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1 CAPITULO I – INTRODUÇÃO

1.2 1.1.INTRODUÇÃO
Desde o início dos tempos, o homem procura comunicar-se com seus semelhantes, embora a
forma como o faça tenha vindo a variar ao longo dos séculos. O primeiro passo foi criar a
linguagem escrita, mas demorou um tempo até ele descobrir como deixar seus registos.

Na pré-história, ele desenhava na parede das cavernas. Aos poucos foi desenvolvido o
alfabeto, que variava de língua para língua. Ao juntar as letras, o homem criava palavras e, ao
juntar palavras, criava frases, transmitindo, assim, suas histórias e suas ideias para seus
semelhantes.

Por meio da comunicação interna, torna-se possível estabelecer canais que possibilitem o
relacionamento ágil e transparente da direcção da organização com o seu público interno e
entre os próprios elementos que integram este público.

A comunicação interna, portanto, está voltada para os diferentes públicos internos que
compõem a organização, como a alta administração, a média chefia, os técnicos
especializados, os empregados operacionais e administrativos, os estagiários e os prestadores
de serviços terceirizados, objectivando a formação de uma consciência de grupo ou
colectividade.

Entende-se, dessa forma, o quanto é importante a comunicação no processo organizacional


interno, não apenas nos relacionamentos interpessoais, mas, principalmente, nas colaborações
entre os dirigentes e dirigidos, visando à consecução dos objectivos organizacionais. Portanto,
a comunicação interna é uma ferramenta que focaliza a excelência da empresa e sua prática
proporciona facilidade das trocas entre empresa e colaboradores, construindo relacionamentos
estáveis e harmonizando o ambiente organizacional.

Actualmente, o papel da comunicação e da informação no ambiente organizacional, sem


dúvida, tem despertado o desenvolvimento de diferentes enfoques conceituais e teóricos.
Entretanto, a comunicação interna nas organizações, empresas ou entidades nem sempre foi
valorizada ou reconhecida como de vital importância para o desenvolvimento e a
sobrevivência dessas organizações.
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Como apontam pesquisas realizadas por estudiosos na área de comunicação, a comunicação
empresarial tem evoluído muito. Em contrapartida, quando se referem à comunicação interna,
os próprios profissionais que atuam na área consideram-na carente de maior atenção.

Além disso, a profissionalização da comunicação interna tem sido notória, sobretudo nas
empresas privadas, inclusive com a criação de departamentos e equipes específicas para
atender aos funcionários da empresa, ou seja, para quem a comunicação interna é dirigida.

Se, por um lado, as instituições privadas mostram avanço no segmento, o sector público ainda
carece da melhor utilização das práticas da comunicação interna. O poder público, embora
seja semelhante às instituições privadas, no que diz respeito ao desenvolvimento das suas
funções, sobretudo na prestação de serviços em vários segmentos e áreas administrativa e
financeira, ainda não descobriu a comunicação interna como instrumento de interacção entre o
corpo directivo e os servidores.

Fazer circular informações nas empresas públicas de forma desejada não é tarefa fácil, pois a
comunicação interna sofre influência da cultura, da estrutura organizacional, da forma como
se dão as relações de poder na estrutura, ou seja, o organograma da empresa, do estilo de
relações humanas praticado e do nível de transparência com que são tratados os problemas,
decisões, metas e objectivos. Actualmente, apesar de se reconhecer a importância da
comunicação, a maioria das empresas públicas dá um tratamento secundário ao assunto, por
tratar-se de um processo subjectivo que chama pouca atenção. Contudo, as Consequências
negativas podem ser bastante visíveis.

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1.3 1.2.OBJETIVOS

1.2.1.Objectivo Geral

1.4 Compreender os Desafios no sistema de comunicação interna na Administração pública,


predominante na Direcção Provincial de Agricultura e Pescas de Gaza.

1.2.2.Objectivos Específicos
➢ Conhecer o sistema de comunicação interna existente na Direcção Provincial de
Agricultura;
➢ Referenciar os desafios dos sistemas de controlo interno na gestão de informacao e de
riscos levantados, nos ultimos dois pela Auditoria na Direcção Provincial de
Agricultura e Pescas de Gaza,
➢ Demostrar a contribuição da Auditoria interna como ferramenta de apoio na gestão de
informação e comunicação,
➢ Analisar o Modelo de comunicação interna, com enfâse na prevenção e minimização
dos riscos a que a DPAP está sujeita ao desenvolver as suas actividades para alcançar
os seus objectivos.
CAPíTULO 2:

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1.3.Problema de Estudo

De acordo com Gil (2008), problema e qualquer questão não resolvida e que é objecto de
discussão, em qualquer domínio do conhecimento. Para o presente trabalho anuncia-se o
problema de pesquisa abaixo mencionado.

Segundo Ruggiero (2002), não basta ter uma equipe de grandes talentos altamente motivados.
Se ela não estiver bem informada, se seus integrantes não se comunicarem adequadamente,
não será possível potencializar a força humana da empresa.

A Comunicação Interna são as interacções, os processos de trocas, os relacionamentos dentro


de uma empresa ou instituição. Também chamada de Endocomunicação, a Comunicação
Interna é responsável por fazer circular as informações, o conhecimento, de forma
verticalmente, ou seja, da direcção para os níveis subordinados; e horizontalmente, entre os
empregados de mesmo nível de subordinação.

Ainda segundo Ruggiero (2002) para ter qualidade na comunicação a organização deve
considerar as diferenças de pessoa para pessoa. A comunicação a níveis óptimos pressupõe
que as pessoas tenham competências refinadas, e a qualidade destas é que assegura a melhor
qualidade de comunicação, que também depende do momento em que ela ocorre.

Conforme os relatórios de auditoria da inspecção-geral da administração pública, na DPAP-


Gaza, são reportadas situações ou constatações que tem a ver com a fiabilidade dos sistemas
de informação na administração,deficiente implementação do SIGEDAP e existência de
funcionários em activo, com limite de idade e tempo de serviço para aposentação, em
violação ao disposto nas alíneas a) e b) do artigo 154 do EGFAE aprovado pela Lei
n˚10/2017, de 1 de Agosto.

Estas irregularidades que de forma reiterada foram reportadas pela Inspecção-geral realizada
em 2021, pela repartição de fiscalização em 2022 e pela Inspecção Interna do Ministério de
Finanças em Abril de 2023, ao que consubstanciam no deficiente funcionamento de forma
integrada da comunicação interna. Por essa razão e que urge questionar sobre os desafios do
sistema de comunicação na administração e em que medida os relatórios de auditoria podem
auxiliar no melhoramento do Sistema de Comunicação interna na DPAP. Nesta senda, iremos
trabalhar com a questão abaixo.

QUESTÃO DE PARTIDA:
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• Até que ponto os relatórios de auditoria podem auxiliar no melhoramento do
Sistema de Comunicação Interna na Direcção Provincial de Agricultura e Pesca de
Gaza?

1.4.JUSTIFICAÇÃO

A Comunicação Interna está intimamente ligada à cultura organizacional, na medida em


que abrange os comportamentos e formas de relacionamentos entre todos os colaboradores de
uma organização.

A comunicação interna tem importância fundamental dentro das organizações e segundo


Marchiori (1995 apud SILVA,2003) “os executivos que querem obter sucesso organizacional
devem dirigir sua atenção para as necessidades com o público interno em primeiro lugar”.
Nassar (1999 apud SILVA, 2003) ainda afirma que a administração torne comuns mensagens
destinadas a motivar, estimular, promover e agrupar os integrantes de uma organização.

Na sociedade actual, a conjuntura em que se configura a administração pública é


profundamente estigmatizada pela ausência de recursos e por uma exigência cada vez mais
ampla da sociedade, reflectindo, nos administradores públicos, uma elevada preocupação
relacionada com aspectos que tangem à existência de um SCI mais eficiente nas entidades
cuja administração é da sua responsabilidade.

Segundo Nassar (1999 apud SILVA,2003) Elton Mayo que, entre 1927 e 1932, demonstrou
que, “para o bem da produtividade, as pessoas não podiam ser encaradas pelos gestores como
extensões das máquinas”. O que o sociólogo australiano defendia é que as pessoas produzem
mais quando são motivadas, estimuladas, ouvidas e consideradas pela organização. Através de
números, gráficos e planilhas ele provou que, se as empresas quisessem produzir mais, era
preciso trazer a humanidade para dentro do ambiente de trabalho. Fato que actualmente
centenas de empresas brasileiras fazem questão de transformar em peça de marketing social.

A comunicação interna passa a ser a ferramenta que vai permitir que a administração torne
comuns mensagens destinadas a motivar, estimular, considerar, diferenciar, promover,
premiar e agrupar os integrantes de uma organização. A gestão e seu conjunto de valores,
missão e visão de futuro, é que vai proporcionar as condições para a comunicação empresarial
poder actuar com eficiência.

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Segundo Du Brin (2001 apud HANDARA, 2005), as mensagens nas organizações viajam em
quatro direcções: para baixo, para cima, horizontal e diagonalmente. A comunicação para
baixo, é aquela que parte do superior da empresa para os subordinados – envolve os relatórios
administrativos, manuais de políticas e procedimentos, jornais internos da empresa, cartas e
circulares, relatórios escritos sobre desempenho, manuais de empregados e etc.

A comunicação para cima, do subordinado para o superior. Envolve: memorandos escritos,


relatórios, reuniões grupais planejadas, conversas informais com o superior. Apresenta
propósito informativo e auxilia na tomada de decisão.

Comunicação Horizontal – trata-se do envio de informações entre funcionários do mesmo


nível organizacional.

Comunicação Diagonal – transmissão de mensagem de níveis organizacionais mais altos ou


mais baixos em diferentes departamentos, demonstrando maior dinamismo no que se refere às
decisões da comunicação. Muitas vezes, a comunicação não acontece de forma eficaz em
virtude da falta de habilidade do emissor e/ou receptor, constituindo-se verdadeiras barreiras.
Consideram-se barreiras da comunicação: motivação e interesses baixos, reacções emocionais
e desconfianças que podem limitar ou distorcer as comunicações; diferenças de linguagem,
jargão, colaboradores com conhecimentos e experiências diferentes também podem
seconstituir em barreiras da comunicação numa organização.

Segundo NEVES (2007), a comunicação interna eficiente dissemina a cultura da empresa


uniformemente e até a aprimora com as contribuições individuais. Os seres humanos
aprendem muito por imitação, e se consigo treinar pessoas com uma comunicação eficaz, isso
é contagioso.

O presente trabalho tem como objectivo geral compreender os desafios dos sistemas de
comunicação interna na gestão de recursos humanos implantados na Direcção Provincial de
Agricultura e Pescas de Gaza. Sem se ter a pretensão de exaurir a abordagem do tema, far-se-
á a menção, a sua importância, seu relacionamento com a comunicação externa, sua
caracterização, bem como suas limitações.

A sociedade, maioritariamente estruturada numa óptica de conceitos e informações a respeito


da organização, e exige que a função de auditoria seja cada vez mais interventiva no
diagnosticar de determinadas situações, como é o caso da viabilidade da organização, na

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denúncia de fraudes e de actos ilegais, na apreciação da economia, eficiência e eficácia das
organizações.

Este trabalho terá maior contributo nos seguintes campos:

• Profissional, pois terá a pretensão de proporcionar reflexões aos profissionais da área de


Recursos Humanos sobre a contribuição da auditoria interna para a gestão eficaz das
organizações e o reconhecimento ou não das suas funções;
• Científico por se tratar de um tema sensível e dinâmico, podendo contribuir para o meio
científico reflexões, tais como a importância do Sistema de Comunicação Interna como
instrumento de apoio à gestão, a postura ética dos profissionais da área de Recursos
humanos e a eficácia do SCI num cenário de governação corporativa; e;
• Social, pois ciente do SCI de que desempenha um papel estratégico no cumprimento da
transparência da informação, contribuindo para a melhoria da qualidade dos processo
tramitados, acredita-se que este estudo contemplará os interesses de uma sociedade que
procura a democratização das informações que nela e avaliar o grau de comprometimento
das organizações no campo social.

1.5.Hipóteses de Estudo
Segundo Gil (2008), a hipótese é uma proposição testável, que pode ou não solucionar um
problema. Com base na definição de vários autores sobre hipótese, Marconi e Lakatos (2008),
apontam que as hipóteses possuem uma diferença quanto as suas comprovações,
classificando-as como explicativas e preditivas.

Hipótese 1: Os relatórios da auditoria ajudam a gestão no cumprimento das suas funções e


responsabilidades, proporcionando-lhe informações oportunas e relevantes capazes de auxiliar
no processo de comunicação interna dos funcionários em tempo útil.
Hipótese 2: Os relatórios da auditoria não ajudam a gestão no cumprimento das suas funções
e responsabilidades, proporcionando-lhe informações oportunas e relevantes capazes de a
auxiliar no processo de comunicação interna em tempo útil.

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