Você está na página 1de 15

Universidade católica de Moçambique

Instituto de educação à Distância

O processo de construção da Nação moçambicana

Nome: Esperança Carlitos Mucamba

Código: 708207370

Curso: Licenciatura em Ensino de Historia


Disciplina: Historia das Instituições IV

Ano de Frequência: 4º Ano


Docente: dr. Belito Vasco Francisco

Quelimane, Junho de 2023


Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuaçã Nota do
Subtotal
o máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectosgerai
Formatação paragrafo, 1.0
s
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Índice
Introdução........................................................................................................................................3

Objectivos........................................................................................................................................4

Objectivo geral:...............................................................................................................................4

Objectivos específicos:....................................................................................................................4

Metodologia.....................................................................................................................................4

CONTEXTO HISTÓRICO:............................................................................................................5

O período colonial de Moçambique e o domínio português............................................................5

Luta pela independência:.................................................................................................................6

Processo de construção da Nação:...................................................................................................7

Desafios enfrentados após a independência:...................................................................................7

Medidas tomadas para construir uma nação unificada:...................................................................8

De acordo com Amin (1990),as medidas tomadas para construir uma nação unificada são:..........8

Importância da educação, língua e símbolos nacionais:..................................................................9

Com afirma Archer (2007), a importância da educação, língua e símbolos nacionais é:................9

Diversidade cultural:........................................................................................................................9

Desafios contemporâneos:.............................................................................................................10

Conclusão......................................................................................................................................12

Referencias Bibliográficas.............................................................................................................13
Introdução

Moçambique, situado na costa leste da África, é um país com uma rica história e diversidade
cultural. Sua importância histórica e cultural se estende por séculos, com influências de povos
indígenas, colonizadores europeus e movimentos de independência.

Nesta introdução, discutiremos a relevância histórica e cultural de Moçambique e forneceremos


uma breve visão geral do contexto histórico do país. Moçambique possui uma história complexa
que abrange desde os primeiros assentamentos humanos até os períodos de colonização e luta
pela independência. A região onde se situa o actual Moçambique já foi habitada por povos
indígenas, como os bantos, que desempenharam um papel significativo na formação da cultura
moçambicana. Suas tradições, idiomas e práticas culturais são elementos essenciais da identidade
nacional.

A chegada dos navegadores portugueses no século XV marcou o início da colonização europeia


em Moçambique. Durante os séculos seguintes, o país foi um importante ponto de parada ao
longo das rotas comerciais marítimas, o que resultou em influências culturais diversas, incluindo
africanas, asiáticas e europeias. A presença portuguesa moldou a língua oficial do país, o
português, que coexiste com várias línguas nativas.

O século XX trouxe uma mudança significativa para Moçambique, com a luta pela
independência do domínio colonial português. O Movimento de Libertação de Moçambique
(FRELIMO) foi uma força central nesse movimento, liderando uma longa guerra de guerrilha.
Em 1975, Moçambique finalmente conquistou sua independência, tornando-se uma nação
soberana.

Após a independência, Moçambique enfrentou desafios políticos, económicos e sociais


significativos. O país passou por um período de governo socialista e enfrentou uma guerra civil
devastadora que durou de 1977 a 1992. A guerra civil teve um impacto profundo na sociedade e
na infra-estrutura de Moçambique.

Desde o fim da guerra civil, o país tem trabalhado para reconstruir e desenvolver-se.
Moçambique possui uma economia em crescimento, impulsionada principalmente pela
exploração de recursos naturais, como gás natural e carvão. No entanto, ainda existem desafios,

3
como a pobreza generalizada, a desigualdade social e a vulnerabilidade a desastres naturais,
como ciclones tropicais.

Objectivos.

Objectivo geral:

 Analisar o processo de construção da Nação moçambicana, destacando os principais


eventos históricos, desafios e estratégias adoptadas para promover a unidade nacional e a
identidade cultural.

Objectivos específicos:

 Investigar o contexto histórico e o período colonial de Moçambique, enfatizando o


domínio português e seus impactos na formação da identidade nacional.
 Estudar a luta pela independência de Moçambique, examinando as causas, os
movimentos de libertação e as estratégias adoptadas na busca pela autodeterminação.
 Analisar o processo de construção da Nação moçambicana após a independência,
identificando os principais desafios enfrentados e as medidas tomadas para promover a
unidade nacional.
 Explorar a diversidade étnica e cultural de Moçambique, examinando como essa
diversidade tem sido abordada no processo de construção da identidade nacional.

Metodologia
Para a materialização do trabalho recorreu-se ao método bibliográfico que consiste na leitura,
analise, discussão e compilação dos dados. As obras consultadas que tornaram o trabalho
possível encontram-se listadas no final do trabalho, depois da conclusão, estando organizadas em
ordem alfabética.

4
CONTEXTO HISTÓRICO:

O período colonial de Moçambique e o domínio português.

O período colonial de Moçambique refere-se ao tempo em que o território de Moçambique era


uma colónia portuguesa, estendendo-se aproximadamente de meados do século XVI até a
declaração de independência em 1975. Durante esse período, Portugal exerceu controle político,
económico e social sobre o território (Sambo,2014).

Os primeiros contactos entre os portugueses e a região que hoje é Moçambique ocorreram no


século XVI, quando exploradores e comerciantes portugueses estabeleceram feitorias ao longo
da costa. A partir do século XIX, com o crescimento da exploração colonial, Portugal ampliou
seu controle sobre o território, principalmente com a ocupação efectiva do interior (Silva,2013).

No final do século XIX e início do século XX, houve uma intensificação do domínio português
em Moçambique, com a implementação de políticas de exploração agrícola, mineração e
trabalho forçado. Os portugueses estabeleceram grandes plantações de culturas como algodão e
sisal, além de explorar recursos naturais como ouro e carvão.

De acordo com Macamo (2009),a luta pela independência de Moçambique começou a se


intensificar na década de 1960, quando movimentos nacionalistas começaram a se organizar
contra o domínio colonial português. O mais importante desses movimentos foi a Frente de
Libertação de Moçambique (FRELIMO), liderada por Samora Machel. A FRELIMO adoptou a
luta armada como estratégia principal para a independência e lançou ataques contra as forças
portuguesas.

Durante a Guerra de Independência, que durou de 1964 a 1974, a FRELIMO lutou contra as
forças portuguesas e estabeleceu uma base de apoio no território moçambicano. O movimento
obteve apoio internacional significativo, especialmente dos países socialistas, o que fortaleceu
sua posição. Em 1974, a Revolução dos Cravos em Portugal levou à queda do regime salazarista
e à ascensão de um governo mais favorável à descolonização (Macamo,2009).

Já em junho de 1975, Moçambique finalmente declarou sua independência, com a FRELIMO


assumindo o controle do país. No entanto, o legado do domínio português deixou profundas
marcas em Moçambique, incluindo a desestruturação social e económica causada pela política
colonial, bem como a divisão étnica e linguística.
5
Após a independência, Moçambique enfrentou desafios significativos, incluindo uma guerra civil
prolongada entre a FRELIMO e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), que durou
até 1992. Desde então, o país tem se esforçado para reconstruir sua economia e fortalecer suas
instituições democráticas.

Luta pela independência:

O movimento de libertação em Moçambique foi impulsionado por uma série de causas e


motivações que levaram ao desejo de independência do país em relação ao domínio colonial
português. As principais causas incluíam a exploração económica, a discriminação racial, a
supressão dos direitos políticos e sociais e o desejo de autodeterminação (Newitt,1995).

Ainda segundo Newitt (1995), em termos de exploração económica, Moçambique era uma
colónia rica em recursos naturais, como minerais, terras férteis e uma localização estratégica para
o comércio marítimo. No entanto, esses recursos eram explorados pelos colonizadores
portugueses em benefício próprio, resultando em desigualdades sociais e económicas
significativas entre os moçambicanos nativos e os colonos.

Além disso, havia um sistema de discriminação racial estrutural, com os colonos portugueses
usufruindo de privilégios e poderes políticos, enquanto a população nativa era subjugada e
negada a participação no processo decisório. Essa opressão racial e a negação dos direitos
básicos provocaram crescente insatisfação e desejo de liberdade entre os moçambicanos.

Os movimentos de libertação mais proeminentes que lutaram pela independência de


Moçambique foram a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e a União Nacional
Africana de Moçambique (MANU). A FRELIMO foi fundada em 1962 e se tornou a principal
organização revolucionária do país, liderando a luta armada contra o domínio colonial português.
A MANU, por sua vez, foi fundada em 1960, mas teve uma presença menos significativa na luta
armada (Archer,2007).

Na mesma visão Archer (2007),vários líderes desempenharam papéis cruciais na luta pela
independência de Moçambique. O líder mais icónico foi Samora Machel, que se tornou o
primeiro presidente de Moçambique após a independência em 1975. Machel era o líder da
FRELIMO e foi uma figura central na condução da luta armada e na articulação da visão de uma
Moçambique independente e socialista.

6
Quanto às estratégias e tácticas adoptadas pelos movimentos de libertação, a FRELIMO e a
MANU usaram uma combinação de mobilização política, guerrilha e diplomacia internacional.
Inicialmente, as acções da FRELIMO eram principalmente de natureza política e diplomática,
buscando apoio internacional para a causa da independência e denunciando as políticas coloniais
portuguesas (Archer,2007).

No entanto, à medida que a repressão aumentou por parte do regime colonial, a FRELIMO
recorreu à luta armada e à guerrilha para combater as forças coloniais portuguesas. A estratégia
de guerrilha envolveu emboscadas, ataques a postos militares e económicos, bem como a
mobilização da população rural em apoio à causa da independência.

Essas estratégias e tácticas foram bem-sucedidas ao desgastar as forças coloniais portuguesas e


mobilizar um apoio cada vez maior da população moçambicana. Em 1974, a Revolução dos
Cravos em Portugal enfraqueceu ainda mais o domínio colonial e levou à independência de
Moçambique no ano seguinte.

No geral, a luta pela independência de Moçambique foi motivada por uma série de injustiças e
opressões infligidas pelos colonizadores portugueses. A FRELIMO, liderada por Samora
Machel, emergiu como a força líder na luta armada, adoptando uma combinação de mobilização
política, guerrilha e diplomacia internacional para alcançar a independência do país.

Processo de construção da Nação:

Após a independência, muitas nações enfrentam uma série de desafios na construção de uma
identidade nacional unificada. A transição de uma colónia ou território controlado por outra
potência para um país independente geralmente envolve lidar com questões políticas,
económicas, sociais e culturais complexas. Vou fornecer uma análise geral desses desafios e das
medidas tomadas para superá-los (Pitcher,1991).

Desafios enfrentados após a independência:

Segundo Vail & White (1995), apontam as seguintes estratégias:

Diversidade étnica e cultural: Muitas nações independentes têm uma população diversa com
diferentes grupos étnicos, religiosos e culturais. Essa diversidade pode criar tensões e divisões,
especialmente se não houver uma história de coexistência pacífica entre os grupos.

7
Instabilidade política: Após a independência, muitos países experimentam períodos de
instabilidade política, disputas de poder e conflitos internos. Isso pode dificultar a construção de
uma nação unificada, pois as divisões políticas podem levar a polarizações e fragmentações.

Desafios económicos: A independência geralmente traz consigo desafios económicos, como a


necessidade de desenvolver uma infra-estrutura adequada, estabelecer uma base económica
sustentável e garantir a distribuição equitativa dos recursos.

Legado colonial: Muitas nações independentes têm que lidar com o legado do colonialismo, que
pode incluir desigualdades sociais, económicas e políticas enraizadas, bem como a necessidade
de reverter as políticas coloniais que suprimiam as identidades e culturas locais.

Medidas tomadas para construir uma nação unificada:

De acordo com Amin (1990),as medidas tomadas para construir uma nação unificada são:

Constituição e instituições: A criação de uma constituição e instituições governamentais fortes


e transparentes é fundamental para a estabilidade política e a construção de uma nação unificada.
Isso inclui estabelecer sistemas eleitorais justos, um poder judiciário independente e mecanismos
para a resolução pacífica de disputas.

Políticas de inclusão e igualdade: Para superar as divisões étnicas e culturais, muitas nações
implementaram políticas de inclusão e igualdade para garantir que todos os cidadãos tenham os
mesmos direitos e oportunidades, independentemente de sua origem étnica, religião ou cultura.

Desenvolvimento económico e redução da pobreza: Investimentos em infra-estrutura,


educação, saúde e desenvolvimento económico são cruciais para melhorar a qualidade de vida e
reduzir as disparidades socioeconómicas. Isso pode ajudar a promover uma sensação de unidade
e pertencimento entre os cidadãos.

Construção de identidade nacional: A promoção de uma identidade nacional compartilhada é


essencial para a construção de uma nação unificada. Isso pode ser feito por meio de políticas que
enfatizam valores comuns, história compartilhada e símbolos nacionais.

8
Importância da educação, língua e símbolos nacionais:

Com afirma Archer (2007), a importância da educação, língua e símbolos nacionais é:

Educação: A educação desempenha um papel fundamental na construção da identidade


nacional. Ao incorporar a história, a cultura e os valores nacionais nos currículos escolares, os
países podem ajudar a criar um senso de pertencimento e cidadania entre os jovens.

Língua: A língua desempenha um papel central na construção da identidade nacional. Ao


promover o uso e o ensino da língua nacional, os países podem fortalecer os laços culturais e
facilitar a comunicação entre os cidadãos.

Símbolos nacionais: Símbolos como bandeira, hino nacional, brasão de armas e outros
emblemas desempenham um papel importante na criação de um senso de identidade e
pertencimento. Esses símbolos são frequentemente usados em cerimónias oficiais, eventos
esportivos e celebrações nacionais, unindo as pessoas em torno de um propósito comum.

Diversidade cultural:

Moçambique é um país conhecido por sua rica diversidade étnica e cultural. Localizado na
região sudeste da África, Moçambique abriga uma ampla variedade de grupos étnicos, cada um
com sua própria língua, tradições e costumes. Alguns dos principais grupos étnicos em
Moçambique incluem o povo macua, o povo chewa, o povo tsonga, o povo shona, o povo sena, o
povo maconde e o povo makonde, entre outros (Ansprenger, 2004).

Ainda na perspectiva de Ansprenger (2004),a diversidade étnica de Moçambique também se


reflecte nas práticas culturais do país. Muitas comunidades têm suas próprias danças, músicas,
festivais e rituais tradicionais. Por exemplo, o povo macua é conhecido por suas danças vibrantes
e alegres, enquanto o povo makonde é famoso por suas habilidades na escultura em madeira.

No processo de construção da nação, Moçambique adoptou políticas de inclusão e promoção da


diversidade cultural. A Constituição de Moçambique reconhece a igualdade de todos os
cidadãos, independentemente de sua origem étnica ou cultural, e protege o direito à liberdade
cultural. Além disso, o país tem buscado promover o respeito mútuo, a tolerância e a valorização
da diversidade cultural como elementos essenciais para a unidade nacional.

9
Uma das maneiras pelas quais a diversidade cultural tem sido abordada em Moçambique é
através do reconhecimento e valorização das línguas faladas no país. Moçambique é um país
multilíngue, com mais de 40 línguas diferentes sendo faladas. A língua oficial de Moçambique é
o português, legado do período colonial, e é amplamente utilizada no governo, na educação e nos
meios de comunicação.

No entanto, o país também reconhece a importância das línguas locais e sua contribuição para a
diversidade cultural. O governo tem implementado políticas para promover o uso e o ensino das
línguas locais nas escolas, incentivando assim a preservação e a valorização dessas línguas.
Além disso, a mídia em Moçambique também tem dado espaço para o uso e a promoção das
línguas locais, contribuindo para uma maior visibilidade e reconhecimento da diversidade
linguística do país.

Desafios contemporâneos:

Ansprenger, (2004), a construção contínua da Nação moçambicana enfrenta diversos desafios


contemporâneos que afectam áreas cruciais como a pobreza, a desigualdade, o desenvolvimento
económico e os conflitos regionais que são:

Pobreza: Moçambique é um dos países mais pobres do mundo, com uma alta taxa de pobreza e
desigualdade. A maior parte da população vive em condições de extrema pobreza, enfrentando
dificuldades no acesso a alimentos, água potável, serviços de saúde e educação. A pobreza é
agravada pela falta de infra-estrutura básica e pela dependência de sectores económicos
vulneráveis, como a agricultura de subsistência.

Desigualdade: A desigualdade socioeconómica é um desafio significativo em Moçambique. A


distribuição desigual de recursos e oportunidades perpetua a divisão entre ricos e pobres. A
disparidade na distribuição de terras, por exemplo, é um factor importante que contribui para a
desigualdade no acesso aos recursos naturais e agrícolas. Além disso, a falta de acesso equitativo
à educação de qualidade e ao emprego formal também perpetua a desigualdade no país.

Desenvolvimento económico: Embora Moçambique tenha experimentado um crescimento


económico significativo nos últimos anos, especialmente devido aos sectores de energia e
recursos naturais, ainda existem desafios para sustentar esse desenvolvimento. A dependência de
sectores específicos cria vulnerabilidades, como a volatilidade dos preços das com modities, que
podem prejudicar a estabilidade económica. Além disso, a falta de diversificação económica e o
10
baixo nível de industrialização limitam o potencial de criação de empregos e o crescimento
sustentável.

Conflitos regionais: Moçambique tem enfrentado desafios significativos relacionados a


conflitos regionais, principalmente na região norte do país. O aumento da violência por parte de
grupos extremistas, como o grupo Al-Shabaab, tem causado instabilidade, deslocamento de
pessoas e violações dos direitos humanos. Esses conflitos têm impactos negativos no
desenvolvimento social, económico e na segurança do país, além de minar a confiança dos
investidores e dificultar os esforços de construção da Nação.

Para enfrentar esses desafios, o governo moçambicano e parceiros internacionais têm adoptado
diversas estratégias. Isso inclui programas de redução da pobreza, como o Plano Quinquenal do
Governo, que visa promover o crescimento económico inclusivo e melhorar o acesso a serviços
básicos. Além disso, esforços para promover a diversificação económica, a industrialização e o
desenvolvimento de infra-estrutura são cruciais para impulsionar o desenvolvimento sustentável.

No âmbito dos conflitos regionais, é importante fortalecer a segurança e promover uma


abordagem integrada, que envolva não apenas a resposta militar, mas também medidas de
desenvolvimento social, governança e diálogo intercomunitário. A cooperação regional e o apoio
internacional também são fundamentais para lidar com esses desafios de forma eficaz.

11
Conclusão

Durante a discussão, foram abordados vários pontos relevantes sobre a construção da Nação
moçambicana. Alguns dos principais pontos discutidos incluem a diversidade étnica, a herança
colonial, a independência, o desenvolvimento económico, os desafios sociais e a necessidade de
fortalecer a identidade nacional.

Moçambique é uma nação diversa em termos étnicos, com várias etnias coexistindo dentro das
fronteiras do país. Essa diversidade étnica pode ser um desafio para a construção de uma
identidade nacional coesa, mas também pode ser uma riqueza cultural e uma base para a unidade
nacional.

A herança colonial também desempenhou um papel importante na construção da Nação


moçambicana. A luta pela independência, alcançada em 1975, marcou um momento crucial na
história do país. No entanto, a descolonização trouxe consigo desafios significativos, como a
reconstrução após a guerra civil e a consolidação da governança democrática.

Ao longo dos anos, Moçambique tem feito progressos significativos no desenvolvimento


económico, especialmente no sector de recursos naturais, como a exploração de gás natural. Isso
tem potencial para impulsionar o crescimento e melhorar as condições de vida da população. No
entanto, é importante garantir que esses recursos sejam geridos de forma transparente e que os
benefícios sejam distribuídos de forma equitativa.

Apesar dos avanços, existem desafios restantes para a construção da Nação moçambicana.
Alguns dos desafios incluem a pobreza, a desigualdade social, o acesso limitado à educação e à
saúde, a corrupção e a falta de infra-estrutura adequada.

12
Referencias Bibliográficas

Amin, S. (1990). Maldevelopment: Anatomy of a Global Failure. Zed Books

Ansprenger, F. (2004). The Dissolution of the Portuguese Empire: A Study in Decolonization.


Routledge.

Archer, R. (2007). Peace, Power, and Resistance in Mozambique: Changing Perspectives. James
Currey Publishers.

Macamo, E. (2009). Política e Identidade em Moçambique: Estudos sobre o poder local. Alcance
Editores.

Newitt, M. D. (1995). História de Moçambique. Editorial Estampa.

Pitcher, A. (1991). Transforming Mozambique: The Politics of Privatization, 1975-2000.


Cambridge University Press.

Sambo, A. P. (2014). A Construção da Nação em Moçambique: A Problemática das Identidades


Nacionais. Editorial Caminho.

Silva, L. N. (2013). Moçambique: 40 Anos de Independência e Construção Nacional. Editorial


Novembro.

Vail, L., & White, L. T. (Eds.). (1995). Poder e Elogio: Poemas Orais do Sul de Moçambique.
Vega Editora.

Van Rouveroy Van Nieuwaal, E., & Tengen, M. (Eds.). (2001). The Social Construction of
Democracy in Africa. James Currey Publishers.

13

Você também pode gostar