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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Linguística Descritiva, Gramática Discretiva e Exercícios da Linguística


Discretiva

Tonito Alexandre, Código: 708208599

Licenciatura em ensino de Português


Disciplina: Linguística D.de Port.II
Tutor: Mr. Sérgio António Omar
3º Ano
Nampula, Abril , 2022

Folha de Feedback

Classificação

S
u
b
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação t
do
máxima o
tutor
t
a
l
 Capa 0.5
Aspectos  Índice 0.5
Estrutura
organizacionais  Introdução 0.5
 Actividades 0.5
Conteúdo Actividades2porunidade  Organização dos 17.0
dados
 Indicação correcta
da fórmula
 Passos da
resolução

1
 Resultado obtido

 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Índice
Introdução...................................................................................................................................4

Conceito da Linguística Descritiva.............................................................................................5

Objecto do estudo da Linguística................................................................................................5

A técnica da descrição linguística...............................................................................................5

Gramática Discretiva..................................................................................................................5

Níveis de descrição gramatical...................................................................................................6

Exemplos de Exercícios sobre a Linguística descritiva..............................................................6

Conclusão....................................................................................................................................9

Bibliografia...............................................................................................................................10

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Introdução

O presente Trabalho ė de carácter avaliativo da cadeira de Linguística Discretiva do Português


II e tem como tema a Linguística Descritiva, Gramática Discretiva e Exercícios da Linguística
Discretiva. Neste contexto a linguística descritiva sendo uma ciência que estuda os sistemas
linguísticos da língua portuguesa o trabalho tem como objectivo:
Conceituar a linguística descritiva segundo alguns autores;
Identificar o Objecto de estudo da linguística descritiva;
Identificar as técnicas da descrição linguística;
Conceituar a gramática descritiva.
Demonstrar de uma forma resumida alguns exemplos da linguística descritiva.
Para uma boa compreensão o trabalho esta estruturada em Introdução, Desenvolvimento,
Conclusão e as suas respectivas fichas Bibliográficas

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Conceito da Linguística Descritiva
Segundo Spencer (199, p. 106) A linguística Descritiva ė uma ciência que se preocupa,
porem, com os conjuntos desse sistema linguistico, funcional como as classes de palavras e
suas unidades, os sons que compõem e com as suas regras sintácticas.
Para Mattoso Camara a Linguística Descritiva estuda os mecanismos pelo qual uma dada
língua funciona, como meio de comunicação entre seus falantes. Diferente da Gramática
Normativa que analisa as regras da língua, a Gramática Descritiva estuda a língua escrita e
falada, independente da formalidade.

Objecto do estudo da Linguística


Segundo Fromkin (1997. pag:43) A linguística sendo uma ciência detentora de qualquer que
seja o método de investigação, ela possui o seu objecto de estudo a linguagem humana. a
Linguística é o estudo científico da linguagem humana em suas diversas manifestações.
Portanto, estudar a linguagem humana em suas realizações é estudar as componentes da
gramática, que são: fonética, fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática,
estilística, terminologia e filologia.

A técnica da descrição linguística


Segundo Robins (1967, 25). A descrição linguística assenta necessariamente numa análise, ou
de composição, do que é enunciado ou escrito. Para fazer tal análise os gramáticos gregos e
romanos partiam da unidade do vocábulo. Por isso, o linguista inglês R. H. Robins define a
gramática greco-latina como sendo «baseada no vocábulo».
Contemporaneamente, o linguista norte-americano Noam Chomsky prefere partir dedutiva
mente da «sentença», isto é, de um enunciado que se basta a si mesmo para fim de
comunicação, e decompô-la em grupos de vocábulos (ing. phrases) e vocábulos.

Gramática Discretiva
Segundo Liue (1983 Pag 243) A Gramática descritiva ou sincrónica é o estudo do mecanismo
pelo qual uma dada língua Funciona, num dado momento (gr. syn-«reunião», chrónos
«tempo»), como meio de comunicação entre os seus falantes, e na análise da estrutura, ou
configuração formal,
Quando se emprega a expressão gramática descritiva, ou sincrónica, sem outro qualificativo a
mais, se entende tal estudo e análise como referente ao momento actual, ou presente, em que é
feita a gramática.

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Para Noam Chomsky Gramática Descritiva tem a ver conhecimento descritivo do sistema e do
funcionamento de uma língua. Abordagem que estuda e procura explicar os desvios e
variações observadas num dado corte espácio-temporal de uma língua.
Nesta acepção de gramática adopta-se o uso que é feito pelos falantes da língua como critério
e não a regra cristalizada nas gramáticas escolares.

Níveis de descrição gramatical


As gramáticas dedicam-se à análise dos diferentes níveis de organização das línguas naturais.
Cada parte da Gramática corresponde ao estudo dos níveis: Fonológico, Morfológico,
Sintáctico, Semântico e Pragmático. Vejamos cada um deles:

 Fonológico: Trata-se do estudo sobre os fonemas (sons) da língua, suas possibilidades de


combinação em sílabas.
 Morfológico: Estudo das classes de palavras, suas flexões e os processos de formação.
 Sintáctico: Trata-se do estudo sobre as funções e relações entre as palavras nas sentenças
linguísticas.
 Semântico: Estuda sobre o significado das palavras, as relações de sentido que elas
estabelecem e sua organização lexical.

Exemplos de Exercícios sobre a Linguística descritiva


Conjunto de frases fornecido aos informantes

a) Se pores o metal ao lume, ele derrete. [ F_ ]

b) Se pões o metal ao lume, ele derrete. [ F_ ]

c) Se puseres o metal ao lume, ele derrete. [ V_ ]

Valor condicional hipotético ou com valor condicional factual

Ex 1

a.) Se ela nos dar muita grana, não é kakata. [ F_ ]

b.) Se ela nos der muita grana, não é kakata. [ V_ ]

c.) Se ela nos dá muita grana, não é kakata. [ F_ ]

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Ex 2

a) Se pores o metal ao lume, ele derrete. [ F_

b) Se pões o metal ao lume, ele derrete. [ _F ]

c) Se puseres o metal ao lume, ele derrete. [ V_ ]

A distribuição e a expressão gramatical do futuro do conjuntivo no Português de


Moçambique

Ex 1

a) Quando temos tempo, beberemos um copo. [ F ]

b) Quando tivermos tempo, beberemos um copo. [ V ]

c) Quando termos tempo, beberemos um copo. [F ]

Ex 2

a) Quando faz muito calor, as pessoas ferram tarde. [ F ]

b) Quando fizer muito calor, as pessoas ferram tarde. [ V]

c) Quando fazer muito calor, as pessoas ferram tarde. [ _F_ ]

A distribuição e a expressão gramatical do futuro do conjuntivo no Português de


Moçambique

Ex1

a.) Se a cerejeira é uma árvore, então pertence ao reino vegetal. [V ]

b.) Se estás com ressaca, bebe uma água. [F ]

c.) Se tu não queres trabalhar, fica em casa. [ F]

Ex2

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a.) Se tu não pões as sardinhas no frigorífico, elas estragam-se. [F ]

b) Sempre que tu não pões as sardinhas no frigorífico, elas estragam-seV

c) Se dispões de dicionário, será fácil fazer a tradução. [F ]

Forma verbal no futuro do indicativo ou no imperativo

a) Quando nós virmos o Paulo, diremos o necessário. [V ]

b) Quando terminares o trabalho, desliga o computador. [F ]

c) Quando estiver/está mau tempo, os barcos não circulam nos Açores. [F ]

Futuro do indicativo e imperativo

a) Se um jogador tiver uma lesão, manda-se para a África do Sul, [V ]

b) Irei viver (para) fora se o ambiente continuar como tem sido. [F ]

c) Se vos disser que um gato travou uma peleja com um homem, dirão que são
histórias do Tio Patinhas) [ V ]

d) Se o tribunal duvidar dos gastos feitos, que solicite os comprovativos aos seus
colegas. [ V ]

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Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, dizer que o Papel da Linguística Descritiva na Variação
Linguística traz características próprias que enriquecem a pluralidade cultural do nosso país. É
através delas que podemos nos expressar de diversas formas, aplicando-as em diversos
contextos sociais.
Os docentes não podem desconsiderar a existência desse fenómeno, pois, diariamente, nos
deparamos com ele em sala de aula.
É importante estarmos cientes que o processo de intervenção faz parte de nossa
responsabilidade, mas não podemos agir de forma inconsequente, tratando as variações como
apenas um desvio da norma padrão, mas, pelo contrário, mostrando aos nossos estudantes que
eles podem falar de diversas maneiras, de acordo com a ocasião, estando conscientes que a
norma padrão é exigida nos contextos formais, e que se faz necessária sua utilização
principalmente nos usos da escrita. O preconceito linguístico existe, e cabe a nós sermos os
primeiros interessados a combatê-lo. Precisamos mostrar aos nossos estudantes que, assim
como existem pessoas diferentes, há falas diferentes, provocando reflexões acerca desse
elemento e suas implicações para sua condição de cidadão.

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Bibliografia
Antunes, Irandé (2003). Aula de Português: Encontro e interação . São Paulo. Parábola
Editorial.(série Aula 1).

Bagno, Marcos (1998). Pesquisa na escola: o que é como se faz São Paulo: Loyola.
Benveniste, Emile. Linguagem humana e comunicação animal. Problemas de Lingüística
geral.São Paulo: Nacional/Edusp (tradução do francês), 1976.
Brito, Ana M. 2003. “Subordinação adverbial”. In Maria Helena Mateus et al. Gramática do
Português. Lisboa: Caminho, pp. 695-728

Chomsky, Noam. Syntactic Structures. The Hague: Mouton, 1957.Hampâté BÂ, Amadou. La
tradition vivante.

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