Você está na página 1de 16

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem na Criança

Fátima Mussa
Vateva

708205717

Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa


Didáctica de Português I
2º Ano, IIo Grupo, Turma: A

Nampula, Maio, 2021


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

A Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem na Criança

Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

Trabalho de carácter avaliativo apresentado na


cadeira de Didáctica de Português II, 2ᵒ Ano, II o
grupo, Turma: A, orientado pelo:

Docente: Susana Celestino Basílio Sardinha


Nampula, Maio, 2021
ii

Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
3.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
iii

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
iv

Índice
Introdução..........................................................................................................................5
1. Aquisição e desenvolvimento da linguagem na criança............................................6
1.1. Conceitos............................................................................................................6
1.2. Tipos de linguagem.............................................................................................6
1.2.1. Linguagem humana.........................................................................................6
1.2.2. Linguagem artificial........................................................................................6
1.3. Sujeito e o ambiente...............................................................................................7
1.4. Interesse do estudo da infância...............................................................................8
1.5. Como as crianças adquirem e desenvolvem linguagem.........................................8
Conclusão........................................................................................................................13
Referências Bibliográficas...............................................................................................14
5

Introdução
A comunicação humana pode ser diferenciada da comunicação das outras espécies animais de
três maneiras diferentes. A primeira e a mais importante é a possibilidade de simbolizar. Os
símbolos linguísticos são convenções sociais de significados, nos quais cada indivíduo
compartilha sua atenção com o outro, direcionando a sua atenção ou seu estado mental para
alguma coisa no mundo que os cerca. A segunda diferença é que a comunicação humana
linguística é gramatical. Os seres humanos usam os símbolos linguísticos associados em
estruturas padronizadas. A terceira é que, ao contrário das outras espécies animais, os seres
humanos não têm um único sistema de comunicação utilizado por todos os membros da
espécie. Portanto, diferentes grupos de humanos convencionaram, no decorrer da história,
sistemas mútuos de comunicação. Isso significa que a criança, diferente das outras espécies
animais, deve aprender as convenções comunicativas usadas por aqueles a sua volta, pela
sociedade da qual faz parte.

A linguagem é um importante fator para o desenvolvimento e aprendizagem. A língua oral


seria uma base linguística indispensável para que as habilidades de leitura e escrita se
estabelecessem. As habilidades de linguagem receptiva e expressiva também foram
consideradas por diversos autores como bons sinais precoces da compreensão de leitura.

Um dos achados em pesquisa foi o de que crianças com desenvolvimento abaixo do esperado
na alfabetização apresentam um desempenho insatisfatório em compreensão da linguagem,
produção sintática e tarefas metafonológicas.

As habilidades cognitivas e as formas de estruturar o pensamento do indivíduo não são


determinadas apenas por fatores congênitos. Estão, na verdade, relacionadas às atividades
praticadas de acordo com o contexto cultural em que o indivíduo se desenvolve.
Consequentemente, a história da sociedade na qual a criança se desenvolve e a história
pessoal dessa criança são fatores cruciais que vão determinar sua forma de pensar. Neste
processo de desenvolvimento cognitivo, a linguagem tem papel fundamental na determinação
de como a criança vai aprender a pensar, uma vez que formas avançadas de pensamento são
transmitidas à criança através de palavras.
6

1. Aquisição e desenvolvimento da linguagem na criança

1.1. Conceitos

Linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja


através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais.

1.2. Tipos de linguagem

Há três tipos diferentes de linguagem:

 Linguagem verbal;

 Linguagem não-verbal e

 Linguagem mista ou hibrida.

a) Linguagem verbal

É aquela formada por palavras, seja na escrita ou na fala. Na linguagem do cotidiano, por
exemplo, o homem faz muito uso da linguagem verbal comunicar.

Os exemplos de linguagem verbal seriam: o diálogo entre duas pessoas, um livro, uma carta,
uma palestra, entre outros.

b) Linguagem não-verbal

É o tipo de linguagem que não contém palavras, mas possui recursos visuais. Os exemplos de
linguagem não-verbal seriam: imagens, placas, linguagem corporal, desenhos, gestos

c) Linguagem mista ou híbrida

Linguagem mista é o uso da linguagem verbal e não-verbal simultaneamente. Por exemplo,


uma história em quadrinhos integra, ao mesmo tempo, imagens, símbolos e diálogos.

1.2.1. Linguagem humana


As línguas humanas são geralmente referidas como línguas naturais, tendo a linguística como
a ciência responsável por estudá-las. Nas línguas naturais, a progressão comum é que as
pessoas, primeiro, falem, depois inventem um sistema de escrita e, em seguida,
gramaticalizem a língua, numa tentativa de entendê-la e explicá-la.

1.2.2. Linguagem artificial


A língua artificial é um tipo de linguagem onde a fonologia, o gramática ou o
vocabulário forem conscientemente concebidos ou modificados por um indivíduo ou grupo,
7

em vez de evoluído naturalmente. Existem várias razões possíveis para a construção de uma


língua: facilidade humana para a comunicação adição de profundidade a uma obra
de ficção ou a lugares imaginários, experimentação linguística, criação artística ou, ainda,
realização de jogos de linguagem.

1.3. Sujeito e o ambiente


A linguagem das crianças intriga linguistas e estudiosos do assunto. Sendo assim crianças do
século XII, por exemplo, apesar de crianças como as de hoje não brincavam com os mesmos
brinquedos, nem sentiam, nem pensavam, nem se vestiam como as crianças de hoje. E,
certamente as crianças deste século terão características muito diferentes das de hoje. É
interessante que assim surge um questionamento: se as crianças de antigamente eram
diferentes das de hoje certamente as de amanhã também serão.

A aquisição da linguagem amplia noções de tempo, espaço, capacidade de raciocínio,


panejamento e avaliação de acções realizadas. Para tanto, durante o primeiro ano de vida, as
crianças precisam estar expostas a um mínimo de input linguístico (informações e
experiências linguísticas que a criança recebe de seu meio social).

O ambiente linguístico da criança é considerado como aspecto de muita importância na


aquisição da linguagem.

A linguagem é considerada a primeira forma de socialização da criança, e, na maioria das


vezes, é efetuada pelos pais por meio de instruções verbais durante atividades diárias, assim
como por intermédio de histórias que expressam valores culturais.

A linguagem oral corresponde ainda a uma habilidade especial dos seres humanos
compreendida como um sistema de duas faces:

 Significante; e
 Significado.

O “significante” refere-se ao aspecto formal da linguagem e é constituído pela junção


hierárquica dos elementos fonemas, palavras, orações e discurso.

O “significado” refere-se ao aspecto funcional da linguagem, considerado como responsável


pela comunicação no meio social.
8

1.3.1. Significante e Significado

As frases são as unidades básicas para a comunicação de uma ideia e para adquirir a
linguagem, a criança precisa dominar vários subsistemas da língua, que inclui o sistema
fonémico, o sistema semântico, a sintaxe e a pragmática.

 Sistema Fonémico – está relacionado aos sons de forma geral (sua combinação
vogal/consoante).
 Sistema Semântico – pode ser presenciado em torno do primeiro aniversário, quando a
maior parte das crianças começam a dizer os primeiros sons com significado, ao usar
palavras isoladas, que representam na maioria das vezes coisas ou pessoas.
 Sintaxe – aparece aproximadamente na metade do segundo ano; as crianças dominam
os morfemas gramaticais de suas línguas.
 Pragmática – vai além de significados e regras gramaticais, enfatizando os fatores
comunicativos da linguagem, pois relaciona a linguagem com o contexto da fala. O
estudo da pragmática relaciona os aspectos fonológicos, semânticos e sintáticos da
fala.

Os fonemas são os sons básicos que quando combinados formam palavras. Esses sons são as
primeiras emissões vocais do primeiro ano de vida, podendo serem chamados de lalação.

1.4. Interesse do estudo da infância


Na tentativa de responder a essa questão surgiram muitas teorias. Segundo Maingueneau
“a aquisição da linguagem tenta explicar entre outras coisas o facto de as crianças, por volta
dos 3 anos, serem capazes de fazer o uso produtivo  - de suas línguas”. Com base nisso
tentarei aqui expor alguns pontos importantes de aquisição da linguagem pela criança.

Desde pequenos já existe a comunicação, mas esta não é feita por meio oral. A linguagem é
um sistema de símbolos culturais internalizados, e é utilizada com o fim último de
comunicação social. Assim como no caso da inteligência e do pensamento, o seu
desenvolvimento passa também por períodos até que a criança chegue a utilização de frases e
múltiplas palavras.
9

1.5. Como as crianças adquirem e desenvolvem linguagem


Ao nascer, a criança não entende o que lhe é dito. Somente aos poucos começa a atribuir um
sentido ao que escuta. Do mesmo modo acontece com a produção da linguagem falada. O
entendimento e a produção da linguagem falada evoluem.

Existem diferentes tipos de linguagem: a corporal, a falada, a escrita e a gráfica. Para se


comunicar a criança utiliza, tanto a linguagem corporal (mímica, gestos, etc.) como a
linguagem falada. Lógico que ela ainda não fala, mas já produz linguagem.

O desenvolvimento da linguagem se divide em dois estádios: 

 Pré – linguístico, quando o bebê usa de modo comunicativo os sons, sem palavras ou
gramática; e
 O linguístico, quando usa palavras.

No estádio pré – linguístico a criança, de princípio, usa o choro para se comunicar, podendo


ser rica em expressão emocional. Logo ao nascer este choro ainda é indiferenciado, porque
nem a mãe sabe o que ele significa, mas aos poucos começa a ficar cheio de significados e é
possível, pelo menos para a mãe, saber se o bebê está chorando de fome, de cólica, por estar
se sentindo desconfortável, por querer colo etc. è importante ressaltar que é a relação do bebê
com sua mãe, ou com a pessoa que cuida dele, que lhe dá elementos para compreender seu
choro.

Além do choro, a criança começa a produzir o arrulho, que é a emissão de um som gutural,
que sai da garganta, que se assemelha ao arrulho dos pombos. O balbucio ocorre de repente,
por volta dos 6-10 meses, e caracteriza – se pela produção e repetição de sons de consoantes e
vogais como “ma – ma – ma – ma”, que muitas vezes é confundido com a primeira palavra do
bebê.

No desenvolvimento da linguagem, os bebês começam imitando casualmente os sons que


ouvem, através da ecolalia. Por exemplo: os bebês repetem repetidas vezes os sons como o
“da – da – da”, ou “ma – ma – ma – ma”. Por isso as crianças que têm problema de audição,
não evoluem para além do balbucio, já que não são capazes de escutar.

Por volta dos 10 meses, os bebês imitam deliberadamente os sons que ouvem, deixando clara
a importância da estimulação externa para o desenvolvimento da linguagem. Ao final do
primeiro ano, o bebê já tem certa noção de comunicação, uma ideia de referência e um
conjunto de sinais para se comunicar com aqueles que cuidam dele.
10

O estádio linguístico está pronto para se estabelecer. Sendo assim, contando com a maturação


do aparelho fonador da criança e da sua aprendizagem anterior, ela começa a dizer suas
primeiras palavras.

A fala linguística se inicia geralmente no final do segundo ano, quando a criança pronuncia a
mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objeto, um animal ou um
acontecimento. Por exemplo, se a criança disser apo quando vir a água na mamadeira, no
copo, na torneira, no banheiro etc., podemos afirmar que ela já esta falando por meio de
palavras. Espera-se que aos 18 meses a criança já tenha um vocabulário de aproximadamente
50 palavras, no entanto ainda apresenta características da fala pré – linguística e não revela
frustração se não for compreendida.

Na fase inicial da fala linguística a criança costuma dizer uma única palavra, atribuindo a ela
no entanto o valor de frase. Por exemplo, diz ua, apontando para porta de casa, expressando
um pensamento completo; eu quero ir pra rua. Essas palavras com valor de frases são
chamadas holófrases.

A partir daqui acontece uma “explosão de nomes”, e o vocabulário cresce muito. Aos 2 anos
espera-se que as crianças sejam capazes de utilizar um vocabulário de mais de cem palavras.

Entre os 2 e 3 anos as crianças começam a adquirir os primeiros fundamentos de sintaxe,


começando assim a se preocupar com as regras gramaticais. Usam, para tanto, o que
chamamos de super – regularização, que é uma aplicação das regras gramaticais a todos os
casos, sem considerar as exceções. É por isso que a criança quer comprar “pães”, traze – los
nas “mães”. Aos 6 anos a criança fala utilizando frases longas, tentando utilizar corretamente
as normas gramaticais.

Chomsky defende a ideia de que a estrutura da linguagem é, em grande parte, especificada


biologicamente (nativista). Skinner afirma que a linguagem é aprendida inteiramente por meio
de experiência (empirista). Piaget consegue chegar mais perto de uma compreensão do
desenvolvimento da linguagem que atenda melhor a realidade observada.

Segundo ele tanto o biológico quanto as interações com o mundo social são importantes para
o desenvolvimento da linguagem (interacionista).

Dentro da óptica interacionista, da qual Piaget é adepto, o aparecimento da linguagem seria


decorrência de algumas das aquisições do período sensório – motor, já que ela adquiriu a
capacidade de simbolizar ao final daquele estádio de desenvolvimento da inteligência. Soma –
11

se a isso a capacidade imitativa da criança. As primeiras palavras são intimamente


relacionadas com os desejos me ações da criança.

O egocentrismo da criança pré – operatório também se faz presente na linguagem que ela
exibi. Desse modo, ela usa frequentemente a fala egocêntrica, ou privada, na qual fala sem
nenhuma intenção muita clara de realmente se comunicar com o outro, centrada em sua
própria atividade. É como se a criança falasse em voz alta para si mesma. Contudo ela
também usa a linguagem socializada, que tem como objetivo se fazer entendida pelo
interlocutor.

Portanto, de acordo com Vygostisky “não basta apenas que a criança esteja ‘exposta’ à
interação social, ela deve estar ‘pronta’, no que se refere à maturação, desenvolver o (s)
estágio (s) para compreender o que a sociedade tem para lhe transmitir:

 Sensório – motor, de 0 a 18/24 meses, que precede a linguagem;

 Pré – operatório, de 1;6/2 anos a 7/8 anos, fase das representações, dos símbolos;

 Operatório – concreto, de 7/8 a 11/12 anos, estágio da construção da lógica;

 Operatório – formal, de 11/12 anos em diante, fase em que a criança raciocina, deduz,
etc. “

Tabela 1:Síntese do que torna fácil ou difícil de aprender para a criança

A língua é fácil quando A língua é difícil quando

É real e natura É artificial

É integral É dividida em pedaços

Faz sentido Não faz sentido

É interessante É chata e desinteressante

Faz parte de um acontecimento social   Esta fora de um contexto

Tem utilidade social          Não possui valor social


12

Tem propósito para a criança Não tem finalidade para a criança

A criança a utiliza por opção É imposta por outra pessoa

Na base das considerações acima, temos uma visão sobre a compreensão da complexidade do
que é o mundo da fala infantil.

 O desenvolvimento da linguagem implica na aquisição plena do sistema linguístico que nos


possibilita a inserção no meio social, a possibilidade de assumir a nossa identidade, além do
desenvolvimento dos aspectos cognitivos já discriminados acima.

Dentre todas as questões complexas que envolvem esse processo, o atraso "simples" na
aquisição da linguagem dificulta o amadurecimento e a experimentação da linguagem
necessária para a aquisição formal da leitura/escrita. Sua imaturidade linguística irá refletir no
vocabulário reduzido e no conhecimento de mundo restrito. Tal fato trará repercussões na
interpretação de textos e também na elaboração de histórias escritas.

Falhas na aquisição e no desenvolvimento fonológico, como problemas na produção dos sons


da fala ou discriminação dos mesmos, podem refletir na leitura e/ou na escrita. Então podem
levar a criança, por exemplo, a trocar, omitir ou transpor fonemas ou grafemas. A criança
demoraria a adquirir a autonomia dos processos de leitura e escrita ou podem culminar com
problemas maiores.

As alterações de ordem semântico-pragmáticas estão associadas à rigidez dos pensamentos e


pouca flexibilidade no raciocínio, à dificuldade em atribuir sentido além do literal, associar
palavras ao seu significado e compreender a linguagem falada. Desta forma, a aprendizagem
não é generalizada e acaba comprometida.
13

Conclusão
Proposta de Noam Chomsky, ela parte do princípio de que há uma gramática inerente a todos
os falantes, de qualquer língua, que faria com que ninguém optasse por uma estrutura
altamente errada, entre as infinitas combinações possíveis de palavras. As palavras aparecem
entre 12 e 18 meses de idade. Uma criança de 18 meses emprega, em média, cerca de 50
palavras.

As primeiras declarações das crianças são holófrases, ou seja, expressões que utilizam apenas
uma palavra para comunicar alguma ideia. Vários meses depois que uma criança começa a
produzir palavras, ela produzirá discursos telegráficos e frases curtas que são menos
complexas gramaticalmente do que a fala dos adultos, mas que mostram a estrutura sintática
regular. Com dois anos a criança já domina o arcabouço fundamental de sua língua. Com
aproximadamente três anos, a capacidade da criança de falar ou de fazer sinais é tão refinada
que se assemelha à linguagem adulta

É importante, ressaltar o quanto os estudos contribuíram para as diferentes contribuições no


âmbito dos estudos da fala infantil. O quanto as crianças conseguem antes mesmo de 1 ano
transmitir a noção de fala. Bem como todo o processo vivido por ela no intervalo de tempo de
zero a 6 anos.

É digno de nota as idéias de Chomsky, Piaget e Skinner, bem como Vygostisky que muito
contribuíram para o aperfeiçoamento de nosso estudo. Esperamos que o referido artigo possa
contribuir para aprofundamento de estudos nesse assunto.

 
14

Referências Bibliográficas
Del Ré, Alessandra. 2006. Aquisição da Linguagem. São Paulo. pp. 13 – 44

Farias, Maria Cílvia Queiroz. 2003. Linguagem na Educação Infantil. Fortaleza, SEDUC. 12-
18 pp.

Frota, Ana Maria Monte Coelho. Formação de educadores infantis Desenvolvimento Infantil:
a criança de 0 a 6 anos. IMEPH pp. 19 – 21.  

Sampaio, Fátima Silva. 2003. Linguagem na Educação Infantil. Fortaleza, SEDUC. pp. 12 –
18.

Tomasello M. 2006. Acquiring linguistic constructions. In: Kuhn D, Siegler R, eds. Handbook
of child psychology. New York: Wiley.

Universidade Católica de Moçambique/IED. 2º Ano. Didáctica de Português I. Modulo


Único, 24 Unidades. 36-40 pp.

Vygotsky LS. 1989. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.

Vygotsky LS. 1989. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes.

Você também pode gostar