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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

A LÍNGUA PORTUGUESA EM MOÇAMBIQUE: CASO DO DISTRITO DE


CAHORA-BASSA

Nome: Cristina Marito Mafaladzomba

Código: 708225821

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Lingua Portuguêsa
Ano de frequência: 1º

Tete, Junho de 2022


FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 4.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhoria

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ÍNDICE
1. Introdução......................................................................................................................................5
1.2. Metodologias..............................................................................................................................6
1.3. Objectivos...................................................................................................................................6
1.3.1. Objectivo Geral...............................................................................................................6
1.3.2. Objectivos Específicos....................................................................................................6
CAPÍTULO II: DESENVOLVIMENTO...........................................................................................7
2.1. Origem da língua portuguesa......................................................................................................7
2.2. Evolução do português...............................................................................................................7
2.3. Norma Portuguesa......................................................................................................................8
2.4. Português Brasileiro...................................................................................................................9
2.5. Português na África e na Ásia...................................................................................................10
2.6. Português em Moçambique......................................................................................................10
2.7. Factores de variação do Português em Moçambique................................................................10
2.8. Características do Português Moçambicano.............................................................................11
CAPITULO III: PORTUGUÊS EM CAHORA-BASSA.................................................................12
3.1. Componente Fonética em Cahora-Bassa.......................................................................................12
3.2. Componente Morfológica em Cahora-Bassa................................................................................12
3.4. Componente Sintáctica em Cahora-Bassa.....................................................................................13
3.5. Componente Semântica em Cahora-Bassa....................................................................................13
Conclusão.............................................................................................................................................14
5. Referências Bibliográficas................................................................................................................15
Introdução

O presente trabalho tem em vista fazer uma abordagem qualitativa a cerca do Português no
mundo com paticular destaque moçambique, caso do distrito de Cahora-Bassa. Neste
contexto, o autor aborda, em especial, a descrição da origem e evolução da língua portuguesa
no tempo e no espaço. Portanto, a estrutura e a evolução da língua portuguesa deve ser
descrita dentro do seu contexto social. Há diferentes maneiras de se utilizar a mesma língua. É
graças a este fenómeno que ela varia de acordo com os seus falantes ou grupos sociais. Sendo
assim, neste trabalho serão extraidos discursos escritos e orais de habitantes do distrito de
Cahora-Bassa, que apresentem marcas peculiares do português falado, exclusivamente nesta
zona linguística. No entanto, iremos abordar questões ligadas a fonética, morfologia, sintax e
semântica.

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1.2. Metodologias

A metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção


desenvolvida no método (caminho) do trabalho científico. No ambito de desenvolvimento
deste trabalho que surge no âmbito da disciplina de Lingua Portuguesa, importa afirmar que
fez se uma analse menuciosa do dia á dia dos faltes desta lingua em diferentes contextos
dentro do distrito, a abordagem metodológica de investigação científica, é de natureza
qualitativa, sendo desenvolvida através de pesquisa bibliográfica exploratória (livros
didáticos, de metodologia científica, dicionários, entre outros.). Em relação à pesquisa
qualitativa, Gil 2008 acrescenta: Vale-se de procedimentos de coleta de dados os mais
variados, o processo de análise e interpretação pode, naturalmente, envolver diferentes
modelos de análise.

1.3. Objectivos

Destacados os seguintes objectivos com base no foco do desenvolvimento deste trabalho


de investigação científica:

1.3.1. Objectivo Geral


 Estudo da língua portuguesa no tempo e no espaço.
1.3.2. Objectivos Específicos
 Descrever a origem e evolução da língua portuguesa no tempo e no espaço;
 Diferenciar a estrutura e a evolução da língua portuguesa em diferentes contextos
sociais;
 Identificar o português falado em Cahora Bassa;
 Diferenciar o português falado em Cahora Bassa com o falado em outros quadrantes
do país.

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CAPÍTULO II: DESENVOLVIMENTO

2.1. Origem da língua portuguesa

Durante a Idade Média, a língua oficial do Império Romano, o latim, passou a ser absorvida
pela Igreja Católica. Todavia, houve outros segmentos linguísticos que incorporaram a
estrutura do latim e formaram línguas novas. Foi quando surguiu o português.

A origem da Língua Portuguesa está associada, evidentemente, à própria formação de


Portugal. Tantos os reinos espanhóis quanto galego Portucalense (que daria origem a Portugal
moderno) formaram-se durante as guerras de reconquista da Península Ibérica. Essas guerras
foram travadas contra os mouros, isto é, os muçulmanos que haviam expandido seus domínios
naquela região desde o século VIII d.C.

Um dos principais fomentadores do desenvolvimento da língua portuguesa e da sua


independência com relação ao galego foi o rei D. Dinis (1261-1325). D. Dinis foi o grande
apoiador cultural da literatura trovadoresca e aprovou o português como língua oficial de
Portugal.

A língua portuguesa tem uma das histórias mais marcante entre as línguas de origem europeia.
Em razão das navegações portuguesas nos séculos XV e XVI, tornou-se um dos poucos
idiomas presentes na África, América, Ásia e Europa, sendo falado a língua oficial de nove
países: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor-Leste, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe

2.2. Evolução do português

O domínio romano, sem desprezar por completo a influência das diversas línguas faladas na
região antes do domínio romano sobre o latim vulgar, form elemento decisivo na formação e a
própria evolução da língua portuguesa, dando origem a dialectos que se denominava romanço
Com várias invasões barbaras no século V, e a queda do Império Romano no Ocidente,
surgiram vários destes dialectos, e numa evolução constituíram-se as línguas modernas
conhecidas como: neolatinas. Na Península Ibérica, várias línguas se formaram, entre elas o
catalão, o castelhano, o galego-português, deste último resultou a língua portuguesa.

A evolução da língua é dividida em cinco períodos:

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 Pré-românico: surgidas a partir do latim vulgar (sermo vulgaris). O latim vulgar foi o
idioma levado pelos soldados para as áreas conquistadas no Império Romano porque
era a língua oficial de Roma.
 Românico: são as línguas que resultaram da diferenciação ou do latim levado pelos
conquistadores romanos. Com as sucessivas transformações o latim é substituído por
dialetos. Desses, da transição iniciada no século V, surgem quatro séculos depois as
demais línguas românicas: francês, espanhol, italiano, sardo, provençal, rético, franco-
provençal, dálmata e romeno. O português surge no século XIII.
 Galego-português: foi o idioma da Galiza, na atual Espanha, e das regiões
portuguesas do Douro e Minho. Permanece até ao século XIV.
 Português Arcaico: é o idioma falado entre o século XIII e a primeira metade do
século XVI. É nesse período que começam os estudos gramaticais da língua
portuguesa.
 Português Moderno: é o idioma falado atualmente em Moçcambiue e nos demais
países lusófonos.

2.3. Norma Portuguesa

Norma não é apenas ou simplesmente um conjunto de formas linguísticas pré-estabelecidas,


mas também, é um agregado de valores socioculturais usados por uma comunidade linguística

Em África, nas repúblicas de Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola e
Moçambique, e na Ásia, em Timor-Leste e em Macau, o português europeu-padrão1 tem sido
a norma, embora se assista atualmente à elaboração de variedades normativas nacionais.
Sobre esta situação, observa Esperança Cardeira, em História do Português (Lisboa, Editorial
Caminho, 2006, p. 90; manteve-se a ortografia original):

Em Moçambique a norma é, ainda, a do português europeu. Mas o léxico, a morfologia, a


sintaxe e a fonética vão sofrendo modificações resultantes do contacto com as línguas
nacionais. É por interferência destas línguas que o português vai ganhando contornos que
poderão vir a configurar nova gramática moçambicana

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2.4. Português Brasileiro

Em 1532, a língua portuguesa começa a ser transportada para o Brasil. Aqui ela entra em
relação, num novo espaço-tempo, com povos que falavam outras línguas, as línguas
indígenas, e acaba por tornar-se, nessa nova geografia, a língua oficial e nacional do Brasil.

O português, em diversas outras regiões do mundo, terá características também específicas,


em virtude das condições novas em que a língua passou a funcionar. Há que se considerar
que, se levamos em conta a língua escrita, vamos encontrar uma maior proximidade entre o
português do Brasil, assim como o de outras regiões do mundo, com o português de Portugal.

Nas características gramaticais podemos distinguir dois conjuntos de características: o das


características fonético-fonológicas, o das características morfológicas e sintáticas.

 As principais comparações são feitas entre Brasil e Portugal. Embora o léxico seja o mesmo,
há palavras usadas em um só país ou com grafia/acentuação diferentes. Açougue, por
exemplo, em Portugal se chama talho; alho-poró é alho-porro; banheiro é casa de banho. Não
podemos deixar de citar os regionalismos, que podem causar estranhamento entre os falantes
dos dois paíse

As diferenças estão no nível fonológico (o famoso “sotaque”) e no nível lexical (as surradas


listas de palavras: “fila” no Brasil é “bicha” em Portugal etc.).

Mas essas diferenças são superficiais, muito menos importantes do que as que existem


naquilo que é o “motor” da língua, a sua morfossintaxe ou, em termos leigos, a sua gramática.
No Brasil, emprega-se com a maior naturalidade construções gramaticais que não fazem
nenhum sentido em Portugal.

Por exemplo, “Aqui vende uns docinhos deliciosos!”, uma declaração que não causa
estranheza a ninguém, empregou-se o verbo na 3ª pessoa do singular como índice de
indeterminação, um emprego totalmente desconhecido em português europeu, onde é
obrigatório o uso da partícula se e do verbo no plural: “Aqui se vendem uns docinhos
deliciosos!”. A gramática brasileira já dispensou essa partícula há muito tempo.

Esse é um exemplo mínimo das muitas e grandes diferenças gramaticais que existem entre o
português falado em Brasil e em Portugal. 

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2.5. Português na África e na Ásia

A língua portuguesa é oficial nas terras que os portugueses povoaram e/ou colonizaram a


partir do século XV, momento em que se deu a expansão marítima por meio das grandes
navegações. Tal expansão chegou na África e Ásia, progressivamente ocupando o Timor-
Leste a Índia, a Costa do Coramendel, o Ceilão, o reino do Pegú, as Ilhas Samatra, a China em
Macau, até chegar ao Japão, isto na Ásia e na África ocuparam, nas repúblicas de
Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Angola. No século XVI a
língua portuguesa era falada em todas essas reigiões, e os portugueses, por sua vez, se
mantiveram senhores do comércio por quase um século.

A língua portuguesa se instalou nestas reigiões, de modo que acabou servindo como meio de
comunicação entre os nativos asiáticos e africanos.

Muitos tratados, documentos, acordos, etc, foram escritos em língua portuguesa, já que os
governantes das maiores potências européias da época perceberam que esta seria a língua
mais adequada para fazerem as devidas negociações que os levariam a apropriar-se do direito
de explorar tais terras.

Nestas reigiões a língua portuguesa foi utilizada para fins políticos, e foi tomando
caracteristicas diferentes em cada reigião devido ao impacto das linguas locais

2.6. Português em Moçambique

O português falado em Moçambique se distancia do Português Europeu , brasileiro, angolano,


guineense, etc. Segundo Lopes, Sitoe e Nhamuende (2013, p.17) “em Moçambique vem-se
desenvolvendo uma variedade de português que é moçambicana, no sentido em que há traços,
características e realizações formais e contextuais de moçambicanidade na fala e na escrita...”

2.7. Factores de variação do Português em Moçambique

O português moçambicano assim como todas as línguas faladas tendem a mudar com o tempo
desviando-se constantemente com relação a norma devido a város factores tais como:

 Fraco domínio da norma-padrão;

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 O contexto sociolinguísticos (influência da linguas locais)
 Diversidade cultural (a existência de vários sotaques)
 Influencia das línguas bantu moçambicanas

2.8. Características do Português Moçambicano

O português falado em Moçambique apresenta suas proprias caracteristicas a mencionar:

 Instabilidade no uso dos pronomes.

Quanto à colocação do pronome na frase, observa-se às vezes uma tendência para a


anteposição do pronome relativamente ao verbo, como no português do Brasil (“Eh, pá, você
me está a insultar, ou quê?”) e às vezes uma tendência para a posposição do pronome em
situações em que tal não aconteceria nem no português europeu nem no português brasileiro
(“Como ela chama-se?”). Além disso, há grande instabilidade na escolha das formas de
acusativo e dativo. Por influência da estrutura das línguas bantas, a tendência é cada vez mais
usar sempre lhe(s) quando o pronome refere pessoas, independentemente de se usar com um
verbo transitivo directo ou não: “A Esmeralda já chegou da Cahora Bassa; encontrei-lhe
ontem à noite na rua”.

 Construção com ´´nem`` em início de frase,

Ao contrário do que acontece noutras variantes do português, nas frase iniciadas com ´´nem``,
com o sentido de “nem sequer”, coloca-se um não antes do verbo: “estava tenso, nem dinheiro
para beber uma cerveja não tinha”.

 Redobro no português de Moçambique

Chamo redobro à duplicação consecutiva de uma unidade lexical. Em português, usa-se o


redobro de nomes e adjectivos (“ele é complicado complicado” ou “isto é que é mau mau”),
de quantificadores, em frases negativas (“não gosto muito muito”, “não é assim tanto
tanto…”) ou de formas verbais, para formar nomes (chupa-chupa).

 Particularidades da voz passiva

Por influência da estrutura das línguas bantas, fazem-se, com muita frequência, frases
passivas cujo sujeito é o objecto indirecto das frases activas que lhes correspondem. Diz-se,
por exemplo, que “aquela associação de camponeses agora foi dada insumos por uma ONG
suíça” ou que “nós fomos pedidos estar lá às 10 horas”.
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Trata-se de uma tendência muito forte, que se começa a observar também nas novas gerações
de moçambicanos de língua materna portuguesa. É provável, portanto, que se venha a afirmar
como característica do português de Moçambique.

 Pronúncia do português em Moçambique

A pronúncia dos moçambicanos de língua materna portuguesa da 1ª geração (isto é, os que já


tinham o português como língua materna na altura da independência) é muito parecida com a
do português europeu, muitas vezes indistinguível. Dois traços que podem às vezes
caracterizar o sotaque desses moçambicanos são a pronúncia “dura” de d e g entre vogais (ou
seja, pronunciar da mesma forma os dois dd de dado ou os dois gg de gago) e pronunciar
como um j o s entre vogais quando este liga duas palavras (ou seja, pronunciar “’tás a fazer”
[tàjafazer] em vês de [tàzafazer]) .

CAPITULO III: PORTUGUÊS EM CAHORA-BASSA

3.1. Componente Fonética em Cahora-Bassa

Cahor Bassa é um Distrito que tem grande parte da população da origem Tawala e Nyungué e
a ligua falada é Chinyungué com uma interferência do tawala e o português é língua segunda
para a maioria dos falantes. Dadas as alterações que o português sofre nesta parcela do do
país.

Os sons da fala obedecem a certas regras. Se violamos as regras da ortoépia, podemos criar
ruídos na comunicação.

Por exemplo1: – Mamã comprou-me cardeno. No entanto, o locutor quer dizer: Mamã
comprou-me caderno.

Por exemplo 2: – Aquere é meu irmão. No entanto, o locutor quer dizer: aquele é meu irmão

3.2. Componente Morfológica em Cahora-Bassa

A Morfologia é o estudo a respeito da estrutura, formação e classificação das palavras.


Estudar Morfologia significa estudar, isoladamente, as classes das palavras.

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O portuguê em Cahora Bassa nos termos morfológico é caracterizado por uso do hibridismo,
isto é, a construção de palavras por meio de dois radicais de origens distintas. Neste caso de
origem portuguesa e da origem nyungue.

Para isso em muitas ocasiões é anexado o estado natural do infinitivo (ar) a uma palavra do
chinyungué.

Exemplo1: Menhar = menha (nyungué que significa bater) + ar (estado natural do infinitivo
do portuguê). Em uma frase fica: João esta a me menhar

Em outras circunstâncias é anexada o radical em nyungue ao ditongo ou de modo a tornar


uma palavra do portugues no pretérito perfeito

Exemplo2: Menhou = menh… (radical em nyungué que significa bater) + ou (ditongo que
torna o radical no preterito perfeito). Em uma frase fica: João me menhou

3.4. Componente Sintáctica em Cahora-Bassa

Nesse artigo, a autora discute os erros do português em Cahora Bassa quando equiparados à
norma padrão exigida pelas gramáticas tradicionais em uso em Moçambique. No português de
Cahora Bassa há interferências sintáticas provenientes da lingua nyunguê: (1) fiz de pedir.
(sem equivalente no português padrão=tive que pedir) (2) A Cristina afirmou que não sei. (…
afirmou que não sabia)

3.5. Componente Semântica em Cahora-Bassa

"A semântica é o estudo do significado nos mais diversos níveis do discurso, estudando como
a estrutura de sons, sílabas, palavras e enunciados impacta em seu significado e em sua
compreensão. É por meio da semântica que se desenvolvem conceitos como o de palavras
sinônimas, antônimas ou parônimas, de conotação e denotação, de ambiguidade e polissemia,
entre outros.

O portuguê em Cahora Bassa nos termos semântica inutiliza o impacto de algumas palavras e
o seu significado.

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Exemplo: Cheguei na sua casa e te encontrei quando você não estava (neste contexto o te
encotrei fica inutilizado com a expresão não estavas). Neste caso o locutor apenas queria dizer
que não te encotrei quando cheguei na sua casa.

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Conclusão

A lingua portuguêsa é uma das linguass mias falada no mundo e Moçambique não é uma
excessão, grande parte da população moçambicana fala essa lingua como segunda lingua aliás
é a lingua da unidade nacional. Em cada reigião o português toma um sotaque, um lexico,
uma morfologia, uma semantíca difente influênciados pelas liguas dos nativos.

A autora conclui tambem que não se pode falar ou descrever a origem e evolução da língua
portuguesa no tempo e no espaço, sem relaciona-lá com portugal. Conclui ainda que o
portuguê moçambicano apresenta suas proprias caracteristicas e que a pesar de ser uma lingua
estrangeira é a lingua da moçambicanidade e que varia dentro do país tomando caracteristicas
diferentes de acordo com cada província, distrito e localidade, que varia de acordo com os
seus falantes ou grupos sociais.

No distrito de Cahora-Bassa, o portugues tem a sua proprias caracteristicas influênciadas com


a lingua Nyungué e em outos aspectos toma a morfologia das liguas locais.

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5. Referências Bibliográficas

BARROS FERREIRA, Manuela Barros et al. (1996). “Variação linguística: perspectiva


dialectológica”. In: FARIA, Isabel Hub et al. Introdução à Linguística Geral e Portuguesa.
Lisboa: Caminho.

DIAS, H. N. (2009). A norma padrão e as mudanças linguísticas na Língua Portuguesa nos


meios de comunicação de massas em Moçambique. In. (org.) Português Moçambicano:
Estudos e reflexões. Maputo: Imprensa Universitária.

GONÇALVES, P (2005a). Dinâmicas do Português em Moçambique: Afinal, o que são erros


do português. In Primeiras Jornadas de Língua Portuguesa. Maputo: UEM.

MENDES. I.(2010). Da neologia ao dicionário: O caso do português de Moçambique.


Maputo: Texto editores.

VILELA, M.(1995). Ensino da Língua Portuguesa: Léxico, dicionário, gramática. Coimbra:


Almedina.

VILLALVA, ALINA; SILVESTRE, João Paulo. Introdução ao estudo do léxico: descrição e


análise do Português. São Paulo: Vozes, 2014.

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