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Índice
Introdução ............................................................................................................................... 3
1. Reforma e a contra – reforma .......................................................................................... 4
1.1. Reforma Luterana ........................................................................................................ 4
1.2. Reforma Calvinista ...................................................................................................... 5
1.3. Reforma Anglicana ...................................................................................................... 5
2. Contra – Reforma ............................................................................................................ 5
3. Causas da Reforma Protestante ....................................................................................... 6
3.1. Consequências da reforma e contra – reforma ............................................................. 9
4. Reacção da Igreja Católica ............................................................................................ 10
Conclusão.............................................................................................................................. 11
Referências bibliográficas..................................................................................................... 12
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Introdução
A Reforma Religiosa, pelo contrário, espalhou-se rapidamente por toda a Europa e mobilizou
toda a sociedade, desde rebeliões de camponeses até guerras prolongadas entre estados,
através de massacres e perseguições. E tudo começou com uma controvérsia sobre a salvação
da alma, num contexto de grave descompasso entre o formalismo da Igreja Católica e uma
nova e intensa religiosidade entre os fiéis.
Desde o século XIV, atormentado por calamidades (fome, peste, guerra), a Europa estava
testemunhando uma transformação no modo de experimentar a religião. Ao atravessar essa
experiência traumática de viver quase diariamente com a morte, a preocupação com a
salvação da alma adquiriu enorme importância na vida das pessoas.
Objectivos específicos
Objectivo geral
Para a concretização deste trabalho foi usado o método de investigação bibliográfica, na qual
a estudante foi buscar varias fontes, tais como: artigos científicos, obra científicas de
diferentes autores que serão mencionados na página das referências bibliográficas.
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O processo das reformas religiosas começa no século XIV com a insatisfação frente à Igreja
Católica Apostólica Romana. Tal insatisfação diz respeito aos abusos desta igreja frente e a
mudança da visão de mundo que começa a acontecer simultaneamente.
Somando-se a isso existe o próprio processo de formação da burguesia comercial, que era
condenada pelos padres por usura e o lucro, causou descontentamento por parte dessa classe
emergente.
Além disso, os reis também estavam insatisfeitos com a interferência dos papas nas questões
políticas condizente com a realeza.
1.1.Reforma Luterana
O sacerdote alemão, Martin Lutero (1483 – 1546), foi o primeiro a opor – se de forma mais
elaborada contra a Igreja. Ele fixa 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg questionando as
posturas tomadas pela Igreja.
Lutero foi favorecido em suas pregações devido ao facto de na região da actual Alemanha,
onde ele vivia, havia muita miséria por parte dos camponeses, que condenavam a Igreja por
isso. Além disso, havia grande interesse de da nobreza daquela região pelas terras da Igreja
Católica.
Apesar do apoio dos camponeses a Lutero em uma revolta de camponeses, liderada por
Thomas Münzer, contra os sacerdotes ricos e grandes proprietários, Lutero apoiou o massacre
dessa revolta, recebendo em troca novas adesões por parte das camadas mais abastadas.
1.2.Reforma Calvinista
João Calvino (1509 – 1564) entre os primeiros adeptos das ideia de Martin Lutero, mas com o
tempo começou a defender que a salvação vinha pelo trabalho justo e honesto e que o
enriquecimento era apenas uma graça divina, não podendo ser condenado, mas sim que era
uma predestinação divina e que nada podia ser feito para mudar isso. Com esse pensamento
Calvino acaba atraindo muitos comerciantes e banqueiros.
1.3.Reforma Anglicana
Na primeira metade do século XVI, o rei Henrique VIII (1509 – 1547), que fora aliado do
papa, funda a nova igreja, devido à negação do papa a seu pedido de divórcio. Tal
rompimento teve adesão do alto clero inglês e do parlamento.
Além disso, esse rompimento também foi causado pelo fato da Igreja Católica ser
detentora de grande parte das terras inglesas, o que gerava a cobiça da nobreza
inglesa, Banniard: 1980.
2. Contra – Reforma
Frente aos movimentos de ruptura com a Igreja Católica, esta primeiramente começou um
processo de perseguição, que não teve grandes frutos. Diante a isso começou-se a reconhecer
a ruptura protestante e, juntamente a isso, começou um movimento de moralização e
reorganização estrutural da Igreja Católica. Entre essas medidas destacam-se:
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Criação da Ordem dos Jesuítas: Fundada em 1534, pelo militar espanhol Inácio de Loyola, os
jesuítas consideravam-se soldados da igreja e possuíam uma estrutura militar, que tinha por
função combater o avanço protestante com as armas do espírito, através da catequização e da
conversão ao catolicismo. No âmbito da catequização, destaca-se o trabalho dos jesuítas nas
novas terras descobertas, visando converter os não – cristãos.
Concílio de Trento: em 1545, o papa Paulo III, convocou reuniões entre católicos,
realizadas inicialmente na cidade de Trento. Esse apresentou, ao final de 18 anos,
um conjunto de decisões para garantir unidade católica e disciplina eclesiástica e
reafirmando o dogma católico, Júnior: 2001.
Inquisição: O tribunal da Inquisição foi criado em 1231, mas com o tempo foram reduzindo
suas actividades. Mas com o avanço do protestantismo eles foram reactivados em meados do
século XVI. Entre suas actividades foram criadas listas de livros proibidos e julgaram os que
discordavam da Igreja Católica.
Além disso, a autoridade do papa impunha-se além do campo religioso, alcançando o campo
secular (político). Os reis da Europa tinham seu poder sustentado pela autoridade da Igreja,
uma vez que era praticamente impossível manter-se no comando sem a aprovação do papa.
Sendo assim, a Igreja Católica possuía o monopólio da vida política e religiosa europeia.
Em um período imediato, isto é, poucos anos antes do início da reforma, existiram os pré –
reformadores na Europa, que teceram críticas à Igreja de Roma. Dois nomes que se
destacaram nesse contexto foram John Wycliffe e Jan Hus. O primeiro criticava o acúmulo de
poder político e os desvios da Igreja dos verdadeiros ensinamentos de Jesus. O segundo tecia
críticas parecidas contra o enriquecimento da Igreja e a venda de indulgências.
Em relação às questões políticas, existia uma série de reis, nobres e autoridades em geral que
estavam interessados em romper o poder secular com o religioso. Isso significa que muitos
viam o rompimento como uma forma de consolidar ou de assegurar mais poder sem a
necessidade de ter que se sujeitar a outra autoridade – no caso, o papa.
Nas questões económicas, há de se destacar que, na região norte da Europa, havia uma
insatisfação muito grande com a quantidade de impostos que deveriam ser repassados para a
Igreja. Tal questão intensificava-se em um contexto em que as penínsulas Itálica e Ibérica
estavam em franco desenvolvimento e enriquecimento, enquanto regiões como a que
corresponde à actual Alemanha eram pobres e enfrentavam dificuldades económicas.
Martinho Lutero
A insatisfação e as críticas à Igreja Católica tiveram seu ápice em Martinho Lutero, monge
agostiniano e professor de Teologia. Lutero estava insatisfeito com certas condutas da Igreja,
sobretudo com as indulgências, que eram comuns na Igreja Católica da época. Nesse
contexto, essa prática acontecia por meio dos dízimos feitos pelos fiéis para a Igreja em troca
do perdão de seus pecados.
Além disso, o papa Leão X havia oferecido indulgências para aqueles que contribuíssem com
dinheiro para a construção da Basília de São Pedro. Lutero tinha também discordâncias de
conteúdo teológico a respeito da salvação e de outras práticas e ações da Igreja. Com isso, o
monge elaborou um documento conhecido como 95 teses.
A partir de então, as ideias de Lutero espalharam-se pela Europa com rapidez. Nesse
momento, a intenção de Lutero não era romper com a Igreja Católica, ele queria apenas que se
realizasse uma reforma em determinadas questões. O rompimento de Lutero com a Igreja
Católica só aconteceu quando foi excomungado pelo papa, em 1521.
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95 teses
Martinho Lutero defendia, basicamente, que a Bíblia era a única referência para os fiéis e que
as pessoas conseguiriam ser salvas sem a mediação de intermediários e sem precisar dar
indulgências. A base teológica de Lutero baseava-se em um versículo bíblico que afirmava
que “o justo viverá pela fé”. Aqui, Lutero passou a defender a ideia de que não eram as boas
ações que salvariam uma pessoa, mas sim a fé.
A construção teológica iniciada por Martinho Lutero deu origem a um princípio conhecido
como Cinco Solas:
As 95 teses espalharam-se com rapidez pela Europa por conta da imprensa (criada em 1430
por Johann Gutenberg), a qual permitia a cópia e a impressão de livros em uma velocidade
inédita para a época. Com isso, as ideias de Lutero propagaram-se e conquistaram seguidores
em toda a Europa.
Antes de Lutero, já havia casos de cristãos que contestaram princípios e práticas da Igreja
Católica. No século XII, a partir das pregações de Pedro Valdo, surgiram na França os
valdenses, que se espalharam pelo norte da Itália, sobrevivendo às perseguições da Igreja
Católica.
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No caso específico da pré – reforma, os historiadores destacam Jan Hus e John Wycliff, que
questionavam a riqueza da Igreja, a acumulação de poder temporal e a corrupção existente no
clero. Caso tenha interesse em ampliar seus conhecimentos a respeito desses precursores da
Reforma Protestante, sugerimos a leitura deste texto.
Protestantismo
A Reforma também fortaleceu o Estado à custa da Igreja. Líderes políticos protestantes não
mais aceitavam a autoridade do Papa. Mesmo os governantes católicos passaram a conceder
menos privilégios à Igreja. Um dos resultados disto foi que a Igreja passou a exercer cada vez
menos influência na política europeia.
Uma vez que as críticas de Lutero se tornaram públicas, a reacção da Igreja Católica foi a de
tentar conter o monge alemão. As autoridades eclesiásticas não aprovaram as críticas, tanto
que Alberto de Mainz enviou as 95 teses para que o Papa Leão X pudesse tomar
conhecimento delas. O papa exigiu uma retratação de Lutero, mas como isso não aconteceu, o
monge alemão foi excomungado em 1521.
Lutero ainda foi obrigado a apresentar-se diante da Dieta de Worms para debater suas ideias,
em 1521. Ele compareceu a essa assembleia por convocação do imperador Carlos V e, após
apresentar o que ele defendia, foi considerado um herege. Por conta disso, ele ficou um ano
escondido no Castelo de Wartburg, local onde traduziu a Bíblia para o alemão.
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Conclusão
O crescimento do protestantismo na Europa fez com que o Papa Paulo III convocasse o
Concílio de Trento, que se reuniu em três ciclos: 1545-1547, 1551-1552 e 1562-1563. Nesses
concílios foram tomadas decisões que reforçavam princípios do catolicismo e combatiam o
avanço do protestantismo.
A realização do Concílio de Trento foi uma das acções da Igreja Católica no que ficou
conhecido como Contra – reforma. O objectivo era exactamente o mencionado: barrar o
avanço do protestantismo na Europa. Entre as medidas tomadas no Concílio de Trento,
podemos citar:
As acções da Igreja como parte da Contra – reforma não se resumiram ao Concílio de Trento
e se manifestaram de outras formas também. A fundação da Companhia de Jesus por Inácio
de Loyola também entra no rol de acções da Igreja para reformar seu poder. Os jesuítas eram
responsáveis pela divulgação do catolicismo pelo mundo e foram uma das principais ordens
religiosas na América.
A Igreja Católica também reforçou a criação de seminários para aperfeiçoar a formação dos
sacerdotes e procurou silenciar os protestantes por meio da Inquisição. Em locais como
Espanha, França e Itália, a perseguição aos protestantes foi intensa. Para saber mais sobre a
reacção da Igreja Católica, leia nosso texto específico: Contra – reforma.
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Referências bibliográficas
Aguiar, Lilian Maria Martins de. O poder da Igreja Católica no mundo feudal. Brasil Escola.
Burns, E. Mcnalls. História da Civilização Oriental: do Homem das cavernas até a bomba
atómica. 2ª Edição. Vol.I. Editora Globo. São Paulo, 1941.
Júnior, Hilário Franco. A Idade Média, Nascimento Do Ocidente, São Paulo: Brasiliense,
2001.
Vicentino, Cláudio. (2013). História geral e do Brasil. 2ª ed. São Paulo. Scipione