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PROBLEMAS SOCIAIS EM BARRA

3. DROGAS: ALCOOLISMO NA JUVENTUDE

No mundo todo, o consumismo de drogas cresce sem parar. Cigarros e


bebidas estão entre os maiores anunciantes do planeta. A mais recente
pesquisa do Centro Brasileiro sobre Drogas Psicotrópicas realizada com 48 mil
estudantes de colégios públicos comprova: dois em cada três jovens já
beberam aos 12 anos de idade e um em cada quatro já experimentou cigarros.
No entanto boa parte da comunidade escolar ainda reluta em admitir que isso
sejas parte da realidade. A droga existe em todos os níveis da sociedade, mas
algumas pessoas acham mai cômodo não identificá-la. Cada vez pesquisas e
estudos mostram que a droga está associada a vários fatores:

FATORES DE RISCO- circunstâncias sociais ou características da pessoa que


torna mais vulnerável a assumir comportamentos ariscados como o de usar
drogas.
FATORES DE PROTEÇÂO- que contrabalançam as vulnerabilidades, fazendo
com que a pessoa tenha menos chance de assumir esse comportamento.

O que é droga?

Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde, é qualquer substância


não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou
mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento.
Em Barra, o consumo de álcool entre os jovens cresce em grande escala. Os
fatores de risco e de proteção estão na própria pessoa, na sua família, nos
seus amigos, na escola, no trabalho, na comunidade em que vive e na
sociedade em geral. É grande e visível o número de jovens que ingere álcool
em grandes quantidades, assim, como é o uso de outras drogas expostas que
colocam jovens e famílias em situação de risco.
CLASSIFICAÇÂO E EFEITOS NO ORGANISMO:

Uma droga não é por si só boa ou má. Existem substâncias que são usadas
com a finalidade de produzir efeitos benéficos, como o tratamento de doenças,
e são consideradas medicamentos. Mas existem substâncias que provocam
malefícios à saúde como os venenos ou tóxicos.

Há diversas formas de classificar as drogas:

DROGAS LÍCITAS-que podem ser livremente vendidas; muitas estão


submetidas a algumas restrições. São alguns medicamentos que só podem ser
adquiridos por meio de prescrição médica especial.

DROGAS ILÍCITAS- proibidas por lei. Muitas atingem o Sistema Nervoso


Central (SNC), com modificações observáveis na atividade mental ou no
comportamento da pessoa que utiliza a substância

DROGAS DEPRESSORAS - da atividade mental; Ex: álcool e outras.

DROGAS ESTIMULANTES - da atividade mental; Ex: cocaína e outras.

DROGAS PERTUBADORAS - da atividade mental; Ex: maconha e outras.

Com base nessa classificação vamos conhecer as drogas mais comuns no


nosso município:

ÁLCOOL – suas propriedades euforizantes e intoxicantes são conhecidas


desde tempos pré-históricos e praticamente todas as culturas têm ou tiveram
alguma experiência com sua utilização. É seguramente a droga psicotrópica de
uso e abuso mais amplamente disseminados em grande número e diversidade
de países na atualidade.
Seu efeito no organismo varia a depender do nível desses no sangue, vejamos:
NÍVEL BAIXO: Desinibição do comportamento; diminuição da crítica; hilaridade
e sensibilidade afetiva (a pessoa ri ou chora por motivos pouco significativos);
certo grau de incomodação motora; prejuízo das funções motoras.

NIVEL MÉDIO: Maior incomodação motora (ataxia); a fala torna-se pastosa, há


dificuldade de marcha e aumento importante do tempo de resposta (reflexos
mais lentos); aumento da sonolência, em prejuízo das capacidades de
raciocínio e concentração.

NIVEL ALTO: Podem surgir náuseas e vômitos; visão dupla (diplopia);


acentuação da ataxia e da sonolência (até o coma); pode ocorrer hipotemia e
morte ou perda respiratória.
O álcool induz intolerância (necessidade de quantidades progressivamente
maiores para se produzir o mesmo efeito desejado ou intoxicação), e síndrome
de abstinência (sintomas desagradáveis que ocorrem com a redução ou com a
interrupção do consumo da substância).

COCAÍNA: É uma substância extraída de uma planta existente na América do


Sul, popularmente conhecida como coca. Pode ser consumida em forma de pó
(cloridrato de cocaína), inspirado ou dissolvido em água e injetado na corrente
sanguínea, ou sob forma de uma base, que é fumada, conhecido como merla.

EFEITOS DO USO DA COCAINA: Sensação intensa de euforia e de poder;


estado de excitação; hiperatividade; insônia; falta de apetite; perda da
sensação de cansaço.

CRACK: Os indivíduos desenvolvem dependência severa rapidamente, muitas


vezes em poucos meses ou mesmo algumas semanas de uso. Com doses
maiores, observam-se outros efeitos como: irritabilidade, agressividade e até
delírios e alucinações, que caracterizam um verdadeiro estado psicótico, a
psicose cocaínica. Também podem ser observado aumento da temperatura e
convulsões de difícil tratamento, que pode levar à morte se esses sintomas
forem prolongados. Ocorrem ainda dilatação pupilar, elevação da pressão
arterial e taquicardia.
MACONHA: É o nome dado no Brasil a Cannabis Sativa, suas folhas e
inflorescências secas podem ser fumadas ou ingeridas.

EFEITOS PSÍQUICOS: Agudos - com doses maiores ou conforme a


sensibilidade individual pode ocorrer perturbações mais evidentes do
psiquismo, o uso constante interfere na capacidade de aprendizado e
memorização. Pode induzir um estado de diminuição da motivação, que pode
chegar à síndrome emotivacional, ou seja, a pessoa não sente vontade de
fazer nada, tudo parece ficar sem graça, perder a importância.

EFEITOS FÍSICOS: Agudos - Hiperemia conjuntiva, (os olhos ficam


avermelhados); diminuição da produção da saliva, (sensação de secura na
boca), taquicardia com freqüência de 140 batimentos por minutos ou mais.

CRÔNICOS- Problemas respiratórios são comuns, uma vez que a fumaça da


maconha é muito irritante, além de conter alto teor de alcatrão (maior que no
caso do tabaco), e nele existir uma substância chamada benzopireno, um
conhecido agente cancerígeno. Ocorre ainda com uma diminuição de até 50%
a 60% na produção da testosterona dos homens, e pode haver infertilidade.

OUTRAS DROGAS:

O TABACO: Um dos maiores problemas de saúde pública em diversos países


do mundo, o cigarro é uma das mais importantes causas potencialmente
inevitáveis de doenças e morte.

EFEITOS FÍSICOS: Doenças cardiovasculares (infarto, AVC e morte súbita);


doenças respiratórias (enfisema, asma, bronquite crônica, doença pulmonar
obstrutiva crônica); diversas formas de câncer (pulmão, boca, faringe, laringe,
esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga, e útero). Seus efeitos sobre as
funções reprodutivas incluem redução da fertilidade, prejuízo do
desenvolvimento fetal, aumento de riscos para a gravidez e abortamento
espontâneo.
Fumantes passivos- Existem evidências de que os não fumantes expostos a
fumaça de cigarro têm um risco maior com relação às várias das patologias
que podem afetar os fumantes.
A nicotina- é uma substância presente no tabaco que provoca a dependência,
mas não está associada a todos os problemas de saúde provocados pelo
cigarro. Embora esteja implicada nas doenças cardiocirculatórias, a nicotina
não parece ser cancerígena.
A Cafeína- Estimulante do SNC (Sistema Nervoso Central), é menos potente
que a cocaína, e as anfetaminas. O grande consumo provoca ansiedade,
alterações psicomotoras, distúrbios do sono e alterações do humor.
OS Esteróides anabolizantes- Embora sejam descritos efeitos euforizantes
por alguns usuários dessas substâncias, essa não é, geralmente, a principal
razão de sua utilização. Muitos indivíduos que consomem essas drogas são
fisiculturistas, atletas de diversas modalidades, ou indivíduos que procuram
aumentar sua massa muscular e podem desenvolver um padrão de consumo
que se assemelha ao de dependência.
Efeitos adversos: Diversas doenças cardiovasculares; alterações no fígado,
até câncer; alterações musculoesqueléticas indesejáveis (ruptura de tendões,
interrupção precoce do crescimento). Essas substâncias quando usadas por
mulheres, podem provocar masculinização (crescimento de pêlos pelo corpo,
voz grave, aumento do volume do clitóris). Em homens pode haver atrofia dos
testículos.

4. VIOLÊNCIA URBANA:

Nos últimos 20 anos, à problemática da violência tornou-se objeto de


interesse e discussão de especialistas formadores de opinião e da população
em geral, ocupando lugar central em suas preocupações conforme indicam as
pesquisas de opinião. Além de indicar o medo crescente com que convivem
as populações dos grandes centros, e também de pequenas cidades do
interior do Brasil. A Barra também vem acompanhando e vivendo atualmente
um crescente índice de violência e criminalidade; por outro lado, se observa a
ausência de respostas das políticas publicas e da justiça, que se expressam
no despreparo das forças policiais, falta de transportes, para o enfretamento
do crime e nas altas taxas de impunidades que vem acontecendo em nossa
cidade. Crimes hediondos e bárbaros muitas vezes em praças publicam e que
ficam por isso mesmo, às vezes por falta de provas, testemunhas que tem
medo de falar e de sofrer retaliações. Em especial o crime contra o
patrimônio público como: (roubos, latrocínio e pichações), temos
acompanhado pela imprensa constantemente o descaso da justiça e a
impunidade dos criminosos que cometem estes delitos.

A violência se manifesta de diversas formas e pode ser caracterizada


igualmente: violência contra a mulher, violência moral, violência Sexual,
violência contra crianças e idosos, entre outras. Cabe salientar que essas
diversas formas de violência podem ser observadas em vários espaços,
sendo o meio urbano o mais propício para desencadeá-lo destes atos.

A violência urbana em nossa cidade assim como nas grandes cidades é


determinada por valores culturais, sociais, econômicos, políticos e morais de
uma sociedade. Às vezes a violência urbana também pode se associar alguns
problemas e práticas que contribuem como o crescimento da violência urbana:
desestruturação familiar, desemprego, tráfico de drogas, discussões banais,
entre outros – Hoje a violência urbana não é uma preocupação
exclusivamente brasileira, mas si uma questão que preocupa tanto os países
em desenvolvimento como os desenvolvidos. É um problema mundial, com
índice que crescem assustadoramente.

Todavia engana- se quem acredita que o fenômeno da violência urbana


está restrito aos grandes centros. Esse problema pode ser observado também
em pequenos centros urbanos, em todo pais, onde recentemente as
manchetes dos jornais mostram um aumento no número de assaltos,
homicídios e outros atos de violência, o que deixa as populações locais
apreensivas. Isso comprova que a violência tem tomado proporções
gigantescas e atualmente é configurada como um “morbus social” que carece
de uma solução urgente.
Como conseqüência da violência urbana em Barra pode citar inúmeros
exemplos de atrocidades cometidas que ficaram no esquecimento e causam
pavor e indignação na população barrense diante da impunidade e descaso
das autoridades judiciais do nosso município. Além da conseqüência social
cabe salientar ainda a conseqüência econômica que a violência urbana gera
aos cofres públicos, uma vez que, na tentativa de amenizar os problemas
resultantes da violência, investimentos que poderiam ser aplicados em
políticas de promoção do bem estar social, saúde, saneamento básico entre
outros e que acabam sendo “aplicados” em segurança.

Na tentativa de descortinar a face da violência urbana de Barra suas


causas e conseqüências, percebe-se que este é um problema que nos últimos
anos tem atingido cada vez mais também comunidades do interior do
município. Uma realidade que ganha cada dia mais espaço na criminalidade
com ocorrências diárias com envolvimento com drogas, violência domestica,
assassinatos e que muitas vezes ficam sem soluções devidas o tempo que a
policia demora a chegar nessas comunidades e com isso o criminoso já fugiu
deixando o crime sem solução.

Por tanto a solução para o problema da violência urbana envolve não


apenas a questão da segurança pública, mas também questões como
melhoria do sistema de educação, moradia, oportunidades de emprego entre
outros fatores e requer uma grande mudança nas políticas públicas e na
sociedade como um todo.

5. VIOLÊNCIA E EXPLORAÇÃO CONTRA CRIANÇA E O ADOLESCENTE:

Doméstica / Sexual / Trabalho Infantil.

Há várias tipificações de violência contra crianças e adolescentes. Podemos


dividi-la em dois grandes grupos, ou seja, as que por falta de políticas públicas,
violam os direitos da criança e do adolescente, e as que são cometidas por
agente agressor em estágio de desenvolvimento físico, psíquico e social mais
adiantado.
Tanto os maus tratos quanto a violência doméstica contra crianças e
adolescentes podem ser agrupadas em cinco tipos:

NEGLIGÊNCIA: Forma de violência caracterizada por um ato de omissão do


responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas
para seu desenvolvimento sadio. Pode significar omissão, em termos de
cuidados diários básicos como a alimentação, educação, apóio psicológico e
emocional.

ABANDONO: É uma forma de violência semelhante à negligência. É entendida


de duas formas: Abandono parcial- ausência temporária dos pais, expondo a
criança a situações de risco. Abandono total – Afastamento do grupo familiar,
ficando as crianças sem habitação, desamparadas, expostas a várias formas
de perigo.

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: Conjunto de atitudes e ações para envergonhar,


censurar e pressionar a criança de modo permanente. Ela ocorre quando
falamos mal, rejeitamos, isolamos, aterrorizamos, exigimos demais das
crianças e adolescentes ou até mesmo, os utilizamos para atender as
necessidades dos adultos. Apesar de ser freqüente, essa modalidade de
violência é uma das mais difíceis de ser identificadas e podem trazer graves
danos ao desenvolvimento emocional, físico, sexual e social da criança.

VIOLÊNCIA FÍSICA: É o uso da força física de forma intencional, não


acidental, por um agente agressor adulto (mais velho que a criança e o
adolescente). Normalmente esses agentes são os próprios pais ou
responsáveis que muitas vezes machucam a criança ou adolescente sem a
intenção de fazer. A violência física pode deixar ou não marcas evidentes e nos
casos extremos pode causar a morte.

VIOLÊNCIA SEXUAL: Consiste não só numa violência à liberdade sexual do


outro, mas também numa violação de direitos humanos da criança e do
adolescente. Pode ser classificada como intra-familiar, extra-familiar e
exploração comercial sexual.
FORMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL:

1. Abuso sexual sem contato físico - práticas sexuais que não envolvem
contato físico. Podem ser:

 Assédio sexual caracterizado por propostas de relações sexuais;


 Abuso sexual verbal definido por conversas abertas sobre atividades
sexuais destinadas a despertar o interesse da criança ou do
adolescente;
 Telefonemas obscenos;
 Exibicionismo ou o ato de mostrar os órgãos genitais ou se masturbar
diante da criança ou do adolescente ou no campo de visão deles;
 Voyeurismo ou ato de observar fixamente atos ou órgãos sexuais de
outras pessoas;
 Pornografia: Forma de abuso que pode ser enquadrada como
exploração sexual comercial, uma vez que na maioria dos casos, o
objetivo da exposição da criança ou do adolescente é a obtenção de
lucro financeiro.
2. Abuso sexual com contato físico- atos físicos genitais que incluem
carícias nos órgãos genitais, tentativas de relações sexuais, masturbação, sexo
oral, penetração vaginal ou anal. Podem ser tipificadas em atentado violento ao
pudor, corrupção de menores, sedução e estupro.

CAUSAS DO ABUSO E DA VIOLÊNCIA SEXUAL

Ter desejo sexual é normal a espécie humana. É responsabilidade de o adulto


estabelecer a fronteira entre afeto e sexo, respeitando o desenvolvimento
sexual da criança e do adolescente. O abuso sexual é um fenômeno complexo
e suas causas são multifatoriais. É preciso estudar os diversos fatores e como
eles se combinam em certos indivíduos, grupos sociais e culturas e, em certos
momentos históricos, há causas dessa violência.
Aspectos culturais: Ressaltamos aqui dois pilares explicativos da violência
sexual intra e extra- familiar: O incesto e a pedofilia.
Incesto é uma relação e/ou amorosa entre pessoas do mesmo sangue,
principalmente naqueles casos em que o matrimônio é proibido por lei. Vem
acontecendo em praticamente todas as sociedades e culturas desde a
antiguidade até a modernidade. Segundo o Código Penal, o incesto praticado
por adultos contra crianças abaixo de 14 anos é considerado abuso sexual. Por
outro lado o Código Civil proíbe casamento entre parentes de primeiro grau
(pais e filhos, irmãos e irmãs). A versão popular é que as crianças nascidas de
relação entre pessoas do mesmo sangue têm mais propensão a defeitos
físicos, genéticos.
Pedofilia tornou- se tema bastante comentado nos últimos anos, nos meios de
comunicação, por especialistas da área da criança e do adolescente e outros
profissionais preocupados com o comportamento humano. O conceito social de
pedofilia define – se pela atração erótica por crianças. Estudo vem apontando
que o indivíduo adepto da pedofilia ou prática de pedofilia é indivíduo
aparentemente normal, inserido na sociedade.

Treinando o olhar do educador para identificar a violência doméstica e


o abuso sexual:

As crianças e adolescentes “avisam” de diversas maneiras, quase sempre não


verbais, as situações de maus tratos e abuso sexual. Se o educador desconfia
que uma criança esteja sofrendo violência sexual, mesmo que seja apenas
suspeita, deve conferir. Em caso de indecisão, peça a opinião de seus colegas
de trabalho. É importante ressaltar que a presença isolada de um dos
indicadores não é significativa para a interpretação da presença de violência
sexual contra crianças e adolescentes.

TRABALHO INFANTIL

O trabalho infantil é proibido por lei para menores de 14 anos; nessa idade
o trabalho pode ser como aprendiz e a partir dos 16 anos, como
empregado. A falta de oportunidade de trabalho, a renda baixíssima dos
pais, a não alfabetização, também são fatores que contribuem para a
pobreza. Muito se diz que lugar de criança são na escola, as realidades das
famílias carentes não é obscuro, e o que fazemos para ajudar? Apenas
criticamos ou temos o sentimento de piedade? Há medo, dor, sofrimento no
coração dessas pessoas que trabalham, e falta de caráter daqueles que
exploram esses. A ausência escolar prejudica o presente e o futuro de uma
criança; elas têm menos chance de alcançar um emprego melhor, não
conhecem sua infância e cresce muitas vezes com angustia, dor, raiva
senão dos pais, talvez da sociedade.

LEIS PROTEGEM CONTRA O TRABALHO INFANTIL

No Brasil inteiro, há quatro milhões e 500mil crianças entre cinco e 14 anos


trabalhando, segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). Ele é o terceiro país do continente americano que mais explora
o trabalho infantil, perdendo apenas para o Haiti e Guatemala que são os
primeiros. Ao mesmo tempo, o Brasil tem as leis mais avançadas do mundo
sobre defesa dos direito da criança e do adolescente. É o Estatuto da
Criança e do Adolescente, conhecido como ECA. Essas leis garantem às
crianças o direito à saúde, à escola, à proteção, à convivência em
comunidade e proíbe o trabalho para crianças com menos de 14 anos,
“salvo na condição de aprendiz”. O adolescente com mais de 12 anos pode
trabalhar num serviço educativo, em que aprenda uma profissão, desde que
não atrapalhe seu desenvolvimento e que ele não deixe de freqüentar a
escola.
CRIANÇAS SEM INFÂNCIA

Muitas crianças ajudam os pais nas tarefas de caseiras, como arrumar


cama, enxugar a louça, cuidar de um irmão menor. Ajudar em algumas
tarefas domésticas não faz mal a ninguém. O problema é que atualmente,
no Brasil, muitas crianças trabalham várias horas por dia em olarias, em
carvoarias ou como vendedores ambulantes.
10. PRECONCEITO RACIAL: BARRA/ BAHIA/ BRASIL

Nos séculos XVI e XVII, potências européias buscaram na África e no Novo


Mundo a mão de obra que trabalharia no crescimento de suas colônias.
Populações foram distribuídas, pessoas foram comercializadas como
mercadoria. No Brasil, colônia de Portugal, índios e negros foram explorados.
Com o pretexto de “civilizar”, a igreja também sustentou essa prática.
A Lei Afonso Arinos de 1951, a primeira disposição legal sobre o racismo no
Brasil, estabelecia penas para atos de discriminação de cor e raça em lugares
públicos. A Constituição de 1998 considera a prática do racismo crime
inafiançável, sujeito à pena de reclusão.

GÊNERO E RAÇA: Uma questão de identidade.

Disfarçado, o racismo ainda é a forma mais clara de discriminação na


sociedade brasileira, apesar de o brasileiro não admitir seu preconceito. O
brasileiro tem dificuldade de admitir seu racismo devido ao processo de
convivência cordial que distorce o conflito. Devido a isso, por está dissimulado,
é difícil de ser combatido. A discriminação racial está espalhada pelo Brasil.
Escola e mídia apresentam um modelo branco de valorização. O acesso aos
espaços políticos, aos bens sociais, à produção de pensamento, à riqueza tem
sido determinado pela lógica escravocrata. A discriminação dá-se de duas
formas: direta ou indireta.
Diz-se discriminação direta a adoção de regras gerais que estabelecem
distinções através de proibições. É o preconceito expressado de maneira clara
como, por exemplo, dar tratamento desigual, ou mesmo negar direitos, a um
indivíduo ou grupo determinado.
A discriminação indireta está internamente relacionada com situações
aparentemente neutras, mas que criam desigualdades em relação a outrem.
Essa última maneira de preconceito é a mais comum no Brasil. É espantosa a
naturalidade com que as pessoas, mesmo as públicas, dotadas de cargos
importantes na sociedade, e as pessoas mais esclarecidas, manifestam seu
preconceito. Elas parecem não perceber o que estão fazendo e como
colaboram para a internalização do preconceito, já que suas falas são lidas
como verdades.

O PRECONCEITO NA BAHIA:

O preconceito contra os baianos, paraíbas e nordestinos, é dos mais fortes e


persistentes no Brasil. O estereótipo do baiano como o imigrante pobre,
ignorante, servil, preguiçoso, beócio, sem espírito empreendedor, sem chances
de se tornar alguém pode nos levar a considerar que tal estereótipo se deve a
sua condição de imigrante no Sudeste do Brasil, sendo, portanto produto do
pós – guerra, quando as migrações internas no Brasil substituíram as
migrações internacionais em termos de prover de mão – de- obra a nascente
indústria do Sudeste, principalmente São Paulo.

A LUTA SEGUE POR NOVOS CAMINHOS:

Deveríamos pensar um pouco sobre a história da Bahia, as atitudes e ações


contra as formas mais diferenciadas de preconceito racial. O preconceito racial
na Bahia é muito grande, até por que a população negra é também muito
grande. Poderia ser o inverso, mas o fato de a maioria ser negra acentua ainda
mais os níveis de preconceito. A partir da década de 1970 teve início uma
reviravolta na sociedade, que, histórica e erradamente, era considerada uma
minoria étnica, quando os negros eram e é a maioria da população baiana.
Logo, dois grupos se constituíram para vencer as desigualdades na Bahia: O
OLODUM e o ILÊ AYÊ, em 1974, mas que somente passaram a se expressar
como valor cultural em 1976. Eles tiveram a capacidade de fazer com que uma
parcela da grande população baiana passasse a avaliar a situação do negro na
sociedade, e assim, a equacionar os mecanismos para que a situação fosse
revista. Esses grupos expressam, sobretudo, o que acontece na Bahia, do
ponto de vista de uma cultura “popular”.

SEUS DIREITOS E DEVERES:


Em casos de discriminação racial preste queixa em uma Delegacia de Polícia
ou através do Ministério Público ou em outros órgãos destinados à questão,
munido de duas testemunhas (anote nomes, endereços, telefones). Procure
preservar todos os detalhes do caso, para facilitar os procedimentos legais.
Entre em contato com entidades ligadas ao Movimento Negro ou que
defendem os Direitos Humanos, para obter melhores informações sobre o fato.

15. DIREITOS HUMANOS E O CIDADÃO BARRENSE

Está na moda falar em democracia e direitos dos cidadãos. Isso é ótimo.


Depois da ditadura militar e da aventura colorida, parece que chegamos a fim
a um consenso. Mas basta olharmos em volta para vermos como essa
unanimidade só pode ser ilusória: as raízes autoritárias e elitistas de nossa
formação social ainda permanecem sólidas até hoje em uma boa parcela da
população barrense. O que não deve ser, é claro, motivo para desanimo
estéril, mas, pelo contrário, incentivo a luta. Afinal, de que democracia está
falando?Quem é mesmo o cidadão barrense? E os seus direitos estão sendo
respeitados? Vivenciamos a todo o momento cenas de descriminações contra
todos aqueles que não se encaixam nos padrões excludentes exigidos pela
sociedade e, portanto, a periferia, a pobreza, ou seja, aqueles mais
necessitados ainda não são considerados totalmente pessoas com plenos
direitos. É preciso que a sociedade participe e conscientize dos seus direitos,
cobrando-os, mas também fazendo a sua parte nesse processo de mudanças
tão importantes.

Sabe-se que só a educação é capaz de mudar esta triste realidade, a


educação é a base, o fundamento, a condição, para a democracia.

Estamos sempre ouvindo da população da nossa cidade que os direitos


dos cidadãos estão sendo respeitados, porém é notório que as coisas não são
bem assim, o que não se justifica, o abandono e descaso de uma importante
parcela da população principalmente a população carente que vive somente
de bicos, ajuda do governo federal ou não tem renda nenhuma, tanto da
cidade, quanto do campo são vitimas de alagamentos, fome, falta de
segurança publica, saúde saneamento básico, estradas, muitos ainda se
vêem no isolamento e vivendo no completo abandono em situação de miséria,
sem condições nenhuma para se ter uma vida digna. Mas há muito tempo
atrás era bem pior. Hoje essa realidade é bem melhor houve muitas
mudanças nesse sentido, através da secretaria de assistência social que
desenvolve um trabalho voltado para os mais necessitados em parcerias com
outras secretarias.

As ocasiões em que se propõe a mutilação da cidadania por vários


motivos - desde a cor da pele ate o grau de instrução, classe social e tanto
outros elementos como o preconceito as pessoas com necessidades
especiais negando a elas o direito a acessibilidade de conviver na sociedade
como pessoas diferentes sim porem capazes de interagir, conviver, trabalhar,
produzir e criar suas próprias possibilidades de se desenvolver como cidadãos
que pensam e sabem fazer. A justiça social, por excelência, da democracia,
consiste nessa conquista da igualdade de oportunidades, isso só será capaz
de acontecer através da educação e conscientização da sociedade.
Nascemos desiguais, mais capazes de escrever a nossa própria historia,
quando nascemos ignorantes e não aceitamos as mudanças nos tornam
escravos. E só a educação poderá mudaras mentes preconceituosas desses
indivíduos.

Ainda há um trágico abismo entre os valores dominantes na sociedade


barrense, os quais propiciam à exclusão a educação que oportuniza a
igualdade para todos. A educação ainda é vista como peça fundamental nas
mudanças de mentalidades que consiste na formação do indivíduo através do
desenvolvimento de virtudes. O respeito às leis acima da vontade dos
homens; as leis vistas como “educadoras”. O amor a igualdade e
conseqüentemente o horror aos privilégios. Predomina, entre nós, o culto à
desigualdade, quando aceitamos a realidade de vários tipos de cidadão em
relação ao acesso à justiça, à saúde, à educação estamos respeitando os
direitos humanos do nosso semelhante.

O grande desafio da sociedade e das autoridades barrenses é


conscientizar e fazer com que a população respeite de forma integral aos
Direitos Humanos. A violação sistemática dos direitos fundamentais em nossa
cidade ainda não é compatível com uma cidadania democrática. Direitos
Humanos são aqueles direitos comuns a todos, sem distinção de cor,
nacionalidade, sexo, classe social, religião, etnia, instrução, ou julgamento
moral. Decorrem do reconhecimento da dignidade intrínseca a todo ser
humano. E nós como cidadãos barrenses têm o dever de adotarmos o
compromisso pedagógico com o desenvolvimento dessas virtudes para que
sejam significativas e trabalhar com as perspectivas de mudar mentalidades, o
que é sem dúvida, tarefas das mais difíceis de alcançar, porem não é
impossível, basta cada um fazer a sua parte. É preciso estar consciente que
não deve contar com resultados imediatos, mas gradativo se persistentes.
Aceitar, sobretudo o cidadão como membro de grupos e classes sociais
diferenciados, evitando conflitos, reconhecendo então que o cidadão é sujeito
de direitos e deveres, mas também sujeito criador de direitos.

No entanto é preciso avançar muito nas transformações desse


paradigma, onde ainda existem pessoas que vê o próximo como lixo
descartável e sem valor, na perspectiva de mudanças para dias melhores,
onde nós possamos viver numa sociedade democrática com oportunidades
iguais e que possam viver em harmonia sem distinção, sem preconceitos e
julgamentos de cor, etnia, sexo, classe social, enxergando o outro como
próximo e filho de Deus. Usar o remédio contra todos os males do mundo que
é o amor. È de graça e não custa nada par quem dar e faz muito bem a quem
o recebe. E só assim os direitos humanos serão respeitados.

16. COMO A MULHER É VISTA NO CENÁRIO BARRENSE

A mulher durante milênios se enxergou através do olhar masculino. Foram os


homens que determinaram nossa forma de ser, agir e pensar. Fazendo-nos
acreditar que sempre havia sido assim, e na sua fala nos transmitiam mentiras
e preconceitos que se perpetuam ate hoje nas mentes de alguns homens.

Durante muito tempo as mulheres de modo geral não se questionaram,


não exigiram seus direito não se consideravam capazes de mudar essa
realidade em que viviam isso porque nos foi incutido que éramos inferiores por
não termos as mesmas condições mentais dos homens, sem a mínima
capacidade de sobrevivência. Se não tivéssemos pai, irmão, marido, filho ou
qualquer outro elemento do sexo masculino para nos sustentar, passaria
fome, não teríamos o que vestir, ou seja, na visão do homem éramos
incapazes e completamente dependentes da figura masculina.

A cultura barrense não é nem um pouco diferente das demais culturas. A


mulher foi e é ate hoje para muitos homens uma imagem de inferioridade a
dona de casa, não é difícil encontrarmos homens que ainda mantêm esta
postura preconceituosa e machista, que atravessou os séculos sem que as
mulheres percebessem que isso era uma mentira, já que era ela quem dava
toda uma sustentação e segurança a unidade familiar, eram as mulheres
quem sustentavam e carregavam a família enquanto os homens se
ausentavam temporariamente ou definitivamente. A imagem disseminada ao
longo dos séculos foi de que a mulher era frágil, sem condições de pensar,
criar ou sobreviver sem o homem, servindo apenas como um grande útero
materno que só seria para a reprodução, cozinhar, lavar e passar roupas do
marido. Porém essa cortina de mentiras e preconceitos vem se desfazendo ao
longo dos anos diante de nossos olhos e as mulheres estão cada vez mais
conscientes de seu papel e importância na sociedade. Queremos todas num
único choro e lamento reclamar de tudo, mas com a coragem e muita vontade
de mudança, de ousar e de sempre querer mais a cada dia.

Cabem a nós mulheres barreses, livres dessas mentiras criarem nossos


filhos e filhas não mais a margem desses preconceitos, para que cresçam
conscientes do seu valor e papel de mulher, mãe, esposa dona de casa mais
também uma profissional capaz de fazer tudo que desejar e tiver vontade,
sem sofrer preconceitos e retaliações e que no futuro a mulher barrense seja
realmente valorizada e tenham seus direitos reconhecidos. É nossa a
responsabilidade de mudar esse paradigma. E isso já esta acontecendo. A
mulher barrense não se vê mais como uma pessoa frágil, incapaz, sem valor.
Essa visão ficou no passado junto a todas as historias de desvalorização e
preconceito que existiam contra a mulher.
Muitas delas já acordaram para viver dias de lutas e conquistas
ingressando em associações de Mulheres Beradeiras e Guerreiras do São
Francisco a qual recebe o apoio do Bispo Dom Luís Flavio Cappio, que
pertence a Diocese de Barra. E tem manifestado sua admiração e respeito a
essas heroínas que tanto tem feito para contribuir com o progresso da nossa
princesinha do São Francisco, abrilhantando os nossos dias ajudando na
construção de um novo amanhã. Afinal quem tem mãe sabe respeitar uma
mulher seja ela quem for, branca, negra, mulata. O que importa de verdade é
o seu ser mulher, mãe, esposa e acima de tudo filha de Deus. Nos tempos
atuais em Barra temos orgulho de mulheres que sustentam e ajudam nos
seus lares.

Hoje já é possível ver a mulher barrense atuando-nos diversos campos


de trabalho, principalmente na educação, pode se afirmar que a ação
educativa do município é exercida por mulheres ou pelo menos sua grande
maioria, não podemos esquecer que desde meados do século xx, a presença
da mulher no poder legislativo fez se presente exercendo a função de
vereadora tais como a professora Zênia Lucia Rocha Aragão que em 2000 foi
eleita vice-prefeita, em 2002 Secretaria de Educação do nosso município, em
2004 vereadora e em 2008 novamente vice-prefeita. A professora Joana
Camandaroba e também escritora de livros que retratam a realidade das
pessoas deste município. No campo da cultura temos Inaura Machado, Glafira
Rabelo e tantas outras com talentos brilhantes.

A mulher barrense vem conquistando seu espaço na sociedade de forma


gradativa. É notória no cenário barrense a presença da mulher no campo
político e até na colônia de pescadores. Também já existe uma associação
que valoriza a mulher barrense como uma pessoa importante que tem
sentimentos, e vontade de mudar sua historia de vida, reconhecendo seus
potenciais, suas habilidades e capacidades de criar e comandar sua própria
vida, tornando assim dona de si e capaz de mostrar a sociedade seu valor e
sensibilidade diante de suas forças no cenário barrense. A mulher barrense é
talentosa, é o ser mais belo que a natureza pode criar. Geramos e
alimentamos vidas. Precisamos ser dignas desse talento.
A sociedade aos poucos vem notando o grande avanço que a mulher
tem conquistado no mercado de trabalho através de movimentos sociais como
associações, marcando presença na política e nos esportes, na cultura, na
educação, na religião e em muitos outros setores, a mulher vem procurando
mostrar como esta se situando tornando bem claro, o seu direito no que diz
respeito ao mercado de trabalho, inclusive a mulher barrense.

Os homens barrenses já não podem mais pensar numa mulher


submissa, contudo, ela deve compreender sua função social e buscar a
igualdade de participação, tanto no contexto social, como no econômico,
tendo em vista sua atuação, que é cada vez de mais sucesso na sociedade.

A conscientização da mulher como um ser, só se concretizara


efetivamente quando ela tiver sua independência política e econômica, tiver
consciência de sua real importância e papel nas sociedades e livrando de vez
da idéia de inferioridade ao homem e assumir ativamente sua
responsabilidade na construção do progresso e da paz.

Por tanto é valido ressaltar o brilhante desempenho e sucesso que as


mulheres de nossa cidade estão fazendo, vencendo o preconceito e
conquistando o seu espaço.

17. AS PROFISSÕES MAIS COMUNS NO MUNICÍPIO.

Todas as profissões são importantes para as nossas vidas, pois


dependemos uns dos outros. Além disso, devemos respeitar todas elas, pois
nos auxiliam em nossas vidas. Algumas profissões dependem do estudo
outras não, porém as profissões que dependem dos estudos são profissões
que precisam da prática, ou seja, da pessoa aprender como se faz aquela
tarefa, fazer bem feito e com responsabilidade, requer habilidade,
especialização e dedicação, repetindo várias vezes para que seu trabalho saia
perfeito. No município de Barra há vários tipos de profissões e as mais
comuns são:

O agricultor que produz os alimentos para nós comermos. O motorista


que faz os alimentos chegar até a escola. O lixeiro é uma das profissões mais
importantes, imagine se não existissem esses profissionais para fazer a
limpeza de nossa cidade, como estas ficariam? Sujas, cheias de lixos
acumulados, mal cheirosos onde as doenças se espalhariam com muito mais
facilidade. Os profissionais da saúde como médicos, enfermeiros, agentes de
saúde que cuidam dos doentes e sem condições de curar nosso organismo
sozinho, muitas pessoas morreriam por não receberem tratamentos. O
padeiro que faz os pães e roscas. Os cabeleireiros (as) para cortar os nossos
cabelos e tratar dos mesmos. Os policiais que fazem a nossa segurança. O
carteiro que leva as correspondências. As costureiras que fazem nossas
roupas. O pedreiro que faz lindas casas, prédios, escolas, o pintor. O
carpinteiro que deixa a cidade mais bonita e colorida com sua habilidade de
construir e transformar o que parece feio e sem concerto em verdadeiras
obras de arte. Os políticos que tem o poder de liderar em decisões legislativas
que transforma a vida de cada cidadão. Os religiosos que lideram e amparam
os desamparados em busca de salvação, paz, emprego, dinheiro, harmonia,
saúde e faz o bem sem olhar a quem. O pescador que corre riscos no rio e
deixa o conforto do seu lar em busca de peixes para nos alimentar e também
as lavadeiras que com amor e dedicação faz sua roupa suja ficar limpa,
cheirosa e bem passada para seu patrão agradar.

A secretária do lar que muitas vezes abrem mão de sua própria função
de mãe ou esposa para trabalhar como doméstica, lembrando ainda que a
maioria delas são humilhadas e desvalorizadas. Porém são profissionais
competentes tão importantes como todas as outras que merecem respeito
pelo trabalho que desenvolve.

Os radialistas que correm atrás das noticias e fatos que acontecem no


mundo e principalmente na nossa cidade e no seu interior.

O educador que ensina seus alunos a descobrirem os novos horizontes


do saber. Todas as outras profissões passam pela mão do educador e o
grande objetivo de freqüentarmos a escola é de que possamos acumular
conhecimentos que nos sejam úteis para nossas vidas até passarmos por
uma universidade, adquirido assim uma profissão.
18. O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA

É um conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro que tem como


objetivo a proteção integral da criança e do adolescente, aplicando medidas, e
expedindo encaminhamentos.
ORIGEM

O ECA foi instituído pela Lei 8.069 no dia 13 de julho de 1990. Ela
regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes inspirado pelas
diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988, internalizando
uma série de normativas internacionais:
 Declaração dos Direitos da Criança [1];
 Regras mínimas das Nações Unidas para administração da
Justiça da Infância e da Juventude - Regras de Beijing [2];
 Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da Delinqüência
Juvenil [3].

DESCRIÇÃO

O Estatuto se divide em 2 livros: o primeiro trata da proteção dos


direitos fundamentais a pessoa em desenvolvimento e o segundo trata dos
órgãos e procedimentos protetivos.
Encontram-se os procedimentos de adoção (Livro I, capítulo V), a
aplicação de medidas sócio-educativas (Livro II, capítulo II), do Conselho
Tutelar (Livro II, capítulo V), e também dos crimes cometidos contra crianças e
adolescentes.

CONCEITOS

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao


adolescente.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito
anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de
idade.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de
que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do
poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância
pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais
públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas
com a proteção à infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão,
punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus
direitos fundamentais.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a
que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres
individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como
pessoas em desenvolvimento.

Adolescente

É considerado adolescente a pessoa com idade entre 12 e 18 anos. A


maioridade absoluta é obtida a partir dos 18 anos. Caso o adolescente seja
emancipado, ele pode assinar contrato antes dos 21 anos.
Apreensão

 a criança ou adolescente pode ser aprendido em flagrante

em um roubo ou em outros atos infracionais.

Medida de Liberdade Assistida

Medida só aplicável a adolescentes autores de ato infracional, que


ainda são vulgarmente chamados de infratores, o que é um termo inaceitável
uma vez reconhecidos seus direitos básicos e também sua condição perante o
ECA, de pessoas em processo de formação. Devem ser obedecidos os
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à sua condição peculiar
de pessoa em desenvolvimento. (art. 121).

Crimes e infrações cometidas contra crianças e adolescentes

Pune o abuso do poder familiar, antigamente conhecido como pátrio


poder, das autoridades e dos responsáveis pelas crianças e adolescentes

O reconhecimento dos direitos da criança e do adolescente no Direito


brasileiro
A Constituição brasileira promulgada em 1988 é anterior à Convenção
sobre os Direitos da Criança adotada pela Assembléia Geral das Nações
Unidas em 20 de novembro de 1989, ratificada pelo Brasil em 24 de setembro
de 1990, e com vigência internacional em outubro de 1990, o que demonstra a
sintonia dos constituintes brasileiros com toda a discussão de âmbito
internacional existida naquele momento, sobre a normativa para a criança e a
adoção do novo paradigma, o que levou o Brasil a se tornar o primeiro país a
adequar a legislação interna aos princípios consagrados pela Convenção das
Nações Unidas, até mesmo antes da vigência obrigatória daquela, uma vez
que o Estatuto da Criança e do Adolescente é de 13 de julho de 1990.
Com o peso de mais de um milhão de assinaturas, que não deixavam
sombra de dúvida quanto ao anseio da população por mudanças e pela
remoção daquilo que se tornou comum denominar «entulho autoritário» – que
nessa área se identificava com o Código de Menores – a Assembléia Nacional
Constituinte referendou a emenda popular que inscreveu na Constituição
Brasileira de 1988 o artigo 227, do qual o Estatuto da Criança e do Adolescente
é a posterior regulamentação (PAIVA, 2004, p. 2). Mais do que uma mudança
pontual na legislação, circunscrita à área da criança e do adolescente, a
Constituição da República e, depois, o Estatuto da Criança e do Adolescente
são a expressão de um novo projeto político de nação e de País.
Mas o que representou de fato a adoção desse novo paradigma?
Inaugurou-se no País uma forma completamente nova de se perceber a
criança e o adolescente e que vem, ao longo dos anos, sendo assimilada pela
sociedade e pelo Estado. Isso porque a realidade não se altera num único
momento, ainda mais quando o que se propõe é uma profunda mudança
cultural, o que certamente não se produz numa única geração.
Tinha-se, até então, no Brasil, duas categorias distintas de crianças e
adolescentes. Uma, a dos filhos socialmente incluídos e integrados, a que se
denominava «crianças e adolescentes». A outra, a dos filhos dos pobres e
excluídos, genericamente denominados «menores», que eram considerados
crianças e adolescentes de segunda classe. A eles se destinava a antiga lei,
baseada no «direito penal do menor» e na «doutrina da situação irregular».
Essa doutrina definia um tipo de tratamento e uma política de
atendimento que variavam do assistencialismo à total segregação e onde, via
de regra, os «menores» eram simples objetos da tutela do Estado, sob o
arbítrio inquestionável da autoridade judicial. Essa política fomentou a criação e
a proliferação de grandes abrigos e internatos, onde ocorriam toda a sorte de
violações dos direitos humanos. Uma estrutura verdadeiramente monstruosa,
que logrou cristalizar uma cultura institucional perversa cuja herança ainda hoje
se faz presente e que temos dificuldade em debelar completamente.
A partir da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do
Adolescente, as crianças brasileiras, sem distinção de raça, classe social, ou
qualquer forma de discriminação, passaram de objetos a serem «sujeitos de
direitos», considerados em sua «peculiar condição de pessoas em
desenvolvimento» e a quem se deve assegurar «prioridade absoluta» na
formulação de políticas públicas e destinação privilegiada de recursos nas
dotações orçamentárias das diversas instâncias político-administrativas do
País.
Outros importantes preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente,
que marcam a ruptura com o velho paradigma da situação irregular são: a
prioridade do direito à convivência familiar e comunitária e, conseqüentemente,
o fim da política de abrigamento indiscriminado; a priorização das medidas de
proteção sobre as socioeducativas, deixando-se de focalizar a política da
infância nos abandonados e delinqüentes; a integração e a articulação das
ações governamentais e não-governamentais na política de atendimento; a
garantia de devido processo legal e da defesa ao adolescente a quem se
atribua a autoria de ato infracional; e a municipalização do atendimento; só
para citar algumas das alterações mais relevantes.
Emilio García Méndez afirma que a ruptura substancial com a tradição
do menor latino-americana se explica fundando-se na dinâmica particular que
regeu os três atores fundamentais no Brasil da década de 80: os movimentos
sociais, as políticas públicas e o mundo jurídico (MÉNDEZ, 1998, p. 114).
Outra conseqüência dos avanços trazidos pela Constituição da
República (1988), pela Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) e pelo
próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e, no âmbito local,
também pela Lei Orgânica do Distrito Federal (1993) é a substituição do termo
«menor» por «criança» e «adolescente». Isso porque a palavra «menor» traz
uma idéia de uma pessoa que não possui direitos.
Assim, apesar de o termo «menor» ser normalmente utilizado como
abreviação de «menor de idade», foi banido do vocabulário de quem defende
os direitos da infância, pois remete à «doutrina da situação irregular» ou do
«direito penal do menor», ambas superadas.
Além disso, possui carga discriminatória negativa por quase sempre se
referir apenas a crianças e adolescentes autores de ato infracional ou em
situação de ameaça ou violação de direitos. Os termos adequados são criança,
adolescente, menino, menina, jovem.
O conceito de criança adotado pela Organização das Nações Unidas
abrange o conceito brasileiro de criança e adolescente. Na Convenção Sobre
os Direitos da Criança, «entende-se por criança todo ser humano menor de 18
anos de idade, salvo se, em conformidade com a lei aplicável à criança, a
maioridade seja alcançada antes» (art. 1º – BRASIL. Decreto 99.710, de 21 de
novembro de 1990: promulga a Convenção Sobre os Direitos da Criança.
Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 22 nov. 1990. Seção I,
p. 22256).
Nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente «considera-se
criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 anos de idade incompletos,
e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade» (art. 2°). Dessa forma, os
efeitos pretendidos, relativamente à proteção da criança no âmbito
internacional, são idênticos aos alcançados com o Estatuto brasileiro.
A Emenda Constitucional 45, de 8 de dezembro de 2004, acrescentou
o § 3º ao artigo 5º da Constituição Federal, com esta redação: «§ 3º Os
tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais».
Se antes dessa modificação não era exigido quorum especial de
aprovação, os tratados já incorporados ao ordenamento jurídico nacional
anteriormente à Emenda 45, em razão dos princípios da continuidade do
ordenamento jurídico e da recepção, são recepcionados pela Emenda 45 com
status de emenda constitucional.
Nesse sentido: CALDAS, Vivian Barbosa. Os tratados internacionais de
direitos humanos. A primeira diferenciação advinda do Estatuto foi a
conceituação de criança (aquela até 12 anos incompletos) e adolescente (de
12 a 18 anos), e o tratamento diferenciado para ambos.
O Estatuto criou mecanismos de proteção nas áreas de educação,
saúde, trabalho e assistência social. Ficou estabelecido o fim da aplicação de
punições para adolescentes, tratados com medidas de proteção em caso de
desvio de conduta e com medidas socioeducativas em caso de cometimento de
atos infracionais.
Alguns dos redatores do ECA: Antônio Carlos Gomes da Costa, Paulo
Afonso Garrido de Paula, Edson Sêda, Maria de Lourdes Trassi Teixeira e Ruth
Pistori.

CONTROVÉRSIAS

A implantação integral do ECA sofre grande resistência de parte da


sociedade brasileira, que o considera excessivamente paternalista em relação
aos atos infracionais cometidos por crianças e adolescentes. Tais setores
consideram que o estatuto, que deveria proteger e educar a criança e o
adolescente, na prática, acaba deixando-os sem nenhum tipo de punição ou
mesmo educação. Alegam, por exemplo, que o estatuto é utilizado por grupos
criminosos para livrar-se de responsabilidades criminais fazendo com que
adolescentes assumam a culpa pelos crimes. Não raro, propõem a diminuição
da maioridade penal e tratamento mais duro para atos infracionais. Além disso,
embora o Estatuto impute a responsabilidade pela proteção à criança e ao
adolescente ao Estado, à sociedade e à família, estas instituições têm falhado
muito em cumprirem sua obrigação legal. São frequentes os casos de crianças
abandonadas, morando na rua, ou deixadas em casa, sozinhas, por um longo
período de tempo.

20. MST – E OS ASSENTAMENTOS NA REGIÃO DA BARRA.

A expressão “assentamento” é utilizada para identificar não apenas uma


área de terra no âmbito dos processos de reforma Agrária é também um
espaço heterogêneo de grupos sociais constituídos por famílias camponesas,
que ganha vida depois de desapropriado ou adquirido pelos governos federais
ou estaduais, com o fim de cumprir as disposições constitucionais e legais
relativas à reforma Agrária.

As famílias assentadas têm o compromisso de promover um espírito de


cooperação que crie base material e técnica – científico para repensarmos as
novas relações com a natureza e com os demais seres humanos, e que eleve
a produtividade física dos solos e a produtividade do trabalho. Estimulando a
diversificação produtiva modificando nossos hábitos e atitudes frente à
natureza, alterando nossos hábitos de consumo e de alimentação.

O principal objetivo é estimularas famílias assentadas organizar a


agroindústria de forma cooperativa, tornando assim uma ferramenta
fundamental para agregar valor à matéria – prima produzida, garantindo uma
renda mensal aos associados; assegurando preços aos produtos e
viabilizando a comercialização da produção.
É lamentável que em pleno século XXI o Brasil ainda assista a casos de
violência e morte a trabalhadores (as) rurais que lutam pela terra, igualdade
social, o direito pela terra e manutenção da floresta. O movimento que lidera
estes movimentos hoje em nosso município é o MLST e vem garantindo
grandes vitorias na área de assentamentos e conquistas de terras, no entanto
foi travadas grandes batalhas durante muito tempo no movimento MST e com
as quase tivemos grandes perdas, nesta luta pelo o direto a terra e pela
igualdade social, muitos perderam suas vidas na tentativa de mudar esta
realidade e morreram na esperança de dias melhores para aqueles que
dependem da terra para tirar o seu sustento.

Grandes mártires de Barra derramaram o sangue na luta pela terra e


pela dignidade dos trabalhadores rurais são eles: Carlos Lamarca,
representado como “um herói nacional á altura de Zumbi dos palmares e
Tiradentes, embora ainda não reconhecido pela historiografia oficial”. José
Campos Barreto (Zequinha), que morreu no sertão junto com o capitão
Lamarca; seu irmão Otaniel Campos Barreto, fuzilado pela repressão quando
tentava a fuga; Luiz Antônio Santa Bárbara que oficialmente se suicidou para
não ser preso. E ainda dois militantes da luta pela terra na região: Manoel
Dias, assassinado aos 77 anos de idade, em 1982, por Leão Diniz e 30
pistoleiros no lugarejo de Boa Vista do Procópio, e Josael de Lima, mais
conhecimento como Jota, membro da comissão Pastoral da Terra, morto com
um tiro no peito a mando do mesmo Leão Diniz em 1986, aos 55 anos de
idade, onde reina até hoje o grito por justiça diante da impunidade.

Neste contexto em que vivemos na região da Barra o MLST vem criando


a partir das experiências vivenciadas no campo e através de lutas travadas
contra a violência, ações contra a violência no campo, criando políticas
públicas voltadas para a agricultura familiar, políticas para a promoção da
reforma agrária, fortalecimento da educação e previdência social que atenda
às necessidades de homens e mulheres do campo, melhores condições de
trabalho e salário para trabalhadores rurais, saúde e outros. Obviamente
conquistadas através de reivindicações importantes, porém muitas coisas
estão pendentes, como a atualização dos índices de produtividade, a
suplementação de programas educacionais e culturais das famílias
assentadas. No município de Barra atualmente é o único movimento que vem
ganhando força e um destaque importante até o momento é o MLST –
Movimento de Liberação dos Sem Terra. Esse movimento (MLST) considera
que as ocupações devem ser pacifica e visa democratizar a terra, construir o
poder popular, porque elas são o primeiro passo dos sem–terra garantir sua
sustentação econômica, sua libertação social e o seu desenvolvimento
político, ideológico e cultural, como construtores de uma nova sociedade.

Assim, como em Barra, cada movimento e acampamento devem propor


um assentamento que se transforme em uma comunidade harmoniosa que
lute de forma justa e dentro da legalidade, de maneira simples,
compreendendo a necessidade de se trabalhar em equipe e se dispondo em
manter a disciplina e as decisões do grupo organizadamente, preservando a
natureza e respeitando seus limites.

Referências
1. Organização das Nações Unidas. Resolução 1.386, 20 de
novembro de 1959
2. Organização das Nações Unidas. Resolução 40/33, 29 de
novembro de 1985
3. Organização das Nações Unidas. Anexo do 8º Congresso das
Nações Unidas sobre Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente.

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