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RESUMO

As organizações estão inseridas em ambientes vulneráveis e em constantes mudanças, nos quais


a grande volatilidade de informações e a concorrência influenciam em seu desempenho, exigindo
agilidade e competitividade.

Devido a esta actual competitividade entre as organizações, somente as que se empenham e se


destacam com as melhores estratégias e diferenciais sobreviverão. Por isso, valorizam-se cada
vez mais qualidade e eficiência nos processos organizacionais, factores que reflectem
directamente nos produtos e serviços.

A comunicação empresarial tem sido uma actividade estratégica em organizações com o


desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação. O presente estudo procura
analisar e apresentar a importância da comunicação interna como ferramenta de gestão.
Promover a comunicação interna é algumas das sugestões que podem contribuir para o seu
melhor desempenho e, consequentemente, melhores resultados.

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2. INTRODUÇÃO

As organizações modernas possuem uma característica essencial para o sucesso, que é o


contínuo processo de melhoria de todas as suas actividades, onde se torna indispensável o uso de
uma boa comunicação. Esta, quando ocorre internamente, possibilita a todos os níveis
organizacionais uma melhor interacção no alcance das metas e dos objectivos, promovendo o
desenvolvimento do conhecimento de cada colaborador de forma flexível, enriquecendo o capital
intelectual da empresa, motivando a força de trabalho em equipe e o comprometimento na
obtenção de resultados, permitindo melhor adaptação às mudanças do mercado.

Não basta ter uma equipe de grandes talentos altamente motivados. Se ela não estiver
bem informada, se seus integrantes não se comunicarem adequadamente, não será possível
potencializar a força humana da empresa (RUGGIERO, 2002). Entendamos porque a
Comunicação Interna hoje é uma ferramenta estratégica de negócios. A comunicação interna é
um factor estratégico para o sucesso das organizações, porque actua principalmente em três
frentes: é fundamental para os resultados do negócio, é um factor humanizador das relações de
trabalho e consolida a identidade da organização junto aos seus públicos (TORQUATO, 1998, p.
16).

Sendo assim, neste TCC são abordados conceitos relevantes pertinentes ao tema da
comunicação empresarial interna, como sua definição, seus aspectos mais relevantes, sua relação
com a cultura organizacional de uma instituição, bem como também sua ligação com a
motivação, a produtividade e a qualidade de vida dos trabalhadores de uma organização. Tudo
isso visando deixar evidente que a comunicação empresarial interna actualmente se constitui em
uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento das organizações.

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3. OBJETIVOS

3.1. Objectivo Geral

O objectivo geral do presente trabalho é apresentar a Comunicação Interna e seu


desempenho vital como ferramenta estratégica, focando na preparação e interacção de seus
colaboradores internos.

3.2. Objectivos específico

Os objectivos específicos do presente trabalho é apresentar estratégias para que se


alcancem os seguintes resultados:

1. Possibilitar aos colaboradores de uma empresa o conhecimento das transformações


ocorridas no ambiente de trabalho

2. Tornar determinante a presença dos colaboradores da organização no andamento dos


negócios

3. Facilitar a comunicação empresarial, deixando-a clara e objectiva para o público interno

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4. A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA NAS INSTITUIÇÕES

4.1 Conceito De Comunicação Organizacional

Do latim, communicatione, o ato ou efeito de comunicar. É importante descrever o


surgimento da comunicação empresarial para entender de forma mais clara sua importância nos
dias actuais. No início do século XX ocorreram as primeiras acções de comunicação empresarial
nos Estados Unidos. Em 1906, o jornalista Ivy Lee, que actuava em Nova Iorque, decidiu deixar
a profissão de lado para montar o primeiro escritório de Relações Públicas (RP) de que se tem
notícia (AMARAL, 1999).
Nos anos 40 a área de relações públicas alcançou prestígio a partir da experiência nos
Estados Unidos. Adestraram o Canadá, França, e na seguinte década dominaram países como
Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia. No ano de 1958 foi a vez da
Alemanha começar a ter contacto com a área.

Pimenta (2004, p. 99) conceitua a comunicação empresarial como o somatório de todas


as atividades de comunicação da empresa. É uma actividade multidisciplinar que envolve
métodos e técnicas de relações públicas, jornalismo, assessoria de imprensa, lobby, propaganda,
promoções, pesquisa, endomarketing e marketing.

Terciotti (2009, p.2) diz que comunicação é o ato de compartilhar informações entre duas
ou mais pessoas, com a finalidade de persuadir ou de obter um entendimento comum a respeito
de um assunto ou de uma situação. O autor ilustra seu conceito na figura abaixo:

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Isso deixa bastante claro que a comunicação empresarial é um conjunto de métodos e
técnicas de comunicação dentro da organização direccionada ao público interno e externo, sendo
justamente o somatório de todas as actividades de comunicação da organização, devendo,
portanto, ser elaborada de maneira multidisciplinar, com base em métodos e técnicas de relações
públicas, propaganda, promoções, jornalismo, lobby, pesquisa e marketing, e dirigida à
sociedade, consumidores, empregados e formadores de opinião, devendo ter como referência
justamente o planejamento estratégico da organização (MEDEIROS, 2007).

Dessa forma, pode-se constatar que a comunicação empresarial engloba um complexo


conjunto de acções, estratégias e processos desenvolvidos no sentido de reforçar a imagem de
uma organização perante os seus públicos de interesses (directores, colaboradores, consumidores
etc.), bem como um instrumento de gestão que cria e desenvolve uma cultura organizacional
positiva, na qual todos os componentes humanos das organizações se sintam envolvidos e, de
alguma maneira, participantes (GENELOT, 2001).

4.1.1 Redes de Comunicação

Segundo Restrepo (1995), a maneira de ser de uma organização pode ser interpretada
pelas formas de comunicação que ali são desenvolvidas. O veículo de informação a ser utilizado
deve atingir todos os públicos, mas a linguagem para quem trabalha na produção não será a
mesma usada para directores, accionista ou outros públicos.

Oliveira (2002), de maneira genérica, define dois tipos diferentes de formação de


esquemas de comunicação numa empresa, que são os canais formais e informais. Para Dubrin
(2003), os canais formais de comunicação são os caminhos oficiais para envio de informações
dentro e fora da empresa, tendo como fonte de informação o organograma organizacional, que
indica os canais que a mensagem deve seguir. Além de serem caminhos para a comunicação, os
canais também são meios de enviar mensagens através de diversos veículos estabelecidos pela
organização como: os impressos, os visuais, os auditivos, entre outros (BUENO, 2003).

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4.1.2 Canais informais de comunicação

Por meio da comunicação informal se pode ter uma visão "mais verdadeira" do clima
organizacional e da reacção das pessoas aos processos de mudança, suas expectativas, interesses,
frustrações, alegrias. Todos os obstáculos ao diálogo que encontramos nas estruturas formais são
concebíveis nos grupos informais, e é talvez isso que explique sua originalidade, sua força e sua
coesão (MATOS, 2006).

Geralmente, a comunicação informal veicula mensagens que podem ou não ser referentes
às actividades da empresa. Através dela pode-se conseguir mais rapidamente mensurar opiniões
e insatisfações dos colaboradores, ao ter uma ideia mais ampla do clima organizacional e da
reacção das pessoas aos processos de mudança (GOMES, 2008).

 4.2 Factores que condicionam o aparecimento da estrutura informal

Alguns factores a considerar são: interesses comuns, interacção provocada pela própria
estrutura formal, defeitos na estrutura formal, flutuação da equipe dentro da empresa, períodos de
lazer e disputa do poder. A rede informal pode ser útil também para sentir o clima organizacional
e a reacção das pessoas frente às informações passadas pela administração (Godoy, 2008).

4.2 CONCEITO DE COMUNICAÇÃO INTERNA

Segundo Schaun e Rizzo (2009) a comunicação dentro das organizações é


surpreendentemente antiga, pois desde meados do século XX, se registava a existência de jornais
internos em empresas internacionais. O processo comunicacional deixou de ser formado somente
por um emissor, uma mensagem e um receptor. Hoje ele apresenta mais uma questão
fundamental, que é o meio, veículo ou a média, que transmite a mensagem (FIGUEIREDO,
2011).

Pode-se dizer que a comunicação empresarial interna se constitui em uma das maneiras
de uma organização se comunicar com seu público prioritário, composto por seus colaboradores.
Tipo de comunicação esta que visa primordialmente à motivação dos funcionários de uma

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organização. Contribui, dessa forma, para o desenvolvimento e a manutenção de um clima
organizacional positivo, bastante propício ao cumprimento de metas estratégicas da organização
e também ao crescimento continuado de suas atividades, serviços e linhas de produtos (RÊGO,
2002).

Nassar e Figueiredo (2005, pp. 73-74) afirmam que a comunicação interna “é uma
ferramenta que vai permitir que a administração torne comum as mensagens destinadas a
motivar, estimular, considerar, diferenciar, promover, premiar e agrupar os integrantes de uma
organização”, visto que “a gestão e seu conjunto de valores, missão e visão de futuro
proporcionam as condições para que a comunicação empresarial atue com eficácia”.

4.3 ASPECTOS DA COMUNICAÇÃO INTERNA

Toda organização está inserida num mercado altamente competitivo. Com a globalização
e a propagação das novas tecnologias, a Comunicação Interna tem uma função importante, no
sentido de fazer circular as informações novas, promover a discussão e a interacção entre os
vários sectores da empresa e, principalmente, habilitar os funcionários para os novos desafios. A
comunicação interna deixa de ser uma área periférica e reúne-se aos outros segmentos, tornando-
se um instrumento indispensável para a obtenção de resultados (BUENO, 2008).

Vivemos em um mercado onde muitas empresas oferecem os mesmos produtos e serviços


tornando-se necessário, portanto, se destacar na questão da qualidade a um preço justo, bem
como estratégias de marketing que possam melhor comunicar as características e os benefícios
dos produtos e serviços oferecidos (OLIVEIRA, 2005). A comunicação efectiva só se estabelece
em clima de verdade e autenticidade. Caso contrário, só haverá jogos de aparência, desperdício
de tempo e, principalmente uma “anti-comunicação” no que é essencial. Porém não basta
assegurar que a comunicação ocorra. É preciso fazer com que o conteúdo seja efectivamente
aprendido para que as pessoas estejam em condições de usar o que é informado (RUGGIERO,
2002).

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Curvello (2008) define comunicação interna como o conjunto de acções que a
organização coordena com o objectivo de ouvir, informar, mobilizar, educar e manter coesão
interna em torno de valores que precisam ser reconhecidos e compartilhados por todos e que
podem contribuir para a construção de boa imagem pública. Torquato (2004), afirma que a
missão da comunicação empresarial interna somente será atingida através da consecução
integrada de metas temporais (definição de intenções a serem implementadas em certos espaços
de tempo) e pela realização de vários objectivos.

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5. CONCLUSÃO

Com o objectivo de demonstrar a relevância do tema proposto, esta monografia buscou


apresentar não somente o imprescindível papel da comunicação interna nas organizações, mas
também o resultado catastrófico que a não utilização da mesma pode causar. O assunto
pesquisado identificou que sem uma comunicação interna eficaz, as empresas não conseguem
atingir seus objectivos. Em decorrência disso, nos últimos anos, ela passou a ser considerada de
vital necessidade para as corporações, sendo valorizada e reconhecida como vantagem
competitiva.

No que se refere às limitações desta pesquisa, a complexidade dos desafios para a área de
comunicação parece estar longe do fim. À medida que novos colaboradores integram o quadro
de funcionários, com referenciais e culturas distintas oriundos de gerações diferentes, o cenário
para a comunicação interna recebe e absorve esses impactos. A resposta deve ser dinâmica, no
tempo acelerado do mundo corporativo, mas sem perder de vista a qualidade do conteúdo, a
aderência ao público interno e ao alinhamento de expectativas entre os envolvidos. Ao se falar de
sistemas de comunicação é comum perguntas em relação à quantidade ideal de canais. No
entanto, o que gera valor é ter um sistema que funcione, fazendo com que a informação e o
conhecimento cheguem no tempo certo e formato adequado.

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6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ABERJE. Conceitos de Comunicação. Disponível em: Acesso em: 10. mar. 2013


ALMEIDA, Paul Edman de. De Habermas a Poter. In. NASSAR, Paulo. (org.). Comunicação
interna a força das empresas. São Paulo: A77, 2005. v. 2.
AMARAL, Cláudio. A História da Comunicação empresarial. São Paulo, 1999.
ARGENTI, Paul A. Comunicação Empresarial: a construção da identidade, imagem e
reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
BALDISSERA, R. Comunicação organizacional: o treinamento de recursos humanos como
rito de passagem. 1. ed. São Leopoldo: Unisinos, 2000.

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