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1. Introdução.................................................................................................................................2
1.1. Objectivos.........................................................................................................................2
1.2. Metodologia......................................................................................................................2
2. Comunicação e organização.....................................................................................................4
4. Conclusão...............................................................................................................................12
5. Referências bibliográficas......................................................................................................13
1. Introdução
A comunicação interna desempenha um papel fundamental nas organizações modernas,
contribuindo para o fortalecimento da cultura corporativa, o alinhamento dos colaboradores com
os objetivos estratégicos e a promoção de um ambiente de trabalho saudável. Além desses
aspectos, a comunicação interna também pode desempenhar um papel crucial na luta contra as
doenças de transmissão sexual (DSTs), fornecendo informações e orientações aos funcionários
sobre prevenção, detecção precoce e tratamento adequado. As DSTs representam um problema
de saúde pública global, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Essas doenças são
transmitidas por meio do contato sexual desprotegido e podem ter consequências graves para a
saúde física e emocional dos indivíduos afetados. Além disso, as DSTs também podem impactar
negativamente a produtividade e o ambiente de trabalho nas organizações, por meio do
absenteísmo, redução da motivação e aumento do estresse entre os colaboradores. Nesse
contexto, a comunicação interna desempenha um papel crucial ao disseminar informações
precisas e atualizadas sobre as DSTs dentro das organizações. Por meio de campanhas de
conscientização, palestras, distribuição de materiais informativos e treinamentos para líderes e
gestores, a comunicação interna pode educar os funcionários sobre os riscos das DSTs, formas de
prevenção e a importância da detecção precoce.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Investigar e analisar o papel da comunicação interna na luta contra doenças de
transmissão sexual, visando a conscientização e prevenção nas organizações.
Os meios de comunicação são confundidos, por diversas vezes, com a própria comunicação,
como se esta fosse representada em sua totalidade, por exemplo, no site da empresa. Uma série
de problemas tem como origem essa visão. Os próprios profissionais da área, segundo Rego
(1984), de tanto conviver com esse tipo de pensamento, acabam absorvendo essa postura e
limitam-se a atuar de maneira tática, aplicando seus conhecimentos apenas na produção e
acompanhamento dos instrumentos da comunicação organizacional. Duarte e Monteiro (2009)
revelam alguns problemas gerados por essa visão:
A comunicação não circula adequadamente, na maioria dos casos, porque muitas pessoas utilizam
a informação como instrumento de poder. Há excessos de barreiras, não há interesse real em ouvir,
não há adequação e uso estratégico de canais múltiplos, as mensagens não são adequadas aos
públicos, gestores acham que comunicar é igual a disseminar informação, a especialização gera
guetos em que cada um executa sua parte sem pensar no todo. Faltam políticas, diretrizes,
estratégias de comunicação e, espantosamente, engajamento da alta cúpula para transformar a
comunicação em um instrumento de qualificação dos processos, da identidade organizacional e da
melhoria de resultados. (Duarte & Monteiro, 2009, p. 153).
Se por um lado existem líderes que enxergam a comunicação como área dispensável, por outro
há aqueles que defendem que ela precisa estar presente na cúpula da empresa. Por isso, observar
a posição dos responsáveis pela comunicação no organograma das empresas entrevistadas neste
estudo será de fundamental importância para verificar se a comunicação é desenvolvida em um
nível estratégico ou de forma mais operacional.
A comunicação interna nas organizações, empresas ou entidades nem sempre foi valorizada ou
reconhecida como de vital importância para o desenvolvimento e sobrevivência dessas
organizações.
É importante que as estratégias de comunicação interna sejam contínuas e abordem o tema das
DSTs de maneira inclusiva, respeitando a diversidade e promovendo uma cultura organizacional
saudável. Ao implementar essas estratégias, as organizações podem contribuir para a
conscientização dos funcionários sobre as DSTs e promover a adoção de comportamentos
saudáveis em relação à saúde sexual.
Uma das principais razões pelas quais a comunicação interna é crucial na disseminação de
informações sobre DSTs é a necessidade de conscientização. Muitas pessoas têm conhecimento
limitado sobre as diferentes DSTs, seus sintomas, métodos de prevenção e tratamento disponível.
Ao fornecer informações claras e precisas aos funcionários, é possível aumentar a
conscientização sobre a importância da prevenção e do cuidado com a saúde sexual. Isso pode
levar a comportamentos mais seguros e à redução do risco de transmissão de DSTs (Bóia, 2008).
Uma comunicação interna eficaz pode ajudar a reduzir o estigma associado às DSTs. Muitas
pessoas têm medo ou vergonha de falar sobre sua saúde sexual, o que pode levar a um maior
estigma em relação às DSTs. Ao promover uma cultura de abertura, respeito e compreensão
dentro da organização, é possível combater o estigma e encorajar os funcionários a buscar ajuda
quando necessário (Carmo, 2009). Isso é especialmente importante para garantir que ninguém
seja discriminado ou excluído com base em sua condição de saúde. Para garantir uma
comunicação interna eficaz sobre DSTs, é importante implementar estratégias específicas. Isso
inclui a criação de canais de comunicação claros e acessíveis, como boletins informativos,
intranet, reuniões regulares e treinamentos. Também é essencial envolver líderes e gestores para
que eles possam apoiar e promover a importância da saúde sexual entre os funcionários.
Além disso, a comunicação interna também pode impactar positivamente a adesão aos
programas de prevenção e tratamento das DSTs. Ao informar os funcionários sobre os recursos
disponíveis, como clínicas de saúde sexual, serviços de aconselhamento e programas de
educação, a comunicação interna incentiva uma maior participação nesses programas. Isso pode
levar a uma melhoria significativa na saúde sexual dos funcionários e na redução do risco de
transmissão das DSTs. Outro impacto importante da comunicação interna é a criação de líderes e
defensores da saúde sexual dentro da organização. Ao capacitar os líderes para fornecer
informações e apoio adequados aos seus subordinados, a comunicação interna ajuda a disseminar
a conscientização sobre as DSTs em todos os níveis hierárquicos. Isso cria uma cultura
organizacional que valoriza a saúde sexual dos funcionários e promove comportamentos
saudáveis.
4. Conclusão
O impacto da comunicação interna na conscientização dos funcionários sobre a prevenção e os
riscos das doenças de transmissão sexual é significativo. Através da disseminação de
informações precisas, promoção da prevenção, redução do estigma e criação de uma cultura de
apoio, a comunicação interna desempenha um papel fundamental na melhoria da saúde sexual
dos funcionários e na redução do risco de transmissão das DSTs dentro da organização. É
essencial investir em estratégias eficazes de comunicação interna para garantir que todos os
funcionários tenham acesso às informações e recursos necessários para cuidar de sua saúde
sexual.
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