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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL – UNICSUL

BIOMEDICINA 6° SEMESTRE – SANTO AMARO - NOTURNO


DISCIPLINA: IMUNOLOGIA CLÍNICA
PROFESSORA: THAÍS DE SOUZA LIMA
ALUNO: MAICON DE ALMEIDA PEREIRA

RELATÓRIO AULA PRÁTICA I – 21/09/2023


MÉTODOS NÃO MARCADOS

São Paulo – SP
2023

1 Introdução

Os métodos não marcados possuem sensibilidade de detecção menor, pois é necessário


que se forma grande quantidade de imunocomplexos para que seja possível observar a reação.
Na imunologia temos disponível métodos simples, rápidos e sensíveis possíveis de serem
aplicados para diagnóstico de doenças em laboratórios de análise clínicas. Na aula prática
realizamos três procedimentos de métodos não marcados. Conforme descrito logo abaixo.

▪ Procedimento A – Aglutinação em Látex

Método para determinação qualitativa e semiquantitativa dos Fatores Reumatóides


(FR), mediante aglutinação de partículas de látex, sem diluição prévia da amostra.

▪ Procedimento B – Floculação - VDRL / Sífilis

Método para determinação de anticorpos (reaginas) no soro, plasma ou Líquido Céfalo-


Raquidiano (LCR) por floculação, para diagnóstico da Sífilis.

▪ Procedimento C – Hemaglutinação

Método para determinação qualitativa e semi-quantitativa de anticorpos anti-Trypanosoma


cruzi no soro humano por hemaglutinação indireta.

2 Objetivo

Verificar através de teste não marcados, conforme cada procedimento realizado se ouve
ou não aglutinação, floculação e hemaglutinaçãos. Identificando assim antígenos ou anticorpos
na amostra. Através do método direto e indireto.

3 Materiais

▪ Procedimento A – Aglutinação em Látex


o Cartão de fundo preto
o Pipeta automática
o Espátulas
o Cronômetro
o Luvas

▪ Procedimento B – Floculação VDRL Sífilis


o Placa de titulação
o Estante para tubos e rack de ponteiras
o Recipientes para descarte do material
o Luvas
▪ Procedimento C – Hemaglutinação
o Placa de Kline
o Tubos de ensaio para diluição e titulação
o Pipetas sorológicas
o Vidrarias básicas de laboratório
o Recipiente para descarte de material contaminado
o Luvas

4 Procedimentos

▪ Procedimento A – Aglutinação em Látex

Em cada círculo do cartão identificar o controle positivo, o controle negativo e amostra.


Pipetar 25 uL do reagente de látex em todas as áreas. Adicionar 25 uL do controle positivo, do
controle negativo e da amostra nos respectivos círculos. Homogeneizar durante 2 minutos.
Realizar a leitura imediatamente com uma luz artificial. Uma aglutinação nítida indica a
presença de Fatores Reumatóides numa concentração igual ou superior a 8 UI/mL. Neste caso,
realizar a prova semiquantitativa.

▪ Procedimento B – Floculação VDRL Sífilis

1. Pipetar 50µl das amostras ou soros controles nas cavidades da placa escavada.
2. Pipetar 20µl da suspensão antigênica homogeneizada nas mesmas cavidades das
amostras e soros controles. Não é necessário misturar esses dois componentes.
3. Agitar a placa durante 4 minutos a 180rpm.
4. Imediatamente após 4 minutos, observar ao microscópio.
ATENÇÃO: para evitar efeito de pró-zona sugerimos que o teste qualitativo seja
realizado com a amostra pura (sem diluir) e diluído.

RESULTADOS DAS LEITURAS


Reação Negativa: Ausência de agregados. Aspecto homogêneo.
Reação Fracamente Positiva: Presença de pequenos agregados dispersos.
Reação Positiva: Presença de médios e grandes agregado

▪ Procedimento C – Hemaglutinação

Identificar na placa de fundo V, as áreas controle positivo, controle negativo e amostra.


Pipetar uma gota ou 40 uL das hemácias sensibilizada nos três poços. Adicionar 20 uL de
controle positivo, controle negativo e amostra nos respectivos poços. Homogeneizar por 2
minutos e fazer a leitura.

5 Resultados

Figura 1
▪ Procedimento A – Aglutinação em Látex

Positivo: Nítida aglutinação


Negativo: Ausência de aglutinação (suspensão
homogênea)
Fonte própria

O controle positivo deu positivo (houve aglutinação), o controle negativo deu negativo
(não houve aglutinação), e amostra deu negativo (não houve aglutinação. Como a amostra deu
negativo e o controle positivo e o controle negativo deu o resultado que se esperava, podemos
liberar o resultado e confirma que a amostra do paciente foi negativa a presença do anticorpo
contra o antígeno no procedimento realizado.
▪ Procedimento B – Floculação VDRL Sífilis

RESULTADOS DAS LEITURAS


Reação Negativa: Ausência de agregados. Aspecto homogêneo.
Reação Fracamente Positiva: Presença de pequenos agregados dispersos.
Reação Positiva: Presença de médios e grandes agregados.

Na leitura microscópica foi possível verificar floculação no controle positivo, no


controle negativo e na amostra conseguimos identificar apenas várias linhas em forma de
agulhas demostrando que não houve agregados não foi possível observar floculação. Sendo
assim o resultado foi negativo para sífilis já que não ocorreu floculação na amostra do paciente.

▪ Procedimento C – hemaglutinação

Nesse procedimento o resultado é positivo quando ocorre aglutinação formando um


tapete no fundo da placa V e o resultado é negativo quando não a aglutinação apenas formando
um botão no fundo da placa V. Como mostra na imagem abaixo.

Figura 2

Fonte: gov.br
Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/servicos-
estaduais/exame-laboratorial-sifilis-hemaglutinacao-1

O nosso resultado foi negativo para o controle positivo, o controle negativo, e amostra.
Pois houve formação de botão nos três poços. O resulto foi impreciso, não podendo confirmar
nenhum resultado, pois, houve um erro inesperado durante a prática desse procedimento,
ocorreu a troca da amostra de Chagas pela amostra de Sífilis. Comprometendo totalmente no
resultado. Nesse caso, se tivesse ocorrido em um laboratório de análises clínicas, seria pedido
uma nova coleta da amostra para realizar um novo procedimento.
Figura 3

Fonte própria

6 Discussão

Os métodos não marcados, tem como finalidade apresentar resultados rápidos e com
boa especificidade. Na aula prática realizamos o método de Aglutinação, Floculação e
Hemaglutinação. Na realização do método de aglutinação em látex não houve aglutinação na
amostra. Usamos o soro de um paciente para testar a sensibilidade do antígeno com o anticorpo
que poderia estar na amostra. Recebemos a amostra do soro já pronta em tubos de ensaios.
Então, é bom ressaltar que para um resultado preciso, além de realizar o procedimento de forma
correta, é importante que todo procedimento anterior, como o da coleta da amostra seja realizada
de forma adequada, se foi transportada e armazenada corretamente. O mesmo vale para a
técnica de floculação e de hemaglutinação.

Na de hemaglutinação por exemplo houve um erro que não poderia ter acontecido, que
foi troca das amostra, o que interferiu completamente no resultado. Mas, quando houve esse
incidente o laboratório deve está preparado para identificar o erro e seguir com os protocolos
para realização de um novo teste.

7 Referências bibliográficas

GIL, E. DE S.; KUBOTA, L. T.; YAMAMOTO, Y. I. Alguns aspectos de imunoensaios


aplicados à química analítica. Química Nova, v. 22, p. 874–881, 1 dez. 1999.

CANDEIAS, J. A. N. et al. Reação de inibição da hemaglutinação para o vírus da rubéola:


técnica simplificada. Revista de Saúde Pública, v. 12, n. 4, p. 516–522, dez. 1978.
Estudo comparativo entre as técnicas de aglutinação em látex - Artigos - IPESSSP.
Disponível em: <https://www.ipessp.edu.br/site/blog/blog/aglutinacao-em-
imunoglobulina/amp/>. Acesso em: 29 set. 2023.

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