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Universidade de Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distancia

Centro de Recursos de Nampula

Tema: Compactação do solo e o fenómeno como, forma de degradação

Manuel João Alberto

Código: 708212599

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Pedageografia

Ano de frequência: 1º

Turma: M

Nampula, Maio de 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distancia

Centro de Recursos de Nampula

Tema: Compactação do solo e o fenómeno como, forma de degradação

Manuel João Alberto

Código: 708212599

Trabalho de campo da cadeira de Pedogeografia a


ser submetido ao curso de Licenciatura em Ensino
de Geografia e a ser apresentado ao:

Tutor: Arlindo Henriques António Canthema

Nampula, Maio de 2022

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Análise e
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bibliográfica
nacional e
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internacionais
relevantes na área
de estudo
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dados
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Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
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gerais
espaçamento entre
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Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

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Índice
Introdução .................................................................................................................................. 5

Compactação do solo e o fenómeno como, forma de degradação ............................................. 6

Compactação do solo ................................................................................................................. 7

Acidificação ............................................................................................................................... 7

Os principais factores de erosão do solo .................................................................................... 8

Erosão ........................................................................................................................................ 8

A Erosão do Solo ....................................................................................................................... 8

Lixiviação .................................................................................................................................. 9

A salinização .............................................................................................................................. 9

As cheias e os desabamentos de terras ....................................................................................... 9

Erosão do solo ou edafica ........................................................................................................ 10

Tchernozion ............................................................................................................................. 11

Loess ........................................................................................................................................ 12

Latossolos ................................................................................................................................ 13

A degradação do solo ............................................................................................................... 13

Plantio Correcto ....................................................................................................................... 13

Manejo Adequado .................................................................................................................... 13

Sistema de Irrigação ................................................................................................................. 13

Reflorestamento e adubação verde .......................................................................................... 14

Rotação de culturas .................................................................................................................. 14

Conclusão................................................................................................................................. 15

Referencia bibliografia............................................................................................................. 16

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Introdução

O presente trabalho aborda conteúdo relacionado com compactação do solo e o fenómeno


como, forma de degradação. A compactação é caracterizada pelo aumento da densidade do
solo e a perda da porosidade. Os principais motivos desse tipo de degradação são o pisoteio
do gado, o tráfego de máquinas agrícolas e o manejo do solo em condições inadequadas de
humidade. Em geral, solos compactados são impermeáveis, o que impede a penetração de
água e nutrientes, causando sua infertilidade. Porem o trabalho visa explicar as formas de
degradação do solo; definir a compactação do solo;

A Compactação do solo ocorre quando este é sujeito a uma pressão mecânica devido ao uso
de máquinas ou ao sobre pastoreio, em especial se o solo não apresentar boas condições de o
perabilidade e de transitabilidade, sendo a compactação das camadas mais profundas do solo
muito difícil de inverter.
A compactação reduz o espaço poroso entre as partículas do solo, deteriorando a estrutura do
solo e, consequentemente, dificultando a penetração e o desenvolvimento de raízes, a
capacidade de armazenamento de água, o arejamento, a fertilidade, a actividade biológica e a
estabilidade. Além disso, quando há chuvas torrenciais, as águas já não conseguem infiltrar-
se facilmente no solo compactado, aumentando os riscos de erosão e de cheias. Estima-se que
quase 4% do solo europeu se encontra afectado pela compactação.

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Compactação do solo e o fenómeno como, forma de degradação

Os metais pesados, incorporados nos adubos e na alimentação animal, constituem um


problema suplementar, nomeadamente em termos das suas potenciais penetrações na cadeia
alimentar. Os sistemas de produção agrícola que não asseguram o equilíbrio entre factores de
produção e produtos, relativamente ao solo e aos terrenos confinantes, geram desequilíbrios
de nutrientes no solo, conduzindo frequentemente à contaminação das águas subterrâneas e
superficiais, como é o caso da contaminação por nitratos: a deposição de azoto (em resultado
de emissões provenientes da agricultura, do tráfego automóvel e da indústria) causa um
enriquecimento indesejado deste nutriente no solo e diminuição subsequente da
biodiversidade, podendo provocar a eutrofização das águas.
De acordo com o relatório do Estado das Florestas na Europa (2002), só se encontram
deposições de azoto superiores a 22.4 kg/ ha/ano em parcelas estudadas da Europa Central e
Oriental. Relativamente aos herbicidas, há indícios de que alguns destes suprimem
consideravelmente a actividade das bactérias e dos fungos do solo.
Em 1992, eram produzidas 6.6 milhões de toneladas de lamas (matéria seca), por ano, na UE.
As lamas de depuração, produto final do tratamento de águas residuais, contêm matéria
orgânica e nutrientes valiosos para o solo, como o azoto, o fósforo e o potássio.
No entanto, também estão potencialmente contaminadas por organismos patogénicos (vírus e
bactérias) e poluentes, como metais pesados e compostos orgânicos pouco biodegradáveis,
podendo a sua aplicação no solo levar ao aumento das concentrações destes compostos no
solo, comriscos subsequentes para a fauna e flora.
Desde que a contaminação seja prevenida e controlada na fonte, a aplicação cuidadosa e
controlada de lamas de depuração no solo não deve causar problemas podendo até ser
benéfica, pelo aumento da carga de matéria orgânica do solo.
Dados os custos de extracção dos contaminantes presentes no solo serem muito elevados, é
imperativa a prevenção de novas contaminações, nomeadamente através da gestão de
resíduos e implementação de sistemas de monitorização e alerta rápido.
A impermeabilização consiste na cobertura do solo pela construção de habitações, estradas e
outras ocupações, reduzindo a superfície do solo disponível para realizar as suas funções,
nomeadamente a absorção de águas pluviais. As áreas impermeabilizadas podem ter grande
impacte nos solos circundantes por alteração dos padrões de circulação da água e aumento de
fragmentação da biodiversidade e seus ecossistemas.

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O aumento da impermeabilização do solo é inevitável, em grande parte determinado pela
ausência de estratégias de ordenamento do território, que não tomam em consideração os
efeitos da perda de solos insubstituíveis, quer ao nível da produção alimentar, quer ao nível
da conservação da natureza e controlo de cheias. As consequências da impermeabilização são
extremamente prejudiciais para o desenvolvimento sustentável, não apenas para a agricultura.
Tenha-se presente os efeitos catastróficos da impermeabilização dos solos na periferia dos
grandes centros urbanos de construção efectuada em leitos de cheia de cursos de água, que
para além da perda de solos de qualidade (veja-se o que se passa com os solos de mancha de
basalto da região de Lisboa), provocam periodicamente acentuados danos para as populações.
Compactação do solo

A compactação é caracterizada pelo aumento da densidade do solo e a perda da porosidade.


Os principais motivos desse tipo de degradação são o pisoteio do gado, o tráfego de máquinas
agrícolas e o manejo do solo em condições inadequadas de humidade. Em geral, solos
compactados são impermeáveis, o que impede a penetração de água e nutrientes, causando
sua infertilidade

A Compactação do solo ocorre quando este é sujeito a uma pressão mecânica devido ao uso
de máquinas ou ao sobre pastoreio, em especial se o solo não apresentar boas condições de o
perabilidade e de transitabilidade, sendo a compactação das camadas mais profundas do solo
muito difícil de inverter.
A compactação reduz o espaço poroso entre as partículas do solo, deteriorando a estrutura do
solo e, consequentemente, dificultando a penetração e o desenvolvimento de raízes, a
capacidade de armazenamento de água, o arejamento, a fertilidade, a actividade biológica e a
estabilidade. Além disso, quando há chuvas torrenciais, as águas já não conseguem infiltrar-
se facilmente no solo compactado, aumentando os riscos de erosão e de cheias. Estima-se que
quase 4% do solo europeu se encontra afectado pela compactação.
A redução da biodiversidade nos solos por deficientes práticas agrícolas ou por outras razões
já apontadas, torna-os mais vulneráveis à degradação. Por isso, a biodiversidade do solo é
frequentemente utilizada como indicador geral do estado de saúde deste, tendo-se
evidenciado a eficácia dos sistemas de agricultura racionais na preservação e aumento da
biodiversidade. No entanto, a quantificação da biodiversidade do solo é extremamente
limitada, estando confinada a projectos ao nível da parcela.
Acidificação

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Acidificação é quando ocorre a diminuição do pH no solo, aumento do alumínio tóxico e
diminuição da saturação por bases.

Como consequência, a terra ácida limita produtividade de culturas e dificulta o crescimento


de vegetação. Isso porque a disponibilidade dos nutrientes essenciais às plantas é reduzida em
pH baixo, além de ser prejudicial ao micro-organismos presentes no solo.

Os principais factores de erosão do solo

Erosão

Segundo Pena, Rodolfo (2000), defende que, a erosão é um processo natural, que pode ser
intensificado pela actividade humana. Em resumo, ele consiste no desgaste dos solos e das
rochas devido à acções de agentes externos, principalmente, o vento e a chuva. Como
resultado, ocorre a alteração do relevo, que pode ocupar grandes áreas e, consequentemente,
diminuir a fertilidade do solo pelo esgotamento de nutrientes.

O desmatamento é outro factor que pode agravar esse tipo de degradação, visto que,
pode provocar o deslizamento de terras, principalmente em áreas de encostas (morro
e montanhas) e retirar as camadas férteis da terra. Isso porque a vegetação funciona
como uma camada protectora responsável por diminuir o impacto da água e os
efeitos dos ventos sobre a superfície do solo (Pena, Rodolfo (2000).

A Erosão do Solo

A primeira etapa na conservação do solo consiste em impedir a sua perda devida à erosão. A
camada arável é particularmente vulnerável à erosão se não for protegida por plantas ou por
folhagem seca de protecção ou por outras medidas. Depois da perda da camada arável, o solo
é geralmente menos produtivo, o que resulta num rendimento fraco das culturas da horta. O
desafio consiste, pois, em proteger o solo das hortas, utilizando-o para a produção alimentar e
para outras actividades não alimentares.
A erosão do solo é causada principalmente pelo vento e pela água, mas também por práticas
de cultivo incorrectas. A chuva e o vento arrancam as partículas do solo, levando-as para
longe. Quando o solo está descoberto ou quando a vegetação é pobre, a água da chuva
escorre, em vez de penetrar no solo, levando consigo a frágil camada arável. Um solo em
declive e um solo leve, contendo pouca matéria orgânica, são ambos propensos à erosão.

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A erosão do solo é um problema em regiões com pouca vegetação, particularmente nas zonas
áridas e semi-áridas de África. Nas zonas tropicais húmidas, a erosão não era considerada um
problema quando a terra estava no seu estado natural, porque uma vegetação natural variada
cobria o solo permanentemente.
Lixiviação

A lixiviação é responsável por causar a infertilidade do solo. Isso ocorre devido à lavagem
superficial dos sais minerais do solo, podendo gerar a formação de voçorocas grandes e
extensos sulcos (fendas)

A salinização

A solenização consiste na acumulação de sais solúveis de sódio, magnésio e cálcio nos solos,
reduzindo a fertilidade dos mesmos. Este processo resulta de factores como a irrigação (a
água das regas apresenta maiores quantidades de sais, sobretudo em regiões de fraca
pluviosidade, com elevadas taxas de evapotranspiração ou cujas características constitutivas
do solo impedem a lavagem de sais), manutenção das estradas com sais durante o Inverno e
exploração excessiva de águas subterrâneas em zonas costeiras (causada pelas exigências da
crescente urbanização, indústria e agricultura nestas zonas), conduzindo a uma diminuição do
nível dos lençóis freáticos e à intrusão da água do mar.
A salinização do solo afecta cerca de 1milhão de hectares na UE, principalmente nos países
mediterrâneos, constituindo uma das principais causas de desertificação.
As cheias e os desabamentos de terras

As cheias e os desabamentos de terras são, na sua maioria, acidentes naturais intimamente


relacionados com a gestão do solo, causando erosão, poluição com sedimentos, danificação
de edifícios e infra-estruturas e perda de recursos do solo, com subsequente impacte sobre as
actividades e vidas humanas.
Buscando a ideia de Galeti (1973), justifica que:
“ As cheias podem, em alguns casos, resultar do facto de o solo não desempenhar o
seu papel de controlo dos ciclos da água devido à compactação ou à
impermeabilização, podendo também ser favorecidas pela erosão causada pela
desflorestação, abandono de terras ou até pelas próprias características do solo”.

Como os processos de degradação estão estreitamente interligados, o efeito combinado de


acções contra ameaças específicas será benéfico para a protecção do solo em geral. Todos os

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interesses existentes de conservação e exploração do solo deverão assim ser harmonizados de
forma a permitir o desempenho total das suas funções.
Podemos assim constatar que, se por um lado, a variabilidade do solo exige a incorporação de
um forte elemento local nas políticas respectivas, por outro, também é necessária
incorporação de um componente global, pelas consequências mais amplas do solo,
nomeadamente em termos de segurança alimentar, protecção das águas e biodiversidade,
devendo ainda ter-se em atenção o facto do solo, ao contrário do ar e da água, estar
geralmente sujeito a direitos de propriedade, dificultando a aplicação de políticas de
protecção e conservação, pois requer a aceitação de proprietários e gestores de terras.
Erosão do solo ou edafica
Sem a intervenção humana, os danos ao solo decorrentes da erosão provavelmente seriam
compensados pela formação de novos solos na maior parte da Terra.
A sedimentação representa o termo final da erosão e do transporte de fragmentos inorgânicos
que, depositados, constituem as rochas sedimentares. Estas, por sua vez, quando misturadas
aos elementos orgânicos (biológicos), transformam-se em solos. A sedimentação representa,
por conseguinte, um predomínio da força de gravidade sobre a força transportadora,
originando depósitos de rochas desagregadas ou materiais orgânicos. Fertilizante, substância
ou mistura química, natural ou sintética, utilizada para enriquecer o solo e estimular o
crescimento vegetal.
Para Alves Andressa (2004), justifica que:

“Os solos virgens contêm quantidades adequadas dos elementos necessários para a
correcta nutrição das plantas. Porém, quando uma determinada espécie é plantada,
ano após ano, no mesmo lugar, o solo pode esgotar-se. É quando se faz necessário
repor os nutrientes com fertilizantes”.

Os três elementos presentes em quase todos os fertilizantes são o nitrogénio, o fósforo e o


potássio. Um fertilizante pode ser considerado completo quando contém os três elementos. A
composição é codificada com a ajuda de três números. Assim, um 5-8-7 é uma fórmula (em
geral preparada na forma de pó ou em grânulos) que contém 5% de nitrogénio, 8% de fósforo
e 7% de potássio.
Desertificação, termo que se aplica à degradação das terras em regiões secas, devida
fundamentalmente ao impacto humano. Nesse contexto preciso, "terras" inclui a superfície da
terra, o solo e os recursos hídricos locais e a vegetação ou as colheitas.

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A desertificação tem sido identificada como uma série de processos que afectam as terras
secas de todo o mundo. Estes processos incluem a erosão pela água e o vento, junto com as
sedimentações produzidas por ambos agentes, a diminuição a longo prazo da diversidade da
vegetação natural e a salinização.
Cabe dizer que a desertificação foi o primeiro problema ambiental a ser considerado de
carácter global, reconhecimento que foi formalizado na Conferência sobre Desertificação das
Nações Unidas (ONU), realizada em Nairobi em 1977.
Nessa ocasião foi elaborado um mapa dos desertos, no qual a Espanha foi o único país da
Europa Ocidental representado, com alto índice de desertificação em todo o sudeste espanhol.
Foi então, também, quando ficou claro que as ameaças de desertificação no Brasil não se
limitavam ao semi-árido do Nordeste, mas incluíam regiões férteis, tais como porções dos
estados do Rio Grande do Sul e Goiás
Terra roxa
Terra roxa, constituída de solos lateríticos muito ricos em matéria orgânica mas que, expostos
à erosão quando aproveitados com culturas abertas, sofrem degradação facilmente e
apresentam difícil recuperação.
Esta denominação popular foi dada pelos colonos imigrantes da região sul às argilas férteis de
coloração vermelha (ou rossa, em italiano), resultante da decomposição das rochas basálticas.
Sua ocorrência é comum no sul do Brasil, onde os derrames basálticos -trapps do Paraná -
ocorreram no período Triássico, na era secundária ou Mesozóica.
Tchernozion

Tchernozion denominação do solo negro existente em regiões de clima semi-árido, de verão


seco e quente com inverno muito frio e grandes precipitações de neve. Pertence ao grupo dos
solos azonais– aqueles em cuja formação o factor dominante é a desagregação da rocha
matriz, e não o clima ( Moreira João 2009).
Tem coloração negra, proveniente da abundância de conteúdo orgânico (húmus) e espessura
média de 1 m; de modo geral, é um solo de topografia plana onde a cobertura vegetal é
constituída por gramíneas. Sua denominação provém do russo (tcherno, negrume, e zion,
terra), e também é aceita a forma chernozen.
Conforme Moreira João Carlos (2009), defende que este tipo de solo é pouco alcalino,
por ser a evaporação muito superior à precipitação, e também pela existência no
subsolo de um lençol freático com profundidade constante, o que aumenta o
transporte dos sais da rocha para o solo, conferindo-lhe extraordinária fertilidade.

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Loess

Loess a importância económica dos depósitos de loess está no fato de enriquecer os solos
para a agricultura. Seu comportamento em mecânica dos solos, porém, é um problema
concernente à engenharia civil.
Segundo a definição clássica, loess é um siltito (depósito de limo) homogéneo, de cor
amarelada, não estratificado, geralmente permeável, poroso, inconsolado, que forma paredões
abruptos. Actualmente, essa definição não é totalmente aceita, pois verificou se que os
depósitos de loess se compõem de uma sucessão cíclica de membros, em que o loess
verdadeiro, com espessura de um a cinco metros, alterna-se com solos fósseis, material
proveniente de solifluxão e areias ou cascalhos.
A melhor classificação do loess é a que se baseia na distribuição grânulo métrica. A análise
mostra a presença de quarenta a cinquenta por cento de partículas entre 0,01 e 0,05mm, cinco
a trinta por cento de partículas argilosas (menos de 0,005mm) e cinco a dez por cento de
partículas arenosas (acima de 0,05mm).
Os depósitos de loess são particularmente importantes nas zonas semiáridas dos grandes
desertos, como no norte da China, mas também ocorrem em zonas temperadas, como no sul e
leste da Europa, na Patagónia e nas pradarias norte-americanas.
Várias hipóteses tentam explicar a origem do loess, porém a mais aceita é a que o considera
proveniente de material periglacial transportado e depositado pelo vento. De composição
mineralógica bastante uniforme, o loess tem o quartzo como constituinte principal, numa
proporção de quarenta a oitenta por cento, com a média situada em 65%. Logo depois vem o
feldspato, com dez a vinte por cento, e o magnésio, com até 35%, juntamente com o cálcio,
sob a forma de carbonatos.
O conteúdo desses carbonatos e a forma pela qual eles se apresentam são determinados pelas
condições ambientais. O conteúdo em calcário é maior nas regiões secas, onde há mais
camadas que nas regiões chuvosas, nas quais predominam minerais argilosos.
Massapê
Para Da Costa (1991), defende que, “Massape nome popular dado ao solo argiloso
proveniente da alteração de vários tipos de rochas, tanto graníticas quanto sedimentares. No
nordeste do Brasil, por sua composição em que predominam as rochas calcárias, ficou
conhecido por ser a base da cultura da cana-de-açúcar, desde o século XVI”.
No sudeste, principalmente em São Paulo, sua origem predominante foram as rochas
graníticas. Na região do Recôncavo Baiano, o massapê é oriundo da decomposição de rochas

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sedimentares, como os folhelhos (rocha argilosa em finas camadas) formados no período
cretáceo.
Latossolos

Latossolos são solos muito intemperizados, que evidenciam, também, elevada perda de sílica
e lixiviação de bases, sendo, portanto, bastante pobres em nutrientes. De forma geral, são
perfis profundos, homogéneos, de boa drenagem, o que facilita os procedimentos da
mecanização agrícola.
A situação agora é diferente, desde que se começaram a limpar vastas extensões de terra para
fins agrícolas. As chuvas fortes associadas a uma má gestão do solo nas áreas cultivadas são
agora as causas comuns da erosão do solo nas regiões húmidas.
A degradação do solo

Como foi possível observar, a degradação do solo traz consequências para o meio ambiente e
diminui significativamente nutrientes e elementos essenciais para o desenvolvimento das
culturas. Por isso, é importante se atentar para os métodos de prevenção de degradação do
solo.

Plantio Correcto

Como forma de evitar a perda de nutrientes, é importante aplicar um plantio correcto no solo
e priorizar insumos de qualidade, boas sementes, plantar na época correta e utilizar um bom
sistema de irrigação.

Manejo Adequado

Assim como o plantio correcto, o manejo adequado também é essencial para evitar a
degradação. Para realizá-lo é fundamental utilizar a adubação, manutenção de matéria
orgânica e planejamento de rotação de culturas. Além disso, é necessário realizar o
diagnóstico das condições do solo, isto é, verificar se ele precisa de calcário, fósforo,
potássio, nitrogénio ou outros nutrientes importantes para o desenvolvimento das plantas.

Sistema de Irrigação

Investir em um bom sistema de irrigação vai ajudar a melhorar valor nutricional do solo e
evitar a salinização do terreno. Assim, vai reduzir a chance do solo se tornar improdutivo.

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Reflorestamento e adubação verde

O reflorestamento da área consiste em plantar árvores e plantas em locais que sofreram


desmatamento. Somado a isso, é possível utilizar a adubação verde, que representa o cultivo
de plantas que, posteriormente, serão incorporadas ao solo por meio da decomposição.

Em resumo, esses dois processos fornecem diversos benefícios. Alguns deles são: protecção
da beira dos rios, filtração dos sedimentos, aumento da porosidade do solo, elevação da taxa
de nutrientes disponíveis, redução do escoamento superficial além de permitir o refúgio da
fauna.

Rotação de culturas

A rotação de culturas é responsável por alterar anualmente as espécies vegetais distribuídas


em uma mesma região agrícola. Essa prática promove a diversificação dos cultivos e melhora
as características do solo, auxiliando na reposição de matéria orgânica, no controle de ervas
daninhas e na protecção contra agentes físicos de intemperismo.

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Conclusão

Julga se que tchernozion denominação do solo negro existente em regiões de clima semi-
árido, de verão seco e quente com inverno muito frio e grandes precipitações de neve.
Pertence ao grupo dos solos a zonais– aqueles em cuja formação o factor dominante é a
desagregação da rocha matriz, e não o clima ( Moreira João 2009).
Tem coloração negra, proveniente da abundância de conteúdo orgânico (húmus) e espessura
média de 1 m; de modo geral, é um solo de topografia plana onde a cobertura vegetal é
constituída por gramíneas. Sua denominação provém do russo (tcherno, negrume, e zion,
terra), e também é aceita a forma chernozen.
Conforme Moreira João Carlos (2009), defende que este tipo de solo é pouco alcalino, por ser
a evaporação muito superior à precipitação, e também pela existência no subsolo de um
lençol freático com profundidade constante, o que aumenta o transporte dos sais da rocha
para o solo, conferindo-lhe extraordinária fertilidade.

Como foi possível observar, a degradação do solo traz consequências para o meio ambiente e
diminui significativamente nutrientes e elementos essenciais para o desenvolvimento das
culturas. Por isso, é importante se atentar para os métodos de prevenção de degradação do
solo.

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Referencia bibliografia

1. Pena, Rodolfo F. Alves. (2000), Factores de formação dos solos; Brasil Escola.
Disponível.
2. Alves, Andressa, Boligian, Levon. (2004), Geografia espaço e vivência. São Paulo.
Actual.
3. Moreira, João Carlos (2009). Geografia volume único. São Paulo: Scipione.
4. Galeti, A. (1973) Conservação do solo – reflorescimento - clima, 2 ed.S. Paulo.
5. Da Costa, J.(1991) Caracterização e constituição do solo. Lisboa, fundação Calouste
Gulbenkian.

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