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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

TEMA: IMPLEMENTAÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUAS BANTU EM


MOÇAMBIQUE

NOME: VICTOR RACHADO DA SILVA

CÓDIGO: 708220127

CURSO: LICENCIATURA EM ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

CADEIRA: LINGUÍSTICA BANTU

ANO DE FREQUÊNCIA: 2º ANO

PEMBA, MAIO DE 2023


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Introdução objectivos
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objecto do
trabalho
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domínio do
discurso
Conteúdo académico 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
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Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referênci
bibliografia as bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 5

1. Conceito de Línguas Bantu ................................................................................... 6

2. Os impactos, motivações ou aspectos que sustentam a introdução das línguas


bantu no ensino Moçambicano ......................................................................................... 6

2.1. Motivações ou aspectos que sustentam a introdução das línguas bantu no ensino
Moçambicano ................................................................................................................... 6

2.2. Os impacto que sustentam a introdução das línguas bantu no ensino


Moçambicano ................................................................................................................... 6

2.2.1. Razões linguístico-pedagógicas- ................................................................ 7

2.2.2. Razões culturais e de identidade- ............................................................... 7

2.2.3. A língua como direito ................................................................................. 7

3. Constrangimentos inerentes a implementacao de linguas bantu em mocambique 8

Conclusão ......................................................................................................................... 9

Referências bibliográficas .............................................................................................. 10


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Introdução
O presente trabalho de pesquisa da cadeira de Linguística Bantu e carácter, tem como o
tema implementação do ensino de línguas bantu em Moçambique. No interior do tema
abordou-se sobre impactos, motivações ou aspectos que sustentam a introdução das
línguas bantu no ensino moçambicano. Para além deste ponto, também falou-se dos
constrangimentos inerentes a implementação de línguas bantu em Moçambique.

Objectivos

Porem a trabalho traz dois objectivos fundamentais: gerais e específicos.

Objectivo geral:

 Conhecer os impactos, as motivações ou aspectos que sustentam a introdução


das línguas bantu no ensino moçambicano.

Objectivos específicos:

 Descrever os impactos, as motivações ou aspectos que sustentam a introdução


das línguas bantu no ensino moçambicano;
 Mencionar os constrangimentos inerentes a implementação de línguas bantu em
Moçambique;
 Explicar a importância das línguas moçambicanas no ensino em Moçambique.

Metodologias

Quanto a abordagem usou-se o método de pesquisa qualitativa.

Quanto a fonte de informação – aplicou-se fontes bibliográficas, baseando se na


investigação a partir de obras cientificase sites da internet.
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1. Conceito de Línguas Bantu


Antes debruçar sobre a implementação do ensino línguas bantu em Moçambique e os
seus impactos, motivações e constrangimento e importante definir os três termos:
língua, bantu e línguas bantu.

A língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por regras gramaticais que


possibilitam que determinado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes
permitam comunicar-se e compreender-se.
(https://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman2.php).

A palavra "bantu" é derivada da palavra ba-ntu, formado por ba- (prefixo nominal de
classe 2) e nto, que significa "pessoa" ou "humanos."

De acordo com Greenberg (1971, p. 131), "as línguas bantu compreendem um grupo
de línguas com características comuns que se estendem desde a África ao sul do Sahara,
incluindo quase toda a África ocidental, partes do Sudão central e oriental, sendo que
seu sub-ramo bantu ocupa a maior parte da África central, oriental e meridional"

2. Os impactos, motivações ou aspectos que sustentam a introdução das


línguas bantu no ensino Moçambicano

2.1. Motivações ou aspectos que sustentam a introdução das línguas bantu


no ensino Moçambicano
De acordo com Ngunga, (2000), As crianças cuja língua materna não é o português
levam por vezes três anos sem passar de classe, o que tem como consequência imediata,
para além do desperdício de recursos, os grandes índices de distância ou, para os que
precisam, a conclusão tardia do primeiro nível primaário – a 5 classe – por volta dos 15
ou 16 anos de idade, no meio rural, quando nas cidades a média é 11 anos. (p. 37).

Verifica se atraso na captação da matéria dada pelo professor, contudo, na introdução


acelera no processo de ensino-aprendizagem (idem).

2.2. Os impacto que sustentam a introdução das línguas bantu no ensino


Moçambicano
Melhorar a qualidade de ensino, mas também valorizar as línguas nacionais para que
elas se tornem cada vez mais pública.
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“A possibilidade de que leva uma língua se torne de fato uma língua pública envolve, ao
mesmo tempo, a elaboração de uma língua escrita que sustente discursos de caráter
público e a existência de uma sociedade alfabetizada que, interpelada por essa língua,
produza esses discursos de caráter público” (Alcalá, 2001 p. 144).

De acordo com INDE/MINED (2003, p. 127), “a introdução das línguas moçambicanas


no ensino contribui para a valorização e manutenção da língua e da cultura bem como
para o desenvolvimento da auto-estima, afirmação da sua identidade e atitude mais
positiva em relação escola.”

Para Firmino (2005, p. 67), “qualquer pessoa que fala a sua L1 é socialmente entendida
como um forte indicador da sua identidade étnica”.

Lopes (2004, p. 40) "Podem-se apontar três fatores que levaram à sua emplementação:
razões linguístico-pedagógicas, razões culturais e de indentidade e, a língua como
direito".

2.2.1. Razões linguístico-pedagógicas-


têm a ver com o conhecimento linguístico que o indivíduo/falante tem em relação a sua
língua materna. Os alunos contemplados pelo ensino bilingue quando entram pela
primeira vez na escola, eles já têm consigo adiquiridas as competências básicas da sua
língua materna. Eles já conhecem a gramática e são capazese de formar frases
compreensíveis dentro das sua línguas, inclusive fazer operações matemáticas.

2.2.2. Razões culturais e de identidade-


uma das componentes básica no processo de ensino-aprendizagem é a transmissão de
valores culturais, tradicionais entre outros, que dizem respeito aos valores da sociedade
onde se pretende implementar o currículo, neste caso concreto o do ensino bilingue. Há
uma necessidade de valorizar todos esses valores culturais que identificam cada
comunidade linguística.

2.2.3. A língua como direito


do mesmo modo que todo indivíduo tem vários direitos previstos pela constituição e
pelas diferentes leis, direitos tais como acesso a saúde, educação, a escolha de religião,
liberdade, por aí em diante, o mesmo acontece com o direito linguístico previsto pela
Declaração Universal dos Direitos Linguísticos. Partindo deste pressuposto, todas as
línguas são consideradas iguais.
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3. Constrangimentos inerentes a implementacao de linguas bantu em


mocambique
Durante a luta contra o tribalismo a favor da unidade nacional, as línguas moçambicanas
foram relegadas para dar espaço língua portuguesa, considerada como língua de
unidade nacional sob ponto de vista político e ideol gico. (Velasco & TImbane, 2017).

De acordo com (Firmino 2009 apud Chimbutane, 2011) “Nas comunidades


moçambicanas, a língua portuguesa (língua oficial) constitui o veículo de ascensão
social .Por este facto, nas onas urbanas, alguns pais e encarregados de educação
reagiram negativamente a introdução de línguas moçambicanas como língua de ensino”

As línguas moçambicanas são línguas maternas para as crianças das onas


rurais, este facto cria barreira para a introdução de línguas moçambicanas nas
escolas dos centros urbanos cujas crianças (maioritariamente) t m a língua
portuguesa como língua materna e j se preparam para a língua inglesa com
língua segunda, entendida pelos seus pais e encarregados de educação como
língua de prestígio para o acesso ao conhecimento universal. Firmino (2009)
apud Chimbutane, (2011)

Lopes (2004: 40) "Adiversidade etnolinguística levanta problemas no mbito da


planificação curricular ,isto é, o currículo a ser implementado deve espelhar a realidade
linguística e cultural de cada aluno ou das turmas, tomando em consideração a
heterogeneidade".

O currículo do ensino secund rio prev , desde 2004, o ensino de línguas antu,
escolhidas pela pr pria escola ou pela comunidade local, como uma disciplina
opcional no entanto, o Ministério da Educação nunca fe esforços para que esta
decisão fosse efetivada alegando falta de recursos financeiros para a elaboração
de materiais, bem como a falta de professores formados. Patel & Cavalcante,
(2013,p.7).
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Conclusão
O impacto que levou a introdução das línguas bantu no ensino moíambicano e a
melhoria de qualidade de ensino, mas tambem, contribui para a valorização e
manutenção da língua e da cultura bem como para o desenvolvimento da auto-estima,
afirmação da sua identidade e atitude mais positiva em relação escola.”

O ensino bilíngue é introduzido na educação básica em Moçambique em 2004, com o


objectivo de assegurar a rápida aprendizagem das crianças não falantes da língua
portuguesa e que vivem no meio rural, bem como, assegurar a valorização das línguas
materna.

Com a implementação do ensino de línguas bantu em moçambique, melhorou


significativamente a qualidade de aprendizagem, no que diz respeito a literacia e
numeracia, pois muitas crianças, assim como adultos aprenderam a ler e a escrever,
através desta modalidade.
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Referências bibliográficas

 ALCALÁ, Carolina ;( 2001); A Língua Urbana: o Guarani no espaço público


da cidade; s/e; In: ORLANDI, Eni Puccinelli (Org.). Cidade Atravessada.
Campinas: Pontes ; s/l;
 FIRMINO, Gregório; (2005) A questão linguística na África pós-colonial. O
caso do português e das línguas autóctones em Moçambique; s/e ; Imprensa
Universitária; Maputo;
 https://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman2.php.
 INDE/MINED; (2003); Programas das disciplinas do 3º Ciclo – Ensino Básico;
s/e; Academia Lda; Maputo;
 LOPES, Armando; (2004); A Batalha das Línguas: Perspectivas sobre
Linguística Aplicada em Moçambique; s/e; Imprensa Universitária, 2004;
 NGUNGA, Armindo; (2004); Introdução à Linguística Bantu; s/e; Imprensa
UniversitáriaUEM; Maputo;

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