Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES

RESIDÊNCIA MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

PLANO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL:


Manejo da dependência de álcool na Atenção Primária à Saúde

Trabalho realizado como requisito parcial para


obtenção de título na residência em Medicina de
Família e Comunidade-UNIMONTES.

Preceptora: Dra. Lilian Amaral Santos


Residente: Maria Clara Rodrigues Cardoso Soares

Montes Claros-MG
2°semestre-2022
PLANO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL (PDP) 
Instrumento-modelo para Elaboração 
Baseado em Rughani A. The GP's Guide to Personal Development Plans. Oxon, UK: Radcliffe
Medical Press; 2000. 
Nome: Maria Clara Rodrigues Cardoso Soares
Necessidade Educacional: Manejo da Síndrome da Dependência ao Álcool na APS
Qual o tópico no qual necessito me desenvolver? 
Auxílio ao paciente na cessação do uso de álcool  
Como foi estabelecida esta necessidade? 
Por meio de consultas médicas e visitas domiciliares em área do Morrinhos I. Há grande
demanda de pacientes portadores de dependência química, especialmente, do álcool.
Qual a meta de meu aprendizado neste tópico? 
Conhecer as cartilhas, protocolos e atualizações sobre cuidado do paciente portador da
Síndrome da Dependência ao Álcool.
Quais são meus objetivos específicos que pretendo atingir? 
1. Definir o conceito de alcoolismo/dependência ao álcool
2. Revisar os critérios diagnósticos da dependência ao álcool
3. Relembrar a aplicação da escala CAGE
4. Aprender as morbidades clínicas e psiquiátricas mais comuns associadas ao álcool
5. Relembrar as principais terapias disponíveis para tratamento de alcoolismo

Como pretendo atingir estes objetivos? 


1. Revisar a literatura disponível. 
2. Contatar médicos especialistas no assunto. 
3. Estabelecer consultas periódicas com dependentes do álcool
Como avaliarei meu plano de desenvolvimento? 
Acompanhar pacientes dependentes de álcool e avaliar terapias instituídas.
Como demonstrarei que cumpri meu plano? 
1. Colocarei em prática com meus pacientes os conhecimentos adquiridos
2. Revisarei sempre que necessário a literatura e anotações realizadas

Qual é meu prazo? 


Oito semanas.

1) INTRODUÇÃO

Alcoolismo é a Síndrome de Dependência do indivíduo ao Álcool (SDA), uma


doença crônica, recorrente, com muitas recidivas ¹, se mostrando como um transtorno que é
constituído ao longo da vida. Envolve fatores biológicos e ambientais como por exemplo o
contexto e valor cultural do álcool em que o individuo está inserido. O álcool é a droga mais
consumida no mundo seja do uso social ao patológico.² Quase 3% da população brasileira
acima de 15 anos de idade é considerada alcoólatra, segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS)¹.
O alcoolismo é considerado um grave problema de saúde pública, sendo um dos
transtornos mentais mais prevalentes na comunidade, causando prejuízos fisiológicos,
cognitivos, sociais, laborais, familiares, econômicos, sendo frequentemente associados às
situações diversas de violência.³ Na Síndrome de Dependência ao Álcool o uso da substância
alcança um espaço de prioridade na vida do indivíduo e as demais atividades passam a ser
secundárias.⁴
De modo geral, os pacientes portadores de alcoolismo procuram a Unidade Básica
de Saúde queixando outros problemas de saúde, muitos deles relacionados ao uso abusivo de
álcool, sendo os profissionais da Atenção Primária a Saúde os mais indicados a identificar
precocemente o transtorno e realizar intervenções.³

2) DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA ALCOÓLICA

De com a OMS, por meio da CID 10, para o diagnóstico de Síndrome de


Dependência de Álcool devem existir ao menos quatro sintomas: (1) “craving” - necessidade ou
urgência para beber; (2) perda do controle - uma vez que começa, não consegue parar de beber;
(3) tolerância - necessidade de beber quantidades maiores para obter o mesmo efeito e (4)
dependência física - sintomas de abstinência ¹
A Organização Mundial de Saúde considera um consumo máximo de 21 unidades
de álcool por semana para homens e de 14 unidades de álcool para mulheres. Também é
possível identificar o bebedor excessivo episódico, aquele que em uma única ocasião consume
mais da metade do número recomendado de unidades de álcool por semana. É importante
lembrar que muitas pessoas podem ter problemas relacionados ao uso de álcool sem preencher
critérios diagnósticos para o uso nocivo. ⁸
Bebedor excessivo: mais de 21 unidades/semana para homens e mais de 10
unidades/semana para mulheres

Bebedor excessivo episódico: superior a 10 unidades para homens e superior a 7


unidades para mulheres.

BEBIDA MEDIDA VOLUME UNIDADES


Cerveja 1 lata 350ml 1.7
Vinho 1 cálice 90ml 1.1
Destilados 1 dose 35ml 2

TABELA 1 Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ, organizadores. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária
baseada em evidências. 3a Ed. Porto Alegre: Artmed Editora; 2004.

O DSM 5 por sua vez sugere os seguintes critérios diagnósticos e classificação entre
dependência leve, moderada e grave ⁶

Critérios Diagnósticos DSM 5

Um padrão problemático de uso de álcool, levando a comprometimento ou


sofrimento clinicamente significativos, manifestado por, pelo menos, dois dos seguintes
critérios, ocorrendo durante um período de 12 meses:

1. Álcool é frequentemente consumido em maiores quantidades ou por um período


mais longo do que o pretendido.
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido de reduzir ou
controlar o uso de álcool.
3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção de álcool, na
utilização de álcool ou na recuperação de seus efeitos.
4. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar álcool.
5. Uso recorrente de álcool, resultando no fracasso em desempenhar papéis
importantes no trabalho, na escola ou em casa. 6. Uso continuado de álcool, apesar de
problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados por seus
efeitos.
7. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais são abandonadas ou
reduzidas em virtude do uso de álcool.
8. Uso recorrente de álcool em situações nas quais isso representa perigo para a
integridade física.
9. O uso de álcool é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou
psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pelo álcool.
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos: a. Necessidade de
quantidades progressivamente maiores de álcool para alcançar a intoxicação ou o efeito
desejado. b. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da mesma quantidade de
álcool.
11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes aspectos: a. Síndrome
de abstinência característica de álcool b. Álcool (ou uma substância estreitamente relacionada,
como benzodiazepínicos) é consumido para aliviar ou evitar os sintomas de abstinência.
Especificar a gravidade atual: Leve: Presença de 2 ou 3 sintomas. Moderada:
Presença de 4 ou 5 sintomas. Grave: Presença de 6 ou mais sintomas
FONTE: DSM 5

3) QUESTIONÁRIO CAGE

O questionário CAGE (acrônimo referente às suas quatro perguntas- Cut down,


Annoyed by criticism, Guilty e Eye-opener) é utilizado com um ponto de corte de duas
respostas afirmativas sugerindo screening positivo para abuso ou dependência de álcool. . Por
ser composto perguntas de fácil memorização, pode ser uma alternativa fácil, rápida e pouco
intimidativa.⁷

O questionário consiste das seguintes perguntas:

1. Você já tentou diminuir ou cortar ("Cut down") a bebida?


2. Você já ficou incomodado ou irritado ("Annoyed") com outros porque
criticaram seu jeito de beber?
3. Você já se sentiu culpado ("Guilty") por causa do seu jeito de beber?
4. Você já teve que beber para aliviar os nervos ou reduzir os efeitos de uma
ressaca ("Eye-opener")?

Resultado: Se duas ou mais questões foram respondidas afirmativamente, procurar


um profissional de saúde para conversar sobre seu modo de consumo. ⁷
4) MORBIDADES CLÍNICAS E PSÍQUICAS RELACIONADAS AO ÁLCOOL

O álcool é fator causal de cerca de 60 doenças e contribui como cofator em outras


200 doenças. As principais complicações clínicas do uso abusivo de etanol são
• Fígado: esteatose hepática, hepatite alcoólica, cirrose hepática e risco para
carcinoma hepatocelular.
• Pâncreas: pancreatite crônica, risco para adenocarcinoma pancreático.
• Vias aéreas superiores: risco para carcinoma epidermoide.
• Esôfago: esofagite de refluxo, risco para câncer de esôfago.
• Estômago: gastrite erosiva, risco para adenocarcinoma gástrico.
• Intestino: diarreia crônica.
• Cardiovascular: miocardiopatia dilatada alcoólica, arritmias cardíacas, hipertensão
arterial, risco para insuficiência coronariana.
• Dermatológico: pelagra, risco para infecções fúngicas.
• Sistema nervoso central e periférico: síndrome de Wernike-Korsakoff,
polineuropatia periférica motora e sensitiva, disfunção autonômica, síndrome cerebelar.
• Psiquiátrico: depressão, ansiedade, sintomas psicóticos (como complicações do
alcoolismo). As doenças psiquiátricas também podem ser causa de uso abusivo de etanol.
• Endocrinológico: infertilidade masculina e feminina, diminuição de hormônios
masculinos e femininos, acarretando impotência sexual e alterações no ciclo menstrual.
• Infectologia: o álcool é imunodepressor e fator de risco para infecções bacterianas
(pneumonia, tuberculose) e virais (hepatites B e C, HIV). ⁸

Diante dos dados expostos, é necessária a não rotulação do paciente como alcoólatra
pelo profissional de saúde da atenção primária para evitar afastá-lo do atendimento. Uma
postura empática que esclareça para o paciente sobre os problemas de saúde decorrentes do
álcool, alertando-o a respeito das complicações possíveis. Dessa forma o profissional de saúde
deve motivar a mudança de comportamento em relação a saúde e demonstrar disposição e
capacidade para ajudá-lo a modificar o uso. ⁹

5) ABORDAGEM DO PACIENTE ALCOOLISTA E TRATAMENTO


A primeira parte do processo consiste em compreender o padrão de uso do álcool do
paciente, influências sociais e psicológicas que o fariam beber, se o uso é rígido ou
estereotipado. É importante entender a experiência vivida pelo usuário, se verdadeiramente
existe perda de controle ou se existe a decisão em não exercer o controle do uso. Outro item
necessário para completo entendimento é esclarecer se existe a presença de tolerância –quando
o paciente, apesar de o uso, consegue exercer atividades diárias mesmo que com prejuízo do
desempenho. Ademais, necessita-se da informação se ocorre a presença de sinais e sintomas
físicos e psíquicos que aparecem em decorrência da diminuição ou interrupção do uso do
álcool. ⁵
A determinação do padrão de uso auxiliará a determinar se o paciente possui
condições de tratamento ambulatorial ou necessidade de internação hospitalar.⁵ Em pacientes de
uso leve/moderado poderá ser aplicada ambulatorialmente na APS a técnica de “Intervenção
Breve”, que consiste em uma estratégia de motivação para a mudança de comportamentos de
saúde, envolvendo ação com equipe multidisciplinar. Todos os profissionais são importantes
nesse processo e podem auxiliar (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, odontólogos,
assistentes sociais, psicólogos, agentes comunitários de saúde). A organização do serviço é
necessária para que o alcoolista seja acolhido e possa ter continuidade no tratamento. O
encaminhamento complementar para serviços especializados como CAPS-AD deve ser
considerado. ⁹

5.1) Tratamento não farmacológico

O profissional, além do tratamento farmacológico, deve também construir junto com


o paciente um plano de cuidado com metas bem estabelecidas e aconselhamentos focados em
mudança comportamental. Grupos de apoio mútuo a pacientes dependentes de álcool também
mostram benefícios.⁹
O envolvimento da família, se possível, também deve ser um auxílio. As
intervenções psicossociais associadas ao tratamento farmacológico possui resultados mais
efetivos. Faz-se necessário também tratar comorbidades clínicas e psiquiátricas sejam elas
causas ou consequências do consumo em excesso do álcool. ¹⁰

5.2) Farmacoterapia
As opções para tratamento farmacológico dividem-se em: (A) medicamentos para
Síndrome da Dependência Alcoólica (SDA) e (B) medicamentos para Síndrome da Abstinência
Alcoólica (SAA). ¹¹
São considerados medicamentos de primeira linha para Síndrome da Dependência
Alcoólica (1) Dissulfiram (2) Naltrexona (3) Topiramato.
São considerados medicamentos de primeira linha para Síndrome da Abstinência
Alcoólica (1) Diazepam e reposição vitamínica para postergar os prejuízos da síndrome de
Wernick-Korsakoff sendo indicada (2) Tiamina ¹²

A) Síndrome Da Dependência Alcoólica (SDA)

A.1) Dissulfiram (DSF)

O medicamento age no metabolismo hepático do álcool, levando a um acúmulo no


organismo da substância acetaldeído, quando o álcool é ingerido. O acúmulo dessa substância
causa a reação conhecida como “efeito antabuse”, que é caracterizado por: rubor facial,
cefaleia, precordialgia, vômitos, sudoreses e cansaço. O maior cuidado é quando a quantidade
de álcool ingerida é grande e a reação pode evoluir para: visão borrada, confusão mental,
rebaixamento do nível de consciência e nos casos mais graves, coma e morte. ¹³
Portanto, o DSF age pelo conhecimento do paciente das reações ao ato de beber e
pela diminuição do prazer ao uso do álcool.
Apesar dos riscos, o DSF ainda pode ser utilizado para tratamento da SDA com
extrema cautela e em grupos específicos de pacientes, como aqueles com estabilidade social,
motivação para mudança, frequentadores de grupos de apoio, que realizam acompanhamento
frequente e com cognição preservada. ¹²
O paciente deve estar há pelo menos 12 horas sem ingestão de álcool. A dosagem
inicial diária é de 250 a 500 mg nas primeiras duas semanas. A partir da terceira semana, a
dosagem diária, de manutenção, pode ser de 250 mg. Pode ser realizada administração
supervisionada, sendo a Unidade de Saúde onde o usuário é acompanhado a realizá-la. ¹³

A.2) Naltrexona

A Naltrexona é um antagonista dos receptores opioides, o que impede que opioides


exógenos se liguem a eles e reduz os efeitos prazerosos do consumo da bebida alcoólica.
A dose oral recomendada inicial é de 50 mg ao dia ou 100 mg as segundas e
quartas-feiras e 150 mg nas sextas-feiras. ¹³

A.3) Topiramato

O efeito terapêutico do topiramato em melhorar desfechos com relação ao beber


provavelmente deve-se à diversidade de ação farmacológica da medicação (envolvimento na
modulação das vias glutamatérgicas e gabaérgicas no sistema de recompensa cerebral),
reduzindo assim o impulso. ¹²
O topiramato tem apresentações em comprimidos de 25, 50, 100, 200, 300 ou 400
mg ou cápsulas de 15, 25 e 50 mg. A sugestão é iniciar com 25 mg/dia e aumentar de forma
lenta em 3 a 8 semanas até no máximo 400 mg/dia. ¹²

B) Síndrome da Abstinência Alcoólica

B.1) Diazepam

A dose oral recomendada é de 10 mg de 12/12 h via oral (VO) por dia, com retirada
gradual ao longo de uma semana.

B.2) Reposição vitamínica

A terapia indicada é com tiamina intramuscular, nos primeiros 7-15 dias; após esse
período a via é oral em doses de 300 mg/dia de tiamina são recomendadas

6) CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante desse trabalho foi possível observar que o alcoolismo é um grave problema
de saúde pública, revelando-se um transtorno frequente na atenção primaria.
Mostra-se essencial a capacitação multidisciplinar para o acolhimento do paciente
alcoolista na Unidade Básica de saúde e conhecimento do médico de saúde da família a respeito
das terapias disponíveis.

7) REFERÊNCIAS
¹ Laranjeira R, Pinsky I, Zaleski M, Caetano R. I Levantamento nacional sobre os padrões de
consumo de álcool na população brasileira. Brasília: Secretaria Nacional Antidrogas; 2007.
² Laranjeira R, Nicastri S. Abuso e dependência de álcool e drogas. In: Almeida O, Dractu L,
Laranjeira R, Manual de psiquiatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996.
³ Carlini EA, Galduroz JCE, Noto AR, Nappo SA. I Levantamento Domiciliar sobre o uso de
drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo 107 maiores cidades do país 2001. São
Paulo: UNIFESP, 2002.
⁴ Room R, Graham K, Rehm J. Drinking and Its Burden in a Global Perspective: Policy
Considerations and Opitions. Eur Addict Res 2003 
⁵ Kaplan, H.I. Transtornos relacionados a substâncias. In Kaplan, H.I., Sadock, B.J., Grebb, J.A.
eds. Compęndio de Psiquiatria-Cięncias do comportamento e Psiquiatria Clínica. 7a ed. Porto
Alegre, Artes Médicas, 1997
⁶ American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014
⁷ Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ, organizadores. Medicina ambulatorial: condutas de
atenção primária baseada em evidências. 3a Ed. Porto Alegre: Artmed Editora; 2004.
⁸ Brasil.Ministério da Saúde.Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 35),Brasília; 2014
⁹ SUPERA – Sistema para detecção do uso abusivo e dependência de substâncias
psicoativas: encaminhamento, intervenção breve, reinserção social e
acompanhamento. Vol. 3 e 3. Brasília: Secretaria Nacional Antidrogas; 2006
¹ ⁰ Anton R F, O’Malley S S, Ciraulo D A, et al. Combined pharmacotherapies and
behavioral interventions for alcohol dependence: the COMBINE study: a
randomized controlled trial. JAMA. 2006 
¹¹  Focchi GRA, Leite MC, Laranjeira R e Andrade AG. Dependência Química. Novos Modelos
de Tratamento. IN: Abuso e Dependência do Álcool- Diagnóstico e Tratamento Farmacológico.
Ed. Roca, 1ª ed, 2001.
¹² Cordioli A V et al. Psicofármacos: consulta rápida. 4 ed. Porto Alegre: Artmed,
2011. 841 p.
¹³ Andrade AG e Cruz MS. Alcoolismo: recursos terapêuticos e agentes
farmacológicos promissores. J Bras Psiquiatr 2005;

Você também pode gostar