Você está na página 1de 37

As s o ciado s

ALCOOLISMO
As s o ciado s CONCEITO

Para a OMS – Organização Mundial de Saúde, alcoolismo


é uma doença: “É um estado psíquico e também
geralmente físico, resultante de ingestão de álcool,
caracterizada por reações de comportamento ou
outras que sempre incluem uma compulsão para
ingerir o álcool de modo contínuo ou periódico, a
fim de experimentar seus efeitos psíquicos e por
vezes evitar o desconforto de sua falta, a tolerância
ao mesmo tempo, podendo ou não estar presente”.
As s o ciado s CONCEITO

Muitas pessoas iniciam-se neste processo como bebedor


social, e por causa dos efeitos que o álcool produz, e que
tem a ver com a aprovação da sociedade. As
propriedades reforçadoras do álcool nos leva a procurar
entender porque algumas pessoas bebem, e alguns citam
que é pelo estado de euforia que o álcool produz; que
modifica comportamentos dominados por medos,
frustrações, ansiedade, etc., que sentem a aprovação e
incentivo dos amigos, e outros por que são vulneráveis à
bebida, mas não conseguem deixá-la.
As s o ciado s CAUSAS
A embriaguez é experimentada pelo consumo
exagerado de álcool, e sabe-se que para conservar o
prazer de beber, se faz necessária a moderação do
consumo de bebida alcoólica. Não existe uma causa única
para o beber excessivo, por exemplo:

Busca do efeito da droga: O álcool é uma droga que


a curto prazo possui a capacidade de remover ou afastar
uma variedade de sentimentos desagradáveis de uma
pessoa, como a angústia, depressão, frustração,
insegurança, ansiedade, sentimento de masculinidade ou
feminilidade fragilizado, dificuldade de aceitação da
percepção real do mundo, etc.
As s o ciado s CAUSAS
Influências Socioculturais: As diferenças no
consumo de álcool e no alcoolismo, relacionadas a sexo,
idade, grupos étnicos, grau de urbanização, religião, e
essas diferenças são decorrentes de fatores
socioculturais, econômicos ou ambientais, que estimulam
o padrão de ingestão de bebida à disposição de seus
usuários.
Influências Genéticas: Em entrevistas com
alcoolistas observa-se que a influência genética no
comportamento de beber depende de outros fatores
como ambientais, para estimular e desestimular a pessoa
a beber excessivamente.
As s o ciado s LEGISLAÇÃO
A Embriaguez e a Lei:
Segundo a Lei das Contravenções penais, apresentar-se
publicamente em estado de embriaguez, de modo que
cause escândalo ou ponha em perigo a segurança própria
ou alheia (art.34) enseja pena de prisão simples de
quinze dias a três meses ou multa. Se habitual a
embriaguez, deve ser feito o internamento do
contraventor.
Embriaguez á a intoxicação aguda e transitória causada
pelo álcool, cujos efeitos podem progredir de uma ligeira
excitação inicial até ao estado de paralisia e coma.
As s o ciado s LEGISLAÇÃO
A Embriaguez possui as seguintes fases:
a)Excitação (euforia, loquacidade, diminuição da
capacidade de autocrítica);
b)Depressão (confusão mental, falta de coordenação
motora, irritabilidade);
c)Fase do sono (o ébrio cai e dorme
havendo anestesia e relaxamento
dos esfíncteres, culminando com o
estado de coma).
Desmaio por
embriagues
As s o ciado s LEGISLAÇÃO
É também contravenção penal (art.63 da Lei das
Contravenções Penais) servir bebidas alcoólicas:
I. a menor de dezoito anos;
II. a quem se ache em estado de embriaguez;
III. a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades
mentais;
IV. a pessoal que o agente sabe estar judicialmente
proibida de freqüentar lugares onde se consome bebida
de tal natureza.
A pena é de prisão simples de 2 meses a 1 ano ou multa.
As s o ciado s ALCOOLISMO É DOENÇA?

Considera-se alcoolismo como


doença quando o permanente
abuso de bebidas alcoólicas
suscita dependência acompanhada
de prejuízos biopsicossociais,
detectáveis por métodos usuais de
diagnósticos médicos-sociais. Esta
dependência pode manifestar-se
pela perda da capacidade de
controlar a quantidade de bebida
ingerida.
As s o ciado s ALCOOLISMO É DOENÇA?
Todo alcoolista apresenta três características básicas,
através das quais pode-se detectar a doença:
1.Negação da doença: o doente nega que bebe.
Quando chega a admitir que bebe, diminui a quantidade
(diz que bebe menos do que bebe realmente);
2.Projeção: sempre tem motivos para beber, sejam de
tristezas ou de alegria;
3.Onipotência: diz que pára de beber a hora que quiser.
Enquanto o indivíduo apresentar esses
mecanismos está sob o domínio da doença.
COMO O ÁLCOOL É ABSORVIDO PELO
As s o ciado s
ORGANISMO?
1° - O álcool ingerido é absorvido no estômago e
intestino delgado, e é detectado no sangue 5 a 10
minutos após a ingestão, e seus efeitos têm
concentração máxima no sangue entre 30 e 90
minutos. Grande concentração de álcool é
metabolizado no fígado, e o restante é eliminado, de
seis a oito horas depois, através dos pulmões e rins,
sem transformações metabólicas.
2° - O Etanol entrando na circulação é transportado
para os órgãos e penetra em todos os tecidos podendo
causar lesões em qualquer órgão, conseqüentemente é
considerada uma doença lenta, progressiva e fatal.
DOSE ALCOÓLICA NO SANGUE
As s o ciado s
NECESSÁRIA PARA EMBRIAGUEZ

Menos de 1g por litro de sangue, ou mais


precisamente, 0,8 decigramas, não se considera
embriagado, passível de penalidades;
De 1 a 1,5 g por litro, considera-se estado de
embriaguez com reservas;
De 1,5 a 3g por litro, estado de embriaguez;
De 3 a 4g por litro, embriaguez completa;
De 4 a 6g por litro, embriaguez profunda;
De 6 a 10 g por litro, intoxicação alcoólica aguda,
podendo ir ao estado de coma;
As s o ciado s VOCÊ SABIA?

A partir de uma grama de álcool por litro de sangue,


50% dos motoristas se tornam perigosos para si e para
os outros.

Os acidentes de trânsito representam um triste


holocausto de preciosas vidas; e o álcool é réu em 70%
dos casos. Álcool e volante: convivência suicida.
As s o ciado s VOCÊ SABIA?
Um drinque é 0,028 litro, ou duas colheres de sopa de
álcool etílico.
Uma dose de uísque, vodca, conhaque ou licor tem
entre 40% e 50% de álcool. Os vinhos de 13% a 20%. As
cervejas 9%.
O alcoolismo crônico lesa o cérebro de maneira
irreversível. O cérebro de um homem de 35 anos que
bebe intensamente desde os 18 tem o mesmo nível de
atrofia que o de umas pessoas de 70 anos.
Se dois drinques por dia são toleráveis, três ou quatro
farão você cochilar, ficar sentimental e engordar (vodca e
sorvete têm igual número de calorias).
As s o ciado s VOCÊ SABIA?
O alcoolismo é doença e nada tem a ver com
mau-caráter, com falta de educação, ou com
qualquer comportamento suscetível de punição.
É uma doença com repercussões graves no
organismo. Como entorpecente, causa leve
perda de consciência, também pode provocar a
sensação de ausência de fadiga muscular. A
quantidade e a freqüência com que vai beber é o
que importa. Não precisa suspender a cerveja
com os amigos, as festas e o happy hour.
Apenas preste atenção à sua rotina com bebidas
antes que o álcool vire seu inimigo.
As s o ciado s EFEITOS
O Consumo do álcool causa várias mudanças
acentuadas no comportamento. Até mesmo doses baixas
prejudicam significativamente o raciocínio e a
coordenação.
doses de álcool, de baixa a moderada aumentam a
incidência de uma variedade de atos agressivos;
de moderadas a alta, causam acentuado prejuízo as
funções mentais superiores, alterando seriamente a
capacidade de uma pessoa de aprender informações e se
lembras delas;
muito altas causam depressão respiratória e morte.
As s o ciado s EFEITOS

ALGUNS SINAIS DE DEPENDÊNCIA:

pessoa tem necessidade de álcool, pensa muito na


bebida;
passa a beber escondido;
as brigas com a família ficam mais freqüentes;
utiliza todos os recursos para que nada se interponha
entre ele e o álcool: ameaça, promete, seduz e mente.
As s o ciado s EFEITOS
PREJUÍZOS PSICOSSOCIAIS:

descontrole orçamentário;
problemas de relacionamento com familiares, colegas e
chefias;
deterioração da aparência;
agressividade ou passividade;
não cumprimento das responsabilidades;
familiares também apresentam distúrbios emocionais;
perda do emprego.
As s o ciado s EFEITOS
A FAMÍLIA:

O alcoolista no ambiente familiar, quando sente que há


um medo da família frente a sua pessoa, torna-se cada
vez mais oponente e agressivo, chegando a cenas de
quebra-quebra, agressões físicas ou de botar todos para
fora de casa, argumentando que bebeu porque lhe
incomodam.
A família passa por situações embaraçosas devido às
atitudes do cônjuge. Começam a se isolar dos amigos,
vizinhos e dos próprios familiares.
Mulher apanhando:
agressor alcoolizado
As s o ciado s EFEITOS

Os filhos tentam mascarar o alcoolismo


do pai, o dialogo torna-se cada vez mais
distante, na medida em que tentam
contornar a situação através de métodos
como: isolamento, esconder a bebida,
reduzir o dinheiro, etc.

Encontra-se nos filhos de alcoolistas


problemas como: a omissão do alcoolismo
do pai ou da mãe, repetência escolar, ausência do lar e,
em muitos casos, degradação como, também, o próprio
alcoolismo por identificação.
As s o ciado s CONSEQÜÊNCIAS FÍSICAS
O consumo exagerado de álcool e por longo período de
tempo podem causar os seguintes problemas clínicos:
Gastrointestinais e Hepáticos: Hepatite, Cirrose,
Pancreatite crônica, Gastrite aguda, Diarréias e Câncer
(esôfago, fígado, etc.);

Fígado Normal Cirrose Micronodular


As s o ciado s CONSEQÜÊNCIAS FÍSICAS

Carcinoma Hepatocelular Neoplasia (varizes) do Esôfago

Hematológicos: Anemia por deficiência de folato,


Anemia ferropriva, Lecopenia, Trombocitopenia, etc.
Endocrinológicos: Hipoglicemia, Hipertigliceridemia,
etc.
As s o ciado s CONSEQÜÊNCIAS FÍSICAS
Neurológicas e musculares: Neuropatia periférica,
Doença de Wernicke, Psicose de Korsakoff, Ataxia
Cerebelar, Síndromes de Privações (“delirium-tremens”),
Intoxicação, etc.
Pulmonares: Pneumonia
por aspiração, Tuberculose
e Pneumonia bacteriana,
Carcinoma de Laringe, etc.

Dermatológicos: Infestações
cutâneas, Úlcera cutânea, etc.
Doença de Wernicke - Cérebro
As s o ciado s CONSEQÜÊNCIAS FÍSICAS
Traumáticos: Fraturas, Escoriações, Lesões,
Politraumatismos (quando acontecem acidentes
domésticos, de trânsito, do trabalho, etc.), Quedas,
quando se predispõem a brigas com agressões graves,
etc.
Sistema Nervoso Central e Funções Mentais: As
primeiras operações mentais que dependem de
treinamento e experiência prévia, o discernimento,
memória, concentração e inteligência se perdem, a
autoconfiança cresce, a personalidade fica expansiva, a
fala é embargada e o humor oscila.
As s o ciado s CONSEQÜÊNCIAS FÍSICAS

Síndrome Fetal pelo álcool: retardo no


desenvolvimento e malformações fetais

Mal formação causada


pelo consumo de
bebidas alcoólicas
durante a gestação
As s o ciado s ACIDENTES DE TRÂNSITO
Cerca de 70% dos
acidentes de trânsito são
provocados por alcoolismo.
O uso de bebidas alcoólicas
nas estradas é uma prática
muito perigosa mesmo para
o bebedor eventual, porque
os reflexos, bem como o
senso crítico, sofrem
alterações.
A noção do perigo e de responsabilidade são Vítimas da violência e
desrespeito às normas
mascaradas pelo efeito do álcool. de trânsito: dirigir
embriagado
As s o ciado s ACIDENTES DE TRÂNSITO

Duas ou três doses de


uísque, dois copos de vinho,
ou duas garrafas de cerveja
contêm álcool suficiente para
alterar os reflexos sensitivos e
motores do motorista, e sua
iniciativa. Então tudo pode
acontecer...
Acidente decorrente
do uso abusivo de
bebidas alcoólicas
As s o ciado s ACIDENTES DE TRÂNSITO

A seguir, tabela dos efeitos causados pelo consumo de


bebidas alcoólica na direção:

Nível de Álcool no sangue


EFEITO
(g/litro)
Zona de tolerância fisiológica. Nenhum efeito
Até 0,16
aparente. Nenhum risco.
0,16 – 0,20 20% dos condutores não estão seguros de si
Quase todos os indivíduos apresentam alteração de
0,20 – 0,30 resultado do eletroencefalograma. Falsa estimativa
de distância e velocidade.
Mais de um quatro dos indivíduos são incapazes de
conduzir corretamente. A fusão ótica das imagens é
0,30 – 0,50
perturbada e a sensibilidade diminuída.
COMEÇO DO RISCO
As s o ciado s ACIDENTES DE TRÂNSITO
Nível de Álcool no sangue
EFEITO
(g/litro)
Pouco efeito aparente. Tempo de reação alongado.
0,50 – 0,80 Euforia do condutor.
RISCO MULTIPLICADO POR QUATRO.
Reflexos mais alterados. Diminuição da vigilância.
0,80 – 1,50 Condução perigosa.
RISCO MULTIPLICADO POR VINTE E CINCO
Diplopia (visão dupla).
1,50 – 3,00 Condução perigosíssima.
Embriaguez profunda
3,00 – 5,00 Condução Impossível

Mais de 5,00 COMA, podendo levar à morte

A direção de veículo depois de consumir bebidas


alcoólicas é ilegal , ensejando o teste do bafômetro, agora
adotado pela fiscalização.
ALCOOLISMO NAS
As s o ciado s EMPRESAS

O alcoolismo é um dos problemas que mais atingem as


empresas. Pesquisas realizadas a nível de Brasil
comprovam que de 5 a 10% da população são
dependentes alcoólicos e que o alcoolismo os leva a grave
problemas de comportamento: constantes atestados,
acidentes de trabalho, quedas na produção, conflitos
familiares, agressões, problemas financeiros, de saúde,
aposentadoria por invalidez e outros.
ALCOOLISMO NAS
As s o ciado s EMPRESAS

Existem duas razões principais pelas quais as empresas


devem planejar e executar: “Em primeiro lugar, as
empresas poupam dinheiro evitando a perda de
funcionários especializados reduzindo a deterioração da
eficiência, custos de treinamento, acidentes, absenteísmo
e gastos com doença. Em segundo, é dito que a empresa
efetivamente motiva o alcoolista em direção a um
tratamento bem sucedido”.
ALCOOLISMO NAS
As s o ciado s EMPRESAS
Alcoolismo no Trabalho X Segurança
Sabemos que a ingestão de álcool, entre outras, acarreta
uma diminuição do controle motor, altera o tempo de
reação do raciocínio crítico, colocando o funcionário e seus
colegas de trabalho em risco de acidentes ou danos
patrimoniais à empresa, além gastos com dias perdidos,
tempo dos médicos, enfermagem, pessoal de segurança
industrial, benefícios, responsabilidade das chefias,
burocracias a fatores psicológicos e sociais que ocorrem
com colegas de trabalho após um acidente com um
colega.
ALCOOLISMO NAS
As s o ciado s EMPRESAS
Conseqüência de acidente
de trabalho causado pelo
uso de álcool durante o
manuseio de máquinas
As s o ciado s TRATAMENTO
Objetivos do Tratamento
que o paciente tome consciência do seu problema;
que a família seja conscientizada que o doente deve
ser tratado;
Etapas do Tratamento
1) Identificação;
2) Desintoxicação;
3) Reabilitação.
As s o ciado s TRATAMENTO
Agentes
- Serviços psiquiátricos e
psicológicos;
- Terapeutas;
- Ajuda mútua (A.A.–Alcoólicos
anônimos e outros grupos)
- Médicos especializados;
- Para os familiares do alcoolista também existem grupos
de ajuda-mutua como o AL-AMOM e o AL-ATEEN, que tem
objetivos de ajuda aos filhos de pais alcoolistas.
As s o ciado s CONCLUSÃO

Concluindo, o álcool é responsável, além de diversas


doenças, por grande parte dos atos de violência e dos
acidentes dos mais variados, desde trânsito até de
trabalho.  Apesar das suas conseqüências desastrosas, o
ato de beber é considerado parte fundamental do convívio
social, dificultando as campanhas (muito aquém do
necessário) de conscientização. No extremo do ato de
beber, encontramos os alcoólatras, dependentes do álcool
que devem contar com o apoio e compreensão da
sociedade para sua recuperação, que deve abandonar o
preconceito e trata-los com respeito.
As s o ciado s

Você também pode gostar