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Introdução

O presente trabalho da cadeira de habilidades de vida, saúde sexual e reprodutiva visa debruçar
assuntos ligados com a saúde reprodutiva mas com maior destaque a vícios, tipos de vícios,
causas e consequência dos vícios, drogas, gestão de conflitos, consequência das drogas
psicotrópicas

O presente trabalho tem por objectivo de dotar de ferramentas necessárias para o envolvimento
da vida sexual reprodutiva e evitar a dependência dos vícios

A cadeira de habilidades de Vida, Saúde Sexual e Reprodutiva, Género e HIV& SIDA, sendo
disciplina curricular de aquisição das técnicas e regras profissionais.
A organização deste trabalho, obedeceu o seguinte critério: introdução, desenvolvimento, índice,
conclusão, e bibliografia.

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definição Vícios

De acordo com ERIKSON (1998: 193) afirma que vícios são hábitos repetidos, que são difíceis
de deixar. O termo tem uma conotação negativa moral. Os vícios são classificados como vícios
de deficiência ou de excesso.

Os vícios de excesso são caracterizados por um descontrolo completo, e são prejudiciais, porque
destroem o corpo, os relacionamentos, e levam ao desperdício financeiro
Vícios são coisas distintas em essência: Enquanto a virtude é uma prática saudável, um hábito
que proporciona prazer e faz bem, o vício (do latim "vitium", que significa "falha ou defeito") é
um hábito repetitivo, que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele
convivem. Na forma pouco prejudicial, é uma aceitação completa ou afinidade completa por uma
coisa. Na forma perigosa, o vício caracteriza-se pelo descontrolo total de uma pessoa, em relação
a alguma coisa.

Também conhecido como vício do quer comigo, é um vício muito actual. Muitas vezes, o chat-
vício anda lado a lado com o nerd-vício. Quando a pessoa se torna viciada em chat, adquire um
vocabulário diferente. Este vício é curado aos poucos, quando o usuário percebe a droga, em que
está metido. Não há cura imediata, para isto.

Vícios de linguagem não são relativos a drogas, mas é uma droga ler um texto cheio de vícios de
linguagem. Os vícios de linguagem referem-se à condução das frases, e, às vezes, dificultam o
entendimento. Este vício é mais brando, e não causa crises de abstinência nas pessoas que tentam
largar este vício.

Tipos de Vícios

Os vícios classificam-se em vícios por deficiência e por vícios em excesso. Por exemplo: Ambos,
o excesso ou a falta de exercícios, tornam o corpo débil, Ambos, o excesso ou a falta de
alimentos, também tornam o corpo débil.

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O vício em excesso é prejudicial, porque destrói o corpo e a própria pessoa. De vez em quando,
beber, fazer compras, comer muito, etc., não é ruim; só se torna prejudicial, quando já se está a
praticar todos os dias. O problema é que, quando as pessoas são impedidas do seu vício,
aumenta-se-lhes o nível de ansiedade e tornam-se violentas. O vício também é mau, quando leva
ao desperdício de dinheiro, e se prejudica a família e o próprio viciado. Ou quando é prejudicial
para a saúde (abuso do álcool, do tabaco, comida em excesso, etc.)

As causas do vício

Cada indivíduo tem o seu próprio vício, se trata de um vício por comida e bebidas, por compras,
por jogos de azar, por tabaco ou mesmo pelas drogas proibidas.

Motivos para ter vícios:


O vício ajuda a conseguir a sua auto-estima, e na construção da autoconfiança;
 Relaxar os nervos;
 Libertar-se e reduzir o stress;
 Libertar-se de emoções ocultas;
 Ultrapassar a depressão, a tristeza ou a raiva;
 Entretenimento;
 Fugir da realidade e esquecer problemas.
O nosso sistema nervoso possui células especiais chamadas transportadoras, que levam
substâncias, como os harmónios e os neurotransmissores, para locais específicos, no cérebro.
Esses elementos têm o poder de nos excitar ou relaxar, e constituem as respostas naturais que
damos aos estímulos do meio ambiente.
O vício, portanto, será sempre causado por uma mistura de amor, necessidade e prazer.

Consequências /efeitos do vício

 Queimadura, azia, má digestão,


 Criar dívidas para ostentar o vício
 Criar inimigos

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 Dificuldades em pensar em outras coisas para além do vício
 Sentir-se ansiosos e agressivos
 O interesse pela vossa vida social diminuiu
 Sentimento de culpa, às vezes
 Deixar de assumir ou cumprir alguns compromissos pessoais e familiares.
Todos nós precisamos de nos controlar, para não nos tornarmos viciados em alguma coisa. Tudo
o de que precisamos é disciplina e ter em mente que há, no mundo, hábitos para o bem, que não
irá prejudicar o nosso corpo e nos darão um futuro melhor.

Conceito de Dependência

Para Rossi, A.M. (2007:45), define que a dependência é um conjunto de fenómenos


comportamentais, cognitivos e fisiológicos, que se desenvolvem, com o repetido consumo de
uma substância psicoativa. Anda tipicamente associada ao desejo poderoso de tomar a droga, à
dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente, apesar das suas consequências
nefastas, e à prioridade dada ao uso da droga, em detrimento de outras actividades e obrigações.
O termo foi recomendado em 1964, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para substituir
outros termos, com maior conotação moral negativa, como o termo "vício".
Uma pessoa é considerada dependente, se o seu nível de consumo incorrer em pelo menos três
dos sinais mencionados em cima, ao longo dos últimos doze meses, que antecedem o
diagnóstico.

Tipos de dependência

Dependência Física

Quando a droga é utilizada em quantidades e frequências elevadas, o organismo defende-se,


estabelecendo um novo equilíbrio, em seu funcionamento, e adaptando-se à droga. De tal forma
que, na falta dela, funciona mal. A dependência física é o resultado da adaptação do organismo a
uma droga. O que torna impossível a suspensão brusca da droga. Pois a suspensão da droga
provoca múltiplas alterações somáticas, por exemplo, o "delirium tremens" (= o corpo não
suporta a abstinência, entrando em estado de pânico).
Dependência Psicológica

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O indivíduo em estado de dependência psicológica sente um impulso constante de fazer uso das
drogas, a fim de evitar o mal-estar. É uma condição, em que a droga produz um sentimento de
satisfação e um impulso psicológico, exigindo o uso periódico ou contínuo da droga, para
produzir prazer ou evitar desconforto.

Causas da Dependência

 Forte desejo ou compulsão de consumir drogas;


 Consciência subjectiva de dificuldades na capacidade de controlar a ingestão de drogas;
 Uso de substâncias psicoactivas, para atenuar sintomas de abstinência, com plena
consciência da efectividade de tal estratégia;

Conceito droga

A Organização Mundial de Saúde define droga como toda a substância química, natural ou
sintética, que, introduzida no organismo, lhe modifica as funções. No sentido comum, considera-
se droga uma substância nociva ao indivíduo. Em termos jurídicos, consideram-se drogas as
substâncias ou produtos capazes de causar dependência.

Drogas naturais, as que são obtidas, através de determinadas planta, de animais, ou de alguns
minerais. Exemplos: a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o
THC tetrahidrocanabiol (da planta cannabis sativa).

Drogas semi-sintéticas, as que são produzidas, a partir de drogas naturais, com alterações
químicas produzidas artificialmente, em laboratório. Como o crack, a cocaína, os cristais de
haxixe.
Drogas sintéticas, as que são substâncias ou misturas de substâncias exclusivamente psicopatias
produzidas através de meios químicos, no laboratório, e cujos principais componentes activos
não se encontram na natureza. A maioria das drogas sintéticas apresenta

As drogas psicotrópicas agem no sistema nervoso central, produzindo alterações de


comportamento, de humor e de cognição, e levam à dependência. Um exemplo: a aspirina actua

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no cérebro, para impedir a dor, mas não modifica o comportamento. Por isso, não é uma droga
psicotrópica, é uma droga medicamentosa, não ilícita.

Origem vegetal:

O THC (da canábis sativa): apresenta uma mistura de efeitos – estimuladores, acalmantes e
alucinogénicos. Entre os efeitos imediatos do consumo da cannabis estão o relaxamento e a leve
euforia; enquanto alguns efeitos colaterais indesejáveis imediatos incluem uma diminuição
passageira na memória de curto prazo, a boca seca, as habilidades motoras levemente debilitadas,
e a vermelhidão dos olhos. Os efeitos físicos e neurológicos de curto prazo mais comuns incluem
o aumento da frequência cardíaca e do apetite. Além dos danos respiratórios, quando fumado,
poucos efeitos nocivos sobre a saúde foram documentados, para o uso crónico da cannabis.

Origem sintética:

A acção de cada psicotrópico depende do tipo da droga (estimulante, depressora ou


perturbadora), da via de administração (injecção, fumar, etc.), da quantidade da droga, do tempo
e da frequência do uso, da qualidade da droga, da absorção e da eliminação da droga pelo
organismo, da associação com outras drogas, do contexto social, bem como das condições
psicológicas e físicas do indivíduo.

Uso de droga

É comum distinguir o abuso, do uso de drogas, no seu consumo normal. Esta classificação
refere-se à quantidade e periodicidade, em que ela é usada.
Os usuários podem ser classificados como: experimentador, usuário ocasional, habitual e
dependente.

Motivos associados ao uso

Os motivos, que, normalmente, levam alguém a provar ou a usar drogas, incluem:

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 A Impressão de que elas podem resolver todos os problemas pessoais, sociais,
financeiros, ou aliviar as ansiedades;
 A Influência de amigos, dos traficantes, assim como da sociedade, e da publicidade dos
fabricantes;

Consequências das drogas psicotrópicas


Consequências físicas
 Lapso de memória, pouca atenção, dificuldade de concentração;
 Fraca coordenação motora, fala incoerente;

Consequências sócio-económico-culturais

Queda no rendimento escolar, com atraso sócio-cultural do indivíduo;


Aumento de delitos (furtos, roubos, assassínios, etc.);
Gerador de indisciplina social, desordem e exploração;
Facilitador do enriquecimento ilícito generalizado;
Possibilidade do desenvolvimento paralelo de outras actividades ilícitas e ilegais.

Consequências mentais:

 Perda da auto-estima e da autodisciplina;


 Diminuição do interesse por actividades de lazer e profissionais;
 Introspecção (observação dos próprios pensamentos ou sentimentos);
 Instabilidade, inquietação e insónia; ou, ao contrário, depressão e sonolência;
É muito difícil generalizar os motivos, que levam uma pessoa a usar drogas. Cada um de nós tem
as suas razões práticas, e algumas delas não são claras nem sequer para nós mesmos. Na maioria
dos casos, não há apenas um, mas diversos factores, que nos levam a usar drogas. Por exemplo, a
curiosidade, o desejo de esquecer problemas, a tentativa de superar a timidez ou a insegurança, a
insatisfação com a própria aparência física.
É importante que a família, amigos e pares ofereçam apoio, sem culpar ou julgar, para ajudar o
indivíduo a reflectir sobre os danos do uso da droga, e a identificar alternativas saudáveis e a
procurar ajuda profissional e competente.

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As habilidades de vida

Todas as pessoas buscam, de uma maneira ou de outra, ser felizes, estar bem consigo mesmas.
Mas nem sempre os meios que se usam, para chegar a este fim, são os acertados. Ou, ainda mais,
achamos que isso há-de chegar, por si mesmo.
Nem sempre isso acontece. É preciso pensar que são necessárias certas habilidades, para
podermos atingir esse objectivo da felicidade.
O que nos propomos, neste módulo, são algumas ferramentas, que podem ajudar e facilitar, na
prevenção do HIV. O método já é muito conhecido: é o método ABC:
A = Abstinência do sexo,
B = Be faithful, seja fiel
C = Condom, o preservativo.
Mas nós, numa visão holística da vida, propomos o ABCD, que significa muito mais.
A= abstinência, de tudo quanto possa destruir o projecto de vida. Isto é, temos de abster-nos da
mentira, da corrupção, do estigma, do sexo desprotegido, do álcool, das drogas, da violência, da
poluição do meio ambiente.
B = be faithful significa fidelidade: em primeiro lugar, fidelidade a ti mesmo e ao teu projecto da
vida, ao teu corpo, à tua família, à tua igreja, ao teu parceiro, a Deus,
C= change, mudança. É tempo de escolher, de fazer escolhas responsáveis, de transformação.
D= danger perigo. Para chegar a ter uma vida em plenitude, devem evitar-se os perigos, como,
por exemplo, o das drogas, o do HIV.
Portanto, desenvolver o método do ABCD implica, da tua parte, a elaboração e realização de um
projecto de vida, assim como aprender a gerir recursos e conflitos. Estes elementos são
importantes, para realizar o Projecto de vida.

Gestão de Tempo
De acordo com UNESCO UNAIDS. (2009), O tempo é um recurso fundamental. Sempre nos
parece que tempo tem nós em abundância. Mas, ao fim do dia, muitas vezes verificamos o
contrário: o dia passou, sem eu me aperceber, e não tive tempo para, Saberes organizar o teu
tempo ajudar-te-á a realizar do teu projecto. Ao fim do dia, ficarás contente, quando tiveres
usado bem o teu tempo e conseguido avançar, nas tuas metas estabelecidas.

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Ser fiel a mim mesmo é respeitar o meu tempo e o tempo dos outros, o meu espaço e o espaço
dos outros. Facilmente podemos desviar o nosso projecto.

Gestão de bens e de dinheiro

Os recursos materiais são necessários, para a implementação de qualquer projecto. E um deles é


o dinheiro. Gerir bem o dinheiro requer esforço, tempo e humildade, seja para as finanças
pessoais, seja para a gestão empresarial.
Existem algumas práticas, que podemos compartilhar, para te ajudar a gerir melhor o teu dia-a-
dia, e todos os aspectos financeiros relacionados. Uma boa gestão, uma boa administração dos
recursos económicos, materiais e pessoais vai fazer a diferença, na implementação do teu
projecto de vida.

Gestão de Conflitos

Os conflitos são uma realidade da nossa vida. Aprecem, quando pessoas singulares ou grupos
têm objectivos, ideias e interesses aparentemente contraditórios.
Nem sempre os conflitos são negativos. Podem ser uma oportunidade de crescimento, e não de
obstáculo, na realização do projecto de vida. Os conflitos podem ser uma chance para:
 Mudanças sociais, inovações, e redefinição da sociedade
 Informação e comunicação, em relações interpessoais
 Mostrar limites e posições Claras
 A criação de novas ideias

Tipos de conflitos

 Conflitos intrapessoais: são conflitos dentro da própria pessoa.


 Conflitos interpessoais: são conflitos entre uma e outra ou mais pessoas
 Conflitos intra-grupais: são conflitos dentro de um determinado grupo – podem ser
religiosos, étnicos, sociais, políticos.
 Conflitos intergrupais: são conflito.

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Conclusão

Depois de uma investigação e análise sintética o estudante conclui que a dependência é um


conjunto de fenómenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos, que se desenvolvem, com o
repetido consumo de uma substância psicoactiva. Anda tipicamente associada ao desejo
poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente, apesar
das suas consequências nefastas, e à prioridade dada ao uso da droga, em detrimento de outras
actividades e obrigações.

O vício em excesso é prejudicial, porque destrói o corpo e a própria pessoa. De vez em quando,
beber, fazer compras, comer muito, etc., não é ruim; só se torna prejudicial, quando já se está a
praticar todos os dias. O problema é que, quando as pessoas são impedidas do seu vício,
aumenta-se-lhes o nível de ansiedade e tornam-se violentas.

Em suma o vício caracteriza-se pelo descontrolo total de uma pessoa, em relação a alguma coisa.

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Referência bibliográfica

UNESCO UNAIDS. International Technical Guidance on Sexuality Education. An Evidence


informed approach for schools, teachers and health educators. Vol 1. Paris.2009.
ERIKSON, E. H. Infância e Sociedade. 2ª Edição: Zahar editores. Rio de Janeiro.1998.
ROSSI, A.M.Avalie sua auto-estima. 1998.

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