Você está na página 1de 19

ANEXO 3B DESTE MANUAL

1. BREVE HISTÓRICO DA EMPRESA

O Laboratório Escolar de Análises Clínicas da Instituição de Ensino Universidade


Paulista - UNIP dispõe de recursos para que o universitário tenha a chance de desempenhar
vários procedimentos correlacionados às práticas laboratoriais, aprendendo em vários
setores; entre eles são: Hematologia, Imunologia, Parasitologia, Microbiologia, Uroanálise,
Bioquímica e Coleta. Proporcionando conhecimento na área aos estudantes, para que
assim, sejam devidamente preparados para o mercado de trabalho, onde iram desenvolver
atividades semelhantes.

1
2. RECURSOS ADMINISTRATIVOS

2.1 Função e número de funcionários da empresa e do setor


O Laboratório possui 2 funcionários supervisores e conta com a divisão de 7 setores:
Hematologia, Imunologia, Parasitologia, Microbiologia, Uroanálise, Bioquímica e Coleta. Nos
períodos matutino e vespertino. Cada setor conta com aproximadamente 6/8 estagiários,
onde realizam e revezam a rotina diária de um laboratório de Análises Clínicas.

2.2 Organização / hierarquia da empresa e do setor


O Laboratório Escolar de Análises Clínicas da Instituição de Ensino Universidade
Paulista - UNIP dispõe de 1 coordenador geral e 2 supervisores gerais.

2.3 Planejamento anual do setor

O planejamento dos setores do Laboratório Escolar De Análises clínicas da


Instituição de Ensino Universidade Paulista - UNIP é feito semestralmente, onde são
realizadas as compra de materiais, kits e equipamentos baseando-se no número de novos
estagiários.

2.4 Produção mensal da empresa e setor

São processados diariamente em média 15 amostras por setor, resultando o total de


75 amostras por dia no laboratório e 375 semanalmente.

2.5 Layout da empresa ou do setor

O laboratório é equipado por aparelhos que contribuem bastante para o aprendizado,


e um local espaçoso e acomoda estagiários apropriadamente divididos em setores:
Hematologia, Imunologia, Parasitologia, Microbiologia, Uroanálise, Bioquímica e Coleta.

2.6 Reposição e controle de estoque de materiais, kits e reagentes

Todos os materiais necessários são disponibilizados em cada setor e a reposição é


feita mediante solicitação diretamente ao professor/supervisor.
2
2.7 Fluxograma das rotinas vivenciadas

HEMATOLOGIA E
IMUNOLOGIA

MICROBIOLOGIA BIOQUÍMICA

INICIO COM
INTRODUÇÃO
TEÓRICA EM
BIOSSEGURANÇA

UROANÁLISE COLETA

PARASITOLOGIA

3
3. RECURSOS TÉCNICOS

3.1 Relação de produtos / serviços da empresa / setor

O Laboratório Escolar de Análises Clínicas da Instituição Universidade Paulista –


UNIP possui produtos permanentes, consumos (KITS) e equipamentos exclusivos para cada
setor:

 HEMATOLOGIA / IMUNOLOGIA

No laboratório de hematologia contamos com 7 microscópios; 1 homogeneizador de


sangue; 1 suporte de Westergreen (utilizado para exames como VHS); 1 centrifuga; cerca
de 20 contadores de células sanguíneas; geladeira (armazenamento de amostras e
reagentes); agitador eletrônico; Kits de coloração rápida (mais utilizado em hemograma);
Kits tipagem sanguínea (contendo soros anti- A, anti-B, anti- AB e anti-D para diferenciação
do tipo sanguíneo); imuno-latex; Kit NAT HIV/HCV/HBV (utilizado em exames de HIV e
hepatite); entre outros.

 PARASITOLOGIA / MICROBIOLOGIA

No laboratório de parasitologia/microbiologia contamos com 7 microscópios; estufa


(cultivo de células ou esterilização de materiais); geladeira (amostras); capela (manipulação
de produtos tóxicos à inalação); cabine de segurança (além de manipulação de produtos
tóxicos a inalação, protege a amostra de contaminantes externos); centrifuga; kit de
coloração GRAM (visualização de bactérias GRAM positivas ou negativas e suas
morfologias); kit de Agar (utilizado para realização de meio e cultura).

 UROANÁLISE

No laboratório de Uroanálise, contamos com centrifuga; geladeira (amostra); fitas


reagentes (analise bioquímica da urina); cerca de 15 câmaras de Neubauer; 7 microscópios;
pipetas; entre outros.

 BIOQUÍMICA

No laboratório de bioquímica, contamos com banho maria; geladeira (amostras);


espectrofotômetro (mede absorbância de soluções); Kit reagentes (proteína, albumina,
glicose); autoclave; tubos de ensaio; pipetas; entre outros.

 COLETA

No laboratório de coleta contamos com seringas; tubos de coleta (azul - citrato de


sódio; vermelho - com ou sem ativador de coágulo; amarelo - ativador de coágulo + gel;
4
verde heparina; roxo - EDTA; cinza - fluoreto de sódio + EDTA); garrotes; algodão; álcool
(assepsia); esparadrapos; entre outros.

3.2 Técnicas utilizadas em exames ou execução de serviços

3.2.1 Hematologia

 CONFECÇÃO DO ESFREGAÇO SANGUINEO:

O esfregaço de sangue é usado para avaliar a serie vermelha e as plaquetas e fazer a


contagem diferencial de leucócitos. Determina a porcentagem do número de neutrófilos,
linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. As células são contadas com o auxílio de um
microscópio e uma câmara de Neubauer das quais também são feitas as observações
morfológicas e verificação da coloração.

 CONTAGEM DE RETICULÓCITOS:

Determina seu percentual entre as hemácias no sangue, e indica a velocidade de produção


de hemácias na medula óssea. Em um tubo de ensaio é adicionado 100ul de amostra
sanguínea do paciente e 100ul de Azul Cresil Brilhante, depois de homogeneizado é levado
ao banho maria à 37° C por 15 minutos. Depois é feito o esfregaço com a amostra
homogeneizada e depois de seca é observada em microscópio.

 DOSAGEM DE HEMOGLOBINA:

É um exame feito para medir a quantidade de hemoglobina encontrada em 100ml de sangue


total. A concentração de hemoglobina está estreitamente relacionada com a contagem de
glóbulos vermelhos, pois a hemoglobina é o principal componente dos eritrócitos.

 HEMATÓCRITO:

Consiste em determinar em porcentagem concentração de eritrócitos em uma amostra de


sangue centrifugado, ou seja, divide a parte sólida da parte liquida.

 CONTAGEM DE LEUCÓCITOS:

Consiste na determinação de leucócitos por mm° de sangue total. Estas são células
incolores do sangue circulante, e seus precursores no tecido hematopoiético.

 ÍNDICES HEMATIMETRICOS:

Os índices hematimétricos acompanham o resultado do hemograma. São de grande


importância no diagnóstico das anemias.

 VCM:

5
É volume corpuscular médio. Avalia o tamanho médio dos glóbulos vermelhos (GV)

 HCM:

É a hemoglobina corpuscular média. Avalia a concentração média de hemoglobina nos


glóbulos vermelhos (verifica se os parâmetros de coloração dos glóbulos vermelhos:
hipocromia ou hipercromia).

 CHCM:

É o índice que avalia a concentração de hemoglobina corpuscular médio (verifica se os


parâmetros de coloração dos glóbulos vermelhos: hipocromia ou hipercromia).

 CONTAGEM DE PLAQUETAS:

Consiste na determinação do número de plaquetas por mm° no sangue.

 TIPAGEM SANGUÍNEA:

Se baseia na utilização da amostra sanguínea do paciente ao contato com reagentes que


diferem o tipo sanguíneo a partir da aglutinação. A Tipagem Sanguínea é o processo de
coleta e análise do sangue do paciente para identificar a qual grupo sanguíneo ele pertence.
Além de facilitar na hora do atendimento, também é importantíssimo saber o tipo sanguíneo
para doações de sangue, transfusões, gestação e outros atendimentos médicos. O
procedimento de descoberta é rápido e indolor.

Com a amostra de sangue do paciente, o laboratório faz testes de compatibilidade em


lâminas de sangue com reagentes. Assim, podemos descobrir se o paciente é tipo A, AB, B
ou O. Anticorpos anti-A e anti-B são utilizados e determinam a presença ou ausência de
antígenos A e B em nosso sangue. Em casos de transfusão de sangue, saiba de quem você
pode receber e para quem você pode doar.

TIPO SANGUÍNEO: RECEBE DE: DOA PARA:


A+ A+, A-, O+, O- A+, AB+
A- A-, O- A+, A-. AB+, AB-
B+ B+, B-, O+, O- B+, AB-
B- B-, O- B+, B-, AB+, AB-
O+ O+, O- O+, A+, B+, AB+
O- O- Todos
AB+ Todos AB+
AB- A-, B-, O-, AB- AB+, AB-

6
3.2.2 Microbiologia

 COLORAÇÃO GRAM:

Técnica utilizada na microbiologia baseada na capacidade das paredes celulares de


bactérias gram positivas reterem o corante Cristal Violeta no plasma. Consiste na
preparação da lâmina com a função esfregaço. O primeiro passo é cobrir o esfregaço com
violeta de metilina por 1 minuto e lavar em filete de água corrente; depois deve-se cobrir
com Lugol para gram por 1 minuto e lavar em água corrente; em seguida preencher com
álcool por 30 segundos para descolorir a lâmina e lavar em água corrente novamente; por
último é preenchido com Safranina (fucsina fenicada com gram) por 30 segundos e lavar em
agua corrente; após todo o procedimento, deve-se deixar a lâmina secar suavemente, ou
usar um auxílio de papel filtro limpo e visualizar no microscópio. As amostras gram positivas
terão coloração roxa, e as negativas coloração rosa.

 MEIO DE CULTURA - ÁGAR CHOCOLATE:

É amplamente utilizado para o cultivo de microrganismos exigentes, embora cresçam neste


meio quase todos os tipos de microrganismos.

 MEIO DE CULTURA –MACCONKEY:

O cristal violeta inibe o crescimento de microrganismos Gram positivos especialmente

enterococos e estafilococos. A concentração de sais de bile é relativamente baixa em


comparação com outros meios, por isso não é tão seletivo para Gram negativos, por
exemplo, o Agar SS.

 MEIO DE CULTURA -ÁGAR SANGUE:

O meio de Agar sangue, usando uma base rica como abaixo descrita, oferece ótimas
condições de crescimento a maioria dos microrganismos. A conservação dos eritrócitos
íntegros a formação de halos de hemólise nítidos, uteis para diferenciação de Streptococcus
spp. e Staphylococcus spp. Usado para isolamento e quantificação de microrganismos
presentes em amostras de urina. A deficiência de eletrólitos inibe o véu de cepas de
Proteus.

 MEIO DE CULTURA - ÁGAR THAYER-MARTIN:

É um meio rico e superior a outros meios de cultivo destinados para o isolamento de


Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis, pois contem em sua formula antibióticos
7
que inibem o crescimento de Neisserias saprófitas e outras bactérias, quando em amostras
colhidas de sítios contaminados.

 MEIO DE CULTURA - MUELLER HINTON:

Agar padronizado por Kirby e Bauer e pelo NCCLS que oferece condições de crescimento
das principais bactérias. Meio utilizado para a realização do teste de avaliação da
resistência aos antimicrobianos pelos métodos de difusão em disco e E-test para
enterobactérias, não fermentadores, Staphylococcus. Enterococcus sp.

 MEIO DE CULTURA - ÁGAR MULLER HINTON SAGUE:

Ágar padronizado por Kirby e Bauer e pelo NCCLS que oferece condições de crescimento
das principais bactérias. Meio utilizado para a realização do teste de avaliação da
resistência aos antimicrobianos pelos métodos de difusão em disco e E-test de cepas de
Estreptococcos pneumoniae e estreptococos beta-hemoliticos dos grupos A, B, C e G
conforme intruções do NCCLS.

3.2.3 Bioquímica

 DOSAGEM DE GLICOSE -LABTEST:

A determinação da glicose em amostras de sangue é útil na avaliação do metabolismo de


carboidratos. Sua determinação em líquidos biológicos auxilia na distinção entre processos
inflamatórios e infecciosos. É utilizado como base na realização do exame
espectrofotômetro para analisar a absorbância, realizar cálculos, e exige muita precisão em
sua execução, pois a quantidade de amostras e reagentes pode alterar o mínimo de
resultado. Tem como finalidade o sistema enzimático para determinação da glicose no
sangue, liquos e líquidos ascético, pleural e sinovial por método cinético ou de ponto final.

 DOSAGEM DE ALBUMINA - LABTEST:

A determinação da albumina em amostras de sangue é útil na avaliação do estado


nutricional da função hepática, renal e na avaliação de doenças crônicas. É utilizado como
base na realização do exame o espectrofotómetro para analisar a absorbância, realizar
cálculos, e exige muita precisão em sua execução, pois a quantidade de amostras e
reagentes pode alterar o mínimo de resultado. Tem como finalidade o sistema para
determinação da albumina em amostras de soro por reação de ponto final.

 DOSAGEM DE PROTEÍNA -LABTEST:

8
A determinação das proteínas totais em amostras de sangue e outros líquidos biológicos é
útil para avaliar o estado nutricional e as alterações proteicas nas doenças. É utilizado como
base na realização do exame o espectrofotómetro para analisar a absorbância, realizar
cálculos, e exige muita precisão em sua execução, pois a quantidade de amostras e
reagentes pode alterar o mínimo de resultado. Tem como finalidade o sistema para
determinação colorimétrica das proteínas totais em amostras de sangue e líquidos pleural,
sinovial e ascético por reação de ponto final.

3.2.4 Uroanálise

 URINA 24h:

É útil quando deseja-se investigar quantitativamente uma determinada substância. É


coletado todo o volume urinário ao longo de um dia, começando pelo descarte da primeira
urina da manhã e coletando todas as outros ao longo do período em um coletor maior. É
feita a inspeção física e química e a pesquisa de elementos presentes na urina. O
procedimento consiste em centrifugar 10ml de urina, pipetar 50ul na câmara de Neubauer e
observar no microscópio.

 URINA TIPO I

Conhecido como exame AS (sigla para Elementos Anormais do Sedimento) ou parcial de


urina, é um exame que visa identificar alterações no sistema urinário e renal. O trato
urinário, formado por rins, ureteres, bexiga e uretra, é responsável por filtrar toxinas e
impurezas do nosso organismo, expelindo-as por meio da urina. Se esses órgãos não
funcionam como deveriam, muito do que deveria ser filtrado e expelido acaba se
acumulando, o que pode ser indicativo de problemas. O exame EAS é feito com base na
primeira urina da manhã, que é a mais concentrada. Com base nela, são analisados o pH da
urina e a presença de elementos estranhos - os chamados sedimentos - que podem ser
proteínas, nitritos, leucócitos, cetonas, entre outras. A coleta da urina para o exame pode
ser feita em casa e não necessita de jejum, mas deve ser levada ao laboratório em até 2
horas para que seja analisada. O exame de urina do tipo 1 é um dos exames mais
solicitados pelo médico, pois informa vários aspectos da saúde da pessoa, além de ser
bastante simples e indolor.

 Exame Físico-químico

Realizada através de tiras reativas (reagentes) contendo seguintes áreas reagentes: pH,
proteínas, glicose, cetona, sangue, bilirrubina, urobilinogénio, nitrito, leucócitos e densidade.

 Exame microscópico

9
À maneira pela qual o exame microscópico é realizado tem que ser consistente incluindo a
observação de no mínimo dez campos em menor e maior aumento (100 é 400x). A
observação em menor aumento tem por objetivo avaliar a disposição dos elementos, a
composição geral do sedimento e a presença ou não de cilindros. A identificação e
contagem de todos os elementos presentes são realizadas em aumento de 400x.

3.2.5 Imunologia

 TESTE DE HIV:

Por fase sólida, é uma técnica rápida de imunologia que possui a forma de um pente com 12
dentes, onde cada um possui uma área com anticorpos anti-imunoglobina humana para o
controle da reação, uma área com anticorpos HIV-1 e uma com antigenos HIV-2. O dente é
colocado em um recipiente que contém a amostra. As imunoglobulinas da amostra dos
exames falso negativo em teste de gravidez. Após colhida, a amostra deve ser entregue ao
laboratório e ser analisada de 1 à 2 horas. No exame macroscópico é observado o volume,
aspecto e odor. No físico-químico é utilizado as teias reagentes, onde analisamos pH,
proteína, glicose, cetona, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, leucócitos e densidade.
No microscópio é feito a observação de no minimo 10 campos de menor e maior aumento. A
identificação é contagem de todos os elementos presentes.

 TESTE DE GRAVIDEZ (HCG LÁTEX)

HCG Latex é um leste (método direto) qualitativo para detecção de gonadotrofina conónica
(hCG) na urina. O hCG presente na amostra de urina não diluída reage imunologicamente
com anticorpos monocionais anti-hCG presos às partículas de látex. A reação positiva é
indicada através da visível aglutinação das partículas de látex na lâmina utilizada.

- Teste Positivo: Aglutinação do Latex

- Teste Negativo: Ausência de Aglutinação do Látex

 FATOR REUMATÓIDE

O Látex FR é um teste bastante sensível, que utiliza partículas de látex revestidas com IGG
humana altamente purificada, que quando misturadas cor soro de pacientes contendo
fatores reumatoides ocorre a indicação de positivo através da aglutinação.

 SÍFILIS-VDRL

Reação de floculação entre a suspensão antigênica do VDRL (antígenos não treponémicos)


e as reagias presentes na amostra analisada. À suspensão antigénica do VDRL é

10
constituída de lecitina, colesterol e cardiol pina e tem semelhança imunológica com os
antígenos do Treponema pallidum.

 PROTEÍNA C REATIVA

O teste baseia-se na aglutinação das partículas de látex sensibilizadas com anticorpos anti-
PCR humana (antígeno), quando misturadas com soro de pacientes contendo uma
concentração de Proteina C Reativa (PCR) igual ou superior a 6mg/L, que é uma proteina
de fase aguda.

 ALO (Antiestreptolisina)

O teste de AO baseia-se na aglutinação das partículas de látex sensibilizadas com


estreptolisina O (antígeno), quando misturadas com soro de pacientes contendo anticorpos
específicos devido à infecção por estreptococos f-hemoliticos dos grupos A e C produtores
de estreptolisina O.

3.2.6 Coleta

 VENOPUNÇÃO:

Pode ser coletada em seringa e agulha descartável, ou com sistema a vácuo e coleta
múltipla. Os tubos utilizados são identificados como: roxo (anticoagulante EDTA), amarelo
(separado com ativador de coágulo), azul (citrato de sódio), vermelho (siliconado sem
anticoagulante), e cinza (fluoreto de sódio + EDTA). Na coleta o paciente deve estar em
condições de mobilidade normais, sentado confortavelmente com descanso para braço, o
coletador deve higienizar os braços, colocar luvas, identificar os tubos e encaixar a agulha
na seringa com o auxílio de uma pinça inspecionar o ponto da agulha e mover o embolo da
seringa. Se a coleta for feita a vácuo, deve-se rosquear a agulha no suporte com o auxílio
de uma pinça, inspecionar as vias cuidadosamente e verificar o mais adequado para
punção. Fazer a assepsia do local e puncionar a via.

3.2.7 Coleta

 MÉTODO DE HOFFMAN:

11
Para pesquisadores de ovos e larvas de helmintos, deve-se fazer a homogeneização das
fezes com uma pequena quantidade de amostra e agua em um recipiente pequeno com o
auxílio de uma espátula descartável para ocorrer suspensão, depois deve-se peneirar a
amostra homogeneizada com uma peneira descartável diretamente em um cálice e
adicionar água, e deixar em repouso de 2 à 24h. Com o auxílio de uma pipeta descartável, é
retirada uma pequena porção da amostra e depositada em uma lâmina, onde será analisada
no microscópio depois de adicionar uma gota de Lugol e lamínula.

 METODO DE FAUST:

Para pequenos protozoários e ovos de helmintos, utiliza-se centrifugação. Deve-se diluir 10g
da amostra de fezes em 200ml de água, e filtrá-la em um cálice, depois colocar em um tubo
com tampa e centrifugar a 2500rpm por 2 minutos e descartar o sobrenadante, adicionar 2
ou 3ml de sulfato de zinco 33% no sedimento, tampar o tubo e agitar até suspender o
sedimento e centrifugar a 2500rpm novamente. Com o auxílio de uma alça, deve-se pegar a
camada superficial e depositar em uma lâmina adicionando Lugol e lâmina para depois
observar em microscópio.

 MÉTODO DE BAERMANN-MORAES:

Utilizado na pesquisa e isolamento de larvas de Strongyloides sp. De fezes e de larvas de


nematoides do solo.

 MÉTODO DE KATO KATZ:

Utilizado principalmente na pesquisa de ovos de S. Mansoni e outros helmintos. Utilização


do Kit (quantitativo - OPG).

 MÉTODOS DE RICHIE:

O Método de Ritchie (1948) é uma metodologia eficiente para diagnóstico parasitário em


matrizes ambientais, porém apresenta como desvantagem o uso do éter etílico e
formaldeido, reagentes toxicológicos para a saúde ambiental e ocupacional. Utilizado na
pesquisa de cistos de protozoários.

 MÉTODO DE WILLIS:

Utilizado na pesquisa de ovos de helmintos. Tem como fundamento a flutuação de ovos de


helmintos e cistos de protozoários em uma solução saturada de NaCI em água a 30%. È
indicado na pesquisa de ovos de helmintos e cistos de protozoários. É um método ainda
usado, mas devido à alta possibilidade de contaminar todo o local de trabalho, deve ser
abandonado. Deveria ser imediatamente proibido em hospitais, mesmo se forem

12
empregadas fezes preservadas. É substituído em grandes vantagens, pelos outros métodos
de rotina (sedimentação e Ritchie).

 PESQUISA DE SANGUE OCULTO:

A presença de sangue oculto nas fezes geralmente é recomendada anualmente a partir dos
40 anos de idade, em associação ao exame de toque retal, e baseia-se na observação de
que pequenos sangramentos de tumores do cólon podem causar perda crônica de sangue
(em alguns casos provocando anemia por deficiência de ferro), sendo, portanto, bastante útil
como método de triagem do carcinoma colorretal. Pode ser derivado também do trato
gastrointestinal alto, bem como do intestino delgado e do cólon.

• SWAB ANAL PARA OXIÚROS

É usado para detectar a presença de oxiúros (enterobios vermiculares). Os oxiúros


são mais comuns em crianças que adultos. Frequentemente, contudo, se uma criança numa
família tem oxiúros, os outros membros da família serão infectados. Ovos de oxiúros são
normalmente encontrados em dobras da pele ao redor do ânus. Eles raramente aparecem
nas fezes.

3.3 Análise crítica mencionada no item anterior


É de tamanha importância que possamos aprender cada um desses métodos para
se tornar um profissional qualificado, responsável e seguro. O estágio proporciona para os
estagiários que possamos reaprender diversas vezes para que assim com prática e
persistência teremos o resultado esperado.

13
4. GARANTIA DA QUALIDADE

4.1. Boas práticas de laboratório: normas e rotinas existentes

 Cuidados com o paciente: caso haja contato com o paciente, sempre tratar com
cordialidade e respeito, ouvindo atentamente suas queixas e proporcionando o
suporte necessário.
 Cuidados com a amostra: cautela no manuseio de amostras, sempre utilizar EPIS
(luvas, jaleco, máscara, etc).
 Possíveis riscos para o profissional: riscos físicos, biológicos, ergonômicos,
mecânicos e químicos. Comparação da eficiência e possíveis erros nos exames
manuais para automatizados: atentar-se aos calibradores e pipetagem para evitar
erros analíticos.

Durante a rotina, deve-se manter atenção ao roteiro tendo-o sempre próximo a você.
Pode ser efetuada marcação com caneta sob cada item realizado do experimento de forma
a não se perder durante a execução. Ler sempre o roteiro antes de iniciar a prática e mesmo
antes das explicações do supervisor/professor.

Observar a localização do material e equipamentos de emergência (chuveiro, lava


olhos, etc). Não abrir qualquer recipiente antes de reconhecer seu conteúdo pelo rótulo. Não
tentar identificar um produto químico pelo odor e nem pelo sabor, e nem deixar de utilizar

 Os EPIS:

- Não adicionar água aos ácidos, e sim ácidos às águas.

- Sempre identificar o conteúdo presente nos frascos ou tubos utilizados no


experimento com caneta para vidros, facilitando seu descarte de forma adequada.

- Não utilizar sandálias, chinelos ou sapatos abertos e de salto dentro do laboratório.


Caso tenha cabelos longos, deve-se mantê-los presos e/ou utilizar uma touca.

14
- Sempre identificar o conteúdo presente nos frascos ou tubos utilizados no
experimento com caneta para vidros. Facilitando seu descarte adequado

- Sempre manter os solventes em recipientes adequados e devidamente tampado,


bem como materiais inflamáveis longe de fontes de calor (bico de Bunsen).

- Utilizar a capela sempre quando manipular algum reagente ou solvente que libere
vapores.

- Conhecer as propriedades tóxicas das substâncias químicas antes de empregá-las


pela primeira vez no laboratório. Caso haja dúvidas, deve-se sempre consultar
supervisor/professor.

4.2 Normas ligadas ao meio-ambiente e segurança: normas e


rotinas existentes

O laboratório deve implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde


(PGRSS) atendendo aos requisitos da RDC/ANVISA n° 306 de 07/12/2004, suas
atualizações, ou outro instrumento legal que venha substitui-la. O laboratório deve manter e
disponibilizar a todos os funcionários instruções escritas de biossegurança, contemplando
no mínimo: normas e conduta e segurança biológica, química, física, ocupacional e
ambiental; instruções de uso para os equipamentos de proteção individual (EPI) e de
proteção coletiva (EPC); procedimentos em caso de acidentes; manuseio e transporte de
material e amostra biológica.

O responsável técnico pelo laboratório deve documentar o nível de biossegurança dos


ambientes e/ou áreas, baseando-se nos equipamentos, microrganismos envolvidos
procedimentos realizados, adotando as medidas de segurança cabíveis. O laboratório deve
possuir instruções de limpeza, esterilização e desinfecção das superfícies, instalações,
equipamentos e materiais. Os saneantes e os produtos usados nos processos de limpeza e
desinfecção devem ser utilizados segundo as especificações do fabricante e estarem
regularizados com junto a ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente.

Deve ser identificado o nome do funcionário que efetuou a coleta ou que recebeu a amostra
de forma a garantir rastreabilidade. A amostra de paciente deve ser transportada e
preservada em recipiente isotérmico, higienizável, impermeável, garantindo a sua
estabilidade desde a coleta até a realização do exame, identificado com a simbologia de
risco biológico, com os dizeres "Espécimes para Diagnóstico" e com nome do laboratório
responsável pelo envio. As cópias dos laudos de análises bem como dados brutos devem
ser arquivados pelo prazo de 5 anos. O laboratório deve garantir a recuperação e

15
disponibilidade de seus registros críticos, de modo a permitir a rastreabilidade do laudo
liberado.

 RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC N° 306, DE 7 DE DEZEMBRO


DE 2004:

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de


saúde. O gerenciamento do RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão,
planejados e implementados a partir de bases cientificas, técnicas, normativas e legais, com
o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um
encaminhamento seguro de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a
preservação da saúde pública, dos recursos naturais do meio ambiente.

O gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos,


materiais e humanos envolvidos no manejo dos RSS.

Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de


Saúde -PGRSS, baseado nas características dos resíduos gerados e na classificação
constante do Apêndice I, estabelecendo as diretrizes de manejo dos RSS. O PGRSS a ser
elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta, transporte e
disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos
locais responsáveis por estas etapas.

 MANEJO: O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerência os resíduos


em seus aspectos intra e extra estabelecimento, desde a geração até a disposição
final, incluindo as seguintes etapas:
 SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua
geração, de acordo com as caraterísticas físicas, químicas, biológicas, o seu
estado físico e riscos envolvidos.
 ACONDICIONAMENTO - Consiste no ato de embalar s resíduos segregados, em
sacos ou recipientes que evitem vazamento e resistam às ações de punctura e
ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível
com a geração diária de cada tipo de resíduo.
 IDENTIFICAÇÃO - Consiste no conjunto de medidas de permite o reconhecimento
dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto
manejo dos RSS.
 TRANSPORTE INTERNO - Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de
geração até local destinado ao armazenamento temporário ou externo com a
finalidade de apresentação para a coleta.
 ARMAZENAMENTO TEMPORARIO - Consiste na guarda temporária dos
recipientes contendo resíduos já acondicionados, em locais próximos aos pontos
16
de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o
deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado a apresentação para
coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição
direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em
recipientes de acondicionamento.
 TRATAMENTO - Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que
modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou
eliminando o risco de contaminação de acidentes ocupacionais ou de dano ao
meio ambiente. O tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento
gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de
segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do
tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem
ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA n°.
237/1997 e são passiveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância
sanitária e de meio ambiente.
 ARMAZENAMENTO EXTERNO - Consiste na guarda dos recipientes de resíduos
até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso
facilitado para os veículos coletores.
 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS - Consistem na remoção dos RSS do
abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se técnicas que garanta a preservação das condições
de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores na população e no meio
ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza
urbana.
 DISPOSIÇÃO FINAL - Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente
preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e
operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA
n°. 237/1997.

17
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Gov.br. Ministério da Saúde. RESOLUÇÃO N° 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005.

Disponível em https:/lbvsms.saude.gov.br/bys/saudelegis/anvisa/2005/res0302_13_10_2005

Último acesso em 28 de abril de 2022

KASVI. Tubos de coleta a vácuo na análise de sangue: padrão de cores e benefícios.

Disponível em https:/#kasvi.com.br/tubos-de-coleta-vacuo-analise-sanque-cores-beneficios

Último acesso em 28 de abril de 2022

ANVISA. Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Boletim Brasileiro


de Avaliação de Tecnologias em Saúde, n. 6, p. 1-13, 2008

VALTER T. MOTTA. BIOQUÍMICA CLÍNICA PARA LABORATÓRIO: PRINCIPIOS E

INTERPRETAÇÕES. 5ª Edição 2009. Brochura. 382 Páginas.

AUTOLAC. Setores técnicos do laboratório de análises clinicas. Acesso em

https:/lautoclac.com.br/blog/setores-tecnicos-do-laboratorio-de-analises-clinicas. Último
acesso em 28 de abril de 2022

Gov.br Ministério da Saúde. LABORATÓRIOS CLÍNICOS E VIGILÂNCIA SANITÁRIA.

Acesso em https://lacen.saude.pr.gov.br/sites/lacen/arquivos. Último acesso em 28 de abril


de 2022

18
19

Você também pode gostar