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Código: 708207370
Objectivos........................................................................................................................................4
Objectivo geral:...............................................................................................................................4
Objectivos específicos:....................................................................................................................4
Metodologia.....................................................................................................................................4
CONTEXTO HISTÓRICO:............................................................................................................5
De acordo com Amin (1990),as medidas tomadas para construir uma nação unificada são:..........8
Com afirma Archer (2007), a importância da educação, língua e símbolos nacionais é:................9
Diversidade cultural:........................................................................................................................9
Desafios contemporâneos:.............................................................................................................10
Conclusão......................................................................................................................................12
Referencias Bibliográficas.............................................................................................................13
Introdução
Moçambique, situado na costa leste da África, é um país com uma rica história e diversidade
cultural. Sua importância histórica e cultural se estende por séculos, com influências de povos
indígenas, colonizadores europeus e movimentos de independência.
O século XX trouxe uma mudança significativa para Moçambique, com a luta pela
independência do domínio colonial português. O Movimento de Libertação de Moçambique
(FRELIMO) foi uma força central nesse movimento, liderando uma longa guerra de guerrilha.
Em 1975, Moçambique finalmente conquistou sua independência, tornando-se uma nação
soberana.
Desde o fim da guerra civil, o país tem trabalhado para reconstruir e desenvolver-se.
Moçambique possui uma economia em crescimento, impulsionada principalmente pela
exploração de recursos naturais, como gás natural e carvão. No entanto, ainda existem desafios,
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como a pobreza generalizada, a desigualdade social e a vulnerabilidade a desastres naturais,
como ciclones tropicais.
Objectivos.
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
Metodologia
Para a materialização do trabalho recorreu-se ao método bibliográfico que consiste na leitura,
analise, discussão e compilação dos dados. As obras consultadas que tornaram o trabalho
possível encontram-se listadas no final do trabalho, depois da conclusão, estando organizadas em
ordem alfabética.
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CONTEXTO HISTÓRICO:
No final do século XIX e início do século XX, houve uma intensificação do domínio português
em Moçambique, com a implementação de políticas de exploração agrícola, mineração e
trabalho forçado. Os portugueses estabeleceram grandes plantações de culturas como algodão e
sisal, além de explorar recursos naturais como ouro e carvão.
Durante a Guerra de Independência, que durou de 1964 a 1974, a FRELIMO lutou contra as
forças portuguesas e estabeleceu uma base de apoio no território moçambicano. O movimento
obteve apoio internacional significativo, especialmente dos países socialistas, o que fortaleceu
sua posição. Em 1974, a Revolução dos Cravos em Portugal levou à queda do regime salazarista
e à ascensão de um governo mais favorável à descolonização (Macamo,2009).
Ainda segundo Newitt (1995), em termos de exploração económica, Moçambique era uma
colónia rica em recursos naturais, como minerais, terras férteis e uma localização estratégica para
o comércio marítimo. No entanto, esses recursos eram explorados pelos colonizadores
portugueses em benefício próprio, resultando em desigualdades sociais e económicas
significativas entre os moçambicanos nativos e os colonos.
Além disso, havia um sistema de discriminação racial estrutural, com os colonos portugueses
usufruindo de privilégios e poderes políticos, enquanto a população nativa era subjugada e
negada a participação no processo decisório. Essa opressão racial e a negação dos direitos
básicos provocaram crescente insatisfação e desejo de liberdade entre os moçambicanos.
Na mesma visão Archer (2007),vários líderes desempenharam papéis cruciais na luta pela
independência de Moçambique. O líder mais icónico foi Samora Machel, que se tornou o
primeiro presidente de Moçambique após a independência em 1975. Machel era o líder da
FRELIMO e foi uma figura central na condução da luta armada e na articulação da visão de uma
Moçambique independente e socialista.
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Quanto às estratégias e tácticas adoptadas pelos movimentos de libertação, a FRELIMO e a
MANU usaram uma combinação de mobilização política, guerrilha e diplomacia internacional.
Inicialmente, as acções da FRELIMO eram principalmente de natureza política e diplomática,
buscando apoio internacional para a causa da independência e denunciando as políticas coloniais
portuguesas (Archer,2007).
No entanto, à medida que a repressão aumentou por parte do regime colonial, a FRELIMO
recorreu à luta armada e à guerrilha para combater as forças coloniais portuguesas. A estratégia
de guerrilha envolveu emboscadas, ataques a postos militares e económicos, bem como a
mobilização da população rural em apoio à causa da independência.
No geral, a luta pela independência de Moçambique foi motivada por uma série de injustiças e
opressões infligidas pelos colonizadores portugueses. A FRELIMO, liderada por Samora
Machel, emergiu como a força líder na luta armada, adoptando uma combinação de mobilização
política, guerrilha e diplomacia internacional para alcançar a independência do país.
Após a independência, muitas nações enfrentam uma série de desafios na construção de uma
identidade nacional unificada. A transição de uma colónia ou território controlado por outra
potência para um país independente geralmente envolve lidar com questões políticas,
económicas, sociais e culturais complexas. Vou fornecer uma análise geral desses desafios e das
medidas tomadas para superá-los (Pitcher,1991).
Diversidade étnica e cultural: Muitas nações independentes têm uma população diversa com
diferentes grupos étnicos, religiosos e culturais. Essa diversidade pode criar tensões e divisões,
especialmente se não houver uma história de coexistência pacífica entre os grupos.
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Instabilidade política: Após a independência, muitos países experimentam períodos de
instabilidade política, disputas de poder e conflitos internos. Isso pode dificultar a construção de
uma nação unificada, pois as divisões políticas podem levar a polarizações e fragmentações.
Legado colonial: Muitas nações independentes têm que lidar com o legado do colonialismo, que
pode incluir desigualdades sociais, económicas e políticas enraizadas, bem como a necessidade
de reverter as políticas coloniais que suprimiam as identidades e culturas locais.
De acordo com Amin (1990),as medidas tomadas para construir uma nação unificada são:
Políticas de inclusão e igualdade: Para superar as divisões étnicas e culturais, muitas nações
implementaram políticas de inclusão e igualdade para garantir que todos os cidadãos tenham os
mesmos direitos e oportunidades, independentemente de sua origem étnica, religião ou cultura.
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Importância da educação, língua e símbolos nacionais:
Símbolos nacionais: Símbolos como bandeira, hino nacional, brasão de armas e outros
emblemas desempenham um papel importante na criação de um senso de identidade e
pertencimento. Esses símbolos são frequentemente usados em cerimónias oficiais, eventos
esportivos e celebrações nacionais, unindo as pessoas em torno de um propósito comum.
Diversidade cultural:
Moçambique é um país conhecido por sua rica diversidade étnica e cultural. Localizado na
região sudeste da África, Moçambique abriga uma ampla variedade de grupos étnicos, cada um
com sua própria língua, tradições e costumes. Alguns dos principais grupos étnicos em
Moçambique incluem o povo macua, o povo chewa, o povo tsonga, o povo shona, o povo sena, o
povo maconde e o povo makonde, entre outros (Ansprenger, 2004).
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Uma das maneiras pelas quais a diversidade cultural tem sido abordada em Moçambique é
através do reconhecimento e valorização das línguas faladas no país. Moçambique é um país
multilíngue, com mais de 40 línguas diferentes sendo faladas. A língua oficial de Moçambique é
o português, legado do período colonial, e é amplamente utilizada no governo, na educação e nos
meios de comunicação.
No entanto, o país também reconhece a importância das línguas locais e sua contribuição para a
diversidade cultural. O governo tem implementado políticas para promover o uso e o ensino das
línguas locais nas escolas, incentivando assim a preservação e a valorização dessas línguas.
Além disso, a mídia em Moçambique também tem dado espaço para o uso e a promoção das
línguas locais, contribuindo para uma maior visibilidade e reconhecimento da diversidade
linguística do país.
Desafios contemporâneos:
Pobreza: Moçambique é um dos países mais pobres do mundo, com uma alta taxa de pobreza e
desigualdade. A maior parte da população vive em condições de extrema pobreza, enfrentando
dificuldades no acesso a alimentos, água potável, serviços de saúde e educação. A pobreza é
agravada pela falta de infra-estrutura básica e pela dependência de sectores económicos
vulneráveis, como a agricultura de subsistência.
Para enfrentar esses desafios, o governo moçambicano e parceiros internacionais têm adoptado
diversas estratégias. Isso inclui programas de redução da pobreza, como o Plano Quinquenal do
Governo, que visa promover o crescimento económico inclusivo e melhorar o acesso a serviços
básicos. Além disso, esforços para promover a diversificação económica, a industrialização e o
desenvolvimento de infra-estrutura são cruciais para impulsionar o desenvolvimento sustentável.
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Conclusão
Durante a discussão, foram abordados vários pontos relevantes sobre a construção da Nação
moçambicana. Alguns dos principais pontos discutidos incluem a diversidade étnica, a herança
colonial, a independência, o desenvolvimento económico, os desafios sociais e a necessidade de
fortalecer a identidade nacional.
Moçambique é uma nação diversa em termos étnicos, com várias etnias coexistindo dentro das
fronteiras do país. Essa diversidade étnica pode ser um desafio para a construção de uma
identidade nacional coesa, mas também pode ser uma riqueza cultural e uma base para a unidade
nacional.
Apesar dos avanços, existem desafios restantes para a construção da Nação moçambicana.
Alguns dos desafios incluem a pobreza, a desigualdade social, o acesso limitado à educação e à
saúde, a corrupção e a falta de infra-estrutura adequada.
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Referencias Bibliográficas
Archer, R. (2007). Peace, Power, and Resistance in Mozambique: Changing Perspectives. James
Currey Publishers.
Macamo, E. (2009). Política e Identidade em Moçambique: Estudos sobre o poder local. Alcance
Editores.
Vail, L., & White, L. T. (Eds.). (1995). Poder e Elogio: Poemas Orais do Sul de Moçambique.
Vega Editora.
Van Rouveroy Van Nieuwaal, E., & Tengen, M. (Eds.). (2001). The Social Construction of
Democracy in Africa. James Currey Publishers.
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