ser coroada de êxito porque deverá destruir
a Striga, que é dicotiledônea (pela descrição das características no texto), mas não afetará a
cana-de-açúcar, que é monocotiledônea.
Porém, em uma plantação de tomates, a aplicação dos tais herbicidas poderá se transformar
em catástrofe, porque o tomate é uma planta dicotiledônea.
b) Um exemplo de auxina natural é o ácido indolacético (AIA). Algumas de suas funções: estimula
a formação de raízes adventícias, a elongação celular, entre outras.
21. a) O agricultor deve escolher o crisântemo, porque se trata de uma planta de dia curto cujo
fotoperíodo crítico é de 12h30min, ou seja, floresce em dias com até 12h30min de luz. Na região
citada nunca haverá mais de 12h30min de luz. Assim, o “brinco de princesa”, que é uma planta
de dia longo com fotoperíodo crítico de 13 horas, não conseguirá florescer.
b) Se ocorrer um flash de 15 minutos no meio da noite com a espécie de dia curto (crisântemo),
esta não floresce, porque o fator preponderante é a não interrupção do período escuro, que
deve ser contínuo.
Uma planta de dia curto é, na verdade, uma planta de noite longa.
22. a) O experimento permite concluir que as plantas de dia curto, na verdade, necessitam de
uma noite longa, ou seja, um período longo de escuro, sem interrupção.
b) O pigmento envolvido no fotoperiodismo é o fitocromo.
c) O fitocromo age também como pigmento acessório no processo fotossintético, sendo respon-
sável também pela dormência e germinação das sementes, formação de folhas e floração.

23. a) Reprodução Afirmações corretas


assexuada V
sexuada I e IV

b) A reprodução sexuada aumenta a variabilidade genética. Durante a divisão celular meiótica


ocorrem a distribuição independente dos cromossomos e a recombinação do material genético
(crossing-over), eventos que contribuem para o aumento da variabilidade genética.
24. a) A alga Ulothrix sp. é um organismo haplonte e possui ciclo vital do tipo haplôntico, isto é,
a maior parte do ciclo vital se passa em fase haploide.
b) Um gameta está representado por c. As letras b e e na figura representam o processo de
esporulação (formação de esporos).
As estruturas haploides são a, b, c e e. A estrutura diploide é d.
A meiose ocorre em d (zigoto) e formará quatro células haploides (e).
25. a) O parasita Chlamydia trachomatis é uma bactéria porque, de acordo com a tabela, possui
estrutura celular: membrana plasmática, ribossomos, DNA, RNA e ausência de núcleo celular.
O parasita Herpes simplex é um vírus pois, de acordo com a tabela, não possui estrutura celular.
Não há membrana, ribossomos e possui apenas DNA (não há RNA).
b) Apenas as bactérias podem ter seu crescimento populacional representado pelo gráfico
apresentado, porque se reproduzem por bipartição exponencialmente.
Os vírus não seguem esse padrão por vários motivos: não se reproduzem por bipartição (somente
em raros casos de lisogenia o seu DNA é duplicado pela célula hospedeira); podem ser neutra-
lizados por anticorpos específicos; a célula parasitada pode ser fagocitada por macrófagos; etc.

4 BIOLOGIA
o 222
26. a) Fungos e bactérias são decompositores na natureza, isto é, decompõem cadáveres (ou
porções) de animais e vegetais. Como resultado, parte dos minerais desses organismos
mortos fica no solo, disponível para ser absorvido pelas raízes de vegetais e assim volta para
a cadeia alimentar.
b) Os fungos, através do seu metabolismo, produzem grande parte dos antibióticos conhecidos.
Os antibióticos são utilizados no combate às infecções bacterianas.
27. a) O aproveitamento da sacarose depende de sua prévia digestão extracelular, por enzima
(sacarase) produzida pela própria levedura. A digestão da sacarose produz frutose e glicose,
ambas hexoses que atravessam a membrana celular.
b) Nas mitocôndrias da levedura ocorre a respiração aeróbica celular, cujo processo utiliza as
hexoses e libera CO2.
28. a) Após a fecundação da flor, ocorrerá a hipertrofia do ovário, levando à formação do fruto.
b) Na espécie B, na qual as anteras, porções dos aparelhos reprodutores masculinos responsáveis
pela liberação dos grãos de pólen, estão acima do aparelho reprodutor feminino, favorecendo
a autofecundação.
c) A flor A poderia ser polinizada por pássaros de bicos compridos, como os beija-flores.
29. a) Nas angiospermas e gimnospermas.
b) Devido à presença do tubo polínico, estrutura que descarrega os gametas masculinos nas
proximidades do gameta feminino, não havendo, portanto, necessidade de água para que
“nadem” até lá.
30. a) As sementes provêm de óvulos fecundados e os frutos provêm de ovários hipertrofiados.
b) Os agentes citados fazem a polinização, isto é, trazem os grãos de pólen que são necessários
para a formação das sementes e frutos.
31. a) A raiz cresce primeiro para dar fixação e sustentação ao caule, além de absorver água e
nutrientes para o processo fotossintético que ocorre assim que se formam as primeiras folhas.
b) Cotilédones são folhas modificadas que contêm material de reserva, principalmente amido.
Esse material é utilizado para nutrir e fornecer energia para as células embrionárias durante
o processo de germinação.
32. a) O técnico não deve concordar com o aluno em ambas as informações, porque:
• sementes de milho têm um cotilédone apenas e sementes de feijão têm dois;
• flores trímeras são características de monocotiledôneas, as quais possuem raízes fasciculadas.
Raízes axiais são características de eudicotiledôneas.
b) Plantas eudicotiledôneas:
• flores pentâmeras ou tetrâmeras, na maioria;
• caule do tipo haste ou tronco;
• raízes axiais, na maioria;
• sementes com dois cotilédones;
• folhas com nervuras reticuladas, na maioria, etc.
Exemplos: feijão, soja, ervilha, rosa, etc.
33. a) Dispersão pelo vento (anemocoria).
b)  Na etapa de polinização há a liberação dos grãos de pólen, que são formados por células
haploides. Ademais, na etapa de floração há a formação dos sacos embrionários, que também
apresentam células haploides, como a oosfera. Células diploides são encontradas em todas as
etapas representadas. Na fase adulta, por exemplo, células diploides estruturam as folhas, as
raízes e outras partes da planta.
c) Podemos citar as etapas de floração e frutificação, que não ocorrem em samambaias. As flores
permitem a atração de polinizadores e os frutos possibilitam diferentes modos de dispersão
de sementes.

5 BIOLOGIA
o 222
Citologia
34. a) A vitamina cuja carência traz problemas de visão é a vitamina A, também denominada axeroftol
ou antixeroftálmica.
São fontes de vitamina A: leite, ovos, óleo de fígado de bacalhau, fígado, etc.
b) A deficiência de ferro provoca a anemia ferropriva. Isso ocorre porque o ferro faz parte
da molécula de hemoglobina, constituinte das hemácias. Sem ferro, não há hemoglobina e,
consequentemente, não há hemácias.
c) O órgão diretamente afetado pela falta de iodo é a tireoide. Ela produz os hormônios T3 (tri-iodoti-
ronina) e T4 (tiroxina), que contêm iodo na sua composição química.
Esses hormônios controlam o metabolismo do nosso organismo. A carência de iodo resulta na
carência de T3 e T4, o que produz uma queda na velocidade do metabolismo.
35. a) Quando nasce uma criança, o irmão ou a irmã é privado do aleitamento materno, em proveito
do recém-nascido. O leite materno, nessas regiões, é a principal fonte proteica da população
infantil e de recém-nascidos.
b) Os alimentos proteicos fornecem “matéria-prima”, os aminoácidos, para que o organismo
produza suas próprias proteínas.
c) O emagrecimento ocorre devido à redução das reservas de carboidratos e lipídeos.
36. a) Trata-se da vitamina C (ou antiescorbútica ou ácido ascórbico).
b) Escorbuto.
c) Fragilidade capilar e sangramento de mucosas, principalmente gengivas; queda dos dentes;
debilidade muscular; etc.
37. a) Não houve alteração no volume celular dos paramécios devido à presença dos vacúolos
contráteis no seu citoplasma. Estes são responsáveis pela eliminação do excesso de água que
entra por osmose na célula do paramécio, porque o citoplasma é hipertônico em relação ao
meio com água destilada.
b) As células de cebola não se rompem porque possuem uma parede celular rígida de celulose.
O tubo que continha hemácias ficou avermelhado devido à presença de hemoglobina que estava
contida no citoplasma das hemácias e foi liberada após a ruptura da membrana.
38. a) Lisossomos são pequenas bolsas derivadas do complexo golgiense, que contêm grande
quantidade de enzimas hidrolíticas.
São responsáveis pela digestão intracelular de:
• partículas estranhas à célula, englobadas geralmente por fagocitose (defesa imunitária);
• substâncias orgânicas complexas produzidas na própria célula;
• organelas da própria célula que eventualmente estejam desgastadas, anômalas ou lesadas
por algum motivo. Esse fenômeno é denominado autofagia;
• substâncias orgânicas complexas englobadas pela célula, por exemplo, uma gota lipídica.
Dessa forma, os lisossomos contribuem para o bom funcionamento das nossas células.
b) Doenças lisossômicas são hereditárias não pelos lisossomos em si, pois não possuem material
genético, mas pelas enzimas lisossômicas. As enzimas são proteínas e como tais necessitam
de informação genética para serem produzidas. Na falta dessa informação genética correta não
haverá enzimas e, portanto, o funcionamento dos lisossomos estará comprometido, gerando
então a “doença lisossômica“.
39. a) A seta A indica o retículo endoplasmático rugoso, cuja função é a síntese e transporte de
enzimas (proteínas).
A seta B aponta as mitocôndrias, sede do metabolismo energético, que fornecem energia
para as funções celulares.

6 BIOLOGIA
o 222
A seta C, por fim, aponta o complexo golgiense, organela que armazena, concentra e prepara
o material para a secreção, através das vesículas de secreção apontadas pela seta D.
b) O caminho percorrido pelas enzimas desde o seu local de síntese até sua secreção é: A, C, D
e luz do ácino.
40. a) As células pancreáticas apresentam uma intensa síntese de proteínas ao nível do retículo
endoplasmático granular ou rugoso, e portanto possuem uma grande quantidade de RNA.
As moléculas de RNA têm caráter ácido e, assim, possuem afinidade por corantes, que promovem
a coloração do retículo.
b) O tratamento com RNAase, uma enzima que digere o RNA, promove a destruição desse
ácido nucleico, e portanto não há coloração dos locais onde ele ocorre na célula.
41. a) Há várias características que apoiam a hipótese citada:
• A mitocôndria possui uma molécula de DNA circular que, a exemplo do cromossomo da bactéria,
não está associada a histonas.
• A duplicação das mitocôndrias é semelhante à dos procariontes.
• A mitocôndria possui ribossomos, como as bactérias, para a tradução do RNAm em proteínas.
• As cristas mitocondriais, que são dobras da membrana interna da organela, apresentam enzimas
da cadeia respiratória, presentes no mesossomo, dobra da membrana plasmática, de algumas
bactérias.
b) A bactéria obtém moléculas orgânicas da célula hospedeira que podem ser oxidadas para a
produção de energia. Em troca, a bactéria fornece energia para que a célula hospedeira realize
as reações químicas do seu metabolismo.
c) O cloroplasto é a outra organela que, também, é considerada de origem simbiótica.
42. a) Nos mamíferos, a fermentação (láctica) pode ocorrer nas células musculares em condições
de falta de oxigênio.
b) Por meio de fermentação podemos obter pão, cerveja, queijo, iogurte, etc.
43. a) As rotas que ocorrem em ambiente anaeróbico são:
• rota 1 – fermentação alcoólica;
• rota 2 – fermentação láctica.
b) Organismos que realizam a rota 1: leveduras (fungo Saccharomyces cerevisiae). Produtos da
indústria alimentícia: cerveja e pão.
Organismos que realizam a rota 2: lactobacilos (bactérias). Produtos da indústria alimentícia:
iogurte e queijo.
44. a) Códons com três letras permitem maior número de combinações (64), maior que o número
de aminoácidos (20). Códons com duas letras permitem 16 combinações, insuficientes para
os 20 aminoácidos.
b) Um dado aminoácido pode ser codificado por mais de um códon. Por isso, diz-se que o código
genético é degenerado ou redundante. Um único códon especifica apenas um aminoácido. Não
há ambiguidade.
45. a) A afirmação se refere ao fato de que um mesmo aminoácido pode ser codificado por mais de
um códon. Isso é consequência da existência de um maior número de códons (64) em relação
aos aminoácidos (20).
b) A sequência de aminoácidos da enzima ativa é:
triptofano – serina – prolina – serina – leucina – asparagina – alanina
A sequência de bases do RNAm responsável pela enzima inativa é:
UGG – AGU – CAU – CAC – UUA – AUG
c) O trecho do DNA que codifica a enzima ativa é:
ACC – TCA – GGT – AGT – GAA – TTA – CGT

Observação: a base perdida pode ser a primeira ou a segunda guanina dessa trinca.

7 BIOLOGIA
o 222
46. a) Os “corrimãos” correspondem às cadeias de glicofosfatos (grupos fosfato e pentose), enquanto
os “degraus“ correspondem aos pares de bases nitrogenadas unidas por ligações de hidrogênio.
b) Uma das propriedades do DNA é a capacidade de permitir, através de um segmento específico
(gene), a polimerização de uma nova cadeia de nucleotídeos chamada RNA. Esse processo
recebe o nome de transcrição.
O RNA possui em sua cadeia uma sequência de informações (bases nitrogenadas) que são
utilizadas por ribossomos na organização de aminoácidos para a montagem da proteína. Esse
processo recebe o nome de tradução ou síntese proteica.
c) Proteínas são polímeros que podem ser diferenciadas pelos tipos, números e sequência
de aminoácidos.
47. a) Referem-se ao DNA as seguintes lâminas:
• 3ª lâmina com dupla hélice;
• 4ª lâmina com timina.
Ambas apresentam características do DNA.
b) A 5ª lâmina apresenta porcentagens diferentes de guanina e citosina. Essa diferença não está
de acordo com a molécula do DNA. Nesta, as porcentagens de guanina e citosina devem ser
iguais, assim como as de timina e adenina, porque no DNA essas bases orgânicas formam pares:
adenina-timina e citosina-guanina.
Essa diferença mostra que se trata provavelmente de RNA que se apresenta como filamento
único com poucas regiões de pareamento.
48.
peptídeo met gli ala ser arg

RNA-transportador UAC CCU CGA AGA GCG


(anticódon)

RNA-mensageiro AUG GGA GCU UCU CGC


(códon)

DNA TAC CCT CGA AGA GCG

49. Nem sempre é possível afirmar que a sequência de aminoácidos em uma proteína corresponde
integralmente à sequência de nucleotídeos do gene transcrito nas células eucariontes devido
às modificações químicas (splicing) que acontecem no pré-RNAm. Quando os íntrons são
removidos, os éxons são emendados de maneiras diferentes. Os RNAm maduros (processados)
podem codificar proteínas distintas.
A organela X é o complexo golgiense. A proteína recebe um radical químico e é empacotada
nessa organela. As vesículas de secreção formadas no complexo golgiense são devidamente
endereçadas, permitindo que a proteína seja secretada ao meio exterior.
50. a) A puromicina tem ação antibiótica, pois interfere na produção de proteínas que podem ser vitais
para a sobrevivência das bactérias, tendo tanto função estrutural como enzimática.
Na presença da puromicina, a massa molecular média das proteínas tende a ser menor, pois,
ao impedir a adição de novos aminoácidos, as cadeias das proteínas ficarão incompletas e
consequentemente menores.
b) À medida que o gene associado aos genes de interesse comanda a produção de uma enzima
que destrói a puromicina, as células que receberam esses genes terão uma taxa de sobrevivência
maior em relação às células que não os receberam.
51. a) A estrutura básica de um vírus é formada por uma cápsula proteica (capsídeo) e material
genético. Alguns vírus têm, externamente à cápsula, um envelope lipoproteico.
Dentre as zoonoses virais podemos citar a raiva e a febre amarela, por exemplo.
b) O vírus Ebola é transmitido, essencialmente, pelo contato com secreções ou fluidos (por exemplo,
saliva, vômito e sangue) de humanos ou outros animais infectados.
Já o vírus da gripe é, principalmente, transmitido pelo ar, através de secreções das vias respiratórias
e também pelo contato direto com pessoas ou objetos contaminados.

8 BIOLOGIA
o 222
52. a) Pandemia é caracterizada por um grande número de indivíduos infectados presentes em inú-
meras regiões do planeta, nos diferentes continentes, simultaneamente. Na etapa 3, o vírion
funde-se à vesícula endocítica, liberando o RNA viral no citosol da célula humana. Na etapa 4,
ocorre a tradução do RNA viral, sintetizando as proteínas virais.
b) A imunização ativa é caracterizada pela produção de anticorpos (imunoglobulinas) pelo siste-
ma imunitário do indivíduo, ao ser estimulado pela presença do antígeno.
Com a vacinação, o indivíduo recebe uma solução contendo antígenos do patógeno atenuados.
A presença destes desencadeia a ação de células fagocitárias, como os macrófagos, que tam-
bém são células apresentadoras de antígenos para os linfócitos T auxiliares. Estes estimulam os
linfócitos B, que se diferenciam em células B de memória e em plasmócitos, que são células
produtoras e secretoras de anticorpos.
Os linfócitos B também são ativados pelos antígenos para se diferenciarem.
Os anticorpos são secretados para a corrente sanguínea.
53. A duração das várias etapas do ciclo celular é G1 – 11 horas; S – 10 horas; G2 – 2 horas; e mitose – 1 hora.
Veja o esquema:
3h

G1 S G2

mitose 10 h 2h

11 h 12 h 1h

24 h

54. a) • Figura A: metáfase mitótica.


Os cromossomos homólogos não pareados localizados no polo equatorial da célula (placa
metafásica) (2n = 4).
• Figura B: metáfase II (meiose).
Cromossomos localizados na placa equatorial, não pareados e com ploidia reduzida (n = 2).
• Figura C: metáfase I (meiose).
Cromossomos homólogos pareados e localizados na placa equatorial, com a ploidia inicial (2n = 4).
b) A região assinalada corresponde ao centrômero, o qual contém, ao seu redor, estruturas pro-
teicas especializadas denominadas cinetócoros. Os cinetócoros contêm microtúbulos denomina-
dos fibras cromossômicas. Estas interagem com as fibras do fuso bipolar e se relacionam com
os movimentos cromossômicos em direção aos polos opostos durante a divisão celular.
55. a) Na figura A está representada a anáfase da meiose I, pois se observa a separação dos cromos-
somos homólogos. Essa divisão produzirá duas células n = 3.
Na figura B está representada a anáfase da meiose II, pois se observa a separação das cromátides
de cada cromossomo. Essa divisão produzirá duas células n = 3.
b) Na figura B está representada uma não disjunção de um dos cromossomos. Com essa alteração
teremos no final da meiose um total de 4 células assim compostas:
(I) 2 células n = 3 (com divisão normal)
(II) 1 célula n – 1  2 (com não disjunção)
4
(III) 1 célula n  1  4
c) Devido à não disjunção na espécie humana, podem ocorrer várias anomalias: síndrome de
Down (47, XX + 21 ou 47, XY + 21); síndrome de Turner (45, X); síndrome de Klinefelter (47, XXY);
e outras.

9 BIOLOGIA
o 222
56. a) No final da fase G1 haverá uma unidade do alelo A e uma unidade do alelo a.
No final da fase S haverá duas unidades de A e duas unidades de a.
No final da mitose, cada célula-filha terá uma unidade de cada alelo. Veja o esquema:
A a
G1 S G2
A a
A a
A a A A a A A a a A a
a
A a
duplicação
do DNA

mitose intérfase mitose

b) O processo de divisão celular é a meiose.

A
A A
espermatócito
A
A A a a

a
a a
duplicação
cromossômica a

A a

fase I fase II

57. a) Se houver fecundação a partir de um oócito primário, são obtidos um óvulo e pelo menos dois
corpúsculos polares. Se não houver fecundação, o processo é bloqueado na meiose II, resultando
em um oócito secundário e um corpúsculo polar.
b) Se um espermatócito primário apresentar 20 cromossomos, cada espermatozoide apresentará 10,
porque a produção de espermatozoides ocorre através de uma meiose completa.
espermatócito
primário 20
meiose I (reducional)

10 10
meiose II (equacional)
espermatozoides 10 10 10 10

c) Além do tamanho, há várias diferenças, por exemplo, o espermatozoide é móvel (presença de


flagelo) e o óvulo não. O espermatozoide praticamente não possui citoplasma; no óvulo há acúmulo
de vitelo no citoplasma. O óvulo possui grande quantidade de mitocôndrias no citoplasma; no
espermatozoide, as mitocôndrias estão acumuladas na peça intermediária, próximas ao flagelo.
58. a) Identificação e sequência das fases: A-zigoto; B-mórula; C-blástula; D-gástrula; E-nêurula.
b) O zigoto resulta da fecundação do ovócito II pelo espermatozoide.
A mórula é uma massa celular resultante de clivagens do zigoto.
A blástula caracteriza-se por apresentar uma cavidade, a blastocela. Assim, é uma massa
celular com uma cavidade.
A gástrula caracteriza-se pela presença de blastóporo e arquêntero. Um dos polos da blástula
sofre invaginação: forma-se o blastóporo. A evolução dessa invaginação resulta no arquêntero,
intestino primitivo.

10 BIOLOGIA
o 222
Na fase de nêurula, temos o fechamento do blastóporo e expansão do teto do arquêntero, originando
os somitos laterais direito e esquerdo e a notocorda central. A ectoderme, no polo superior,
sofre invaginação originando o tubo neural. Veja figura a seguir.
tubo neural

notocorda

somitos

arquêntero

59. a) A estrutura que se originará da porção embrionária apontada pela seta I é o sistema nervoso
central. A seta II aponta para a notocorda, que nos mamíferos adultos sofrerá regressão e será
substituída pela coluna vertebral.
b) As fases da embriogênese até a fase de nêurula são: mórula, blástula e gástrula.
60. a) A partir desse tipo de ovo (répteis), passam a existir: cório (b), âmnio (c) e alantoide (e).
b) Uma das adaptações reprodutivas para a vida animal em ambiente terrestre é a fecundação
interna.
61. a) A estrutura 1 é a placenta.
b) A seta 2 refere-se à cavidade amniótica, preenchida pelo líquido amniótico, cuja função é a
proteção mecânica (contra choques) e contra desidratação do embrião.
62. a) Os elementos encontrados seriam:
• fase 1 – plasma sanguíneo;
• fase 2 – leucócitos e plaquetas;
• fase 3 – eritrócitos (série vermelha).
b) A fase 3 contém eritrócitos. Estes, após a adição da água destilada, hemolisam. Assim, após
a centrifugação não haverá células inteiras, mas apenas membranas, hemoglobina diluída e,
eventualmente, organelas.
63. a) Os microtúbulos atuam na formação dos centríolos, cílios e flagelos na célula eucariótica.
A MAP2 é encontrada em maior quantidade nos dendritos.
b) A principal função dos axônios é a transmissão do impulso nervoso do corpo celular até as
sinapses.
Ao longo do desenvolvimento do sistema nervoso, há um aumento da quantidade de proteínas
associadas aos microtúbulos, da tau nos axônios ligados à propagação dos impulsos nervosos,
e da MAP2 nos dendritos dos neurônios, permitindo a maior captação dos neurotransmissores.
64. a) Dentre as doenças citadas, são bacterianas a tuberculose e a gonorreia (blenorragia). Para elas
devem ser prescritos antibióticos.
b) Os antibióticos são compostos químicos produzidos por fungos, algumas bactérias e também
sintéticos, que possuem atividade bacteriostática (ou em certos casos bactericida). Assim, são
indicados para combater doenças bacterianas.
Os vírus não são sensíveis a antibióticos. Os vírus são combatidos por anticorpos. As vacinas
produzidas com vírus atenuados, por exemplo, estimulam o organismo a produzir anticorpos.
Estes se encarregam de neutralizar os vírus.
65. Não. Soro é o nome dado a uma solução, obtida do plasma sanguíneo, que contém anticorpos
prontos para combater um dado antígeno, no caso, a toxina presente no veneno da cobra,
neutralizando-o. Já a vacina corresponde a uma solução que contém o próprio antígeno, normal-
mente atenuado, que, ao ser inoculado no indivíduo, estimula a produção de anticorpos e
células de memória imunitária.
Concluímos, assim, que o soro deve ser utilizado em situações de necessidade imediata,
como nas picadas de cobra, enquanto a vacina é aplicada como uma medida preventiva.

11 BIOLOGIA
o 222
66. a) A criança, nesta situação, estaria com maior risco de contrair tétano. Isto porque na terra
encontramos grande quantidade de esporos das bactérias do tétano.
b) O procedimento mais seguro para evitar que a criança viesse a desenvolver a doença seria
a soroterapia, aplicação de soro que contém anticorpos prontos (imunização passiva artificial).
O gráfico que corresponde a esse procedimento é o gráfico A. Nele observamos que após
a aplicação há uma alta taxa de anticorpos que diminui lentamente com o passar do tempo.
c) O gráfico B corresponde à vacinação (imunização ativa artificial). Neste processo aplica-se o
antígeno atenuado (bacilo tetânico) para estimular a produção de anticorpos pelo organismo.
67. a) Macrófagos são células do tecido conjuntivo que reconhecem substâncias e micro-organismos
estranhos ao organismo, fagocitando-os.
Linfócitos T são leucócitos mediadores de imunidade. Produzem substâncias especiais que
estimulam outros tipos de leucócitos (por exemplo, os linfócitos B).
Linfócitos B são leucócitos que, estimulados pelos linfócitos T, transformam-se em plasmócitos,
células produtoras de anticorpos.
b) A proliferação de linfócitos nos gânglios linfáticos é estimulada pela presença no organismo de
agentes infecciosos, por exemplo, micro-organismos. Um esquema simplificado mostra o mecanismo:
fagocitose

agente infeccioso macrófago


(micro-organismo)
linfócito T linfócito B

anticorpos

68. a) A febre, caracterizada por temperatura corporal acima da faixa normal de variação, é comu-
mente associada à desnaturação das proteínas dos patógenos e ao aumento do nível de ativida-
de enzimática dos leucócitos, efeitos que contribuem para o combate ao agente infeccioso.
b) Os anticorpos começam a ser produzidos a partir do 7o dia de infecção. Assim, o diagnóstico
pelo método X, que é mais eficaz a partir do 7o dia, é o mais indicado para a detecção da infecção
por meio da presença de anticorpos. Segundo o gráfico, no 20o dia após a infecção, o método X
será mais preciso.
c) O acúmulo de líquidos nos pulmões diminui a expansividade destes, prejudicando a renovação
do ar nos alvéolos. O acúmulo de ar sem O2 dificulta a difusão deste gás devido à diminuição do
seu gradiente de concentração. A diminuição da saturação de O2 como consequência da menor
ventilação pulmonar levará ao aumento da concentração de CO2 no sangue, acarretando a redução
do pH sanguíneo (acidose respiratória).
Ecologia
69. a) De acordo com o esquema, as cracas possuem mais indivíduos num espaço menor, ou seja,
maior densidade populacional.
b) Podemos citar como fatores bióticos, nesse ambiente, os seres vivos: caramujos, caranguejos,
cracas, estrelas-do-mar e ostras, que podem competir ou predar entre si.
Podemos citar como fator abiótico, nesse ambiente, a umidade do costão rochoso causada pela
água do mar (nível da maré), que pode controlar os recursos para os organismos presentes.
c) O costão rochoso é um ambiente característico de ecossistemas costeiros, muito comuns
nas áreas litorâneas do Sudeste do Brasil, limítrofes com o bioma da mata Atlântica. O esquema
mostra uma comunidade de invertebrados, formada por populações de cinco espécies.
70. Uma hipótese plausível para explicar as alterações das populações representadas pelos gráficos I, II
e III seria:
Através da urbanização na região, a população de cobras (gráfico III) diminui drasticamente. Com
isso, a população de preás (gráfico I), livre das cobras, aumentou.
Com o aumento da população de preás, o capim disponível (gráfico II) diminui. Consequentemente,
com a diminuição do alimento (capim), a população de preás também diminuirá.
Outros fatores podem ser responsáveis pela queda da população de cobras: caça seletiva,
pragas, etc.

12 BIOLOGIA
o 222
71. a) • Plantas – produtores;
• gafanhotos – consumidores primários (C1);
• passarinhos – consumidores secundários (C2);
• gaviões – consumidores terciários (C3).
b) Se muitos gaviões imigrarem para esse campo, aumentará a predação sobre os passarinhos.
Assim, vai aumentar o número de gafanhotos (sem a predação dos passarinhos).
O aumento do número de gafanhotos provocará um declínio da população de plantas (poderá
ocorrer uma devastação na população de produtores).
c) A forma inorgânica do carbono citado na pergunta corresponde ao CO2. Esse carbono é absorvido
no processo fotossintético dos produtores e incorporado sob a forma de compostos orgânicos
(proteínas, carboidratos, lipídeos). Esses compostos orgânicos passam através da cadeia
alimentar, por C1, C2, e chegam aos gaviões sob a forma de alimento. A digestão das proteínas
no gavião libera aminoácidos, os quais são absorvidos pela circulação e levados às células.
Nestas, o código genético do gavião se encarrega de orientar a formação de suas proteínas.
d) Há três tipos de bactérias que são importantes na introdução do nitrogênio nessa cadeia
alimentar:
• bactérias fixadoras das raízes de leguminosas: absorvem nitrogênio (N2) do ar, produzem
amônia e a cedem às plantas.
• bactérias decompositoras (do solo): decompõem a matéria orgânica (animal e vegetal),
liberando amônia para o solo.
• bactérias nitrificantes: transformam a amônia em nitritos e nitratos. Estes constituem a
principal forma absorvida pelas plantas.
Uma vez nas plantas, o nitrogênio é incorporado às moléculas orgânicas e segue para os demais
níveis tróficos.
72. a) Utiliza-se a massa seca porque se analisa a quantidade de matéria orgânica envolvida em
cada nível trófico.
b) A matéria seca diminui porque parte da matéria orgânica é oxidada e transformada em energia,
em cada nível trófico, progressivamente.
c) Nesse ecossistema temos:
• musgos – produtores;
• gafanhotos – consumidores primários;
• sapos – consumidores secundários;
• cobras – consumidores terciários.
73. a) Produtividade primária refere-se à quantidade total de matéria orgânica fixada pelos produtores
durante a fotossíntese. A atividade fotossintética libera O2 como subproduto. Assim, através do
volume do oxigênio produzido, tem-se uma avaliação da produtividade primária.
b) Como não ocorre fotossíntese nas garrafas escuras, a concentração de O2 nelas diminuirá,
em relação a uma quantidade inicial, como resultado da respiração celular dos micro-organismos
contidos na água.
Nas garrafas transparentes, ocorre fotossíntese. Assim, assumindo que a respiração ocorre com
a mesma taxa nas garrafas transparentes, qualquer aumento na concentração de O2 contido
nessas garrafas resulta da fotossíntese, produzindo mais oxigênio que o consumido na respiração.
Portanto, nas garrafas transparentes, o oxigênio aumenta e nas garrafas escuras diminui. A adição
do total de O2, que diminui no frasco escuro à quantidade de O2 que aumenta no frasco claro,
cancela a respiração no frasco claro e dá a quantidade de O2 produzido pela fotossíntese.
c) Os principais organismos aquáticos responsáveis pela produtividade primária são as algas
microscópicas, ou fitoplâncton.

13 BIOLOGIA
o 222
74. Considerando a cadeia alimentar:
roseira pulgões joaninhas passarinhos
a) A pirâmide de números representa a quantidade de seres necessários para alimentar o
próximo nível trófico; sendo assim, uma roseira alimenta mais de um pulgão. Essa quantidade
de pulgões alimentaria menos joaninhas, que, por sua vez, alimentaria menos quantidade de
passarinhos. Portanto, o esquema da pirâmide de números fica:
passarinhos
(cons. terciário)
joaninhas
(cons. secundário)
pulgões
(cons. primário)
roseira
(produtor)

b) A pirâmide de energia representa a quantidade de energia transferida de um nível trófico


para outro na cadeia alimentar. Sabendo-se que esse fluxo é decrescente, pois cada nível
gasta parte da energia recebida na respiração, o esquema da pirâmide de energia fica:
passarinhos
(cons. terciário)
joaninhas
(cons. secundário)
pulgões
(cons. primário)
roseira
(produtor)

75. a) As plantas absorvem água do solo através dos pelos absorventes da raiz. Daí, a água é trans-
portada pelos vasos lenhosos do lenho ou xilema até as folhas. Nas folhas, parte da água é
utilizada no metabolismo das células e parte é eliminada via estômatos e cutícula sob forma de
vapor para a atmosfera. Uma pequena parcela pode ser eliminada via hidatódios sob forma líquida
(gutação).
Na atmosfera, a água sob forma de vapor e sob determinadas condições transforma-se em chuva,
que será absorvida pelo solo e no solo será absorvida pelas raízes.
b) A água não utilizada pelas plantas infiltra-se no solo e fará parte dos lençóis freáticos. Uma parte
da água do solo volta para a atmosfera sob forma de vapor.
76. a) As bactérias fornecem nitrogênio à soja.
b) O nitrogênio retorna à atmosfera através da ação de outras bactérias, as desnitrificantes.
c) A associação entre as bactérias e a planta ocorre nas raízes.
77. a) Segundo os dados do gráfico A, a presença das micorrizas favorece o crescimento das plantas.
A interação entre as micorrizas e as plantas é de mutualismo, uma vez que as plantas fornecem
alimento e matéria orgânica para os fungos, e estes favorecem a absorção de nutrientes minerais
por parte das plantas, o que beneficia seu crescimento e desenvolvimento. A ausência da
associação compromete a sobrevivência dos fungos, assim como o crescimento das plantas.
Dessa forma, a associação é positiva para ambos os organismos envolvidos.
b) A bioinoculação de fungos favorece a absorção de nutrientes do ambiente por parte das plantas,
reduzindo drasticamente a necessidade do uso de fertilizantes sintéticos, que aumentam as
emissões de gases estufa (gráfico B) e ainda podem promover a eutrofização dos ecossistemas
aquáticos próximos às áreas de plantio (gráfico C).
78. a) O gráfico mostra uma queda na taxa de mortalidade por doenças contagiosas do início para o
final do século XX. Por outro lado, percebe-se um aumento na taxa de mortalidade por doenças
degenerativas no mesmo período.

14 BIOLOGIA
o 222
b) Alguns dos fatores que podem explicar as mudanças (queda) nas taxas de mortalidade por
doenças contagiosas são: desenvolvimento de vacinas, produção de antibióticos, melhoria nas
condições de saneamento básico, etc.

79. a) O texto se refere a sucessão ecológica secundária porque essas regiões eram comu-
nidades biológicas estabelecidas que devido aos incêndios foram destruídas, e estão se
restabelecendo.
b) O gráfico A representa o que ocorre no decorrer da sucessão ecológica. No início, a produti-
vidade primária bruta, que corresponde a matéria orgânica produzida pelos produtores, é baixa
e vai aumentando ao longo do processo, devido ao aumento da diversidade biológica com o
estabelecimento de novas espécies, principalmente as de grande porte. Ao atingir a comunidade
clímax, a PPB tende a estar no nível máximo.
A produtividade primária líquida (PPL = PPB – respiração) vai diminuindo à medida que a comunidade
se torna mais complexa, porque os produtos da fotossíntese serão utilizados pela respiração
que aumenta no decorrer da sucessão.

80. A mata Atlântica corresponde ao nº 6, representado no mapa, caracterizada por apresentar


vegetação densa, presença de plantas epífitas e o interior úmido e escuro.
O cerrado está identificado pelo nº 2 (região Centro-Oeste) e é considerado um campo de solo
pobre em nutrientes e presença predominante de gramíneas.
A caatinga, nº 5 no mapa, apresenta características de deserto, com falta de água e presença
de plantas xerófitas.

81. a) Os gráficos relativos a peixes, camarões, formigas e aves indicam com uma certa semelhança
que, à medida que a latitude diminui, a diversidade em espécies aumenta. Isso representa,
provavelmente, uma adaptação melhor dos grupos citados a regiões mais quentes.
O último gráfico, ao contrário, mostra espécies que estão adaptadas a baixas temperaturas.
À medida que a latitude diminui, o número dessas espécies diminui drasticamente, até desapa-
recerem por completo na latitude 50o.
b) Um exemplo de animais cuja distribuição poderia ser atribuída à última figura seriam os
pinguins.
c) O gráfico que poderia representar o número de espécies de árvores em florestas seria o
que corresponde ao das formigas, porque na latitude 0 (zero) temos um número de espécies
relativamente grande (no caso, 200 a 250), o qual, em relação à vegetação, corresponderia a
florestas tropicais pluviais. Estas possuem grande diversidade biológica em espécies, tanto
vegetal quanto animal. Por outro lado, em latitudes maiores que 60o, o que corresponderia à
tundra, praticamente não há árvores (o que pode ser comparado no gráfico).
82. a)

16
porcentagem da fauna ameaçada

14
12
10
8
6
4
2

0 10 20 30 40 50 60 70
porcentagem de ambientes antrópicos

15 BIOLOGIA
o 222
b) A porcentagem de fauna ameaçada de extinção na mata Atlântica é cerca de quatro vezes
maior que na Amazônia porque:
• a porcentagem de ambientes antrópicos na mata Atlântica é cerca de quatro vezes maior do
que na Amazônia, portanto, há maior ocupação, ação e exploração humanas;
• o número de seres humanos que ocupam a mata Atlântica é cerca de seis vezes maior do que
na Amazônia, provocando maior desenvolvimento urbano e poluição do ambiente.
Outro fator que pode ser citado é que na Amazônia a porcentagem de áreas protegidas é maior
do que na mata Atlântica.
c) Sim. Ao analisar os dados referentes à Amazônia, observamos que, com a maior porcentagem
de áreas protegidas, há menor porcentagem de fauna ameaçada de extinção, enquanto na mata
Atlântica, por exemplo, com maior número de pessoas e maior porcentagem de ambiente antró-
pico, há maior porcentagem de fauna ameaçada de extinção.

83. a) As espécies não nativas, introduzidas no ambiente já com carga biótica máxima, iriam
prejudicar as populações locais, pois tenderiam a crescer de maneira descontrolada uma
vez que podem não apresentar predadores naturais; dessa forma, competiriam ou mesmo
predariam as espécies nativas, trazendo desequilíbrio para o ambiente.
b) As espécies não nativas podem trazer consigo organismos parasitas que eventualmente
atingiriam as espécies nativas, aumentando o desequilíbrio e reduzindo ainda mais a população
de peixes locais.
84. a) De modo prático, podemos comparar águas poluídas e não poluídas através do quadro a
seguir:

Variável Água poluída Água não poluída

DBO elevado baixo

índice de coliformes fecais elevado baixo

teor de O2 dissolvido baixo elevado

índice de processos aeróbicos baixo elevado

índice de processos anaeróbicos elevado baixo

b) Metabolicamente um organismo anaeróbico facultativo é aquele que pode obter energia


por processos aeróbicos ou anaeróbicos, na dependência da disponibilidade de oxigênio.
Assim, na presença de oxigênio, os carboidratos são oxidados integralmente, liberando,
como produtos finais, água, gás carbônico e grande quantidade de energia (38 ATP bruto).
Na ausência de oxigênio, os carboidratos são desdobrados parcialmente, liberando pouca
energia (2 ATP).
c) Uma das principais doenças bacterianas adquiridas pela ingestão de água contaminada
é o cólera. Seu agente é uma bactéria denominada popularmente vibrião do cólera (Vibrio
cholerae).
85. a) O significado ecológico traduz-se em poluição térmica, afetando as espécies que dependem
do oxigênio dissolvido na água.
b) A temperatura elevada da água reduz a solubilidade do O2, diminuindo a sua disponibilidade
para os seres vivos do ecossistema.

16 BIOLOGIA
o 222
86. a) Quando o monóxido de carbono (CO) é inspirado pelo ser humano e absorvido pelos alvéolos,
chegando ao sangue, forma um composto, a carboxiemoglobina, altamente estável. Estima-se
que seja 200 vezes mais estável do que a oxiemoglobina. Assim, o CO compete com o O2 pela
hemoglobina e leva enorme vantagem.
Aos poucos, a hemoglobina disponível para transportar O2 vai progressivamente diminuindo.
Esse quadro provoca asfixia, dores de cabeça, náuseas, etc.
b) Os metais pesados, como o cobre, chumbo e mercúrio, têm efeito cumulativo nas
cadeias alimentares pelo fato de não serem biodegradáveis. Assim, quando presentes no
meio ambiente, absorvidos por produtores e, subsequentemente, passando pelos vários
níveis de consumidores, se acumulam nos níveis tróficos mais elevados, podendo atingir o
ser humano.
87. a) Nos trechos iniciais de poluição, com pequena concentração de resíduos, há predomínio
de bactérias aeróbicas. Nos trechos mais turvos, com maior concentração de resíduos, e mal
cheirosos, há predomínio de bactérias anaeróbicas.
b) Nos trechos iniciais, as bactérias aeróbicas atacam os resíduos orgânicos poluentes. Como há
baixa concentração desses resíduos, não haverá alto consumo de O2 pelas bactérias. O mesmo
não ocorre nas regiões mais poluídas. A grande quantidade de poluentes leva a uma grande
proliferação de bactérias aeróbicas, que consequentemente esgotarão o O2 disponível.
A partir disso, ocorre somente a ação de bactérias anaeróbicas, que proliferam e eliminam
gases de odor desagradável.
88. a) Nos veículos automotores movidos a combustível de origem fóssil, ocorre a combustão
incompleta de parte do combustível, o que resulta na produção de monóxido de carbono (CO).
O Programa Nacional do Álcool (Proálcool) estimula a produção de etanol para uso no setor auto-
mobilístico. O emprego do etanol nos motores dos automóveis resulta em benefício ambiental,
pois o volume de dióxido de carbono (CO2) liberado na combustão completa é compensado pelo
volume de CO2 fixado pela cana-de-açúcar cultivada para a produção desse biocombustível.
b) A combinação de óxidos ácidos com água resulta na formação de ácidos fortes. Quando esse
processo ocorre nas gotículas que formam as nuvens, a precipitação ácida acontece. O dióxido
de nitrogênio (NO2) é um importante poluente que participa desse processo, formando ácido
nítrico (HNO3) e ácido nitroso (HNO2), conforme demonstrado na equação a seguir:

H2O(,) + 2 NO2(g) HNO3(aq) + HNO2(aq)

A precipitação ácida ocasiona, entre outros problemas, a acidificação dos ecossistemas aquáti-
cos. Isso prejudica o desenvolvimento e a sobrevivência dos organismos mais sensíveis a essa
variação de pH, tais como os corais, que sofrem branqueamento.
89. a) O método aplicado é o controle biológico por exclusão competitiva. O controle biológico reali-
zado dessa maneira é vantajoso por não introduzir agentes químicos possivelmente danosos no
ecossistema.
Outra vantagem é não alterar as cadeias alimentares das quais os organismos envolvidos parti-
cipam.
b) Um fator ambiental que explica a malária endêmica na região amazônica é a disponibilidade
hídrica e o regime pluviométrico. O mosquito Anopheles, vetor da malária, possui estágio larval
aquático e se reproduz principalmente em águas calmas. Na região amazônica, após os meses
de chuva, as áreas alagadas tornam-se ideais para a reprodução do mosquito.
Pode-se citar como característica morfológica que permitiu a colonização e ampla distribuição
geográfica do Anopheles, assim como de outros insetos, a presença de asas. Essa caracterís-
tica associada à capacidade de voo, permite a dispersão dos insetos, com a ocupação de novos
nichos, o que explica sua ampla distribuição.

17 BIOLOGIA
o 222
Evolução
90. a) A presença de água na forma líquida, que permite a ocorrência de reações metabólicas nos
organismos vivos, assim como as composições atmosféricas semelhantes às da Terra, o que
permite certa estabilidade no meio ambiente, seriam condições imprescindíveis à sobrevivência
dos organismos existentes atualmente.
b) Mesmo que os planetas possuam características semelhantes, as mutações, por serem
aleatórias, levam a evolução a ser um processo totalmente imprevisível.
As mutações, que são alterações aleatórias na molécula de DNA, ocasionam a variabilidade
genética dentro das espécies, sendo, assim, responsáveis pelo surgimento de novas caracterís-
ticas, o que é essencial para o processo de evolução biológica.
91. a) O heterótrofo primitivo sobreviveria devido às condições de temperatura, água e moléculas
orgânicas simples (caldo nutritivo) existentes na Terra primitiva.
b) As moléculas orgânicas simples (aminoácidos, principalmente) seriam degradadas por processos
fermentativos que liberam CO2. O acúmulo de CO2 na atmosfera permitiu o aparecimento,
posteriormente, de organismos autótrofos. O CO2 é utilizado pela fotossíntese.
c) Os seres autótrofos são complexos na sua estrutura e metabolismo. Esse é um argumento
bastante importante para não se aceitar que o primeiro ser vivo tenha sido autótrofo.
92. a) A letra A representa o fator evolutivo mutação.
b) Os mecanismos que produzem recombinação gênica são:
• distribuição independente dos fatores (genes) de acordo com a 2ª Lei de Mendel;
• crossing-over, que ocorre na prófase da primeira divisão da meiose.
c) A letra B representa o fator evolutivo ambiente, responsável pela seleção natural.
93. Lamarck diria que as bactérias, em contato com o antibiótico, adquiriram resistência a ele. Essa
aquisição foi transferida às descendentes e em pouco tempo todas as bactérias seriam resistentes
e o antibiótico não faria mais nenhum efeito.
Darwin, no entanto, daria uma interpretação diferente ao texto. Entre as bactérias havia algumas
naturalmente resistentes ao antibiótico. Essa resistência natural é passada de geração a geração
dos descendentes. Em pouco tempo, só haveria bactérias resistentes, sendo que as demais
foram eliminadas. Portanto, o antibiótico agiu como um fator de seleção.
94. a) Não, a falta de luz não fez com que os peixes ficassem cegos. A seleção natural permite
a sobrevivência do peixe cego dentro da caverna devido à ausência de competição (de nada
servem os olhos dentro da caverna).
b) Principais adaptações que permitem aos animais sobreviverem na caverna: antenas descomunais
e cerdas em abundância. A função de ambas é sensorial.
c) Uma das possíveis cadeias alimentares que podem ser construídas com os animais citados
no texto:
besouros aracnídeos salamandras

95. a) A frase citada está de acordo com a teoria de Lamarck. De acordo com ela, o uso desenvolve
os órgãos, enquanto o desuso os atrofia (lei do uso e desuso). Essas características são trans-
mitidas aos descendentes (lei dos caracteres adquiridos). Então, de tanto os golfinhos usarem
as patas para a natação, elas se desenvolveram e se transformaram em nadadeiras e os descen-
dentes já nascem com nadadeiras.
b) De acordo com a teoria de Darwin, os seres da mesma espécie apresentam diferenças, variações.
O ambiente influi na seleção (na “escolha”) dessas variações, permitindo a sobrevivência dos
mais adaptados (seleção natural). No caso, os golfinhos apresentavam variações tanto na forma
como no tamanho das patas. As mais semelhantes às nadadeiras acabaram sendo selecionadas.
Essas características foram transmitidas aos descendentes. Essa forma das patas facilita a loco-
moção em meio aquático.

18 BIOLOGIA
o 222
96. a) Órgãos que possuem mesma origem embrionária são chamados órgãos homólogos.
A homologia entre órgãos em diferentes espécies denota parentesco filogenético, uma vez
que a semelhança estrutural dos órgãos, derivada da origem coincidente, indica a presença de
ancestral comum.
b) O fechamento do braço de mar promoveu o isolamento geográfico da espécie, que passou
a sofrer pressões seletivas típicas de seu novo ambiente, aquático dulcícola, que selecionou
adaptações próprias, culminando na origem dessa espécie de peixe-boi amazônico.

97. a) A classe de invertebrados mais abundante em número de espécies é a classe dos insetos.
b) Duas características morfológicas que contribuíram para o sucesso dessa classe:
1) Asas, que permitem ocupar os mais diversos ambientes, aumentando a chance de sobrevivência
da prole.
2) Aparelho bucal diversificado e adaptado para a ocupação de diferentes nichos ecológicos
(picador, mastigador, sugador, etc.).
98. a)

Características Opções X (Moluscos) Anelídeos Y (Platelmintos)

acelomados,
Celoma pseudocelomados celomados celomados acelomados
ou celomados

radial, pentarradial
Simetria bilateral bilateral bilateral
ou bilateral

tipo varia com


Larva trocófora trocófora
a espécie

Sistema ausente ou
presente presente ausente
circulatório presente

incompleto ou
Sistema completo (com completo (com
completo (com incompleto
digestório boca e ânus) boca e ânus)
boca e ânus)

Carapaça ausente ou presente (algumas


ausente ausente
calcárea presente espécies)

Eixo ântero- indefinido, definido


variável definido definido
-posterior ou variável

ausente ou
Segmentação ausente presente ausente
presente

Exemplo de
organismo caramujo minhoca planária
(nome comum)

19 BIOLOGIA
o 222
b)
Platelmintos Anelídeos Moluscos

Esse tipo de diagrama representa um cladograma ou árvore evolutiva. Em sua base, raiz do cla-
dograma, temos o ancestral comum dos três grupos taxonômicos. As bifurcações indicam
as separações desses grupos, eventos de especiações que ocorrem com o passar do tempo,
indicando de baixo (mais antigo) para cima (mais recente).
99. a) O grupo de vertebrados que provavelmente antecedeu aos peixes “modernos” e que não
possuía mandíbula é o grupo Ágnatos. Um exemplo atual desse grupo é a lampreia.
b) A grande vantagem evolutiva da aquisição de mandíbula pelos peixes é a ocupação de novos
nichos ecológicos, propiciada por predação, alimentação e defesa mais eficientes.
100. a) Principais modificações adaptativas dos vertebrados terrestres:
• tegumento corneificado (queratinizado);
• fecundação interna, independente da água;
• respiração pulmonar, entre outras.
b) Os anfíbios adultos não possuem total independência da água, por vários motivos:
• fecundação externa;
• tegumento corneificado delgado, ricamente vascularizado e com muitas glândulas mucosas,
permitindo a respiração cutânea;
• ovos sem casca protetora, sem âmnion e sem alantoide, entre outras.
101. a) A presença de grãos de pólen fósseis indica que a vegetação dessa região pode ter sido forma-
da por pinheiros e ipês, porque, na escala evolutiva, os grãos de pólen são produzidos apenas
por gimnospermas (pinheiros) e angiospermas (ipês).
b) Esporos de plantas vasculares sem sementes (pteridófitas) originam os gametófitos, que
podem ser hermafroditas (protalos) ou não.
Os grãos de pólen maduros, após a germinação, produzem os gametófitos masculinos, também
denominados tubos polínicos.
102. a) As samambaias produzem anterozoides (gametas masculinos), células flageladas, livre-natantes,
que necessitam de meio líquido para encontrar as oosferas (gametas femininos).
Nos pinheiros, o encontro das células (gametas) masculina e feminina é facilitado pela presença
do tubo polínico.
b) Uma importante aquisição evolutiva não ligada ao processo reprodutivo é a presença de va-
sos condutores de seiva (bruta: água e sais; elaborada: matéria orgânica).
A presença de vasos, tanto para a distribuição de água e sais, como para a distribuição de matéria
orgânica produzida pela fotossíntese, permitiu às plantas atingir grande tamanho e contribuiu
decisivamente para a ocupação do ambiente terrestre.
103. a) Os musgos são encontrados em ambientes úmidos das florestas. Não apresentam cutícula, mas
nesses ambientes a transpiração é dificultada pela maior quantidade de vapor d’água presente
no ar. A absorção de H2O ocorre por toda a superfície do corpo dessas plantas e a condução
ocorre célula a célula por osmose. Esses processos são favorecidos em ambientes úmidos.
As araucárias são encontradas em ambientes com maior luminosidade. A luz influencia a aber-
tura dos estômatos, levando a um aumento da transpiração. A superfície reduzida de suas
folhas e a presença de cutícula permitem que essas plantas sobrevivam nesses locais menos
úmidos.

20 BIOLOGIA
o 222
A presença de raízes e de vasos condutores permite eficiente absorção e condução de H2O do
solo até a copa dessas árvores.
b)
Grupo de plantas Planta representante Novidade evolutiva
Briófita musgo –
Pteridófita samambaia vasos condutores de seiva
Gimnosperma araucária sementes
Angiosperma pitangueira flores e frutos

104. a) O processo de seleção artificial se diferencia da natural, pois, em vez de ocorrer uma pressão
seletiva vinda do meio ambiente, os seres humanos selecionam os exemplares com as carac-
terísticas úteis para o seu uso e os cultivam.
b)    •    Caule: cana-de-açúcar.
• Flor: orquídea.
• Fruto: grão de milho.
c)    •    Triticum turgidum durum 4n = 28
• Triticum aestivum aestivum 6n = 42

Genética
105. a) O alelo dominante, quando em homozigose, é letal.
b) Parentais: Bb × Bb.
B b

descendentes B BB Bb fenótipo Manx

b Bb bb normal

letal

106. Pais heterozigotos Aa × Aa:


A a
A AA Aa

a Aa aa
2 1
a) P (heterozigoto) = =
4 2
1
b) Indivíduos de vagens infladas: AA, Aa, Aa   P (AA) =
3
107. a) O comentário do apresentador em relação à origem dos gêmeos monozigóticos está incorreto.
Gêmeos monozigóticos ou univitelinos se originam de um espermatozoide que fecunda um óvulo.
O zigoto resultante pode, logo na primeira divisão, produzir dois blastômeros que seguem a
clivagem separadamente, produzindo duas crianças.
Esse processo de “quebra” ou separação pode ocorrer em estágios mais avançados quando
existem mais células produzidas pela clivagem do zigoto. Veja esquema:
espermatozoide
gêmeos
monozigóticos

1ª segmentação
ou
zigoto
óvulo gêmeos
monozigóticos

21 BIOLOGIA
o 222
b) Os gêmeos monozigóticos são muito parecidos, pois possuem a mesma bagagem genética. As
diferenças físicas que eventualmente surgem durante a vida resultam da interação dessa bagagem
genética com as influências ambientais. Cada um deles reage a seu modo à ação ambiental.
Essas diferenças também podem ser determinadas por mutações pontuais.
108. a) O bebê nº 1 não pode ser filho do casal Lucchesi, pois é genotipicamente impossível.
Também o bebê nº 2 não pode ser filho do casal Hart, por ser do grupo A, quando o casal é
do grupo B. Assim, a distribuição correta de casais e bebês fica sendo:
casal Lucchesi casal Hart

AB B
l l l i
AB B B B

ii

A O
bebê n°2 bebê n°1

b) O Sr. e a Sra. Lucchesi são os pais do bebê nº 2; portanto, poderão ter os seguintes tipos de filhos:
A B
I I
B A B BB
I I I I I

A B
i I i I i

1
_
ou 25%
4

A probabilidade de o bebê nº 2 ter um irmão de mesmo grupo sanguíneo que ele é de 25%.
109. a) A eritroblastose fetal é uma incompatibilidade sanguínea materno-fetal para o sistema Rh.
Pode ocorrer quando anticorpos anti-Rh produzidos pela mãe, através da placenta, atingem o
filho Rh+ e destroem suas hemácias.
b) Pode-se evitar a sua ocorrência aplicando anticorpos anti-Rh na mãe Rh– que deu à luz um
filho Rh+, até ± 72 h após o parto. Esses anticorpos irão destruir as hemácias Rh+ do filho que
atingiram a circulação materna durante o parto. Com isso, o sistema imunitário da mãe não
será estimulado; ela não produzirá anticorpos anti-Rh e, consequentemente, nada ocorrerá no
próximo filho, mesmo que ele seja Rh+.
c) Dois procedimentos são importantes para salvar a vida de um recém-nascido com eritroblastose
fetal:
• transfusão total do seu sangue;
• banho de luz.
110. a) Após o transplante, Eugênio pertencerá ao grupo B. Isso porque o texto se refere a um
transplante da medula óssea completa. Se essa medula se originou de um indivíduo B, todas
as hemácias que produzirá serão do grupo B.
b) Eugênio tem agora sangue tipo B. Porém suas células germinativas continuam com o
genótipo correspondente ao grupo A. Somente a medula óssea foi transplantada. Sua linhagem
germinativa não foi alterada.
O casal citado só poderá ter filhos A ou O, com 50% de probabilidade em cada caso. Veja esquema
a seguir:
ii

A
I ii
Eugênio O
A
A
I i
A
I ii
i grupo A grupo O
50% 50%

22 BIOLOGIA
o 222
111. Dados:
A_: amarelo
aa: verde
B_: branco (epistático sobre o gene A)
bb: sem efeito
a) Trata-se de um caso de interação gênica, com epistasia dominante.
b)   AaBb × AaBb
      
9 _
A_B_ bb
16 12
` branco
3 16
aaB_ bb
16
a
3 3
A_bb – amarelo
16 16
1 1
aabb – verde
16 16
Proporção – 12 : 3 : 1
112. a) A célula poderá formar quatro tipos de gametas: AbD; Abd; aBD; aBd.
b) Possuem segregação independente apenas genes que estão em cromossomos diferentes:
Aa e Dd; Bb e Dd.
113. AaBb aabb

aaBb: 2% A 4 U.R. B
recombinantes: 4% a) distância:
Aabb: 2%
AaBb: 48%
parentais b) posição dos genes no cromossomo do heterozigoto:
aabb: 48%
A B

a b

114. O texto permite os seguintes cruzamentos:


P: Xb Y XBXB

Xb Y
F1
XB XBXb XBY

XB Y XBXb
F1 F1

XB Y

F2 XB XBXB XBY

Xb XBXb Xb Y

a) Na primeira geração (F1) temos machos e fêmeas de olhos vermelhos. Na segunda geração (F2)
temos fêmeas de olhos vermelhos, machos de olhos vermelhos e machos de olhos brancos.
Os cruzamentos anteriores justificam essa resposta.
b) Independentemente da característica estudada, quando se trata de cruzamentos de herança
ligada ao sexo, onde os genes não são letais, a proporção sexual dos descendentes é sempre
50% de machos e 50% de fêmeas.

23 BIOLOGIA
o 222
115. a) Partenogênese é o processo pelo qual óvulos evoluem para indivíduos adultos sem serem
fecundados. Em abelhas, os machos resultam de partenogênese.
b) Na inseminação realizada são esperadas 240 fêmeas (40% de 600 ovos) e 360 machos (60%
de 600 ovos). Dos machos esperados, metade deverá ter olho marrom (180) e metade pérola
(180). Isso se conclui pelo fato de a fêmea ser heterozigótica (CmCp).
116. a) Caso a doença genética seja ligada a um autossomo, temos:
A_ aa

6 _a 6 _a

Há duas hipóteses em relação ao homem:


1) Se ele for homozigoto (AA), todos os seus filhos e filhas terão a doença genética.
2) Se ele for heterozigoto (Aa), espera-se uma proporção de filhos e filhas afetados e normais
de 50% para cada situação.
b) Caso a anomalia seja ligada ao cromossomo X, temos:
• 100% das meninas terão a doença genética;
• 100% dos meninos serão normais.
117. a) O laudo técnico não poderia ter indicado que a atividade profissional do pai poderia ser a causa de
seus filhos serem hemofílicos, porque a hemofilia é determinada por um alelo recessivo, ligado
ao cromossomo X. No caso citado, os meninos receberam o referido alelo da mãe e não do pai.
Veja o heredograma:
XH Y XH X h

XHX_ Xh Y Xh Y Xh Y

A mãe é não hemofílica e portadora do alelo recessivo para a hemofilia.


b) Os meninos hemofílicos desse casal produzem gametas Xh e Y. Se as mulheres não hemofílicas
em questão forem portadoras do alelo para a hemofilia, o casal poderá gerar descendentes
hemofílicos. Veja heredograma:
Xh Y XH X h

Xh Y XH Y X H Xh XhXh

meninos meninos meninas meninas


hemofílicos normais normais hemofílicas

Caso as mulheres sejam não hemofílicas homozigóticas, então todos os descendentes serão
normais. Veja o heredograma:
Xh Y XH X H

XH Y X H Xh normais

24 BIOLOGIA
o 222
118. a)
Xd Y XD X D

XD Y X D Xd
João Maria

João não pode ter herdado o alelo para daltonismo do pai, já que este está ligado ao cromos-
somo X. João recebe o cromossomo Y do pai. Assim, a probabilidade de ele receber o alelo para
o daltonismo do seu pai é zero.
Por outro lado, Maria recebe o cromossomo X do seu pai, o qual tem o alelo para o daltonismo.
Portanto, a probabilidade de ela ter herdado esse alelo do seu pai é 100%.
b) Os cromossomos sexuais do homem são XY. O gene para daltonismo está ligado ao
cromossomo X. Assim, o homem, para ser daltônico, basta ter um alelo recessivo. Para a
mulher ser daltônica são necessários dois alelos recessivos, XdXd, pois a mulher é homo-
gamética. Além disso, é necessário que o seu pai seja daltônico, XdY, e a mãe pelo menos
portadora.
Na verdade, uma conjunção de fatos raros, pois o alelo para o daltonismo já é raro por si só.

119.

A aa Aa Aa
I-1 I-2 I-3 I-4

A Aa Aa aa A

II-1 II-2 II-3 II-4 II-5

A Aa Aa Aa
III-1 III-2 III-3 III-4

aa aa A
IV-1 IV-2 IV-3

a) O estudante concluiu errado. Trata-se de herança autossômica recessiva.


Se fosse herança recessiva ligada ao sexo, o homem III-2 deveria ser afetado, pois tem filha
afetada.
Deveríamos ter:
Xa Y XAXa

III-2 III-3

Xa Y XaXa XAY

IV-1 IV-2 IV-3

2
b) A probabilidade de II-5 ser portador do gene que condiciona o caráter em estudo é .
3
A a
A AA Aa
a Aa aa não se considera o aa,
pois o indivíduo II-5 é normal

25 BIOLOGIA
o 222
120. a) Trata-se de um caso de herança recessiva ligada ao sexo.
Justificativa: ocorre uma maior frequência de homens afetados pela anomalia; eles possuem
mãe normal e portadora do alelo em questão.
b) Indivíduo ll-4 XAXa (mulher normal e portadora)
Indivíduo ll-5 XAY (homem normal)
_
I XAX XaY
1 2

II XAY XAXa XAY XAXa X AY


1 2 3 4 5
_ _ _
III XaY X aY XAX XAXa XAY XaY XAY XaY XAX XAX XAY
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
_ _
IV XAX XaY XAY XAY XAY XAX
1 2 3 4 5 6

121. a) O loco gênico em questão está localizado no cromossomo X, uma vez que homens e mulhe-
res podem apresentar o caráter.
O alelo A1 (responsável pela doença) é dominante, pois a doença não pula geração, além de ser
mais comum em mulheres, e, sempre que um pai é afetado, transmite o alelo dominante para
todas as suas filhas, que também serão afetadas.
b) As células-tronco pluripotentes são células indiferenciadas e, dessa forma, podem originar
diversos tipos de células adultas, inclusive neurônios.
O uso dos fibroblastos dos indivíduos afetados não é adequado ao estudo do efeito do
gene, pois provavelmente os genes que estariam ativos nos neurônios estarão inativados
nos fibroblastos.
122. a) Pela análise do heredograma, é mais provável que a doença tenha herança ligada ao cromos-
somo X e dominante, pois observamos uma maior proporção de indivíduos do sexo feminino
afetados. Além disso, sempre que um homem é afetado, todas suas filhas também são.
Outro aspecto que apoia a ideia de que o alelo é dominante é o fato de a característica ocorrer
em todas as gerações.
b) A mutação em questão pode ser causada pela troca de uma citosina por uma guanina na
primeira base de certas trincas do gene (DNA). Isso acarreta a alteração do códon do RNA
(qualquer um dos 4 primeiros códons mostrados na tabela), gerando a substituição da glicina
pela arginina.
123. a) Em ambientes com malária, a frequência do alelo S tende a ser mais elevada do que em ambien-
tes sem malária. Isso porque os heterozigotos são selecionados e se reproduzem normalmente.
b) Os heterozigotos são resistentes, pois as suas hemácias possuem dois tipos de hemoglobina:
normal e siclêmica, o que não constitui ambiente favorável à multiplicação do protozoário
Plasmodium sp.
124. a) A frequência de um certo alelo de um caráter numa população é a relação entre a quantidade
desse alelo e o total de alelos na população para o caráter citado. No exemplo temos:
• total de alelos: 12 258 (cada pessoa tem dois alelos: 6 129 ⋅ 2 = 12 258);
• total de alelos LM: 1 787 + 1 787 + 3 039 = 6 613;
• total de alelos LN: 1 303 + 1 303 + 3 039 = 5 645.
Portanto temos:
6 613 5 645
f(LM) = = 0,54 f(LN) = = 0,46
12 258 12 258

26 BIOLOGIA
o 222
b) A população está em equilíbrio porque a frequência se aproxima da distribuição binomial,
ou seja, da expansão do binômio (p + q)2, onde p = f(LM) e q = f(LN), e ainda p + q = 1.
Portanto, temos: p2 + 2pq + q2 = 1
(0,54)2 + 2(0,54) ⋅ (0,46) + (0,46)2 = 1
Para confirmar o equilíbrio pode-se citar também que a frequência dos alelos LM e LN é quase
igual, e isso se reflete na aproximação da proporção teórica de 1 : 2 : 1 dos casos de ausência de
dominância (codominância), e o sistema sanguíneo MN é um exemplo clássico de codominância.
125. Dados: 100 indivíduos; 36 recessivos aa.
a) f(aa) = 0,36
f(a) = 0,6
f(A) = 1 – 0,6 = 0,4
b) f(AA) = (0,4)2 = 0,16; portanto, 16 indivíduos são AA.
f(aa) = 0,36; portanto, 36 indivíduos são aa.
Consequentemente, temos 16 + 36 = 52 indivíduos homozigotos.
c) Indivíduos dominantes na próxima geração:
f (AA) = 0,16 (16%) 64% de indivíduos com
3
= f (Aa) 2= (0,4)(0,6) 0, 48 (48%) fenótipo dominante

126. a) O pâncreas realiza a função exócrina com a produção do suco pancreático, fundamental para
o processo digestivo que ocorre no duodeno, atuando na digestão de lipídeos, proteínas, car-
boidratos, entre outros. Outra atividade do pâncreas é a endócrina, produzindo os hormônios
insulina e glucagon, que atuam no controle da taxa de glicose no sangue. A insuficiência dessas
duas atividades realizadas pelo pâncreas resultaria em complicações para a saúde humana.
b) Herança autossômica recessiva. Pode-se, assim, concluir por que a mulher IV-2 é recessiva
(aa) com os seus pais III-2 # III-3, que são heterozigotos (Aa).
c) No caso 1, de substituir o aminoácido glicina por valina, temos a substituição da 2a base do
códon 320:
• selvagem: GGA (glicina)
• mutante: GUA (valina)
No caso 2, de substituir a glicina pela alanina, temos a substituição da 2a base do códon 320:
• selvagem: GGA (glicina)
• mutante: GCA (alanina)
No caso 3, de substituir a glicina por um códon de parada, temos a substituição da 1a base do
códon 320:
• selvagem: GGA (glicina)
• mutante: UGA (códon de parada)
Essa última mutação, com um códon de parada prematuro no RNAm, faz com que a estrutura
primária da proteína apresente um número menor de aminoácidos do que a estrutura primária
da proteína selvagem.
127. a) São necessários 84 nucleotídeos para codificar cada sequência de aminoácidos, nas espé-
cies 1 e 2, porque a anexação de cada aminoácido na cadeia polipeptídica depende de três
nucleotídeos (códons de RNAm).
b) Não, porque o código genético é degenerado, ou seja, um mesmo aminoácido pode ser
codificado por dois ou mais códons de RNAm.
c) A espécie 2 apresenta dois aminoácidos diferentes em relação à espécie 1. Isso remete
à possibilidade da ocorrência de duas mutações do tipo substituição de nucleotídeos.
A espécie 3 apresenta uma inversão na sequência dos últimos quatro aminoácidos. Isso pode
ter ocorrido através de uma mutação denominada inversão.
A espécie 4 possui 6 aminoácidos a menos que a espécie ancestral 1. Isso mostra a falta
do material genético que codifica a citada sequência. Essa mutação é denominada deficiência
ou deleção.

27 BIOLOGIA
o 222
128. a) Se a atleta tivesse os testículos normais, levaria vantagem durante a competição sobre as
demais, devido à presença de hormônios masculinos na sua circulação sanguínea. Esses hor-
mônios, entre outras funções, estimulam o aumento da massa muscular.
b) Para se comprovar o sexo feminino, faríamos o teste da cromatina sexual ou corpúsculo de
Barr. Esse teste permite detectar a presença de um cromossomo X (dos dois que ela possui),
que se apresenta inativo na intérfase, sob a forma de um corpúsculo aderido ao envelope nu-
clear. Sendo positivo o teste, fica caracterizado, então, o sexo feminino.
129. a) Aneuploidias são mutações cromossômicas numéricas onde ocorre ganho ou perda de um
ou mais cromossomos. Ocorrem por processos de não disjunção cromossômica na meiose.
No caso do gato em questão, temos uma trissomia de cromossomo sexual: XXY.
b) O gato malhado apresenta ambos os alelos (A e P), ligados ao sexo. Assim, o cariótipo será XAXPY.
130. a) As radiações são agentes mutagênicos. Produzem alterações no material genético das células.
Essas alterações (mutações) de alguma forma alteram a capacidade de multiplicação das células.
O câncer (neoplasia) caracteriza-se por uma multiplicação exagerada e descontrolada das células,
que não respeitam os limites dos tecidos aos quais pertencem.
b) A explicação de que os efeitos da bomba atômica se manifestem nos descendentes dos
sobreviventes é simples: as radiações devem ter atingido os tecidos germinativos, os quais
produzem os gametas (espermatozoides e óvulos). Os gametas transportam o material genético
para a descendência. Qualquer alteração nesse material passará para os filhos.
c) Isso ocorreu porque os compostos radioativos permanecem no ambiente emitindo radiações
por um longo período de tempo.
131.
normal normal e portadora

XDY XDXd

47, XdXdY
Klinefelter e daltônico

a) O gameta anormal (24 cromossomos) foi produzido pela mãe. Isso se conclui pelo fato de
ela ser normal e portadora do alelo para daltonismo, e o filho é daltônico. Portanto, o alelo só
poderia ter vindo da mãe.
b) Ocorreu uma não disjunção na segunda divisão da meiose materna. Veja o esquema a seguir:
D D dd
1ª divisão

D D d d
2ª divisão

D D d d

óvulo anormal,
resultado de
não disjunção

132. a) Sim, esse homem pode transmitir o alelo mutante para seus descendentes, pois, apesar de
ter recebido células-tronco de medulas normais, suas células germinativas continuam a possuir
o alelo mutante. Nesse caso, particularmente, o gene só pode ser transmitido para as filhas,
uma vez que localiza-se no cromossomo X.

28 BIOLOGIA
o 222
b) O transplante de medula consiste na destruição das células da medula óssea do paciente
que produzem células de defesa com defeito, devido à mutação gênica. Após esse processo,
células saudáveis de um doador compatível são introduzidas na circulação sanguínea do pacien-
te e implantam-se no interior dos ossos formando uma nova medula, que, como a do doador,
produz células normais, levando à cura.
c) Sim, pois, considerando a constituição genética dos pais representados, o candidato compar-
tilhará 50% do genótipo para esses antígenos.
Com um irmão é possível compartilhar mais de 50%, eventualmente até 100%.
133. a) A hipófise produz o hormônio do crescimento. Assim, é evidente que o camundongo com
hipófise apresente curva de crescimento mais acentuada que o camundongo sem hipófise.
b) Uma hipótese possível é que o gene Z, de outra espécie, estimulou, de alguma forma,
o trabalho da hipófise, provocando uma hiperatividade da glândula na produção de hormônio
do crescimento.
134. a) Os plasmídeos são obtidos de bactérias, sendo cortados em regiões específicas por enzimas
de restrição.
b) O plasmídeo modificado carrega um gene (segmento de DNA) que precisará ser transcrito
em RNAm para, posteriormente, ser traduzido em proteínas (antígeno de interesse). As enzimas
responsáveis pela formação do RNAm (RNA polimerases) encontram-se no núcleo da célula
eucarionte, de modo que o plasmídeo precisa ser introduzido nesse compartimento para
assegurar o funcionamento da vacina em questão.

Zoofisiologia
135. a) Protozoários de água doce apresentam maior quantidade de solutos no meio intracelular
(maior pressão osmótica), portanto ganham mais água que perdem. Os vacúolos contráteis,
nessa situação, são necessários para a retirada do excesso do solvente que adentrou às
células.
Essas estruturas raramente ocorrem em protozoários de água salgada, onde a pressão osmótica
é semelhante à do meio (isotônico com o meio).
b) Um protozoário de água salgada, desprovido de vacúolo contrátil, ao ser transferido para
a água destilada, deverá estourar.
Nessa situação a pressão osmótica será maior no meio intracelular, direcionando uma grande
quantidade de solvente para o meio interno da célula.
136. a) Considerando o ciclo apresentado, a giardíase pode ser evitada pela implantação de sanea-
mento básico.
b) A relação ecológica é de parasitismo, uma vez que o protozoário obtém benefício ao se ins-
talar no mamífero hospedeiro, que, por sua vez, é prejudicado pelo protozoário.
c) A absorção de substâncias pelo organismo do mamífero é prejudicada, pois as microvilo-
sidades, ao ampliar a superfície de contato do órgão com os nutrientes, potencializam a sua
absorção. Os aminoácidos são exemplos de substâncias absorvidas pelo intestino delgado,
enquanto a água é exemplo de substância absorvida no intestino grosso.

137. a) Malária Febre amarela

protozoários do gênero
Agente etiológico vírus
Plasmodium sp.

Agente transmissor mosquito Anopheles mosquito Aedes

b) Os agentes etiológicos do amarelão podem ser dois: Ancylostoma duodenale e Necator


americanus. Uma das possíveis formas de transmissão é através da penetração de larvas
terrestres pela pele, principalmente a dos pés.

29 BIOLOGIA
o 222
138. Na doença de Chagas ocorre comprometimento da função cardíaca devido ao intenso processo
inflamatório local e morte do tecido muscular cardíaco.
O causador da doença (Trypanosoma cruzi) pertence ao grupo dos protozoários flagelados.
O vetor (“barbeiro”) pertence ao filo dos artrópodes e o hospedeiro (ser humano), ao filo dos
cordados.
139. a) As larvas do S. mansoni são: miracídio e cercária.
b) Miracídio é a larva que se desenvolve a partir do zigoto e que penetra no caramujo, hos-
pedeiro intermediário. Nos tecidos do caramujo, o miracídio transforma-se em cercária, a
forma infestante. Esta sai do caramujo e nada ativamente em busca do hospedeiro definitivo,
o homem.
140. a) As lombrigas pertencem ao filo nematoides, e as tênias, ao filo platielmintes.
b) O filo da lombriga possui algumas “novidades“ evolutivas. Entre elas:
• sistema digestório completo;
• pseudoceloma.
141. a) Os caramujos Biomphalaria estão relacionados à esquistossomose. Os caramujos são os
hospedeiros intermediários do parasita (Schistosoma mansoni).
O homem se contamina quando entra em contato com reservatórios de água (lagoas, por
exemplo) contaminados com larvas cercárias. Essas larvas penetram ativamente através da
pele.
b) Uma explicação possível do ponto de vista ecológico para a proliferação do molusco Acathina
fulica é a falta de predadores, por se tratar de espécie exótica.
142. a) Os poliquetos pertencem ao filo dos anelídeos.
b) Os poliquetos são anelídeos que apresentam:
• grande quantidade de cerdas para locomoção;
• presença de parapódios, estruturas adaptadas à respiração e que contêm as cerdas.
c) As outras duas classes de anelídeos são:
• classe Oligoquetos (poucas cerdas para locomoção);
• classe Hirudíneos (anelídeos parasitas hematófagos e sem cerdas para locomoção).
143. a) A figura representa uma traqueia, que compõe o sistema respiratório dos insetos.
b) A traqueia conduz os gases respiratórios diretamente do meio ambiente para os tecidos e
vice-versa. O sistema circulatório não transporta O2 e CO2, apenas nutrientes, água, hormônios,
resíduos.
A respiração traqueal é extremamente eficiente para a obtenção de grandes quantidades de
oxigênio com pouca perda de energia, em momentos de necessidade, por exemplo para o voo,
isso com total independência do sistema circulatório.
144. a) A febre maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela, vetor da bactéria Rickettsia. Assim, não
é possível a transmissão direta (de pessoa para pessoa).
b) Os carrapatos são octópodes, ou seja, possuem quatro pares de patas, não possuem antenas,
presença de quelíceras e pedipalpos. Essas características incluem os carrapatos na classe dos
aracnídeos.
c) Morfologicamente podemos diferenciar um carnívoro e um roedor, por exemplo:
• roedor: presença de incisivos desenvolvidos, de crescimento contínuo; ausência de caninos
(no local há um espaço chamado diastona); molares desenvolvidos.
• carnívoro: caninos proeminentes e molares pouco desenvolvidos (mastiga menos).
145. Os animais podem ser:
A-planária (platielminte); B-esponjas (poríferos); C-gafanhoto (inseto); D-minhoca (anelídeo).
146. a) Os invertebrados que não são insetos, aranhas e escorpiões, são aracnídeos. Uma característica
que os diferencia é a estrutura corpórea. Enquanto os insetos possuem o corpo dividido em cabeça,
tórax e abdome, os aracnídeos possuem cefalotórax e abdome.

30 BIOLOGIA
o 222
b) Entre os vertebrados temos: pombos (classe Aves), ratos e morcegos (classe Mamíferos).
Aves: penas, ossos pneumáticos, arco aórtico voltado para a direita, sacos aéreos, membros
anteriores transformados em asas, etc.
Mamíferos: pelos, hemácias anucleadas, arco aórtico voltado para a esquerda, diafragma, etc.
c) A alteração de ecossistemas pode provocar o aumento de pragas urbanas. Por exemplo,
o desmatamento periférico a regiões urbanas, drenagem de alagados naturais, presença de lixões,
esgotos a céu aberto, etc.
147. a) Os tubarões e arraias pertencem ao grupo dos condricties (peixes cartilaginosos com mandíbulas).
Uma característica que permite agrupar esses animais é o esqueleto totalmente cartilaginoso.
b) Sapos pertencem à classe Anfíbios; e lagartos, à classe Répteis. Os anfíbios apresentam tegu-
mento liso, delgado e com glândulas, e os répteis apresentam pele seca, espessa e queratini-
zada, entre outras diferenças.
c) As aranhas inoculam o veneno por meio das quelíceras, localizadas na parte anterior do
cefalotórax. Nos escorpiões, o veneno é inoculado por meio do télson, presente na parte
distal do abdome.
148. a) A estrutura em questão denomina-se vesícula gasosa (ou bexiga natatória). Uma segunda
função dessa estrutura: órgão flutuador, função hidrostática.
b) O pirarucu seria mais afetado, porque, no momento em que o peixe sobe à superfície para
buscar oxigênio, encontra a película de petróleo sobre a superfície da água. Essa película
funciona como uma barreira à entrada de ar no organismo do peixe.
149. a) As duas classes em questão são anfíbios e répteis. A partir do revestimento corporal é possível
distinguir as duas classes:
• répteis têm pele com queratinização espessa, escamas e praticamente sem glândulas.
• anfíbios têm pele com delgada camada queratinizada, ricamente vascularizada e com grande
quantidade de glândulas.
b) O desenvolvimento embrionário também pode ser útil para distinguir as duas classes.
Répteis produzem ovos com casca e os anexos embrionários âmnio, cório e alantoide. Os anfíbios
não produzem esses ovos e anexos. Os seus ovos apresentam o envoltório mucoso e se
desenvolvem em meio aquoso.
150. a) O período de gestação do gambá é menor porque a placenta é decídua, isto é, se desprende
precocemente e o desenvolvimento se completará fora do organismo materno, no marsúpio,
assim, os filhotes completam o desenvolvimento agarrados às mamas da mãe.
b) O anexo embrionário citado é a placenta. Uma das funções desse anexo é permitir a
alimentação do filhote através da irrigação sanguínea materna. Além disso, permite a retirada
de resíduos do metabolismo do feto, permite as trocas gasosas entre mãe e filho, produz
hormônios, etc.
151. a) Peixes, anfíbios e répteis têm sua variação de temperatura corporal representada pela linha A,
pois são animais ectotérmicos, ou seja, sua temperatura varia de acordo com a temperatura
ambiente. Já a linha B representa a variação da temperatura corporal de aves e mamíferos, visto
que são endotérmicos, ou seja, sua temperatura permanece relativamente constante, indepen-
dendo até certo ponto das variações na temperatura ambiente.
b) O grupo A controla sua temperatura corpórea valendo-se do próprio ambiente, alternando,
por exemplo, períodos de exposição ao sol e à sombra. Já o grupo B apresenta um con-
trole da temperatura por mecanismos fisiológicos (sudorese, ofegação e alteração da taxa
metabólica).
152. a) Em repouso, um neurônio (célula nervosa) está polarizado: positivo externamente e negativo
internamente. Essa diferença de cargas elétricas é mantida pela bomba de Na+/K+.
Quando o neurônio recebe um estímulo, ocorre inversão de cargas em sua membrana, que se
torna negativa externamente e positiva do lado de dentro. Essa alteração, chamada despolarização,
se dá, principalmente, pela entrada de Na+.

31 BIOLOGIA
o 222
A despolarização em uma região da membrana se propaga para regiões vizinhas, de modo
que uma sequência de inversões elétricas acontece por toda a extensão do neurônio. Isso é
um impulso nervoso.
b) Entre dois neurônios, a transmissão de informações se faz quimicamente, por neurotrans-
missores. Esses são liberados na fenda sináptica pelas terminações axonais de um neurônio
e captados pelos dendritos (principalmente) do neurônio seguinte.

153. a) No gráfico, X, Y, W e Z indicam, respectivamente, as fases de potencial de repouso, despola-


rização, repolarização e hiperpolarização.
b) A desmielinização dos axônios torna a condução do impulso nervoso mais lenta, prejudicando
o funcionamento dos neurônios afetados.

154. a) A informação é transmitida de um neurônio para outro por meio de neurotransmissores, através
da sinapse, uma região de contato fisiológico entre o axônio de um neurônio e os dendritos do
neurônio seguinte.
b) A alteração cardiovascular mais comum nesse caso é uma taquicardia. O fator endócrino
responsável é a adrenalina, secretada pela medula das glândulas adrenais.

155. a) São afetados a audição e o equilíbrio.


b) Na orelha interna estão localizados a cóclea (ou caracol), canais semicirculares e vestíbulo
(sáculo e utrículo). A cóclea é o órgão auditivo na orelha interna, e os canais semicirculares
e o vestíbulo são os órgãos do equilíbrio.

156. a) A dose excessiva de insulina fez baixar a taxa de glicose do sangue, estimulando o seu
armazenamento no fígado e nos músculos. O baixo teor de glicose no sangue é insuficiente
para manter a atividade do sistema nervoso central. Em função disso, a jovem entrou em
coma.
b) A insulina é normalmente administrada a pacientes com disfunção do pâncreas endócrino.
A deficiência de insulina causa a diabete (diabetes mellitus).

157. a) A curva 2 corresponde ao LH (hormônio luteinizante) e a curva 3, aos estrógenos. A principal


função do LH é promover a ovulação, com a consequente formação do corpo lúteo. Em relação
aos estrógenos, são principalmente responsáveis pelo espessamento inicial do endométrio
(em cada ciclo mens­trual), pelo desenvolvimento das mamas, alargamento do quadril,
dentre outras.
b) Não, pois observamos no gráfico B a queda dos níveis de hormônios ovarianos no sangue
(3 = estrógenos e 4 = progesterona), devido à degeneração do corpo lúteo. Essa degeneração
acontece pois não ocorreram fertilização e posterior nidação.
A queda na concentração dos hormônios ovarianos é responsável pela descamação do
endométrio, processo denominado menstruação.

158. a) Os técnicos do clube estariam ministrando à atleta, provavelmente, esteroides anabolizantes,


os quais contêm substâncias análogas à testosterona, hormônio masculino.
b) As menstruações começam a falhar porque a testosterona ou compostos análogos exer-
cem efeito de feedback negativo no eixo hipotalâmico-hipofisário, inibindo a produção do
hormônio liberador das gonadotrofinas FSH e LH, as quais estão diretamente relacionadas
com o ciclo menstrual feminino.

159. A digestão do amido ocorre na boca e no intestino delgado.


Na boca, sob a ação da amilase salivar ou ptialina, secretada pelas glândulas salivares.
No intestino delgado, sob a ação da amilase pancreática, secretada pelo pâncreas.

32 BIOLOGIA
o 222
160. a) O órgão utilizado na experiência foi o pâncreas do cão. Dele foi extraída a amilase pancreática,
que digeriu o amido do macarrão em pH 8.
b) A falta do pâncreas impossibilita a produção de insulina. Assim, a taxa de glicose no
sangue aumenta e, consequentemente, haverá glicosúria (glicose na urina). Isso caracteriza
um quadro clínico de diabetes mellitus.
c) A enzima purificada, amilase pancreática, digeriu o amido do macarrão.
161. a) A secreção foi retirada do estômago do animal (suco gástrico), pois a digestão dos alimentos
em meio ácido ocorre no referido órgão.
b) A enzima que atuou no processo foi a pepsina, responsável pela digestão proteica em
meio ácido.
162. a) Os músculos intercostais externos e o diafragma são responsáveis pela inspiração.
A contração de ambos expande a caixa torácica. Isso provoca a diminuição da pressão interna
com consequente entrada de ar (inspiração).
A saída de ar (expiração) se deve exclusivamente à elasticidade do parênquima pulmonar, o
qual volta ao tamanho normal e expulsa o ar interno.
b) O estímulo para a contração dos músculos que agem na inspiração é enviado pelo centro
respiratório do bulbo, do sistema nervoso central. Este por sua vez é estimulado pela variação
do grau de acidez do sangue.
Assim, a partir de um determinado momento, a inspiração deixa de ser voluntária e passa a
ser controlada involuntariamente pelo sistema nervoso central.
163. a) As finíssimas fibras de amianto se alojam nos alvéolos pulmonares.
As trocas gasosas (ou hematose) ocorrem ao nível dos alvéolos por um processo de difusão.
O ar que chega aos alvéolos é rico em O2, o qual por difusão passa pela parede alveolar, que
é delgada e ricamente vascularizada, e chega ao sangue onde se prende à hemoglobina.
O sangue que chega aos alvéolos é rico em CO2, o qual por difusão passa para dentro dos
alvéolos, e será eliminado pelo ar expirado.
b) As trocas gasosas em animais, além de nos pulmões, podem ocorrer através de brânquias,
traqueias ou mesmo pelo epitélio quando delgado e vascularizado, como, por exemplo, em
anelídeos e anfíbios adultos.
164. a) Do total de CO2 liberado pelas células, 70% reage com a água formando ácido carbônico, que
imediatamente transforma-se em prótons e íons bicarbonato, segundo a equação a seguir:
CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3–
Sob a forma de íons bicarbonato, o CO2 é transportado pelo plasma. Outros 23% são trans-
portados pela hemoglobina dentro das hemácias, sob a forma de carbamino-hemoglobina.
Os demais 7% são transportados em solução no plasma. Nos pulmões, as reações ocorrem
em sentido inverso, que resultam na liberação de CO2 para o meio externo.
b) A respiração forçada aumenta a eliminação de CO2. Assim, diminui a formação de ácido
carbônico (diminui a acidez) e, consequentemente, aumenta o pH (alcalose).
c) A elevação de pH é percebida pelo centro respiratório do bulbo, que, através de impulsos
nervosos, será responsável pela queda do ritmo respiratório, agindo diretamente no dia-
fragma e nos músculos intercostais.
165. a) Hemácias.
b) A diferença de altitude entre duas localidades (como Rio de Janeiro e Cidade do México) tem
como consequência fisiológica imediata uma alteração na quantidade de hemácias circulantes.
Em locais de elevada altitude, a pressão parcial de oxigênio é menor do que em locais situados ao
nível do mar. Assim, para garantir a disponibilidade de O2 ao nível tissular, o organismo produz
mais hemácias, que são lançadas na circulação, permitindo alta eficiência na captação e trans-
porte do gás.

33 BIOLOGIA
o 222
166. a) Os cílios estão associados ao tecido epitelial, mais propriamente às células que revestem a
traqueia e os brônquios.
b) Os cílios são responsáveis pela retirada de partículas sólidas e micro-organismos que
atingem as vias respiratórias trazidas pelo ar inspirado. Esses agentes estranhos são retidos
pelo muco produzido por células do revestimento da traqueia e brônquios, e, por meio dos
movimentos ciliares, são expulsos para a parte superior das vias respiratórias, atingindo
nariz e boca. Daí, serão eliminados para o meio externo.
c) A adrenalina aumenta a frequência cardíaca e, consequentemente, aumenta a pressão arterial.
Esse aumento pode provocar a ruptura de vasos sanguíneos, principalmente os de menor
calibre, os capilares. Pode ocorrer também a ruptura de vasos com parede espessada por placas
de ateroma. Ambos os casos caracterizam acidentes vasculares.
d) A adrenalina é produzida na medula das glândulas adrenais ou suprarrenais.

167. a) O septo interatrial (entre os átrios direito e esquerdo) e interventricular (entre os ventrículos
direito e esquerdo) impede a mistura de sangue venoso e arterial.
b) Um coração semelhante ocorre em crocodilianos (répteis) e aves.
c) Entre a saída do sangue dos pulmões até a volta nesses mesmos órgãos, o sangue passa
pelas seguintes câmaras cardíacas: átrio esquerdo – ventrículo esquerdo – átrio direito –
ventrículo direito.

168. a)

átrio
átrio esquerdo
direito

comunicação
intraventricular

ventrículo ventrículo
direito esquerdo

b) A consequência imediata é a mistura de sangue venoso e sangue arterial, dificultando a


oxigenação do organismo.
c) Trata-se dos répteis. Nos crocodilianos há uma pequena fenda na base dos arcos aórticos
(forame de Panizza), e nos demais répteis há uma comunicação ventricular maior, o septo inter-
ventricular é incompleto. O problema humano refere-se ao septo defeituoso.
169. a) O hormônio responsável pelo controle do volume hídrico do organismo é o hormônio anti-
diurético (ou vasopressina). Ele é produzido no hipotálamo e secretado pela neuro-hipófise.
b) Esse hormônio age aumentando a reabsorção de água pelos túbulos renais. Assim, eliminamos
menos urina.
c) O principal metabólito excretado pelos rins é a ureia. Ela é originada no metabolismo de
compostos nitrogenados, como proteínas e ácidos nucleicos.

34 BIOLOGIA
o 222

Você também pode gostar