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BRUCELLA WRIGHT

63241
DETECÇÃO DE ANTICORPOS ANTI-BRUCELLA

881167 – 2014/11

1- INTERESSE CLINICO
O serodiagnóstico de WRIGHT permite efectuar o diagnóstico serológico das formas agudas de brucelose. Este teste
quantitativo torna-se positivo muito precocemente, a partir do 10º ou 12º dia, na forma aguda da brucelose, mas passa
rapidamente a negativo porque detecta as IgM. Apresenta-se, por vezes, negativo na brucelose sub-aguda e quase sempre
nas bruceloses crónicas. Não é recomendável para rastreio sepidemiológicos, nem para o diagnóstico da brucelose crónica.

2- PRINCIPIO DO TESTE
O serodiagnóstico de WRIGHT é uma reacção de aglutinação que utiliza, como antigénio, uma suspensão de Brucella,
inactivadas por formol e pelo calor. Se um título superior ou igual a 1/80 (120 U.I./ml) indica uma brucelose activa, um título
mais baixo (1/40, e até 1/20) tem valor de forte presunção.
A observação de anticorpos bloqueantes e fenómeno de zona, relativamente frequentes, pode ser responsável por resultados
falsamente negativos, enquanto que análogos antigénicos podem causar resultados falsamente positivos.

3- APRESENTAÇÃO – CONSERVAÇÃO - VALIDADE


 Apresentação: 1 ampola de 10ml

Etiquetagem Natureza do reagente


Brucella Wright Antigénio brucélico para serodiagnóstico de Wright (suspensão de Brucella inactivadas
pelo calor e por formol a 4‰)

 Conservação: à temperatura de + 2-8 °C.


 Validade: até ao termo do prazo de validade indicado na embalagem (mesmo depois de aberto).

4- PRECAUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
A qualidade dos resultados depende do cumprimento das seguintes boas práticas de laboratório:
 Antes da utilização, aguardar até que todos os reagentes estabilizem à temperatura ambiente (+18-30°C).
 Não utilizar reagentes após o termo do respectivo prazo de validade.
 Utilizar recipientes de vidro perfeitamente lavados e enxaguados com água destilada ou, de preferência, usar material
descartável.
 Utilizar uma ponta de distribuição nova para cada amostra.

INSTRUÇÕES DE HIGIENE E SEGURANÇA:


 Usar luvas descartáveis durante a manipulação dos reagentes.
 Não pipetar com a boca.
 Considerar os materiais directamente em contacto com as amostras como produtos contaminados.
 Evitar o derramamento das amostras ou das soluções que as contenham.
 Para obter recomendações relativas a perigos e precauções relacionadas com alguns componentes químicos neste kit de
teste, consulte as ilustrações indicadas nos rótulos e as informações fornecidas no final das instruções de utilização. A
Ficha de Dados de Segurança encontra-se disponível em www.bio-rad.com.

5- AMOSTRAS
1- Os testes devem ser realizados exclusivamente em amostras de soro recolhido em tubo seco.
2- Respeitar as instruções seguintes quanto à recolha, tratamento e conservação destas amostras:
- Recolher uma amostra de sangue segundo as práticas habituais.
- Deixar que o coágulo se forme completamente antes da centrifugação.
- Conservar os tubos devidamente fechados.
- Após a centrifugação, extrair o soro e conservá-lo em tubo fechado.
- As amostras devem ser conservadas a +2-8°C, caso o teste seja realizado no prazo de 24 horas.

 
- Se o teste não for efectuado nas 24 horas seguintes ou se for necessário transportar as amostras, estas deverão ser
congeladas a - 20°C (ou mais frio).
- Recomenda-se não congelar/descongelar as amostras mais do que uma vez. As amostras deverão ser
cuidadosamente homogeneizadas (vortex) após descongelação, antes do teste.
3- Não foram testadas as interferências associadas a uma sobrecarga em albumina, lípidos, hemoglobina e bilirrubina.
4- Não aquecer as amostras.

6- MODO OPERATORIO
А) MATERIAL NECESSÁRIO MAS NÃO FORNECIDO
 Agitador tipo vortex.
 Incubadora.
 Soro fisiológico.
 Pipetas, multipipetas, automáticas ou semi-automáticas, reguláveis ou fixas, de 10 a 1000µL e 1, 2 e 10 ml de
capacidade.
 Tubos de hemólise.

B) DILUIÇÃO DOS SOROS


As diluições do soro a testar devem ser efectuadas directamente com a suspensão bacteriana.
 Dispor num tabuleiro de suporte uma série de 9 tubos de hemólise (de 5 ml, de preferência), rigorosamente limpos.
 Introdução no 1º tubo: 1,9 ml de suspensão antigénica + 0,1 ml do soro a estudar. Homogeneizar.
 Introduzir 1 ml de suspensão antigénica em cada um dos tubos numerados de 2 a 8 e 250 µl no tubo nº 9.
 No 1º tubo, recolher 1 ml da mistura (que representa a diluição a 1/20 do soro estudado) e introduzi-la no tubo nº 2.
Homogeneizar.
 Recolher 1 ml neste 2º tubo e transferi-lo para o tubo nº 3. Homogeneizar.
 Proceder da mesma maneira até ao tubo n°8, rejeitando a quantidade de 1 ml recolhida neste último tubo.
 Adicionar 750 µl de soro fisiológico no tubo nº 9, que servirá de controlo de titulação.

C) INCUBAÇÃO
Colocar os tubos em autoclave, à temperatura de 37°C, durante 18 a 24 horas, depois de devidamente rolhados
(rolha, película vedante).
Se necessário, esta incubação pode ser substituída por uma centrifugação de 5 minutos a 250 g.

D) LEITURA
Examinar os tubos, sem agitar, sobre fundo escuro, com uma fonte luminosa situada por baixo e por trás dos tubos.
 Verificar, em primeiro lugar, a ausência de aglutinação no tubo de controlo de titulação.
 Podem ser observados diversos tipos de aglutinados:
- aglutinados em crepe no fundo do tubo, com líquido claro (+++),
- aglutinados muito visíveis com líquido ligeiramente turvo (++),
- aglutinados visíveis apenas ao aglutinoscópio (+).
A ausência de aglutinados traduz uma reacção negativa (-).
Em caso de reacção positiva, o título do soro testado corresponde à mais elevada diluição que exibe uma turvação
análoga à do controlo de titulação.

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7- INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
 Um título superior ou igual a 1/80 (120 U.I/ml) indica brucelose activa; esta taxa é habitualmente excedida.
 Um título mais baixo (1/40, e até 1/20) deve levar à suspeita e justifica um serodiagnóstico, a realizar uns dias mais tarde.

8- DESEMPENHOS / CONTROLO DE QUALIDADE DO TESTE


Os desempenhos do dispositivo Brucella Wright são controlados por meio do soro Brucella Control (nº ref. 63240).
Este soro positivo fornece uma reacção de aglutinação em presença do antigénio, quando este conserva o seu aspecto
original em presença do soro negativo (ausência de aglutinação).

9- CONTROLO DA QUALIDADE DE FABRICO


Todos os produtos fabricados e comercializados pela empresa Bio-Rad são submetidos a um sistema de garantia da
qualidade desde a recepção das matérias primas até à comercialização do produto final. Cada lote de produto final é objecto
de um controlo de qualidade, sendo comercializado apenas quando em conformidade com os critérios de aceitação. A
documentação relativa à produção e ao controlo de cada lote encontra-se arquivada junto do fabricante.

10- LIMITES DE UTILIZAÇÃO


1- Uma reacção negativa pode traduzir a presença de anticorpos bloqueantes (IgA, IgG). A detecção destes
anticorpos bloqueantes (“blocking test”) pode ser realizada adicionando, no tubo nº 3, 20 µl do soro de controlo
Brucella(nº ref. 63240). Após nova incubação de 18 h a 37°C, a ausência de aglutinação traduz a presença de
anticorpos bloqueantes no soro testado.
2- O serodiagnóstico de Wright é negativo durante um período de 10 a 15 dias, no início da doença. Esta fase pode
prolongar-se nas crianças pequenas. Alguns doentes raros nunca chegam a apresentar anticorpos aglutinantes.
3- Este serodiagnóstico pode ser positivo a 1/20 (30 UI/ml), 1/40 (60 UI/ml) para as pessoas isentas de qualquer
manifestação clínica, mas residindo em meios fortemente endémicos.
Nestes indivíduos, ou no caso de bruceloses antigas, a taxa de anticorpos aglutinantes pode elevar-se transitoriamente
no seguimento de uma infecção por Yersinia enterocolitica, Francisella tularensis ou após vacinação anticolérica
(reacções não específicas devidas a uma comunidade antigénica).
Recomenda-se a realização de uma segunda análise, no seguimento de qualquer resultado duvidoso.

11- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS


1- BAURIAUD R. LEFEVRE J.C., DARBERNAT H. et LARENG M.B. Diagnostic sérologique de la fièvre de Malte.
Etude comparative des tests classiques et d'un test rapide (Rose Bengale) Méd. Mal. Infect. 1977, 7, p.323-327.
2- FOLIGUET J.M., de LAVERGNE E. et BURDIN J.C. Standardisation et interprétation de l'épreuve de
séroagglutination (sérodiagnostic de Wright) dans la brucellose. Adoption d'une notation unitaire. Annales Med.
Nancy 2, p.1329-1333.
3- GASSIN M. et COURTIEU. Diagnostic sérologique de la brucellose humaine. Feuillets de Biol. 1978, 19, p.41-44.
4- ROUX J. La sérologie de la brucellose. Med. Hyg. 1978, 36, p.453 -456.
5- WINDEL J. Les Brucellaet la brucellose. Biol. Prat. 1981, 4, n°48.

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