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Quando assim é o pedido de ajuda , por quem quer que seja, será o quebrar

da dor e da solidão. A intervenção adequada, tanto por familiares e técnicos


habilitados, levam a que a ponte se consiga fazer e a esperança possa
surgir. É possível interromper o processo destrutivo que o alcoolismo tem na
vida do alcoólico.

Se nos estás a visitar é porque sabes que sozinho não és capaz. Entra em
contacto com os nossos serviços, teremos todo o gosto e interesse em
esclarecer qualquer dúvida.

Fornecemos também um acompanhamento personalizado a cada família


(ProgramaFamiliar). Este programa permite o esclarecimento de todas as
dúvidas em relação á problemática e uma nova noção de limites saudáveis.
Desta forma o tratamento do paciente fica fortalecido. O envolvimento de
familiares e amigos, sempre que possível, é importante neste processo de
mudança que passará a ser comum entre estes.

O tratamento de alcoolismo dá-se ao longo de vários passos. Uma vez que a


abstinência pode provocar vários problemas de saúde, a desintoxicação deve
ser cuidadosamente acompanhada e pode ser necessário o uso de medicação,
como a benzodiazepina. As pessoas com alcoolismo têm, por vezes, outras
dependências, entre as quais a dependência de benzodiazepina, o que pode
complicar este passo.Após a desintoxicação, é frequente recorrer-se
a terapiadegrupo ou grupos de autoajuda que auxiliam a pessoa a manter-se
sóbria.Em comparação com os homens, as mulheres são mais sensíveis aos
efeitos físicos, cerebrais e psicológicos do álcool.
Em 1979, um painel de especialistas
da OrganizaçãoMundialdeSaúde desencorajou o uso do termo "alcoolismo"
em medicina, dando preferência à categoria "síndrome de dependência do
álcool". No século XIX e início do século XX, a dependência do álcool era
geralmente designada dipsomania, embora esse termo tenha agora um
significado muito mais específico.A OMS estima que haja em todo o mundo
140 milhões de pessoas com alcoolismo.

Características
Além dos prejuízos na vida académica, profissional, social e familiar, o abuso
de álcool por tempo prolongado pode causar cancro na cavidade
oral, esófago, faringe, fígado e/ou vesícula
biliar; hepatite, cirrose, gastrite, úlcera, danos
cerebrais, desnutrição, problemas cardíacos, problemas de pressão arterial,
além de transtornospsicológicos. Durante a gestação, causa má-
formaçãofetal.
Apesar de o abuso do álcool ser um pré-requisito para o que é definido como
alcoolismo, o seu mecanismo biológico ainda é incerto. Para a maioria das
pessoas, o consumo de álcool gera pouco ou nenhum risco de se tornar
um vício. Outros fatores geralmente contribuem para que o uso de álcool se
transforme em alcoolismo. Esses fatores podem incluir o ambiente social e
cultural, a saúde psicológica e a predisposição genética.

Mecanismo
O consumo excessivo de álcool leva a uma degradação
do etanol em etanal pelo fígado, fato que consome NAD+ formando NADH.
Na segunda reação para a formação de acetato também há consumo de
NAD+ e formação de NADH, dessa forma o ciclo de Krebs (dependente de
NAD+) é diminuído pela falta de NAD+, aumentando portanto
o metabolismo anaeróbico das células, o que irá produzir mais ácido lático no
organismo. Esse excesso de ácido lático no organismo compete com a
excreção de urato contribuindo para o aumento de ácido úrico no sangue, o
qual irá precipitar em articulações gerando uma doença conhecida
como gota.
O conjunto de efeitos fisiológicos sentidos após excessivo consumo de
álcool é conhecido como veisalgia, popularmente chamada de "ressaca".

Álcool no sangue

Álcool no sangue

Álcool no sangue
Estados Sintomas
(gramas/litro)

0,1 a 0,3 Sobriedade Nenhuma influência aparente

Perda de eficiência, diminuição da


0,3 a 0,9 Euforia
atenção, julgamento e controle

Instabilidade das emoções,


0,9 a 1,8 Excitação descoordenação muscular. Menor
inibição. Perda do julgamento crítico

Vertigens, desequilíbrio, dificuldade


1,8 a 2,7 Confusão
na fala e distúrbios da sensação.

Apatia e inércia geral. Vômitos,


2,7 a 4,0 Estupor
incontinência urinária e fezes.

4,0 a 5,0 Coma Inconsciência, anestesia. Morte

Acima de 5,0 Morte Paradarespiratória

Observações: Em média, 45 gramas de etanol (120 ml de aguardente), com


estômago vazio, fazem o sangue ter concentração de 0,6 a 1,0 grama por
litro; após refeição a concentração é de 0,3 a 0,5 grama por litro. Um
conteúdo igual de etanol, sob a forma de cerveja (1,2 litros), resulta 0,4 a
0,5 gramas de etanol por litro de
sangue, com estômago vazio e 0,2 a
0,3 gramas por litro, após uma
refeição mista.

Diagnóstico

Sileno bebedor", pintura do século XVII de Anthony van Dyck. Problemas


familiares, sociais, profissionais, acadêmicos ou legais são os principais
sintomas usados no diagnóstico de abuso de substância segundo o DSM-IV.

Um diagnóstico de dependência pela classificação internacional de doenças-


10 pode ser feito somente se três ou mais dos seguintes requisitos
houverem sido experimentados ou exibidos em algum momento durante um
período de 12 meses: Um forte desejo ou senso de compulsão para consumir
a substância;Dificuldades em controlar o comportamento de consumir a
substância em termos de seu início, término ou níveis de consumo;Um estado
de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi
reduzido, como evidenciado pela síndrome de abstinência característica
para a substância ou o uso da mesma substância (ou de uma intimamente
relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de
abstinência;Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da
substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente
produzidos por doses mais baixas;Abandono progressivo de prazeres ou
interesses alternativos em favor da substância psicoativa, aumento da
quantidade de tempo necessário para obter ou tomar a substância ou para
se recuperar de seus efeitos;Persistência no uso da substância, a despeito
de evidência clara de consequências manifestamente nocivas, tais como dano
ao fígado por consumo excessivo de bebidas alcoólicas, estados de
humor depressivos consequentes a períodos de consumo excessivo da
substância ou comprometimento do funcionamento cognitivo relacionado à
droga; deve-se fazer esforços para determinar se o usuário estava
realmente (ou se poderia esperar que estivesse) consciente da natureza e
extensão do dano.
Definição

Muitos termos são aplicados para se referir a uma pessoa alcoólica e ao


alcoolismo. Existe muita controvérsia a esse respeito, entretanto é
consenso que:O alcoolismo pode levar à morte.O alcoolismo é uma doença,
um transtorno psicológico sério, que precisa de tratamento
multiprofissional.O alcoólico pode apresentar prejuízos relacionados com o
uso de álcool em todas as áreas da vida (prejuízos físicos, mentais, morais,
profissionais, sociais, entre outros).O alcoólico perde a capacidade de
controlar uma quantidade de bebida que ingere, uma vez que vence uma
ingestão. Abuso, uso pesado, vício e dependência são todos rótulos comuns
usados para descrever os hábitos de consumo, mas o real significado dessas
palavras muito podem variar, dependendo do contexto em que são usadas.
Mesmo dentro da área de saúde especializada, uma definição pode variar
entre as áreas de especialização. Muitas vezes, a política e a religião ainda
confundem o problema e agravam uma ambiguidade.

"A progressão do bêbado", litografia de 1846 de Nathaniel Currier. O


álcool reforça positivamente ao dar prazer físico e ajudar na socialização e
reforça negativamente quando diminui a percepção de dor e angústia.

"Uso" refere-se ao simples uso de uma substância. Uma pessoa que bebe
qualquer bebida alcoólica está usando álcool.

"Desvio", "problemas com uso" e "uso pesado" são termos que sugerem que o
consumo de álcool tem causado problemas psicológicos, físicos, sociais, ou
seja, prejuízos ao bebedor. Os danos sociais e morais são altamente
subjetivos e, portanto, diferem de indivíduo para indivíduo, o que dificulta a
identificação desses usuários.

A expressão "abuso de substâncias" tem uma variedade de significados


possíveis. No campo da saúde mental, o uso do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais-IV por psicólogos e psiquiatras traz
uma definição específica, que envolve um conjunto de circunstâncias da vida
que acontecem por causa do uso da substância. No direito, o abuso é
frequentemente usado para se referir ao uso ilegal de qualquer substância.
Dentro do vasto campo da medicina, o abuso, por vezes, refere-se ao uso de
medicamentos prescritos em excesso da dose prescrita ou a utilização de
um medicamento que exige prescrição médica sem receita. Dentro da
religião, o abuso pode se referir a qualquer uso de uma substância
considerada inadequada. O termo, algumas vezes, é evitado por profissionais
pela variabilidade em sua definição.

A dependência é simultânea à tolerância, ou seja, a necessidade de doses


cada vez maiores para obter o mesmo efeito. A dependência será tanto mais
intensa quanto mais intenso for o grau de tolerância ao álcool. O diagnóstico
de dependência de álcool não necessariamente indica uma presença
de dependênciafísica, ela pode ser apenas psicológica e estar associada com
influência de amigos e família ou com poucas habilidades sociais.
Dependência está associada a dificuldade em resistir a uma substância.

A definição precisa de vício é debatida, mas, em geral, se refere a qualquer


condição que faz uma pessoa continuar a demonstrar comportamentos
nocivos mesmo sofrendo prejuízos sociais, profissionais e pessoais. Pode ser
causado por dependência física e psicológica.

Remissão é, segundo a AssociaçãoPsiquiátricaAmericana, uma condição em


que os sintomas físicos e mentais do alcoolismo não estão mais evidentes. A
remissão pode ser parcial, quando breve, ou persistente, quando dura mais
de um ano. Outros (principalmente AlcoólicosAnônimos) usam o termo
"recuperação" para descrever aqueles que cessaram completamente o
consumo de álcool.

Tratamento
Os tratamentos para o alcoolismo são bastante variados porque existem
múltiplas perspectivas para essa condição. Aqueles que possuem um
alcoolismo que se aproxima de uma condição médica ou doença são
recomendados a se tratar de modo diferente dos que se aproximam desta
condição como uma escolha social. Não se deve confundir o tratamento do
alcoolismo com o tratamento apenas da síndrome de abstinência. O
tratamento do alcoolismo é complexo, multiprofissional e longo, dependendo
da persistência do paciente e de sua rede social de apoio para o processo de
cura.
A maioria dos tratamentos busca ajudar as pessoas a diminuir o consumo de
álcool, seguido por um treinamento de vida ou suporte social de modo que
ajude a pessoa a resistir ao retorno do uso de álcool. Como o alcoolismo
envolve múltiplos fatores que incentivam a pessoa a continuar a beber,
todos estes fatores devem ser suprimidos para que se previnam com
sucesso os casos de recaídas. Um exemplo para este tipo de tratamento é a
desintoxicação seguida por uma combinação de terapia de suporte,
atendimento em grupos de autoajuda, etc. A maioria dos tratamentos
geralmente preferem uma abstinência de tolerância zero; entretanto,
alguns preferem uma abordagem de redução de consumo progessiva.

A efetividade dos tratamentos para o alcoolismo varia amplamente. Quando


considerada a eficácia das opções de tratamento, deve-se considerar a taxa
de sucesso daquelas pessoas que entraram no programa, não somente
aqueles que o completaram. Como o término do programa é a qualificação
para o sucesso, o sucesso entre as pessoas que completam um programa é
geralmente perto de 100%. Também é importante se considerar não
somente a taxa daqueles que atingiram os objetivos do tratamento, mas
também a taxa daqueles que tiveram recaídas. Os resultados também devem
ser comparados com a taxa aproximada de 5% de pessoas que abandonam os
programas por conta própria.
A desintoxicação trata os efeitos físicos do uso prolongado do álcool, mas
na verdade não trata o alcoolismo. Após a desintoxicação estiver completa,
as recaídas são propensas de ocorrer se não houver um tratamento
subsequente. A desintoxicação pode ou não ser necessária dependendo da
idade, estado de saúde e histórico de ingestão de álcool da pessoa. Por
exemplo, um homem jovem que quando consome álcool o faz em quantidades
excessivas em um curto período de tempo, e busca tratamento uma semana
após seu último uso de álcool, pode não precisar de desintoxicação antes de
iniciar o tratamento para o alcoolismo.
Em 4 de dezembro de 2016, foi encontrado um gene que controla a produção
de hormônios no instestino e no fígado, o nome do gene é o Klotho,
responsável pelo controle do consumo de bebidas alcoólicas e doces, o que
pode ser um indício de uma nova forma de tratar o alcoolismo.

Psicoterapia
Após a desintoxicação, diversas formas
de terapiaemgrupo ou psicoterapia podem ser usadas para lidar com os
aspectos psicológicos subconscientes que são relacionados à doença do
alcoolismo, assim como proporcionar a aquisição de habilidades de prevenção
às recaídas como assertividade e técnicas de relaxamento mais saudáveis.
O terapia cognitivo comportamental é feita individualmente, mas pode
convidar familiares e amigos para participar caso o paciente aceite, e tem
como objetivos :Desenvolver aprendizagem e prática de novos
comportamentos substitutos para o comportamento de beber através de
treinamento de habilidades intrapessoais (auto-identificação) e
interpessoais (sociais);Ensinar estratégias de enfrentamento que podem ser
usadas para lidar com situações de alto risco (internas e externas) que
poderiam levar ao vício;Estabelecer estratégias gerais de mudanças no
estilo de vida que ajudem o paciente a atingir seus objetivos acadêmicos,
profissionais, sociais e familiares de forma mais eficiente;Desenvolver
estratégias que favoreçam a manutenção do processo de mudança nos
hábitos produzidos pelo tratamento.
Psicólogos cognitivos comportamentais também fazem planos emergenciais
para uma variedade de situações de estresse que podem surgir de maneira
inesperada e planejam com o paciente estratégias para resolvê-las.
Durante a terapia, é comum que outros transtornos, como fobia
social, depressão maior, transtorno bipolar, hiperatividade, transtorno de
personalidade limítrofe, transtorno de ansiedade generalizada, anorexia
nervosa ou outro transtorno de humor, ansiedade ou alimentar sejam
identificados como a causa do alcoolismo.

Pessoas que perdem o emprego e não conseguem arrumar outro por causa do
álcool acabam entrando em um ciclovicioso autodestrutivo.

Grupos de ajuda mútua


O aconselhamento em grupo através de ajuda mútua é um dos meios mais
comuns de ajudar os alcoólicos a manter a sobriedades. Muitas organizações
já foram formadas para proporcionar esse serviço, sendo a mais conhecida
delas os AlcoólicosAnônimos. Estes grupos costumam atuar com base
no Programade12passos.

Racionamento e moderação
Os programas de racionamento e moderação do uso do álcool não forçam
uma abstinência completa. Apesar de a maioria dos alcoólicos serem
incapazes de limitar o seu consumo através destes programas, alguns
passam a beber moderadamente. Muitas pessoas se recuperam do
alcoolismo. Um estudo realizado em 2002 nos Estados Unidos mostrou que
17,7% das pessoas que tinham sido diagnosticadas como dependentes do
álcool a mais de um ano (anteriormente à pesquisa) retornaram ao consumo
de baixo risco de álcool.

Medicamentos

Embora não sejam necessários para o tratamento do alcoolismo, diversas


medicações podem ser prescritas como parte do tratamento. Algumas
podem facilitar a transição para a sobriedade, enquanto outras podem
causar dificuldades físicas quando do uso do álcool. Na maioria dos casos, o
efeito desejado é fazer com que o alcoólatra se abstenha da bebida.

O dissulfiram previne a eliminação de acetaldeído, um composto químico que


o corpo produz quando quebra o etanol. É o acetaldeído que causa os
diversos sintomas da "ressaca" após o uso do álcool. O efeito geral do
medicamento é um grande desconforto quando o álcool é ingerido: uma
"ressaca" desconfortável extremamente rápida e de longa duração. Isso
desencoraja o alcoolista a beber quantidades significativas de álcool
enquanto ele está tomando o medicamento. O consumo excessivo de álcool
associado com o dissulfiram pode causar doenças severas e até a morte.

A naltrexona é um antagonista competitivo para os receptores opióides,


bloqueando efetivamente a habilidade do corpo em usar as endorfinas e
opiáceos. Ele também parece agir na ação da neurotransmissão do
glutamato. A naltrexona é usada em duas formas muito diferentes de
tratamento. O primeiro tratamento usa a naltrexona para diminuir os
desejos pelo álcool e encorajar a abstinência. O outro tratamento,
chamado extinção farmacológica, combina a naltrexona com o hábito normal
de ingestão de álcool de forma para reverter o condicionamento das
endorfinas que causam o vício ao álcool. A naltrexona é apresentada em duas
formas. A naltrexona oral é uma pílula que deve ser tomada diariamente
para ser eficiente. Vivitrol é uma formulação que é injetada nas nádegas
uma vez ao mês.Acredita-se que o Acamprosato (também conhecido
como Campral) estabiliza o equilíbrio químico do cérebro prejudicado pelo
alcoolismo. O FDA aprovou esta droga em 2004, dizendo "Embora seu
mecanismo de ação não seja perfeitamente compreendido, acredita-se que o
Campral atue nas vias químicas do cérebro relacionadas ao abuso do etanol.
O Campral mostrou-se efetivo em manter a abstinência por um curto
período de tempo. " Embora seja efetivo sozinho, é comumente ministrado
com outros medicamentos como a naltroxetona com grande
sucesso.Oxibatodesódio é o sal de sódio do ácidogama-
hidroxibutírico (GHB). Ele é usado para a abstinência aguda do álcool e para
a desintoxicação a médio e longo prazo. Essa droga melhora a
neutrotransmissão do GABA e diminui os níveis de glutamato.Baclofeno tem
mostrado em estudos em animais e em pequenos estudos em humanos que
melhora a desintoxicação. Esta droga atua como um agonista do receptor
GABA B e isto pode ser benéfico.
Naltrexona também é usado no tratamento de obesidade e de opioides.
Atua bloqueando o prazer obtido ao se consumir álcool.

Extinção farmacológica
A extinção farmacológica é o uso de antagonistas opióides como
a naltrexona combinados com o hábito normal de ingestão de álcool para
eliminar o desejo intenso pelo álcool. Essa técnica obteve sucesso
na Finlândia,Pensilvânia, e Flórida, às vezes citada como o MétodoSinclair.

Terapia nutricional
O tratamento preventivo das complicações do álcool incluem o uso a longo
prazo de multivitaminas, além de vitaminas específicas como B12 e folato.
Apesar de a terapia nutricional não ser um tratamento propriamente para o
alcoolismo, ela trata as dificuldades que podem surgir anos após o uso
intenso de álcool. Muitos dependentes de álcool tem a síndrome
daresistência à insulina, um distúrbio metabólico no qual a dificuldade do
corpo em processar açúcares causa um suprimento desequilibrado na
corrente sanguínea. Apesar do distúrbio poder ser diminuído com uma
dieta hipoglicêmica, ele pode afetar o comportamento e as emoções, efeitos
colaterais que freqüentemente são observados entre os álcool-dependentes
em tratamento. Os aspectos metabólicos desta dependência são
freqüentemente negligenciados, gerando resultados ruins para os
tratamentos.

Prognóstico
Sem acompanhamento profissional, aproximadamente 90% dos alcoólatras
voltam a beber nos 4 anos seguintes à interrupção.[19] A principal causa de
recaída apontada pelos usuários são emoções negativas (35%), pressão
social (20%), brigas (16%), incapacidade de resistir ao desejo (11%) e teste
de autocontrole (9%). Esses dados ressaltam a importância de
acompanhamento psicológico prolongado e persistente em qualquer abuso de
substâncias.
O fato de serem diagnosticados outros transtornos psicológicos associados
ao uso do álcool nesse caso é sinal de bom prognóstico, pois o tratamento
desses transtornos costuma resolver a raiz do alcoolismo e fatores que
manteriam o consumo.
Outro fator de bom prognóstico é quando amigos e familiares também
param de beber e oferecer bebidas ou já não tinham o hábito de beber.
Quanto maior o apoio de amigos e familiares, melhores as chances de cura
definitiva.

Prevalência
No Brasil, os índices variam muito entre as diversas regiões, mas os estudos
indicam que a média nacional está em torno de 3 a 6% da população, sendo
cerca de 5 vezes mais comum em homens. Tanto em Salvador quanto
em RibeirãoPreto, a média foi de 6,2%, sendo de 11% entre os homens e de
1,5% entre as mulheres. A proporção de indivíduos maiores de 13 anos que
consumem álcool no Brasil está em torno de 52%, o que é bastante inferior
ao relatado em diversos países: 90% nos Estados Unidos, 87% na Austrália,
83% no Canadá e 75% no Equador. O índice brasileiro é semelhante ao
índice da Colômbia e México (51%). O nível de alcoolismo é muito menor que
a média americana (10-12%) e europeia (5 a 20%).A maior proporção de
consumidores de álcool e de alcoolistas é entre homens de 30 e 49 anos.

Média de litros de álcool consumidos por pessoa a cada ano no mundo.


Na Europa Ocidental e nos Países Bálticos, o consumo é muito maior que a
média do resto da Europa e do resto do Mundo, enquanto, na África
Islâmica, é bastante inferior à média mundial e da média da África
Meridional, gerando um contraste muito grande entre as localidades
próximas e ao resto da África, da Europa e do Mundo.

Associação com cigarro


Entre alcoolistas, 67% também são fumantes. Os alcoolistas tendem a
iniciar-se no consumo tabágico mais cedo, fumam durante mais tempo,
fumam um maior número de cigarros por mês e apresentam fluxo
expiratório mais baixo do que os abstêmios.

Efeitos do álcool na saúde


Em relação aos efeitos do álcool na saúde, segundo a OrganizaçãoMundial
de Saúde (OMS), estudos apontam que o "consumo baixo ou moderado de
álcool" resulta em uma redução no risco de doenças coronárias. Porém, a
OMS adverte que "outros riscos para a saúde e o coração associados ao
álcool não favorecem uma recomendação geral de seu uso".
Foi comprovado que o consumo não moderado de álcool está associado a um
maior risco de doença de Alzheimer e outras doenças senis, angina de
peito, fraturas e osteoporose, diabetes, úlcera duodenal, cálculo
biliar, hepatite A, linfomas, pedras nos rins, síndrome metabólica, câncer no
pâncreas, doença de Parkinson, artrite reumática e gastrite. O consumo não
moderado também pode dificultar a memória e o aprendizado, e até piora a
pontuação em testes de QI.
Todavia, um estudo sobre vinhos publicado na American Journal of Clinical
Nutrition descobriu que vinhos sem álcool possuem os mesmos benefícios do
vinho comum, e que o álcool pode reduzir os benefícios. Acredita-se que
sejam os flavonoides presentes no vinho da uva que protegem contra
doenças do coração e alguns tipos de câncer. Eles aceleram o sangue
durante o consumo de bebida.[carece de fontes] Porém, um estudo recente veio
demonstrar que o consumo de álcool é culpado por mais casos de cancro do
que se julgaria. Segundo o estudo, mais de 2600 casos de câncer da mama e
quase 1300 casos de câncer da boca estariam relacionados com o hábito do
consumo de álcool na Austrália.
Nem todos os animais possuem o organismo resistente ao alcoolismo.
Pesquisas recentes sobre os efeitos do álcool no cérebro de adolescentes
mostram que essa substância, consumida num padrão considerado nocivo,
afeta as regiões responsáveis por habilidades como memória, aprendizado,
autocontrole e principalmente a capacidade motora.

Hipocampo
O hipocampo está ligado aos processos de memorização e aprendizado.
Experimentos com ratos realizados na Universidade Duke, nos Estados
Unidos, mostraram que, em cobaias adolescentes, o álcool tornou mais lenta
do que em espécimes adultos a atividade dos neurônios envolvidos na
formação de novas memórias. Conforme foi aumentada a dosagem de álcool,
a atividade cessou completamente.
Em adolescentes humanos, isso pode ser a explicação para os lapsos de
memória durante o abuso do álcool. Antigamente, pensava-se que essa
situação ocorria apenas em adultos.

Localização do hipocampo.

Lobo frontal
O lobo frontal está ligado à concentração, ao planejamento e à iniciativa;
essa área é essencial para qualquer pessoa controlar o impulso e medir as
consequências de seus próprios atos.
Um estudo realizado na Universidade da Carolina do Norte submeteu ratos
ao equivalente a quatro dias de intensa bebedeira. O dano cerebral nas
cobaias adolescentes foi duas vezes maior do que nas adultas. Com base
nisso, conclui-se que o consumo de álcool em larga escala na adolescência
pode levar o adolescente, na fase adulta, a ter dificuldades para, entre
outras coisas, tomar decisões e definir o que é certo ou errado para si.

Loboscerebrais: a região de cor azul é onde encontra-se o lobo frontal.

Referências
Embriaguez
Embriaguez é o nome dado ao torpor e intoxicação causados pelo consumo
excessivo de algumas drogas, sobretudo o álcool. Por vezes, a abuso do
álcool acaba se tornando um forte agravante da violênciadoméstica. A
chamada embriaguez patológica é um estado onde a pessoa bebe e acaba se
tornando extremamente agressiva, às vezes nem se lembrando dos atos
cometidos durante essas crises de fúria. Não se deve dirigir veículos ou
operar máquinas em estado de embriaguez, pois o consumo de álcool afeta
os reflexos e a capacidade de discernimento das pessoas.

Concepção médica
É considerada patológica a embriaguez - e como doença assim classificada
no CID - quando gera quadros, na intoxicação aguda, de completa alteração
comportamental mediante a ingestão de pequenas doses de
substância inebriante. Compreende quatro tipos básicos:
embriaguez violenta; embriaguez excitomotora; convulsiva e, finalmente,
a delirante.
Reporta-se a medicina a uma lenda árabe, dividindo os 3 graus de
embriaguez em fases caracterizadas pelos seguintes animais: o macaco,
o leão e o porco.
Fase de excitação (macaco) - a pessoa apresenta um comportamento
inquieto, falante, mas ainda consciente de seus atos e palavras e além disso
às vezes consegue atingir níveis de persuasão - por estar mais eloquente -
que talvez não fosse capaz antes.
Fase de confusão (leão) - quando o embriagado torna-se eventualmente
(dependendo do temperamento da pessoa) nocivo: fica voluntarioso, age
irrefletida e violentamente.
Fase superaguda (porco) - dá-se a embriaguez completa, provocando o coma
ou sono, onde o perigo representado dá-se apenas quanto ao próprio
indivíduo que, sem mais freios, cai em toda parte, descuida completamente
de sua higiene, como o bêbado aparenta ser.
Fase do porco

Concepção jurídica
A legislação sobre bebidas alcoólicas trata não apenas do tema
"embriaguez", mas à toda regulação referente à produção, venda e consumo
de bebidasalcoólicas. No Brasil, ela é citada
no direitopenal, civil e dotrabalho.

Bebida alcoólica
As bebidas alcoólicas são bebidas que contêm álcool etílico em sua
composição, produzido pela fermentação de açúcares contidos
em frutas, grãos ou caules como a cana-de-açúcar. Na maior parte dos
países trata-se de uma droga lícita, muito embora seja uma droga
psicoativa do tipo depressora e haja restrições para seu consumo em
diversos níveis, especialmente no que tange a idade legal para seu consumo.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas leva à embriaguez e à ressaca,
podendo levar ainda o indivíduo a desenvolver doenças como
o alcoolismo, cirrose hepática e mais de 10 tipos distintos de câncer. Apesar
dos malefícios causados à saúde humana e das milhares de mortes que
o álcool causa no trânsito, muitos países ainda permitem a publicidade de
bebidas alcoólicas e o álcool é costumeiramente celebrado por jovens e pela
música. Pessoas que não ingerem bebidas alcoólicas são chamadas
de abstêmios.
Garrafas de cachaça, uma bebida alcoólica brasileira.

História do consumo de álcool


No Egito e na Babilônia foram encontrados relatos de sua utilização,
datados de 6000 anos atrás. Foram os árabes que incluíram a destilação,
aumentando assim a eficácia das bebidas, na Idade Média. No entanto,
existe uma grande diversidade de atitudes diante das bebidas alcoólicas.
Se, para alguns, as bebidas alcoólicas fazem parte do dia a dia e das
principais comemorações - além de constituírem importante fonte de renda
e de impostos, para outros, notadamente as civilizações que seguem
a religião islâmica, as bebidas alcoólicas são estritamente proibidas.

Efeitos do álcool na saúde


O consumo excessivo de bebidas alcoólicas leva à embriaguez e à ressaca,
podendo levar ainda o indivíduo a desenvolver doenças como
o alcoolismo, cirrosehepática e mais de 10 tipos distintos de câncer.
Foi comprovado que o consumo não moderado de álcool está associado a um
maior risco de doença de Alzheimer e outras doenças senis, angina de
peito, fraturas e osteoporose, diabetes, úlcera duodenal, cálculo
biliar, hepatite A, linfomas, pedras nos rins, síndrome metabólica, câncer no
pâncreas, doença de Parkinson, artrite reumática e gastrite. O consumo não
moderado também pode dificultar a memória e o aprendizado, e até piora a
pontuação em testes de QI.
Todavia, um estudo sobre vinhos publicado na American Journal of Clinical
Nutrition descobriu que vinhos sem álcool possuem os mesmos benefícios do
vinho comum, e que o álcool pode reduzir os benefícios. Acredita-se que
sejam os flavonoides presentes no vinho da uva que protegem contra
doenças do coração e alguns tipos de câncer. Eles aceleram o sangue
durante o consumo de bebida.[carece de fontes] Porém, um estudo recente veio
demonstrar que o consumo de álcool é culpado por mais casos de cancro do
que se julgaria. Segundo o estudo, mais de 2600 casos de câncer da mama e
quase 1300 casosde câncer da boca estariam relacionados com o
hábito do consumo de álcool na Austrália.
Teor alcoólico
O teor alcoólico ou gradação alcoólica expressa
a percentagem de álcool em um líquido. Em relação a bebidas alcoólicas este
percentual é expresso em teor volumétrico medido com o densímetro. A
maior ou menor dose calórica das bebidas está associada à quantidade de
álcool e de açúcares por ml. Entretanto, quem se preocupa com as calorias
não deve se orientar somente pela relação kcal/ml, mas sim pela quantidade
de doses que consome. Por exemplo, beber cerveja pode levar ao maior
consumo de calorias do que ingerir vodka, visto que comumente consumimos
maiores doses de cerveja e geralmente em maior quantidade.
Por outro lado, pesquisas indicam que o efeito térmico da digestão do álcool
é notadamente mais elevado que o de outros macronutrientes, permitindo a
ingestão controlada de bebidas alcoólicas mesmo em dietas de perda de
peso e/ou ganho muscular.

Publicidade de bebidas alcoólicas


O mercado publicitário da indústria do álcool é um dos mais rentáveis do
mercado brasileiro, movimentando segundo análise de 2008 cerca de 1
bilhão de reais/ano, mas no entanto fazendo com que cada vez mais
adolescentes busquem auxílio para se manterem longe da bebida Os
aspectos nocivos do álcool incitam debates sobre a publicidade do setor, que
hoje possui regras cada vez mais rígidas. Mas, apesar disso, inúmeras
celebridades figuram em anúncios de bebidas alcoólicas num mercado
extremamente competitivo.

Alcoolismo
O alcoolismo é definido como o consumo excessivo de álcool e/ou a
preocupação exacerbada com bebidasalcoólicas ao ponto que este
comportamento interfira na vida pessoal, familiar, social ou profissional de
um indivíduo. Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica,
que pode resultar em condições psicológicas e fisiológicas e, por fim, na
morte.

Além da importância dos fatores ambientais, há evidências que indicam a


existência de fatores genéticos que elevam o risco de desencadear a
doença. O alcoolismo tende a acometer certas famílias com maior
frequência, gêmeos univitelinos, e até filhos biológicos de pais alcoólatras
que são adotados por casais que não bebem.
De acordo com estatísticas realizadas pelos estadunidenses, acomete 14%
de sua população, e no Brasil, estima-se que entre 10-20% da população
sofra desse mal.

O álcool atravessa a barreira hematoencefálica rapidamente, sendo que


poucos minutos após o primeiro gole, a concentração no cérebro já
está igual à concentração sanguínea. Em indivíduos que não possuem o
costume de ingerir bebidas alcoólicas, níveis sanguíneos entre 50mg/dl a
150mg/dl são suficientes para gerar sintomas. Esses, por sua vez, irão
depender da velocidade com que o álcool é consumido.

Os efeitos físicos causados pelo álcool são:


Redução dos reflexos;O uso a longo prazo eleva o risco do surgimento
de doenças como câncer na cavidade oral, esôfago, faringe, fígado e
vesícula biliar;Pode causar hepatite, cirrose, gastrite e
úlcera;Quando usado em grandes quantidades pode ocasionar danos
cerebrais irreversíveis;Pode levar à desnutrição;Pode causar
problemas cardíacos e de pressão arterial;Durante a gestação, causa
má formação fetal.

Já os feitos psicológicos e comportamentais


causados pelo álcool são:
Perda da inibição;Alteração de humor, podendo ocasionar
comportamento violento, depressão e até mesmo suicídio;Perda
de memória;Problemas na vida familiar do alcoólatra;Queda no
desempenho profissional.

A tolerância e a dependência ao álcool são dois processos diferentes, mas


que caminham juntos. A tolerância ao álcool é a necessidade de doses
maiores para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras
doses. Já a dependência é quando um indivíduo não apresenta mais forças
por si mesmo de interromper ou reduzir o consumo de álcool. Não
necessariamente uma pessoa que desenvolva tolerância ao álcool se tornará
dependente. Todavia, à medida que o individuo desenvolve tolerância ao
álcool, ela está mais próxima de desenvolver a dependência.

O alcoólatra sempre acha que consegue parar quando quiser, na tentativa de


encobrir o problema. O paciente tenta negar qualquer problema relacionado
ao álcool, mesmo que ninguém acredite, mas ele acaba por acreditar na
ilusão que criou. A negação do alcoolismo é uma defesa de auto-imagem, pois
fazer que uma pessoa admita essa doença é exigir dela uma forte quebra de
auto-imagem e conseqüentemente de auto-estima.

Os tratamentos para o alcoolismo são muito variados, que procura ajudar as


pessoas a diminuir o consumo de álcool, seguido por um treinamento de
suporte social de modo que ajude a pessoa a resistir ao retorno do consumo
dessa droga. Um exemplo para esse tipo de tratamento é a desintoxicação
seguida por um conjunto de terapia de suporte, atendimento em grupos de
auto-ajuda (como os Alcoólicos Anônimos), etc.

História do consumo de álcool


A história do consumo de álcool remete ao desenvolvimento de técnicas de
produção e do consumo de bebidas alcoólicas em todo o mundo.

Egípcios na colheita de frutos para a produção de bebida alcoólica.

Na Antiguidade
No Egito e na Babilônia foram encontrados relatos de sua utilização,
datados de 6000 anos atrás. Foram os árabes que incluíram a destilação,
aumentando assim a eficácia das bebidas, na Idade Média. No entanto,
existe uma grande diversidade de atitudes diante das bebidas alcoólicas.
Se, para alguns, as bebidas alcoólicas fazem parte do dia a dia e das
principais comemorações - além de constituírem importante fonte de renda
e de impostos, para outros, notadamente as civilizações que seguem
a religião islâmica, as bebidas alcoólicas são estritamente proibidas.

No Brasil
Os povos indígenas do Brasil produziam uma grande variedade de bebidas
alcoólicas fermentadas a partir frutos, tubérculos, raízes, folhas e
sementes. São mais de 80 tipos de bebidas alcoólicas.
Em tempos atuais, de acordo com o Levantamento Nacional de Álcool e
Drogas (Lenad), além do fato de apenas 20% dos adultos bebedores tenham
consumido 56% de todo o álcool vendido no país, a maioria tem menos de 30
anos. Uma pesquisa realizada em 2011 pela ANDIFES, mostrou que os alunos
da UFOP, no Brasil, são os que mais admitem o consumo de bebidas
alcoólicas.

Álcool
Nota: Este artigo é sobre a classe de compostos orgânicos. Para outros
significados, veja Álcool (desambiguação).

O álcool (do árabe al-kohul) é uma classe de compostos orgânicos que possui,
na sua estrutura, um ou mais grupos de hidroxilas ("-OH") ligados a
carbonos saturados. É, comumente, utilizado
como combustível, esterilizante e solvente. É o componente principal
das bebidas alcoólicas.

Tipos de álcool
Alcooletílico é o tipo de álcool mais comum. Está contido nas bebidas
alcoólicas, é usado para limpeza doméstica e também é combustível para
automóveis. A fórmula do álcool etílico é CH3CH2OH.O (metanol) ou (álcool
metílico) é um álcool que não deve ser ingerido, pois é extremamente tóxico
para o fígado. A fórmula do metanol é (CH3OH).Os dois exemplos acima são
casos particulares de álcoois do tipo ,(R-OH, em que R-) é um
radical alquila.Álcool anidro é um álcool com até 1% de água (já que é difícil
a obtenção de álcool totalmente puro), e pode ser adicionado à gasolina para
aumento da octanagem, atuando como antidetonante, para que a gasolina
possa ser comprimida no pistão do motor carburante ao máximo e não entre
em combustão antes de acionada a vela do motor.O álcoolbornílico é obtido
ligado com o hidroterpendio que corresponde a cânfora.O álcool
desnaturado é uma composição com o metileno.

Álcoois terciários
Os álcoois terciários têm o grupo hidroxila ligado a um carbono terciário.
Como o 2-metil-2-propanol e o trimetilcarbinol. A fórmula geral é
representada com "R", representa um radical hidrocarboneto
qualquer)2=composição.

Produção
O álcool é produzido a partir de matérias primas com origem vegetal que
possuem altos índices de frutose. A principal matéria prima utilizada é
a cana-de-açúcar, mas podem também ser usadas outras matérias como
o milho, a mandioca e o eucalipto.
Após o corte, é feito o transporte da matéria para a usina, onde ocorre
a lavagem e a moagem seguida da filtragem, de onde são obtidos a garapa e
o bagaço. A garapa é aquecida, formando um líquido viscoso e rico em
açúcar, o melaço.
Depois, adiciona-se ao melaço um pouco de água e ácido, de onde obtemos
o mosto. Após 50 horas de fermentação 13% do mosto torna-se álcool e é
enviado para a destilação.
Para obter o álcool etílico a partir da mistura é feita
uma destilaçãofracionada. Para o álcool puro ou anidro, retira-se a água
excedente. O processo consiste na adição de cal vivo à mistura que ao
entrar em reação com a água forma o hidróxido de cálcio que não é solúvel
em álcool, assim formando uma mistura heterogênea que é separada.O álcool
produzido é quantificado através de medidores
de vazão ou tanques calibrados e depois enviados para o armazenamento,
onde aguardam a posterior remoção por meio de caminhões para a
comercialização.
Cada litro de álcool obtido na destilação produz cerca de 12 litros de
resíduos que recebem o nome de vinhaça e são aproveitados como
fertilizante no próprio canavial.

Gel
Para fins de higienização de ambientes e do corpo humano, é fabricado o
álcool na versão pastosa (álcool em gel). As vendas do álcool gel no Brasil
aumentaram muito em 2009, quando do auge da epidemia da Gripe A.

Consumo de álcool pelo ser humano


O álcool é uma droga depressora do sistema nervoso central que causa
desinibição e euforia quando ingerido na forma de bebidas alcoólicas pelos
seres humanos. Em doses mais altas, o álcool é prejudicial a saúde, podendo
causar estupor e até coma.
Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos: um de estímulo e
outro de depressão. No primeiro período, o usuário se torna eufórico e
desinibido. No segundo momento, ocorre descontrole, falta de coordenação
motora e sono.
Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer a síndrome da abstinência,
caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e
convulsões.
Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como
o fígado, coração, vasos e estômago. Segundo a OMS, o consumo de álcool
quando superior a 60 gramas por semana é considerado abusivo e
extremamente nocivo para a saúde. No mundo, 11,5 % dos consumidores de
álcool bebem em excesso semanalmente. Estima-se que pelo menos 2,5
milhões de pessoas em todo o mundo morrem por ano por causa do consumo
inadequado de álcool.
A ingestão de álcool está fortemente associada a manifestação de violência,
comportamentos impulsivos e agressivos. A impulsividade humana é
relacionada com a ação inibitória do neurotransmissorGABA e o álcool é um
modulador alostérico positivo do receptor GABA-A. Assim, o álcool pode
aumentar a impulsividade e reduzir o controle das funções executivas, isto é
o controle top-down, sobre os comportamentos sociais.

Álcool Combustível
Um dos principais temas de discussão no mundo moderno é o papel da
energia na sobrevivência e no desenvolvimento da civilização humana, e o
risco de destruição do ambiente por uso indiscriminado de energia. A
energia pode ser gerada em usinas atômicas e usinas hidroelétricas, mas boa
parte da energia utilizada hoje provém da queima de combustíveis, que são
compostos orgânicos; por isso a preocupação com os problemas de energia
faz parte obrigatoriamente da consciência dos químicos orgânicos.

Sabemos que os combustíveisfósseis (gasolina, gás natural) são importantes


fontes de energia e matéria-prima para a manutenção da vida e da
civilização. No entanto, eles não são recursos renováveis, isto é, estará
esgotado em um futuro próximo, motivo de preocupação e de decisões. No
futuro, contaremos com a energia obtida da fissão nuclear – igualmente não-
renovável – e a energia de recursos renováveis, que podem ser substituídos
periodicamente pelo crescimento sazonal das plantas.

O conceito de energia renovável provém das seguintes considerações: sem a


influência do ser humano, a Terra recebe energia exclusivamente do Sol e
perde energia para o espaço em um processo equilibrado que mantém a
temperatura média constante; parte da energia recebida do Sol é utilizada
pelas plantas para transformar CO2 e H2O em compostos orgânicos, que são
utilizados pelos animais para gerar novamente energia CO2, mantendo
constante também a concentração de CO2 na atmosfera; outra parte é
utilizada para transformar água em vapor ou para movimentar o ar, sendo
depois convertida em calor nas chuvas, ventos, cachoeiras, etc. A energia
produzida por usinas hidroelétricas, portanto, não deve alterar a
temperatura média da Terra, pois ela seria mesmo transformada em calor
de uma forma ou de outra, e é renovável porque a água sempre reinicia o seu
ciclo de evaporar e condensar, retornando ás cachoeiras; da mesma forma, a
energia produzida por combustíveis como o etanol (proveniente da
fermentação do caldo de cana) também não é uma energia adicionada ao
ambiente, pois seria transformada em calor de qualquer madeira; e é
renovável porque pode-se plantar mais cana para absorver a energia solar e
produzir mais etanol.

Da cana-de-açúcar, recurso renovável, é obtido um dos combustíveis


utilizados no Brasil: o álcool etílico ou etanol (C2H5OH). Outros vegetais
ricos em açúcar, como beterraba e frutas, em amido,
como mandioca, arroz e milho, e em celulose, como madeira – principalmente
dos eucaliptos -, também podem ser utilizados para produzir etanol.

Frota verde tenta reviver o Proálcool


O pontapé para a reativação do Proálcool foi dado pelo governo, por meio da
Lei nº 9.660. Entre outros pontos ela instituiu a “frota verde", obrigando a
troca de toda a frota Federal por modelos a álcool num prazo de cinco anos.
As exceções são carros de combate e de transporte de tropas do Exército.
Veículos adquiridos com incentivos fiscais também terão de ser movidos
com o combustível (como táxis), e grupos de consórcio destinados à
aquisição de veículos a álcool terão prazo de duração maior.
Combustão
Os alcoóis, em excesso de oxigênio, queimam (combustão completa),
produzindo CO2 e H2O. A combustão do álcool limpo contribui para a
redução do efeito estufa e diminui substancialmente a poluição do ar, já que
é menos poluente que os combustíveis fósseis (como gasolina, carvão e
diesel), minimizando os seus impactos na saúde pública.

H3C─CH2─OH + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O ∆H = - 1.368 kJ/mol

Impacto Ambiental do alcool


Atualmente, há correntes que questionam o impacto ambiental do álcool
combustível, pelos severos danos do desmatamento necessário para abrir
espaço à monocultura de cana-de-açúcar e pelo efeito nocivo da queima da
palhada, necessária para se preparar a cana para a produção de álcool. Esses
danos hoje já se fazem sentir, apesar de a utilização do álcool ser ínfima se
comparada aos derivados de petróleo. Contudo, a queima da palhada está
decaindo com o aumento da mecanização da lavoura. Também deve-se levar
em conta o fato de que o efeito da queima é minimizado pela absorção de
CO2 através da fotossíntese realizada pela própria cana-de-açúcar.

Definição e Epidemiologia
O alcoolismo é considerado uma doença crônica que se não tratado pode
levar o indivíduo a óbito. O alcoólatra ou alcoolista é aquela pessoa que faz
uso nocivo do álcool por já apresentar certo grau de dependência à bebida
ou por ter problemas relacionados ao álcool, mesmo que ainda não seja
manifesto nenhum sintoma de que a pessoa esteja doente. Cerca de 10% dos
indivíduos que já apreciaram ou apreciam alguma bebida que contenha álcool
se tornarão alcoólatras. Apesar de este número parecer pequeno, é bom
enfatizar que a percentagem destes apreciadores beira a 80% da população,
o que confere a este dado notória importância. Outra coisa, é que não é
simples identificar um possível alcoólatra quando este está apenas em um
estágio inicial do uso da bebida, isto porque nem sempre é aquele individuo
desfigurado, arrastando-se pelas ruas, bebendo ao acordar, como pressupõe
o estigma. Este indivíduo, como já foi dito, pode apresentar-se saudável,
além de manter por muito tempo suas obrigações. Já os fatores que
predispõe uma determinada pessoa a tornar-se dependente desta droga são
diversos, inclui a hereditariedade, fatores sociais, psicológicos e
ambientais.
Efeitos de curta duração pelo consumo de álcool
Os Efeitos de curta duração do álcool - o etanol presente na cerveja,
vinho, destilados e outras bebidas alcoólicas - varia desde a diminuição da
ansiedade, habilidades motoras e euforia em pequenas doses até
a intoxicação (embriaguez), estupor, perda de
consciência, amnésiaanterógrada e depressão no sistema nervoso central em
grandes doses. A membrana celular é altamente permeável ao álcool,
portanto uma vez na corrente sanguínea pode se difundir em quase todas as
células do organismo.
A concentração de álcool no sangue é medida pelo teoralcóolico no
sangue (TAS). A quantidade de substâncias e circunstâncias no consumo têm
uma grande parte na determinação da extensão da intoxicação; por exemplo,
comer antes do consumo de álcool provoca uma absorção mais lenta no
organismo. A quantidade de álcool consumido determina a extensão
da ressaca, embora a desidratação também tem um papel importante. Após
um consumo excessivo podem ocorrer letargia e inconsciência. Níveis
extremos de consumo podem levar ao envenenamento e morte, em
concentrações sanguíneas superiores a 0,40% no qual metade dos afetados
podem morrer. O álcool pode causar a morte indireta pela asfixiação com o
vômito.

Cardiovasculares:

Hipertensão arterial
Acidentes vasculares cerebrais.

Cancros:

- Agravamento do risco de cancro da mama, do cólon, do pulmão, do estômago e do esófago.

Sistema reprodutor:

- Impotência e infertilidade.

Gravidez:

- Aumento da ocorrência de malformações durante a vida ntrauterina.

Gastrointestinais:

- Esofagites; gastrites; úlcera péptica; pancreatite aguda e crónica.

Hepáticos:

- Cirrose hepática e cancro do fígado.

E ainda:

- Maior prevalência de tuberculose e de infecções bacterianas.

- Demência alcoólica, etc.

Não esquecendo as consequências SOCIAIS, FAMILIARES e LABORAIS!

Níveis plasmáticos de álcool (g/L) e sintomatologia associada:

- 0,3 - Euforia e excitação; Alterações leves de atenção.

- 0,5 - Descoordenação motora discreta; Alterações do humor, personalidade e comportamento;

Não é permitido conduzir acima desse nível alcoólico.

- 1,0 - Descoordenação motora pronunciada; Diminuição da concentração; Alterações dos reflexos


sensitivos; Alteração do humor.
- 2,0 - Náuseas e vómitos; Confusão; Diminuição da memória; Alteração importante da estabilidade (não
consegue permanecer de pé).

- 3,0 - Amnésia; Hipotermia; Anestesia (estágio I), Perda de consciência.

- 4,0 - Coma; Morte (bloqueio respiratório central)

A dependência alcoólica ou alcoolismo é uma doença, frequentemente crónica e progressiva, que se


caracteriza pelo consumo regular e contínuo de bebidas alcoólicas.

O álcool é a primeira droga usada pelos adolescentes!

… a cerveja é a bebida mais consumida pelos jovens portugueses seguida das bebidas espirituosas, que
tem vindo a aumentar progressivamente .

“Os portugueses bebem 2,8 milhões de litros de bebidas alcoólicas por dia. Em 2005, cada português
com mais de 15 anos bebeu em média 115 litros de álcool. A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida
em Portugal, seguida do vinho e das bebidas espirituosas. Depois de já ter liderado a lista dos maiores
consumidores de bebidas alcoólicas do mundo, Portugal ocupa agora o sétimo lugar (…) há cada vez
mais jovens a abusar do álcool.”
O alcool e as suas consequências
Algumas pesquisas até podem apontar para possíveis favores de alguns tipos de
bebidas alcoólicas, porém, em compensação, há incontáveis estudos em relação
aos malefícios do álcool. Quem abusa está sujeito a sequelas ao longo do
tempo. Confira algumas das consequências do excesso de álcool: Cérebro o

excesso de álcool provoca diversos efeitos na região cerebral, como alterações


nas áreas responsáveis pela memória, déficit cognitivo, neurodegeneração de
algumas partes do cérebro, como o córtex pré-frontal, perda de função e/ou
estrutura dos neurônios e inibição de processos de neurogênese (criação e
desenvolvimento de novos neurônios),Câncer Aumentam os riscos de câncer nas
regiões que entram em contato com as bebidas alcoólicas, como boca, laringe,
faringe e esôfago, também 10 sinais que identificam se seu parceiro tem
problemas com o álcool, Sistema digestório O estômago pode sofrer
erosões devido o álcool e, com isso, desenvolver gastrites. Mas é o fígado
um dos órgãos mais afetados pelas bebidas alcoólicas, podendo acarretar
inflamações, hemorragias, hepatite alcoólica e cirrose, Síndrome de
Korskoff Trata-se de uma doença relacionada à carência de vitamina B1
(tiamina). Embora possa ter outras causas, o álcool é o motivo mais comum,
pois a droga dificulta a absorção da tiamina pelo organismo. Alguns sintomas
comuns são a paralisia de alguns músculos (dificultando o andar, por
exemplo), problemas oftalmológicos e distúrbios de consciência ou estado
mental , Diabetes o uso de álcool em excesso e de forma contínua pode
provocar inflamação no pâncreas – órgão responsável pela produção da
insulina, essa inflamação, chamada de pancreatite, destrói o tecido
pancreático e, desta forma, também as células que produzem insulina,
levando ao Diabete, mas também álcool e remédios: entenda os perigos
dessa combinação e Mortes e Violência d ados da Associação Brasileira de
Estudos de Álcool e Outras Drogas (ABEAD), por ano, 32 mil pessoas
morrem em decorrência da bebida alcoólica, sendo 11 mil por cirrose. O
álcool também está por trás de 60% das mortes no trânsito e 72% dos
homicídios. Além do álcool contribuir para casos de afogamentos, quedas,
suicídios, entre outros.

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