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UNIDADE I

Bases Diagnósticas

Profa. MSc. Larissa Perez


Exames: urina

 Urinálise ou Urina I compreende análises física, química e microbiológica.

 Diagnóstico de doenças renais, do trato urinário e sistêmicas.

 Infecções, inflamatórios, metabólicos (diabetes mellitus), equilíbrio acidobásico.

Cuidados na fase pré-analítica: alguns fatores podem interferir nas características da urina
ao longo do dia:
 Alimentação.
 Atividade física.
 Medicamentos.

 Coletar preferencialmente pela manhã ou duas horas após


a última micção.
Tipos de coleta

 Coleta por micção espontânea: jato médio, higiene íntima.

 Coleta por cateterismo uretral: sondagem vesical de alívio.


 Amostra de urina 24 horas.
Fonte:
 Punção suprapúbica. https://www.50maissaude.com.br/sonda.uretr
al.pacote.com.20.unidades.embramed
 Coleta diretamente da sonda vesical de demora.

Fonte:
https://www.prolab.com.br/prod
Fonte: https://www.spdm.org.br/saude/galeria-de-videos/boas- utos/materiais-de-
praticas-procedimentos-de-enfermagem/item/1498-coleta-de- plastico/frasco-para-coleta-de-
urina-para-exames-de-pacientes-sondados urina-e-fezes/
Interpretação dos resultados

 Manuseio e transporte da amostra: 2 horas ou refrigerada (2 a 8 ºC).


 Urina 24 horas – clearance de creatinina: mede a taxa de filtração glomerular.
Urina I:
 Cor: amarelada.
 pH (5,5 – 6,5): pode alterar em desequilíbrios acidobásicos.
 Densidade (1010 – 1035 mmol/L): avalia a filtração glomerular e a hidratação do paciente.
 Proteínas: imperceptíveis.
 Glicose e corpos cetônicos: diabetes mellitus descompensada.
 Hemácias/hemoglobinas: devem estar ausentes.
 Nitritos: estão presentes em caso de bacteriúria.
 Leucócitos: inferiores a 10.000/mL.
 Cilindros: pielonefrite.
 Células epiteliais: pequena quantidade.
Exames: protoparasitológico de fezes (PPF)

 Parasitoses: principais fontes de contaminação do ser humano são a água e os alimentos


contaminados – oro-fecal.
 Profilaxia: saneamento básico, boas práticas de higiene pessoal e alimentar.

 Fatores predisponentes: migração humana de população de baixa renda, condições


ambientais, maior densidade populacional.
 Principais enteroparasitores: intestino delgado: Giardia, Ascaris, Ancylostoma; intestino
grosso: amebas; cérebro: cisticercose.

Fonte: Fonte: https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,mais-


http://www.minutobiomedicina.com.br/ da-metade-dos-municipios-nao-contam-com-politica-de-
postagens/2014/05/06/giardia-lamblia/ saneamento-basico,70002509137
Cuidados na fase pré-analítica

 Não há necessidade de preparo.


 São recomendadas três amostras coletadas em dias sequenciais ou alternados, em um
período máximo de dez dias.

Identificação dos frascos:

 Fezes líquidas devem ser coletadas diretamente no frasco.


 Conservação: temperatura ambiente.

 Análise: fezes líquidas (30 minutos); fezes pastosas (60


minutos); fezes com consistência normal (até 24 horas).

 Interpretação dos resultados (fase pós-analítica): identificação


do parasita.
Interatividade

Quando o paciente se encontra com diabetes mellitus descompensada, os rins podem sofrer
com a sobrecarga e a longo prazo apresentarem insuficiência. A(s) principal(ais) molécula(s)
filtrada(s) pelo glomérulo nesse caso é(são):

a) Nitritos.
b) Leucócitos.
c) Hemoglobina.
d) Glicose.
e) Cilindros.
Resposta

Quando o paciente se encontra com diabetes mellitus descompensada, os rins podem sofrer
com a sobrecarga e a longo prazo apresentarem insuficiência. A(s) principal(ais) molécula(s)
filtrada(s) pelo glomérulo nesse caso é(são):

a) Nitritos.
b) Leucócitos.
c) Hemoglobina.
d) Glicose.
e) Cilindros.
Hemograma completo: hematopoiese

 A medula óssea é a responsável pela produção das células sanguíneas (hemácias,


plaquetas e leucócitos).

 Todas se originam de uma célula progenitora, denominada célula-tronco, que se diferencia


em mieloide (dá origem às hemácias, às plaquetas, aos granulócitos e aos monócitos) e
linfoide (dá origem aos linfócitos T e B).

 Eritropoiese: significa produção de eritrócitos. É estimulada pelo hormônio eritropoietina


liberada pelos rins. Dá origem à hemácia. Carregadora de gases (O2 e CO2).

 Leucopoiese: produção de leucócitos. Divide-se em granulócitos


(neutrófilos, basófilos e eosinófilos), monócitos e linfócitos.

 Trombocitopoiese: produção de plaquetas estimulada pela


trombopoietina produzida no fígado.
Hemograma completo

O hemograma é dividido didaticamente em três partes:

 Eritrograma: avalia a contagem global de células vermelhas (hemácias, Hb, Ht e suas


características morfológicas).

 Leucograma: contagem do número de leucócitos por mm3 e sua contagem diferencial.

 Plaquetograma: avalia quantitativamente


o número de plaquetas e seu tamanho.
Neutrófilo Eosinófilo Basófilo

Fonte: adaptado de:


https://mundoeducacao.bol.uol.co
m.br/biologia/celulas-sangue.htm Linfócito Monócito
Hemograma completo

Parâmetros do eritrograma:
Parâmetros e aspectos morfológicos Definição
Eritrócitos Quantidade de eritrócitos por unidade de volume de sangue
Hemoglobina Quantidade de hemoglobina presente nos eritrócitos
Hematócrito Número de eritrócitos em um dado volume de sangue total
Volume corpuscular médio Volume médio ou tamanho de cada eritrócito
Hemoglobina corpuscular média Volume médio de hemoglobina em cada eritrócito
Concentração da hemoglobina corpuscular média Concentração de hemoglobina em um dado volume de eritrócito

Fonte: adaptado de: ZEITOUN, Sandra; MINAZAKI, Claudia


Kiyomi. Bases diagnósticas. São Paulo: Editora Sol, 2017.
Hemograma completo

Parâmetros do leucograma:
Parâmetros Contagem diferencial
Leucócitos 5.000 – 10.000/mm3
Neutrófilos 1.600 – 7.700/mm3
Bastões 180 – 300/mm3
Segmentados 3.250 – 5.000/mm3
Eosinófilos 0 – 300/mm3
Basófilos 0 – 200/mm3
Linfócitos 1.000 – 3.900/mm3
Monócitos 100 – 1.000/mm3
Fonte: adaptado de: ZEITOUN, Sandra; MINAZAKI, Claudia
Kiyomi. Bases diagnósticas. São Paulo: Editora Sol, 2017.
Cuidados na fase pré-analítica

 Primeiro cuidado importante antes da coleta de sangue: identificação do paciente, bem como
dados corretos de gênero e idade.

Registrar condições clínicas como:


 Atividade física: descansar 30 minutos antes da coleta.
 Jejum: não é necessário jejum para coleta de hemograma.
 Tabagismo: pode aumentar o número de hemácias e o VCM.
 Uso de drogas terapêuticas e álcool: podem ter efeito tóxico
sobre a hematopoiese e aumentar hemólise.

Fonte:
https://www.bemparana.com.br/noticia/ati
vidade-fisica-como-se-preparar-para-os-
exercicios-nas-estacoes-mais-
frias#.XcBi-6fOo0o
Cuidados durante a coleta

 Conferir identificação do paciente e do material a ser coletado.


 Orientar o procedimento para o paciente e a família.
 Higiene das mãos com água e sabão ou com álcool gel 70%.
 Avaliar rede venosa do paciente.
 Calçar óculos de proteção e depois luvas de procedimento.
 Posicionar corretamente o braço do paciente, inclinando-o para baixo, na altura do ombro.
 Se o garrote for usado para seleção preliminar da veia, pedir para
que o paciente abra e feche a mão. Afrouxar o torniquete
e esperar cerca de 2 minutos para usá-lo novamente.

Fonte:
https://www.cursosnewcare.com/events/punc
ao-venosa-e-coleta-de-sangue-38
Cuidados durante a coleta

 Fazer a antissepsia do local da punção com álcool etílico a 70% (em gaze ou algodão),
em movimento circular do centro para a periferia.
 Garrotear o braço do paciente por não mais de 1 minuto (idealmente até 30 segundos).
Isso evita hemoconcentração e falsos resultados nos parâmetros hematológicos.
 Fazer a punção (agulha com ângulo de 30º) com o bisel voltado para cima. Se necessário,
para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão, sem tocar o local onde
foi feita a antissepsia.
 Caso haja outros exames além do hemograma, inserir tubo a tubo na sequência
recomendada pelo Clinical and Laboratory Standards Institute.
 Retirar o garrote do braço do paciente.
 Para auxiliar a oclusão do local da venopunção, usar curativos
ou adesivos hipoalergênicos.
 A amostra deve ser coletada em tubo com EDTA:
anticoagulante que inibe a agregação plaquetária e mantém
a morfologia das células do sangue.
Interpretação dos resultados (fase pós-analítica)

 Eritrócitos diminuídos: perdas sanguíneas, anemias, eritropoiese prejudicada e hemodiluição.


 Eritrócitos aumentados: eritropoiese aumentada, hipóxia e hemoconcentração.

 Hematócrito diminuído: perda sanguínea aguda e hipervolemia.


 Hematócrito aumentado: hemoconcentração e aumento da produção de hemácias.

 Neutrofilia (aumento dos neutrófilos): infecções bacterianas, neoplasias e hemorragia aguda.


 Neutropenia (diminuição dos neutrófilos): infecções virais com depressão da medula óssea,
desnutrição, deficiência de ácido fólico/vit. B12, lúpus eritematoso e medicamentos.
Interpretação dos resultados (fase pós-analítica)

 Basofilia (aumento dos basófilos): leucemia, colite, nefrose e hipersensibilidade crônica.

 Eosinofilia (aumento dos eosinófilos): asma, anemia falciforme, parasitoses, alergias,


doenças autoimunes e inflamatórias.

 Eosinopenia (diminuição dos eosinófilos): estresse, lúpus eritematoso, ICC e mononucleose.

 Linfocitose (aumento dos linfócitos): infecções agudas virais, linfomas, LLC e LLA.

 Linfopenia (diminuição dos linfócitos): sepse, linfoma Hodgkin,


queimaduras, reações transfusionais, radiação e quimioterapia.

 Monocitose (diminuição dos monócitos): cirrose, infecções


bacterianas, virais e micóticas, linfomas, radiação e lúpus.
Interpretação dos resultados (fase pós-analítica)

 Trombocitose (aumento de plaquetas): aumento da trombopoietina e doenças inflamatórias.


 Trombocitopenia (diminuição de plaquetas): hipoproliferação na medula óssea,
quimioterapia, doença metastática, anemias e transfusões massivas.

 É importante que você saiba que os riscos envolvendo sangue ou outros líquidos orgânicos
potencialmente contaminados correspondem às exposições ocupacionais mais comumente
relatadas. Por isso, fique atento e siga as rígidas recomendações de precaução padrão.

Fonte:
https://www.goedert.com.br/
a-importancia-dos-epis-na-
area-odontologica/
Interatividade

O paciente se encontra com eritrócitos aumentados, plaquetas diminuídas e neutrófilos


diminuídos. Escolha a alternativa que descreve corretamente o nome técnico dessas
alterações, respectivamente:

a) Eritrograma, trombócitos e neutrofilia.


b) Eritrocitose, trombocitopenia e neutropenia.
c) Eritropenia, trombocitose e neutropenia.
d) Eritrócitos, plaquetas e leucócitos.
e) Eritrocitose, plaquetose e leucocitose.
Resposta

O paciente se encontra com eritrócitos aumentados, plaquetas diminuídas e neutrófilos


diminuídos. Escolha a alternativa que descreve corretamente o nome técnico dessas
alterações, respectivamente:

a) Eritrograma, trombócitos e neutrofilia.


b) Eritrocitose, trombocitopenia e neutropenia.
c) Eritropenia, trombocitose e neutropenia.
d) Eritrócitos, plaquetas e leucócitos.
e) Eritrocitose, plaquetose e leucocitose.
Exames bioquímicos: considerações gerais

A água total do organismo se distribui em dois grandes compartimentos:

 Líquido intracelular: corresponde, aproximadamente, a 40% do peso corporal de um adulto.


 Líquido extracelular: equivale a 20% do peso corporal e compreende dois
subcompartimentos, o intravascular (5% do peso corporal) e o intersticial
(15% do peso corporal).
 Existem inúmeras substâncias envolvidas na água, entre elas os eletrólitos que,
além de suas ações específicas, exercem pressão osmótica.

 O sódio é o íon mais importante do espaço extracelular,


e a manutenção do volume do líquido extracelular depende
do balanço de sódio.
Exames bioquímicos: sódio (Na)

 Íon extracelular mais abundante na corrente sanguínea (Na = 135 a 145 mEq/L) e tem papel
fundamental no equilíbrio hídrico do organismo.

 Hiponatremia: diminuição da concentração de Na no sangue. É considerado um distúrbio


hidroeletrolítico e requer internação.

 Pode apresentar-se como:


 Pseudo-hiponatremia (isotônica): osmolalidade sérica normal, não necessita de correção.

 Hiponatremia hipertônica: hiperosmolalidade no plasma por


outras substâncias (glicose) – translocação de água no intra
para o extracelular. Ex.: diurese osmótica.
 Hiponatremia hipotônica: hiposmolalidade, sendo necessária
avaliação da volemia.
Exames bioquímicos: sódio (Na)

 Hiponatremias agudas e graves costumam ser sintomáticas, podendo levar a crises


convulsivas (edema cerebral).

 O clínico deve procurar remover a causa: reverter a hipovolemia, suspender o medicamento


suspeito, interromper ingestão excessiva de água, repor um hormônio que esteja deficitário
(hipotireoidismo, insuficiência suprarrenal).

 Hipernatremia: é o aumento da concentração de sódio sérico.

 Desenvolve-se a partir de um ganho de sódio, pela perda de


água livre (desidratação) ou pela combinação desses fatores.
Está sempre associada à hiperosmolalidade plasmática.
Exames bioquímicos: sódio (Na)

Cuidados na fase pré-analítica:

 Certificar-se de que o paciente esteja em jejum de 4 horas para a coleta de sódio.


 Utilizar tubo com tampa amarela, contendo gel separador e ativador de coágulos.
 Não coletar após exercícios intensos.
 Não coletar do membro que o paciente estiver recebendo soroterapia.

Fase pós-analítica (interpretação dos resultados):

 Identificar se há valores aumentados ou diminuídos de Na,


equipe multiprofissional determina a causa, instituir tratamentos
prescritos e orientações.
Exames bioquímicos: potássio (K+)

 Principal cátion intracelular (K sérico = 3,5 a 4,5 mEq/L). Baixa concentração


no meio extracelular.

Fatores que regulam sua distribuição:

 Acidose: provoca saída do meio intra para o extracelular.


 Insulina: aumenta a entrada de K+ na célula. Glomérulo Cápsula de Bowman

 Aldosterona: reabsorve Na e excreta K+


no duto coletor renal.
Filtração

Fonte: adaptado de:


Excreção
https://www.biomedicinapa
drao.com.br/2013/12/ente Secreção
ndendo-o-que-e-filtracao-
reabsorcao.html Reabsorção
Exames bioquímicos: potássio (K+)

Cuidados na fase pré-analítica:

 certificar-se de que o paciente esteja em jejum de 4 horas para a coleta de sódio;


 utilizar tubo com tampa amarela, contendo gel separador;

 não coletar após exercícios intensos;


 não coletar do membro que o paciente estiver recebendo soroterapia.

Fase pós-analítica (interpretação dos resultados):

 Hiperpotassemia ou hipercalemia: lesão renal, pode causar


arritmias e PCR.
 Hipopotassemia ou hipocalemia: fraqueza
muscular e bradicardia.
Exames bioquímicos: cálcio (Ca+)

 Encontra-se em maior concentração nos ossos e em menor concentração no plasma


e no meio extracelular.
 Função: manter a integridade da membrana celular, condução dos estímulos cardíacos,
coagulação sanguínea e formação óssea.
 Cuidados na fase pré-analítica: jejum por, pelo menos, 4 horas, pois após a ingestão
de alimentos há uma redução de 5% do cálcio ionizado por aumento do pH
e da concentração proteica.
 Utilizar tubo contendo gel separador.
 O paciente deve estar relaxado e com frequência respiratória
normalizada por, pelo menos, 10 minutos.
 Manter a estabilidade postural por, pelo menos, 5 minutos antes
da coleta, sentado ou em pé.
 Em pacientes recebendo nitroprussiato de sódio, deve-se
considerar que essa droga origina tiocianato e cianeto, que se
combinam ao cálcio, gerando valores mais baixos.
Exames bioquímicos: cálcio (Ca+)

Fase pós-analítica (interpretação dos resultados):

 Referência (1,17 a 1,32 mg/dL).

 Hipercalcemia: dispepsia, constipação, anorexia, náusea


e vômito, poliúria, polidipsia e litíase renal, sonolência,
confusão e coma, hipertensão e bloqueio atrioventricular.
 Hipocalcemia: parestesia periférica e perioral, cãibras,
laringoespasmo, broncoespasmo e convulsão.

Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/biolo
gia/importancia-calcio-no-
organismo.htm
Exames bioquímicos: magnésio (Mg++)

 Segundo cátion mais prevalente no meio intracelular.

 Funções: essencial para a função enzimática, metabolismo energético celular, estabilização


de membranas, condução nervosa, transporte iônico e atividade dos canais de cálcio.

 Os rins são os principais órgãos envolvidos na homeostase do Mg++.

 Níveis séricos: 1,5 a 2,5 mEq/L, sendo sua regulação realizada por fatores hormonais e não
hormonais, como paratormônio, calcitonina, glucagon, vasopressina etc.
Exames bioquímicos: magnésio (Mg++)

Cuidados na fase pré-analítica:

 Jejum por, pelo menos, 4 horas.


 Utilizar tubo com gel separador.
 Não ter praticado exercícios vigorosos antes da coleta.

Fase pós-analítica (interpretação de resultados):

 Hipermagnesemia: náuseas, vômitos, reflexos tendinosos


abolidos, hipotensão, bradicardia e alterações do ECG.
 Hipomagnesemia: perdas gástricas e intestinais, tremores,
nistagmo, delírios, arritmias ventriculares, hipertensão
e distúrbios vasomotores.
Interatividade

Assinale a alternativa que descreve corretamente os principais sinais e sintomas do paciente


que apresenta hipercalemia (aumento dos níveis séricos de potássio):

a) Convulsões, náuseas, vômitos e mudanças no comportamento.


b) Balismo, nistagmo e sinal de Babinski.
c) Diarreia, náusea, vômito e complicações hepáticas.
d) Taquicardia, alterações no ECG e até parada cardíaca.
e) Lesão renal aguda, taquicardia e dor abdominal.
Resposta

Assinale a alternativa que descreve corretamente os principais sinais e sintomas do paciente


que apresenta hipercalemia (aumento dos níveis séricos de potássio):

a) Convulsões, náuseas, vômitos e mudanças no comportamento.


b) Balismo, nistagmo e sinal de Babinski.
c) Diarreia, náusea, vômito e complicações hepáticas.
d) Taquicardia, alterações no ECG e até parada cardíaca.
e) Lesão renal aguda, taquicardia e dor abdominal.
Exames microbiológicos

 Os exames microbiológicos têm como função identificar o foco e o agente agressor.

Para que isso ocorra, é fundamental que a amostra do material biológico seja coletada
e transportada adequadamente, caso contrário podem ocasionar falhas no isolamento
do agente etiológico e favorecer o desenvolvimento da flora contaminante, induzindo
a um tratamento não apropriado. Para isso:
 conhecer o processo infeccioso ajuda a determinar o período ideal da coleta da amostra;
 colher antes de iniciar a antibioticoterapia, sempre que possível;

 quantidade suficiente de material deve ser coletada


para permitir uma completa análise microbiológica;
 os swabs, quando utilizados, necessitarão ser confeccionados
com algodão alginatado e encaminhados ao laboratório em
meio de transporte ou em solução salina, mas nunca secos;
Exames microbiológicos

 existem microrganismos que exigem cultivos especiais, sendo fundamental informar


ao laboratório a suspeita do agente. Por exemplo: Campylobacter spp., entre outros;

 a origem da amostra/sítio deve ser informada para que


os meios de cultura sejam adequadamente selecionados;

 o frasco precisa ser encaminhado ao laboratório com


a correta identificação: nome completo e registro do paciente,
leito ou ambulatório de especialidade, material colhido, data,
hora e quem realizou a coleta.

Fonte:
https://enferjose.wordpress.com/20
11/06/06/hemocultura-quem-colhe/
Exames microbiológicos

Tempo crítico para entrega Amostra Tempo crítico Frascos e meio de transporte
da amostra ao laboratório: Líquor Imediatamente (não refrigerar) Tubo seco estéril
Líquido pleural Imediatamente (não refrigerar) Tubo seco estéril
Tubo seco estéril
Swab Imediatamente (não refrigerar) ou meio semissólido
(Stuart, Amies)
Feridas e tecidos 30 minutos Meio de transporte apropriado
Frascos com meios
Fonte: adaptado de: ZEITOUN, Sandra; Hemocultura 30 minutos (não refrigerar) de cultura para rotina
MINAZAKI, Claudia Kiyomi. Bases diagnósticas. manual ou automatizada
São Paulo: Editora Sol, 2017.
Trato respiratório 30 minutos Tubo seco estéril
Trato gastrintestinal 1 hora Tubo seco estéril
1 hora ou refrigerada
Urina Pote seco estéril
até 24 horas
Meio Cary Blair modificado
para transporte de fezes,
Fezes 12 horas com pH 8,4. Boa recuperação
também para Vibrio sp.
e Campylobacter sp.
Exames microbiológicos

 Hemocultura: infecções na corrente sanguínea.


 Recomendação do Clinical and Laboratory Institute é obter as amostras sem intervalo,
ou seja, simultaneamente.
 Dados experimentais mostram que as bactérias caem na corrente sanguínea em torno
de uma hora antes do início da febre – dois a três frascos (aeróbico e anaeróbico) – ideal.
 Volume: 20 a 30 mL, no adulto, e 1 a 5 mL, na criança.
 Antissepsia com clorexidine alcoólica.

 Urocultura: infecções do trato urinário (ITU).


 Coleta com antissepsia + jato médio (3 a 4 horas sem urinar,
não ingerir líquidos).
 Coleta com cateterismo uretral (1 a 2 horas sem urinar,
não ingerir líquidos).
Exames microbiológicos

 Líquor: doenças infecciosas, inflamatórias, vasculares, metabólicas e neoplásicas


que acometem o sistema nervoso central.
 Punção lombar ou suboccipital: riscos – TCLE – anestesia local – técnica asséptica.
 Posição sentado com pescoço fletido ou DL com flexão de pescoço e joelhos.

 Escarro: tuberculose – bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) ou Mycobacterium tuberculosis.


 Não coletar saliva, não escovar os dentes, somente limpar a boca com água pela manhã.
 Respirar fundo várias vezes e escarrar sem contaminar o frasco.

 Cultura tópica (swab): infecções prévias ou agudas – vaginal,


anal, respiratória, feridas etc.
 Em casos de feridas, umedecer o swab com SF 0,9%.
Exames imunológicos

Tipos de anticorpos:

 IgG: anticorpo de memória, neutralização de microrganismos e toxinas, e ativação do


linfócito B.
 IgM: ativação da via clássica do complemento – infecção aguda.
 IgA: imunidade mucosa – liberação nos lúmens do TGI e
respiratório – imunidade.
 IgE: citotoxicidade celular – hipersensibilidade (alergias).
 IgD: receptor de antígeno em células B virgens.

Fonte:
https://www.todamateria.
com.br/anticorpos/
Exames imunodiagnósticos

 Sorologias ou exames imunodiagnósticos pesquisam reações antígeno-anticorpos para


diagnóstico de doença infecciosa, distúrbios autoimunes, alergias e doença neoplásica.

Exemplos:
 Aglutinação: antígeno reage ao anticorpo correspondente – anticorpos treponêmicos – sífilis.
 Imunoensaio enzimático (EIA): utiliza enzimas – vírus da hepatite e HIV.
 Precipitação: precipitados – anticorpos fúngicos e intoxicação alimentar.
 Coleta de sangue: tubo com gel separador e ativador de coágulos.

Fatores que influenciam o resultado:


 janela imunológica;
 vacinas;
 história de infecção prévia pelo microrganismo;
 presença de outras doenças (câncer).
Interatividade

Escolha a alternativa que não corresponde a um cuidado para a coleta de exames


microbiológicos (culturas):

a) A hemocultura em crianças pode ter volume de 1 a 5 mL de sangue.


b) A urocultura pode ser coletada por jato médio ou cateterismo uretral.
c) Não contaminar o frasco antes da coleta de escarro.
d) Fazer antissepsia da pele com clorexidine alcoólica na pele antes da punção.
e) Iniciar a antibioticoterapia antes da coleta de hemocultura.
Resposta

Escolha a alternativa que não corresponde a um cuidado para a coleta de exames


microbiológicos (culturas):

a) A hemocultura em crianças pode ter volume de 1 a 5 mL de sangue.


b) A urocultura pode ser coletada por jato médio ou cateterismo uretral.
c) Não contaminar o frasco antes da coleta de escarro.
d) Fazer antissepsia da pele com clorexidine alcoólica na pele antes da punção.
e) Iniciar a antibioticoterapia antes da coleta de hemocultura.
ATÉ A PRÓXIMA!

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