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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

As principais categorias Pedagógicas

Mariamo Ussene Silva: Código: 708231688

Curso: Licenciatura em Ensino de


Geografia
Disciplina: Didáctia Geral
Ano de Frequência: 1º

Nampula, Junho, 2023


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Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuaçã do Subtota
o máxima tuto l
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara 1.0
do problema)
 Descrição dos
1.0
Introdução objectivos
 Metodologia
adequada ao
2.0
objecto do
trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento
entre linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referênci
s
bibliografia as bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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ÍNDICE
1.Introdução ............................................................................................................................. 5

2.Principais Categorias pedagógicas ...................................................................................... 6

2.2.Auto-Educação ................................................................................................................... 7

4.Estrutura da aula - funções Didácticas. .............................................................................. 9

5.Tipos e Funções da avaliação ............................................................................................. 11

6.Objectivos de ensino ........................................................................................................... 13

7.Métodos e Técnicas de Ensino-Aprendizagem ................................................................. 14

8.Planificação do processo de ensino-aprendizagem .......................................................... 16

9.Plano de Aula....................................................................................................................... 17

10. Metodologia ...................................................................................................................... 18

11.Conclusão ........................................................................................................................... 19

12.Referências Bibliográficas ................................................................................................ 20


1.Introdução
A didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a
pedagogia. Mas também vemos que devido a complexidade do processo de ensino e
aprendizagem, de um lado, e, por outro, tendo em conta ao carácter interdisciplinar de quase
todos os ramos de saber, a didáctica mantem relações com outras ciências.

De facto, a actuação do professor com propósito de ensinar, exige deste um agir tendo em
conta não somente habilidades didácticas, mas também pedagógicas e um certo sentido
psicológico, sociológico, biológico, filosófico, etc, devendo, neste sentido, o professor se
municiar de conhecimentos destas disciplinas: o agir didáctico é ao mesmo tempo pedagógico,
biológico, sociológico, filosófico, etc.

Aos que se ocupam da educação escolar, das escolas, da aprendizagem dos estudantes, é
requerido que façam opções pedagógicas, ou seja, assumam um posicionamento sobre
objetivos e modos de promover o desenvolvimento e a aprendizagem de sujeitos inseridos em
contextos socioculturais e institucionais concretos. Os educadores, tanto os que se dedicam à
pesquisa quanto os envolvidos diretamente na atividade docente, enfrentam uma realidade
educativa imersa em perplexidades, crises, incertezas, pressões sociais e econômicas,
relativismo moral, dissoluções de crenças e utopias. Pede-se muito da educação em todas as
classes, grupos e segmentos sociais, mas há cada vez mais dissonâncias, divergências, numa
variedade imensa de diagnósticos, posicionamentos e soluções. Talvez a ressonância mais
problemática disso se dê na sala de aula, onde decisões precisam ser tomadas e ações imediatas
e pontuais precisam ser efetivadas visando promover mudanças qualitativas no
desenvolvimento e aprendizagem dos sujeitos. Pensar e atuar no campo da educação, enquanto
atividade social prática de humanização das pessoas, implica responsabilidade social e ética de
dizer não apenas o porquê fazer, mas o quê e como fazer. Isto envolve necessariamente uma
tomada de posição pela pedagogia.
2.Principais Categorias pedagógicas
A pedagogia como ciência e técnica de educar o Homem, desenvolve com base nas suas
categorias. As suas manifestações constituem conceitos precisos de acordo com as
conformidades da sua natureza. Os seus conceitos e a sua natureza justificam como a ciência e
suas formas de operacionalização.

Pedagogia é o campo de conhecimento que se ocupa do estudo científico da educação.


Deste modo podemos destacar as seguintes categorias:

1-Educação

2-Auto-Educação

3-Instrução

4-Auto-Instrução

5-Ensino

2.1.Educação - processo social amplo de influências e inter-relações, compreende


situações intencionais e acasos. Para Martins (1990), "a educação é um processo de ação da
sociedade sobre o educando, visando entregá-lo segundo seus padrões sociais, económicos,
políticos, e seus interesses.

O termo educação tem sua origem do latim educare que significa alimentar, criar. Este
verbo expressa, portanto, a ideia de que a educação é algo externo, concedida a alguém.

A educação, pela sua característica fundamental, é o desenvolvimento/formação de


comportamento, atitude e convicções; isto é, a formação de traços/sinais da personalidade.

 A educação é um processo que visa o desenvolvimento nos Homens nos aspectos


morais intelectual, físico e a sua inserção na sociedade.

Existe três (3) tipos de educação a saber:

Formal

Não formal

Informal
Educação formal – estruturada, organizada, planeada intencionalmente, e sistemática.
Ocorre no espaço da escola que, nas palavras de Gohn (2006:29) “são instituições
regulamentadas por lei, certificadoras, organizadas segundo directrizes nacionais”.

Educação não formal – programas educacionais que não conduzem a obtenção de grau
académico ou ocupacionais, certificados. Seria a realidade em instituições educativas fora dos
marcos institucionais, mas com certo grau de sistematização e estruturação. Realiza-se fora do
sistema escolar formal, embora por vezes em estilo escolar.

Educação informal – corresponde a acções e influencia exercidas pelo meio, pelo


ambiente sociocultural que se desenvolvem, pelo meio das relações dos indivíduos e grupos
com seu ambiente social, humano, ecológico e físico. É fornecida por grupos sociais através de
experiencias não intencionalmente organizadas. A educação informal pode definir-se como
tudo que aprendemos mais ou menos espontaneamente a partir do meio em que vivemos, dos
livros que lemos, da televisão que vemos, da multiplicidade de experiencias que vivemos
quotidianamente

2.2.Auto-Educação
É uma tarefa que impõe o desenvolvimento intelectual que lhe permite usar a razão e o
descentimento para distinguir o certo do erro. Não existe educação sem auto-educação. Muitas
pessoas ficam reclamando da vida, desesperadas, dizendo que são ignorante, que não entendem
nada, isto é, consequência da falta de educação. Não estamos falando da educação sistemática,
profissional, mas de uma qualidade de educação mais normal, vital, que funciona 24 horas. A
maioria dos Líderes que deixaram uma realização histórica mais importante não estudaram. A
pessoa mais valiosa pouco estudou nas escolas do sistema, exemplo Jesus Cristo, então o estudo
não está relacionado apenas com o interesse profissional, externa. A super valorização da
educação formal, independente é um erro grave. A educação interna, a auto-educação são as
principais.

2.3.Ensino: Segundo Baranov, S.P. et al (1989) o ensino é “um processo bilateral de


ensino e aprendizagem” (p. 75). Daí, que seja axiomático explicitar que não existe ensino sem
“aprendizagem”. Seu posicionamento sempre foi muito claro, quando estabeleciam entre
ensino e aprendizagem, uma unidade dialéctica.

2.4.Instrução: De acordo com Baranov, S.P. et al. (1989 “a instrução constitui o aspecto
da educação que compreende o sistema de valores científicos culturais, acumulados pela
humanidade” (p. 22). Nesta perspectiva nota-se a coincidência com o próprio termo de
educação. A instrução, não é directamente um aspecto da educação, nem reside dentro desta,
nem é inerente a ela; porém, deve ser considerada essa instrução, como uma das melhores
formas de aperfeiçoar e optimizar o processo educativo, o que é diferente. Pode-se concluir
que a Instrução é uma forma de manifestar-se o ensino, onde se focaliza os aspectos de
conhecimentos e saberes da realidade objectiva e subjectiva, que complementam o treinamento
e a formação qualificada.

2.5.Auto-Instrução

Pressupõe o trabalho individual ligado á assimilação do saber no campo de interesse


pessoal. Parte da Influencia da informação dos meios de ensino e do meio ambiente
circundante. Exemplo: A escolha individual de um ídolo e a imitação das suas características.
Concluindo podemos dizer que o desenvolvimento da pessoa depende de processos internos e
externo, dirigidos e espontâneos. Este tipo de procedimento pode ser utilizado para a crianças
a ter maior controlo sobre actividades que precisa realizar, assim como pode fornecer a si
mesmo, auto-instrução no sentido de controlar o seu comportamento agressivo. Exemplo: Um
individuo que vai fazer exame na escola de condução sem ter sentado na cadeira da tal escola
para ser instruído, tendo estudado individualmente em casa.

3. Processo de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento histórico

Desde que o homem vive em sociedade foi acumulando saberes sociais, culturais,
técnicos e científicos que serviam de base a educação das novas gerações, no sentido de
assegurar a sua continuidade e generalização ao longo do tempo e das gerações. Trata-se de
um processo que, no princípio, era realizado de forma espontânea e envolvendo a todos, graças
a pouca diferenciação dos agentes « educadores », daí a celebre ideia de que « todos ensinavam
a todos ».

Com o aumento desse património sociocultural e técnico-científico, nem todos são


capazes de ensinar « tudo » e começa a haver diferenciação dos homens, em parte, pelo tipo de
saberes desenvolvido. Isso ocasiona a especialização e já nem todos podem ensinar tudo, ao
mesmo tempo que surgem indivíduos cuja função específica é de educar « ensinar », fazendo
com que o ensino seja uma actividade intencional, contrariamente ao momento em que « todos
ensinavam tudo » onde a educação tinha um carácter espontâneo.
4.Estrutura da aula - funções Didácticas.
Funções didácticas são etapas que ocorrem no processo de aprendizagem. Estas funções
estão estruturadas e sistematizadas.

Segundo Piletti (1991) as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o
processo completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades ou por outra
funções didácticas são todo o processo de ensino e aprendizagem que facilita o bom
funcionamento do professor na sala de aulas e que permite a assimilação do conteúdo por parte
dos alunos na sala de aulas. Cada fase ou passo corresponde a uma só função didáctica
dominante embora nesta mesma fase se regista o envolvimento das restantes com o fim elas
ajudam a eficiência de assimilação da matéria.

De acordo com Libâneo (2006) as principais funções didácticas são: Introdução e


motivação, mediação e assimilação, domínio e consolidação, controle e avaliação.

INTRODUÇÃO E MOTIVAÇÃO - decorrem normalmente no princípio de uma aula.


Esta desempenha grande papel para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Tem em vista
preparar o aluno para o início da aula e sua fase seguinte. Esta preparação tem 3 objectivos
fundamentais:

1. Criar disposição e ambiente favoráveis aos alunos, que possam assegurar o bom
decurso da aprendizagem;

2. Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para novo conteúdo;

3. Motivar permanentemente com fim de manter o interesse e a atenção dos alunos


através de avaliação de estímulos.

INTRODUÇÃO- Libâneo (1994) define a introdução como a parte da entrada da aula


que conduz ao aluno para estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema,
apresentação da questão chave, apresenta a problemática de forma resumida num contexto
geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefacio, início de uma certa
actividades, obra ou pratica e a motivação e o acto de motivar acção dos factores que
determinam a conduta.

MOTIVAÇÃO- de acordo com Piletti (2004) motivação consiste em apresentar a


alguém estímulos e incentivos que possam favorecer determinado tipo de conduta. Consiste em
oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz.
MEDIAÇÃO E ASSIMILAÇÃO - Consiste em novas matérias, isto e o professor
consiste em novas matérias. Mediação e o trabalho do professor de viabilizar a relação activa
do aluno com a matéria de estudo, através de objectivos, conteúdo, métodos e formas
organizativas do ensino. E a acção concreta do processo ensino aprendizagem em que o
professor passa os conteúdos e envolve o diálogo e no fim faz a síntese. A Mediação facilita o
processo da assimilação dos conteúdos. Os alunos orienta-se para o contudo e este, por sua vez
torna-se um condicionante para actividade de aprendizagem e, assim sendo a atenção do
professor centra-se no aluno e nos conteúdos, isto e, tanto os alunos como os conteúdos
condicionam actividade de ensino que e actividade fundamental do professor.

DOMÍNIO E CONSOLIDAÇÃO

De acordo com Piletti (2004), o domínio e consolidação e o momento da aula em que se


realizam acções com a finalidade de sistematizar, reflectir e aplicar. Enquanto por parte do
domínio constitui a formação e desenvolvimento de habilidades, por sua vez a consolidação
consiste em recordar a matéria sobre habilidades e conhecimentos.

Nesta fase didáctica pretende-se conseguir o aprimoramento do aprendido por parte dos
alunos, para isso o professor deve criar condições de retenção e compreensão das matérias
através de exercícios e actividades praticas para solidificar a compreensão.

Ainda nesta ordem de ideia e preciso que os conhecimentos sejam organizados,


aprimorados e fixados na mente dos alunos afim de que sejam disponíveis para orientá-los nas
situações concretas de estudo de vida, em paralelo com os conhecimentos. Esta etapa deve ser
caracterizada por repetição, sistematização e aplicação, que constituem o suporte metodológico
através das quais se torna realidade o domínio e consolidação da matéria.

Portanto, a aplicação constitui o centro do Processo de Ensino-Aprendizagem e é a etapa


superior do incremento e desenvolvimento das capacidades através da resolução de problemas
e tarefas em situações análogas e novas. Este método é a ponte para a práctica profissional visto
que se desenvolvem as capacidades que devem possibilitar aos alunos o poder de aproveitar a
teoria e posteriormente colocar os seus conhecimentos no trabalho produtivo.

CONTROLE E AVALIAÇÃO

A etapa do controle e avaliação estão presentes em todo o Processo de Ensino-


Aprendizagem e forma ao mesmo tempo conclusão das unidades do ensino. Libâneo (1994)
sustenta que para o professor pode dirigir efectivamente o Processo de Ensino-Aprendizagem
deve conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da
matéria. Este controle vai consistir também em acompanhar o Processo de Ensino-
Aprendizagem avaliando-se as actividades do professor e do aluno em função dos objectivos
definidos.

A avaliação como parte integrante do Processo de Ensino-Aprendizagem, e uma


actividade continua de pesquisa que visa verificar até que ponto os objectivos definidos no
programa estão sendo alcançados de modo a se decidir sobre alternativas do trabalho do
formador, do formando ou da escola como um todo. Segundo Piletti (2004), denomina-se de
avaliação ao conjunto de instrumentos com a finalidade de medir o grau de alcance de
objectivos na vertente do professor e do aluno desta maneira, ela não deve ser entendida como
um fim em si, mas um meio para verificar as mudanças de comportamento. Ela permite
identificar os alunos que necessitam de uma atenção especial e reformular o trabalho com a
adopção de procedimentos para ajustar tais deficiências. Por sua vez, o aluno deve perceber
que a avaliação e um meio e, para isso, o professor deve explicar-lhe os objectivos da mesma
e analisar com ele os resultados alcançados.

5.Tipos e Funções da avaliação


A avaliação foi entendida por muito tempo como meio para medir ou testar o nível de
aprendizagem, classificação e promoção do aluno, de uma série para outra ou de um grau para
outro. Fazendo-nos refletir a predominância da pedagogia tradicional existente, uma vez que
esta visava a transmissão e acumulação de conhecimentos. Por conseguinte, no contexto do
escolanovismo, nos anos 1930 esse cenário se modificou, na perspectiva que este movimento
recomendava solucionar os problemas educacionais em uma perspectiva interna da escola,
percebendo o educando “como ser dotado de poderes individuais, cuja liberdade, iniciativa,
autonomia e interesses devem ser respeitados” (VEIGA, 2004, p.38).

Em consonância, a avaliação que antes desempenhava as funções de selecionar,


classificar e promover o aluno adquiriu novas dimensões e novas funções, uma vez que, essa
se propôs a diagnosticar e verificar o quanto os objetivos propostos pela aprendizagem foram
atingidos. Veiga (2004, p.38) apud Candau (1982, p.22), os métodos e as técnicas mais
difundidos pela didática renovada são: “centros de interesse, estudo dirigido, unidades
didáticas, métodos dos projetos, a técnica das fichas didáticas, o contrato de ensino, etc. (...)”
Essas mudanças contribuíram para repensar e refletir sobre o conceito e as funções
desempenhadas pela avaliação na ação pedagógica, enquanto componentes do processo de
ensino-aprendizagem.

Como prática comum nas instituições de ensino, como afirma Luckesi (1996, p.21) “De
fato, a nossa prática educativa se pauta por uma pedagogia de exame. Se os alunos estão indo
bem nas provas e obtêm boas notas,”. Em conformidade, Cruz 2014 apud Bloom (1993) a
avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica
(analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória). Logo, cada modalidade
desempenha um papel específico no processo ensino-aprendizagem.

Segundo Piletti (1985):

A avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um meio que permite


verificar até que ponto os objetivos estão sendo alcançados, identificando os
alunos que necessitam de atenção individual e reformulando o trabalho com a
adoção de procedimentos que possibilitem sanar as deficiências identificadas.
(PILETTI 1985, p. 190).

O acto avaliativo não se constitui como fim, mas como meio pelo qual se colhe
informações relativas ao processo ensino-aprendizagem. É através da sua prática que o
professor desenvolve um olhar mais diligente em relação ao desenvolvimento e ao aprendizado
dos alunos, detectando as dificuldades enfrentadas por cada um e desenvolvendo
procedimentos de modo a sanar as deficiências constatadas. Conforme Haydt (2011, p. 216)

A avaliação da aprendizagem do aluno está diretamente ligada à avaliação do próprio trabalho


docente. Ao avaliar o que o aluno conseguiu aprender, o professor está avaliando o que ele próprio
conseguiu ensinar. Assim, a avaliação dos avanços e dificuldades dos alunos na aprendizagem fornece
ao professor indicações de como deve encaminhar e reorientar a sua prática pedagógica, visando
aperfeiçoá-la. É por isso que se diz que a avaliação contribui para a melhoria da qualidade da
aprendizagem e do ensino. (HAYDT 2011, p. 216)

A avaliação assume um caráter duplo, pois, não somente fornece ao professor,


informações referentes à aprendizagem dos alunos, como também relacionadas ao seu trabalho.
E ao avaliar o nível de aprendizagem do aluno, o docente deve atribuir juízo de valor às suas
práticas pedagógicas, pois o conhecimento sobre os avanços e as dificuldades dos alunos torna-
se uma ferramenta que redireciona e reorienta o professor.

Diante as muitas alterações no cenário educacional os métodos avaliativos foram


repensados e se tornaram objeto de estudo, de modo a justificar a necessidade da prática
avaliativa no sistema educativo. Atualmente a avaliação é executada de forma conflituosa com
a democratização educacional, porque não garante a permanência do aluno no ambiente
escolar. Desta forma, a avaliação escolar que dá suporte ao docente organiza-se em três
categorias, como cita Bloom.

A avaliação somativa é uma das modalidades avaliativas no processo de ensino. Tendo


uma função classificatória, isto é, de rotular o estudante em níveis de aproveitamento.
Eventualmente atribuindo ao aluno uma aprovação ou reprovação letiva. Nesse sentido Haydt
(2011):

Quando a avaliação é utilizada com o propósito de atribuir ao aluno uma nota ou conceito final
para fins de promoção, ela é denominada avaliação somativa. Este tipo de avaliação tem função
classificatória, pois consiste em classificar os resultados obtidos pelos alunos ao final de um semestre, ano
ou curso, tendo por base os níveis de aproveitamento preestabelecidos. A avaliação somativa supõe uma
comparação, porque o aluno é classificado de acordo com o nível de aproveitamento e rendimento
atingido, geralmente em comparação com os colegas, isto é, com a classe. (HAYDT 2011, p. 221)

6.Objectivos de ensino
Segundo LIBÂNEO (2006), o objectivo é o ponto de partida, às premissas gerais do
processo pedagógico. Representam as exigências da sociedade em relação á escola, ao ensino,
aos alunos e, opções políticas e pedagógicos dos agentes educativos em face as contradições
sociais existentes na sociedade.

Para PILETTI (2004), afirma que ensino é a transmissão de conhecimento. Seguindo


esse conceito, o método utilizado baseia-se em aulas expositivas e explicativas. O professor
fala aquilo que sabe sobre determinado assunto e espera que o aluno saiba reproduzir o que ele
lhe disse.

Segundo PILETTI(2004), os objectivos podem ser classificados em:

Objectivos educacionais– são proposições gerais sobre mudanças comportamentais


desejadas que decorrem de uma maneira da educação e surgem do estudo da sociedade
contemporânea e do estudo sobre o desenvolvimento do aluno e sobre os processos de
aprendizagem.

Os objectivos educacionais por sua vez pode referir-se aos domínios:

Cognitivo - que refere se a razão, a inteligência e a memória, (ideias, conhecimentos,


princípios, habilidades mentais de análise, síntese).
Afectivo- são os valores, ás atitudes, ás apreciações e aos interesses.

Domínio psicomotor-refere se ás habilidades operativas ou motoras, isto é habilidades


para manipular materiais, objectos, instrumentos ou máquinas.

Segundo LIBÂNEO, os objectivos gerais são explicitados em três (3) níveis de


abrangência do mais amplo ao mais específico:

 Pelo sistema escolar, que expressa as finalidades educativas de acordo com ideias
e valores dominantes na sociedade;
 Pela escola, que estabelece princípios e directrizes de orientação do trabalho
escolar com base num plano pedagógico-didáctico que represente o consenso do
corpo docente em relação a filosofia da educação e a prática escolar;
 Pelo professor, que concretiza o ensino da matéria a sua própria visão de
educação e da sociedade.

Os objectivos específicos particularizam a compreensão das relações entre escola e


sociedade e especialmente do papel da matéria do ensino.

Eles expressam, as expectativas do professor sobre o que deseja obter dos alunos no
decorrer do processo do ensino. Têm sempre um carácter pedagógico, porque explicitam o
rumo a ser impresso ao trabalho escolar, em torno de um programa de formação.

A cada matéria de ensino correspondem objectivos que expressam resultados a obter:


conhecimentos, habilidades e hábitos, atitudes e convicções, através dos quais se busca o
desenvolvimento das capacidades cognoscitivas dos alunos.

Há estreita relação entre os objectivos, os conteúdos e os métodos. Os objectivos


contêm a explicitação pedagógica dos conteúdos, no sentido de que os conteúdos são
preparados pedagogicamente para serem ensinados e assimilados.

7.Métodos e Técnicas de Ensino-Aprendizagem


Segundo Libâneo(1994), Métodos de ensino são um conjunto de acções, passos,
condições externas e procedimentos utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e
estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos. Ou seja, são as acções
do professor pelas quais se organizam as actividades de ensino e dos alunos para atingir
objectivos do trabalho docente em relação a um conteúdo específico. Eles regulam as formas
de interacção entre o ensino e aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado é a
assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e
operativas dos alunos.

Classificação dos métodos de ensino e aprendizagem

Existe a classificação segundo o tipo de interações entre o professor e o aluno (De


Klingberg), a qual considera existirem três variantes metódicas básicas:

 Método expositivo
 Elaboração conjunta
 Trabalho independente

Esta classificação de Klingberg tem sido largamente utilizada em virtude de nela


poderem–se incluir o resto dos métodos e técnicas de ensino indicados pelos outros autores,
mas também parece–nos ser de fácil uso no processo de ensino– aprendizagem. Por outro lado,
devemos notar que a utilização dos métodos de ensino no Processo de Ensino-Aprendizagem
não ocorre nem deve ser de forma que se utiliza preferencial e exclusivamente um determinado
método de ensino; a combinação e a alternância dos métodos de ensino é uma das estratégias
pedagógicas importantes na utilização dos métodos de ensino. Ela enriquece o conjunto das
relações entre o professor e o aluno/formando, para além de quebrar uma possível sensação de
monotonia.

1. Método Expositivo

Caracteriza–se por uma maior actividade visível do professor e por uma atitude de
aprendizagem receptiva por parte dos alunos: o professor [ou aluno(s)] expõe a matéria e os
alunos «recebem-na». Isto acontece quando se sabe que as «exposições» do professor só são
«recebidas» pelos alunos se o professor conseguir estimular a actividade independente destes.

2. Método de Trabalho independente

O método de trabalho independente caracteriza–se por uma maior actividade visível


dos alunos, individualmente ou em grupo. É por isso que a autoactividade e a independência
experimentam aqui sua máxima expressão, uma vez que o método de trabalho independente
consiste de tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de
modo relativamente independente e criador. Jessipow cita duas características do trabalho
independente dos alunos:
 É uma tarefa posta pelo professor dentro dum tempo razoável para que os alunos
possam soluciona–la;
 É uma necessidade resultante da tarefa que têm o(s) aluno(s) de buscar e tomar as
melhores vias para sua solução, pondo em tensão suas forças.
3. Método de Elaboração conjunta

A elaboração conjunta consiste numa interacção activa entre o professor e os alunos


visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, bem como a
fixação e consolidação de conhecimentos e convicções já adquiridos. Quer dizer, nesta variante
metódica existe um maior equilíbrio da actividade visível do mediador/professor/formador e
dos alunos.

8.Planificação do processo de ensino-aprendizagem


A planificação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos,
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A planificação é um meio
para se programar as acções docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão
intimamente ligado a avaliação.

A planificação não é uma panaceia de todos os problemas de educação, mais


concretamente do ensino: a PLANIFICAÇÃO, é apenas uma parte do que normalmente chama-
-se ciclo docente, visto que para além dela tem-se a REALIZAÇÃO e a AVALIAÇÃO, razão
pela qual mesmo que o professor tenha uma planificação mais correcta possível, se a realização
e avaliação do processo de ensino-aprendizagem tiverem problemas não poderá alcançar
facilmente os objectivos que pretende.

Contudo, se feita com rigor e simultaneamente com a flexibilidade e a abertura


indispensáveis, ela assume uma importância vital na pratica profissional de todos aqueles que
se esforçam na construção de uma escola empenhada numa comunicação clara entre os
elementos implicados na acção educativa, uma escola mais lucida e mais humana que actua
com base na realidade dos seus alunos, uma escola mais eficiente no aproveitamento do tempo
e do espaço de que dispõe para ajudar os seus alunos a “crescer”. Enfim, uma escola que quer
estar consciente do modo como decorrem as situações que ela desencadeia e/ou se lhe deparam
no dia-a-dia, situações essas sobre as quais deseja agir a fim de, se necessário, as modificar.
9.Plano de Aula
PLANO DE AULA

Instituição: Disciplina: Geografia Turma : A


Tema: Planeta Terra Data : 10/10/2022
Classe/Ano : 12ª Duração : 45
Tipo de Aula: Inicial
Nome do Professor:Mariamo Ussene Silva
Objectivo Geral: Conhecer Planeta Terra

Objectivos específicos: O aluno deve ser capaz de:


 Definir Planeta Terra
 Descrever Planeta Terra
 Localizar Planeta Terra no Mapa Mundi
Função Actividades Meios
po
m
Te

Conteúdos Metodos
Didáctica Professor Aluno Didácticos
Orienta a revisão da Faz a revisão da aula Elaboração Material
10’

Introdução auala anterior anterior


Conjunta Básico
e Revisao da aula Anterior Apresenta o tema Toma nota do tema
Motivação Apresentacao do Tema Escolar

Mediação e Planeta Terra Explora os Partilha a sua ideia Elaboração Mapas,


15’

Assimilaçã conhecimentos previos sobre o tema


Conjunta globos
o dos alunos; Presta atenção a
Concilia as ideias dos explanação do professor
alunos
Domínio e Descrição do Planeta Terra Estimula os alunos na Sob orientacao do Elaboração Mapas,
10’

Consolidaç descrição fisica do Professor, faz a


Conjunta globos
ão Planeta Terra descrição Fisica do
Planeta Terra

Controle e Resumo da Aula Faz o resumo da aula Toma Nota do resumo Elaboração Mapas,
10’

Avaliação Dúvidas Esclarece as dúvidas Expoe as suas duvidas


Conjunta globos
dos alunos
10. Metodologia
Na íntegra desse estudo que tem por objectivo compreender quais são as principais
categorias pedagógicas, Processo de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento
histórico, Estrutura da aula - funções Didáticas, Tipos de funções da avaliação, Objectivos de
ensino, Métodos e técnicas de ensino-aprendizagem, Planificação do processo de ensino-
aprendizagem, integram o referencial teórico Libâneo (1998), Luckesi (1998), Veiga (1984),
Piletti (1985), Haydt (2011), entre outros. A presente pesquisa é um estudo de caráter
bibliográfico qualitativo, uma vez que se propõe a discutir criticamente os tipos de avaliações
mais comuns na realidade escolar.
11.Conclusão
Em forma de uma breve conclusão no que diz respeito as categorias pedagógicas, tomou-
-se como pano de fundo a inseparabilidade destas categorias pedagógicas, que uma sustenta a
outra e vice-versa. Deu para notar se, que as categorias pedagógicas tem uma ligação com o
processo Ensino Aprendizagem porque é no processo de Ensino-Aprendizagem que
encontram-se os objectivos que são: Instrução e Educação. Então as categorias pedagógicas
têm a sua essência no processo de Ensino-Aprendizagem. Sendo assim as categorias tem como
finalidade ajudar o Homem na sistematização de conhecimentos e também na formação de
comportamento.

Como pude se acompanhar as características de cada uma das funções didácticas, elas
exerce como directrizes orientadores para o professor, dão segmento o processo completo de
aprendizagem, transmissão e aquisição de diferentes qualidades elas embora separadas
possuem uma interligação profunda entre si não podendo se realizar isoladamente daí a
interdependência de uma para outras durante as diferentes fases que se sucedem no PEA. Em
termos gerais uma função didáctica abre o caminho para a efetivação da outra e que o sucesso
de uma possibilita o sucesso da outra, refletindo na característica de reciprocidade.
12.Referências Bibliográficas
NIVAGARA, Daniel Daniel. Didáctica Geral – Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à
distância, Universidade Pedagógica.

PILETTE, Claudino(2004). Didática Geral. (23ª) Edição, editora ática. São Paulo.

LIBÂNEO, José Carlos(1994). Didática. São Paulo: Cortez.

BLOOM, B.S In; Saldanha, L.E. Educação brasileira contemporânea: organização e


funcionamento. São Paulo, 1956.

LIBANEO, José Carlos(1994), Didáctica, São Paulo: Cortez.

MECHISSE, Guedes(2011), Sebenta de didáctica Geral, Maputo.

PILETTI, Claudino(1990). Didáctica Geral (21a) Edição, São Paulo, Editora: Ática.

LIBÂNEO, José Carlos (2005). Pedagogia e pedagogos para quê? São Paulo: Cortez
Editora (8ª. Edição).

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