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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Dinâmica do Português no Ensino Primário

Reinata Maurício Marcelino/ 708203605

Curso: Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Didática de Português 2
Tutor: Tomé Jorge Binda
Ano de Frequência: 3o

Pemba, Abril de 2022

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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referência
s
bibliografia s bibliográficas

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índic
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1. Introdução............................................................................................................................5

1.1. Metodologia.....................................................................................................................5

1.2. Estrutura do trabalho........................................................................................................5

2. A Língua Portuguesa no Ensino..........................................................................................6

3. Dinâmica do Português no ensino Primário em Moçambique............................................7

4. Conclusão............................................................................................................................9

5. Referência Bibliográfica....................................................................................................10

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1. Introdução

O presente trabalho pretende compreender em relação a dinâmica do português no ensino


primário. Portanto, o português constitui encalço na progressão acadêmica dos alunos em
Moçambique, resultado do multilinguismo e da metodologia utilizada pela escola. O objetivo
é de discutir as questões da dinâmica do português no ensino primário, analisar como ajudou
na melhoria do ensino.

Para isso a língua portuguesa é, para a maioria das crianças moçambicanas, em particular nas
zonas rurais e suburbanas, uma língua segunda (L2), aprendida formalmente na escola.
Assim, é tarefa da escola criar condições para a sua aprendizagem logo no primeiro ano de
escolaridade, de modo a desenvolver nelas as habilidades de comunicação oral e escrita nesta
língua. Para que a aprendizagem da língua tenha o sucesso desejado, é necessário que se tenha
em conta as metodologias e os princípios gerais do ensino-aprendizagem de uma L2.

1.1. Metodologia

A metodologia utilizada na pesquisa foi uma abordagem teórica metodológica, onde a mesma
foi pautada em uma pesquisa qualitativa, com caráter bibliográfico, assim, diversos autores
puderam prestar suas contribuições para esse trabalho. Os resultados serviram de ponto de
partida para objetivos ainda maiores.

1.2. Estrutura do trabalho

O trabalho em causa apresenta a seguinte estrutura: Introdução, desenvolvimento, conclusão


ou considerações finais e referência bibliográfica.

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2. A Língua Portuguesa no Ensino

De acordo com Manuel Buendia (2010), os processos de escolarização e de alfabetização


sempre elegeram o ensino do “ler e do escrever” como um de seus objetivos centrais. Por tal
razão, o currículo escolar dedica um tempo e um espaço específicos para o que se chama
atualmente de “ensino de Língua Portuguesa”, isto é, o ensino formal e planejado que almeja
formar leitores e produtores competentes de textos verbais e visuais, desde a Educação
Infantil até o Ensino Médio. O ensino de Língua Portuguesa encontra-se, então, organizado
em torno de práticas e atividades que procuram levar as crianças a se apropriarem,
progressivamente, das capacidades de compreender textos e de produzi-los em diferentes
modalidades (escrita, oral, multimodal), de forma crítica e contextualizada. 

Segundo Gonçalves (2001a. p.977-990), no Ciclo de Alfabetização, o ensino de


português encontra-se geralmente organizado em torno de quatro grandes eixos de ensino: (i)
leitura de textos; (ii) produção de textos; (iii) oralidade e (iv) conhecimentos linguísticos. Tais
eixos são normalmente trabalhados de forma inter-relacionada e em diferentes áreas do
conhecimento, por exemplo, as crianças leem e escrevem textos verbo-visuais de gêneros
específicos: calendários, gráficos, linha do tempo e relatórios, entre outros. Por tal razão, as
diversas propostas curriculares contemporâneas têm defendido que o texto seja visto como a
unidade de ensino de Língua Portuguesa e os gêneros textuais como seus principais objetos de
ensino.
Para Ki-Zerbo (2006), na esfera escolar, as crianças têm oportunidades de viver experiências
planejadas, usar a linguagem e refletir sobre as práticas de linguagem. Ao ler a capa de um
livro de literatura infantil, refletir sobre palavras novas de uma canção ou tentar grafar uma
palavra na produção de legendas, elas se engajam em situações de aprendizagem em que a
escuta e a leitura de textos de diferentes gêneros, assim como a produção de textos orais e
escritos ganham grande relevância para o seu desenvolvimento humano.

Lopes (1997), defende que no ciclo de alfabetização, ganha importância também o trabalho de
análise, reflexão e sistematização sobre os conhecimentos linguísticos em diferentes níveis
(fonológico, morfossintático, semântico), uma vez que as crianças também estão se
apropriando do sistema de escrita de base alfabética, do léxico e da gramática da língua
portuguesa. Por essa razão, o ensino de Língua Portuguesa volta-se para reflexões
sistemáticas sobre a relação entre o oral e o escrito, para questões da variação linguística e
aspectos da textualidade (como os sinais de pontuação) e da normatividade (como algumas

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regularidades ortográficas). Defende-se ainda, como um princípio pedagógico do ensino da
Língua Portuguesa, que a linguagem é o lugar da diversidade e da heterogeneidade de práticas
culturais; por isso as práticas escolares precisam ser sensíveis às diferenças culturais e
linguísticas, utilizando-as a favor da formação cidadã e de uma aprendizagem significativa da
língua materna. 

3. Dinâmica do Português no ensino Primário em Moçambique

Gonçalves e Diniz (2004), apontam que o português trouxe a dinâmica no ensino primário,
pois possibilitou ao aluno de seguinte forma:

Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos


escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes
propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do
discurso;

Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade, operando sobre as


representações construídas em várias áreas do conhecimento: dos textos,
identificando aspectos relevantes, organizando notas, elaborando roteiros, resumos, índices,
esquemas etc.;
Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português, procurando combater o
preconceito linguístico;
Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e
eficiente na comunicação cotidiana,na elaboração artística e mesmo nas interações com
pessoas de outros grupos sociais que se expressem por meio de outras variedades;

Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir sua
capacidade de monitoração das possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade
de análise crítica.

Bona (2010, pág.; 222), defende que, através do ensino de português na primaria, actualmente
o aluno é capaz de:

Compreender o sentido nas mensagens orais e escritas de que é destinatário direto ou indireto,


desenvolvendo sensibilidade para reconhecer a intencionalidade implícita e conteúdos
discriminatórios ou persuasivos, especialmente nas mensagens veiculadas pelos meios de
comunicação;

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Ler autonomamente diferentes textos dos gêneros previstos para o ciclo, sabendo identificar
aqueles que respondem às suas necessidades imediatas e selecionar estratégias adequadas para
abordá-los;
Utilizar a linguagem para expressar sentimentos, experiências e ideias, acolhendo,
interpretando e considerando os das outras pessoas e respeitando os diferentes modos de falar;
Utilizar a linguagem oral com eficácia, começando a adequá-la a intenções e situações
comunicativas que requeiram o domínio de registros formais, o planejamento prévio do
discurso, a coerência na defesa de pontos de vista e na apresentação de argumentos e o uso de
procedimentos de negociação de acordos necessários ou possíveis;
Produzir textos escritos, coesos e coerentes, dentro dos gêneros previstos para o ciclo,
ajustados;

Escrever textos com domínio da separação em palavras, estabilidade de palavras de ortografia


regular e de irregulares mais frequentes na escrita e utilização de recursos do sistema de
pontuação para dividir o texto em frases;

Revisar seus próprios textos a partir de uma primeira versão e, com ajuda do professor, redigir
as versões necessárias até considerá-lo suficientemente bem escrito para o momento.

Para Cagliari (2009), o português envolveu muitas atividades, que promoveram a


socialização: desenvolveram o raciocínio, imaginação, o relacionamento entre ideias, a
capacidade de pensar e extrair significados e a verbalização.

Segundo Castilho (2010), cabe observar que, no caso do ensino de português no ensino
primário as competências e habilidades que o aluno deverá desenvolver neste período é um
aprofundamento do nível de complexidade das que já vinham sendo construídas ao longo do
Ensino Fundamental, já que, desde o início da escolarização, as finalidades do trabalho
pedagógico com a língua portuguesa visam à progressiva ampliação dos saberes linguísticos
do aluno, necessários para a participação ativa nas práticas sociais.

De todas essas ideias expostas pelos autores acima citados em relação a dinâmica do
português no ensino primário, posso subsidiar que espaço do português na escola é garantir o
uso ético e estético da linguagem verbal, fazer compreender que na linguagem é possível
transformar/ reiterar o social, o cultural, o pessoal; aceitar a complexidade humana, o respeito
pelas falas como parte das vozes possíveis e necessárias para o desenvolvimento humano
enfim, fazer o aluno se compreender como um texto em diálogo constante como outros textos.

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Um dos grandes avanços do ensino português na escola é valorização da língua do ensino ou
da variedade que o aluno traz de casa.

4. Conclusão

O trabalho que esta a findar teve o propósito de alavancar os aspectos relacionados com a
dinâmica da língua portuguesa no ensino primário. Entretanto, o processo educacional, em
qualquer parte do nosso país, só terá sucesso se for conduzido através duma língua e que essa
pode ser a língua portuguesa, o aprendente melhor conhece, respeitando-se, deste modo, os
pressupostos psicopedagógicos e cognitivos, a preservação da cultura e identidade do aluno e
os seus direitos humanos. Posto tudo isto, é importante mostrar que há cinco atores que
participam no sucesso de qualquer sistema educativo: (a) o Ministério da Educação, (b) os
materiais, (c) o professor, (d) o aluno e (e) os pais.

Em linhas gerais, é necessário aponta que dentro dessa perspectiva, a língua portuguesa passa
a ser percebida como atividade social em constante uso comunicativo no ensino primário.
Assim, a função do ensino da gramática não se limita à estrutura da língua, mas também
abrange o desenvolvimento da competência comunicativa do aluno e não mais levá – lo a
produzir respostas corretas. Isto é, sua função consiste em aumentar a capacidade do aluno
usar a língua portuguesa nas mais diversas situações. É nesse contexto que o uso da língua
passa a ser estudado tendo como base textos e discursos, que ocorrem em situações
comunicativas do dia – a – dia por meio dos mais diversos gêneros. Dito de outra forma, o
funcionamento da língua passa a ser estudado com base nos mais variados gêneros textuais
produzidos no cotidiano e, em especial, por meio de situações reais de comunicação.

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5. Referência Bibliográfica

BUENDIA, M. (2010). Os desafios da leitura. In. Desafios para Moçambique. Maputo.


Moçambique

BONA, M. (2010). Língua Portuguesa: português. 2o Ano. Maputo. Moçambique

CAGLIARI, L. C. (2009). Alfabetização e linguística. Paz Terra. São Paulo.

CASTILHO, A. (2020). Gramática do português brasileiro. 1ª ed. Cortez. São Paulo.

GONÇALVES, P. (2001). Panorama geral do português de Moçambique. 1o, 2o e 3o Ciclo do


Ensino Básico. Moçambique

GONÇALVES, P.; DINIZ, M. J. (2004). Português no ensino primário: estratégias e


exercícios. Maputo. INDE.

KI-ZERBO, J. (2006). Para quando África. Pallas. Rio de Janeiro.

LOPES, A. J. (1997). Política linguística: princípios e problemas. Maputo: Imprensa


universitária.

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