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E EUDORO VILLELA
FILOSOFIA
FILOSOFIA DA RELIGIÃO
Cristianismo Protestante Evangélico
SÃO PAULO – SP
2022
FABIANA COELHO, GABRIELLE HIPÓLITO, GUSTAVO FERREIR, GUSTAVO
GOMES, GUSTAVO LEMOS, ISABELA PEREIRA E MICHELE PANSICA
FILOSOFIA DA RELIGIÃO
Cristianismo Protestante Evangélico
Professor: Rony
SÃO PAULO- SP
2022
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
ORIGEM DO PROTESTANTISMO.....................................................................................5
REFORMA CALVINISTA....................................................................................................7
IGREJA ANGLICANA..........................................................................................................8
CRENÇAS E DEVOÇÕES...................................................................................................12
CONCLUSÃO.......................................................................................................................14
ANEXOS...............................................................................................................................15
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................16
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INTRODUÇÃO
Veremos ao longo do texto que Lutero não desejava criar um movimento religioso que se
separasse da Igreja Católica, mas que a reformasse, uma vez que ele tinha discordâncias de
caráter teológico.
As antigas críticas que eram realizadas à Santa Sé foram retomadas por Martinho Lutero, um
monge agostiniano que era professor de teologia na Universidade de Wittenberg. Apesar de
ser um monge e, portanto, membro do clero, Lutero tinha inúmeras críticas à Igreja Católica.
O grande questionamento que movia Lutero era a questão da venda de indulgências, isto é, a
Igreja pedia doações em dinheiro em troca de perdão pelos pecados. Quando a Igreja tinha
objetivos importantes, ela realizava uma venda especial de indulgências e incentivava as
pessoas a darem contribuições em troca desse perdão e da garantia de salvação.
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1. ORIGEM DO PROTESTANTISMO
Foi uma revolução religiosa liderado pelo monge agostiniano Martinho Lutero, que aconteceu no
século XVI, no Sacro Império Romano, atual Alemanha. Lutero voltou-se contra os dogmas do
catolicismo românico.
Vários motivos levaram a isso começando pelo fator político, com a formação do absolutismo (estado
moderno) a burguesia começou a se fortalecer e se opôs ao poder universal que a igreja tinha: tudo que
o padre falasse era de Deus, a igreja era acima de tudo, incluindo o rei e os nobres.
Já na economia a nobreza estava insatisfeita pois a igreja condenava práticas como a usura e lucros
excessivos e a burguesia estava de olho nas terras e riquezas acumulados pela igreja. Nessa mesma
época a imprensa começou a ser mais recorrente no dia a dia das pessoas, com isso as pessoas
começaram a ler mais e ter ideias divergentes as da igreja que era muito rígida com os dogmas, que na
era da inquisição prendiam as pessoas por pensarem, estudarem e descobrir outras coisas as acusando
de hereges.
A igreja também estava recebendo muitas críticas e perdendo muito fiéis pela venda de indulgências,
padres que não guardavam o celibato e tinham filhos e concubinas e pela simonia, todos esses fatores
favoreceu muito a reforma.
Martinho Lutero foi um monge nascido em 1483 na Alemanha, ele era doutor em teologia e tinha
faculdade de direito, quando Lutero estudava a bíblia para dar suas aulas ele criticava as ordens
burladas dentro da igreja e como as ideias da igreja eram diferentes das ideias bíblicas.
O Papa Leão X queria construir uma nova basílica de São Pedro em Roma e para conseguir verba
suficiente para tal autorizou a venda de indulgências, quando o comissário do poder voltou com o
dinheiro Lutero se revoltou e prendeu na porta da igreja de Wittenberg em 1517 as 95 teses contra a
venda de indulgências.
Lutero queria que a igreja mudasse e que os fiéis se aproximassem de Deus, o poder clerical reagiu e
pediu que ele retirasse as ideias e que tudo voltasse ao normal, mas ele se recusou e estabeleceu 3
doutrinas para a reforma.
1° A justificação pela fé
2° Sacerdócio universal
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3° Infalibilidade da bíblia
Pouco tempo depois Lutero foi excomungado pelo papa e o imperador Carlos V convocou a dieta de
Worms. A assembleia encarregada de ouvir e julgar Lutero e o decreto dado pelo imperador era a
proibição dos escritos de Lutero e o rotulando como inimigo do Estado.
1.2. OS SACRAMENTOS
Lutero ia contra os sete sacramentos da igreja católica e criticava também o culto á imagens e santos
exceto o batismo e a eucaristia que são citados na bíblia, temos exemplos nos versículos citados
abaixo:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus 28:19–20)
“E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E
abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E
bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo
de tudo.” (Gênesis 14: 18-20)
Ele acreditava no fim do celibato clerical já que os padres não seguiam isso, também era a favor da
difusão da bíblia, já que nem todos tinham uma bíblia e tanto ela quanto as missas eram em latim e
muitos fiéis não entendiam. Lutero usou seus conhecimentos e foi o primeiro a traduzir o novo
testamento para outro idioma (Alemão).
A nobreza passou a apoiá-lo pois ele era a favor de suas causas e quando o imperador convocou os
nobres para deixarem de seguir Lutero eles negaram por isso o nome Protestantes.
Teve a confissão de Augsburgo em 1530, um documento que deu início à igreja Luterana, que
sistematizava as ideias de Lutero:
* Salvação pela fé
* Sem indulgências
* Sacerdócio universal
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* Manteve o batismo e a eucaristia
2. REFORMA CALVINISTA
João Calvino era um estudioso e teólogo francês nascido em Nayon em 10 de julho de 1509,
considerado um dos líderes da reforma protestante Calvino apoiava a reforma Luterana e enquanto ela
ia acontecendo ele dava aulas sobre o assunto reforçando as decisão e escolhas de Martinho Lutero.
Por causa disso começou a ser perseguido na França e teve de fugir para a Suiça onde começou a
escrever seus livros que defendia a premissa da predestinação, salvação pela fé, a valorização moral do
trabalho e a prática da poupança como caminho para o enriquecimento.
Calvino pregava a predestinação da alma e por conta disso não acreditava no purgatório. Em suas
ideias a pessoa já nasce destinada ao céu ou ao inferno, as pessoas não podiam julgar, mas podiam
deduzir quem iria ou não ser salva por suas ações
A igreja calvinista virou um sucesso entre a burguesia pois ele valorizava o trabalho e o acumulo de
riquezas, quanto mais rico a pessoa era, mas perto de Deus ele estava e mais bençãos a aguardava. O
calvinismo ficou conhecido em outros lugares também, mas com outro nome como Puritanos na
Inglaterra e Presbiterianos na Escócia.
3. IGREJA ANGLICANA
Henrique VIII era casado com Catarina de Aragão, nobre de origem espanhola. O motivo do pedido
seria o fato de sua esposa não lhe dar um filho homem, situação que impossibilitava ao soberano
inglês deixar em seu lugar no trono da Inglaterra um descendente seu. Dos seis filhos de Catarina,
apenas a princesa Maria sobreviveu. O interesse de Henrique VIII era casar com Ana Bolena, uma
dama da corte da Inglaterra, e com ela poder ter um filho que o sucederia. Como não foi aceito o
pedido pelo papa, o rei inglês declarou seu divórcio da rainha através de um tribunal nacional, em
1533. Um ano depois, Henrique VIII foi excomungado por Clemente VI.
Porém, não foi apenas a não aceitação do divórcio pelo papa que levou Henrique VIII a romper com a
Igreja Católica. Problemas políticos entre Inglaterra e Roma vinham desde a Guerra dos Cem Anos
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(1337-1453), quando os altos dignatários católicos, localizados em Avignon, estavam mais próximos
dos franceses que dos ingleses, durante o chamado Cisma do Ocidente. Havia ainda sérias críticas ao
clero católico na Inglaterra desde ao menos o final do século XV, cujo principal expoente foi John
Wycliff. Tais críticas eram tanto doutrinárias quanto sobre o comportamento luxuoso dos clérigos
católicos em momentos de penúria econômica da sociedade inglesa.
Após Henrique VIII ser excomungado, foi decretado na Inglaterra o Ato de Supremacia, pelo qual o
soberano inglês passava a ser o chefe supremo da Igreja da Inglaterra. Com essa medida, era criada a
chamada Igreja Anglicana. O rei inglês passava a ter o poder de nomear os ocupantes dos cargos
eclesiásticos, além de decidir sobre assuntos de ordem religiosa. A estrutura eclesiástica foi mantida,
adotando-se, porém, posteriormente, a doutrina teológica desenvolvida por João Calvino.
No aspecto econômico, o Estado Inglês confiscou todos os bens da Igreja Católica, principalmente as
terras dos mosteiros, que foram vendidas a vários nobres, comerciantes e fazendeiros. Tais medidas
agradaram aos gentry, membros da pequena nobreza ligados ao comércio e às atividades econômicas
do nascente capitalismo.
Por ironia dos acontecimentos, Henrique VIII não conseguiu ter um filho homem com Ana Bolena. A
filha do casal, Elizabeth, tornar-se-ia rainha anos depois. Ana Bolena foi acusada de traição
extraconjugal, condenada e decapitada em 1536. Henrique VIII ainda se casou mais quatro vezes,
sendo que no terceiro casamento conseguiu ter um filho homem, Eduardo, que o sucederia. Seu quinto
casamento também terminou de forma trágica, já que sua esposa Catarina de Howard foi também
decapitada em decorrência de ações extraconjugais.
É necessário o cristão estudar primeiro a bíblia, para que conheça profundamente sua fé e sua base
doutrinária. Sem o conhecimento adequado da Palavra de Deus, um cristão não possui qualquer
condição de prevalecer contra as falsas doutrinas, e muito menos de entender e praticar o Cristianismo.
Sabendo que a necessidade de um conhecimento amplo e profundo da fé e teologia cristã, o estudo da
Escrituras sagradas tem que ser feito.
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O vocábulo Bíblia é proveniente da palavra grega biblos ou bíblion, que significa rolo, livro, livros ou
coleção de livros, esta última.
A Bíblia foi composta em um período de aproximadamente 1.545 anos, desde seus cinco primeiros
livros, escritos por Moisés, que receberam e foram denominados de Pentateuco, até seu último livro,
chamado Apocalipse, escrito pelo apóstolo João. A Bíblia contém 66 livros, divididos em Antigo e
Novo Testamentos, e foi escrita por aproximadamente 46 escritores diferentes. Que apesar de ser
escrita por autores diferentes em épocas distintas, seguem a mesma doutrina e ensinamento.
Existe um estudo sobre a bíblia, os chamados Bibliologia Evangélica Pentecostal, um estudo da bíblia,
sobre ela. Assim como demonologia ou Angeologia (estudo obra anjos e demônios). Dessa forma,
Bibliologia é o estudo dos assuntos inerentes à Bíblia. Essa matéria auxilia o estudante a desvendar a
Palavra de Deus, a obter compreensão sobre a Bíblia e, é indispensável a qualquer área da Teologia,
explicando inúmeros fatos bíblicos.
É um fato conhecido que a bíblia é um livro com vários outros livros, no caso o nome do livro da
bíblia chamado pelos judeus de Torá. O restante do Antigo Testamento de acordo com a tradição
protestante é chamado de Nevi'im e Ketuvim, coletivamente com a Torá chamados de Tanakh.
A Bíblia não foi escrita numa única língua, mas em três línguas diferentes. A maior parte do Antigo
Testamento foi escrita em hebraico. Mas depois o povo de lá começou a falar o aramaico. Mas a bíblia
continuo a ser escrita, copiada e lida em Hebraico. Só uma pequena parte do Antigo testamento foi
escrita em aramaico. Um único livro do Antigo Testamento, o livro da Sabedoria, e todo o Novo
Testamento foram escritos em grego. O grego era a nova língua do comércio que invadiu o mundo
daquele tempo. Assim, no tempo de Jesus, o povo da Palestina falava o aramaico em casa, usava o
hebraico na leitura da Bíblia, e o grego no comércio e na política. Quando os apóstolos saíram da
Palestina para pregar o Evangelho aos outros povos, eles adotaram uma tradução grega do Antigo
Testamento, feita no Egito no século III antes de Cristo para os judeus imigrantes que já não
entendiam mais o hebraico nem o aramaico. Esta tradução grega é chamada Septuaginta ou Setenta.
Então, os cristãos estudam a bíblia como uma forma de saberem mais sobre sua religião, ficarem mais
próximo de Deus e de seguirem a sabedoria de seu Deus. Para saberem também, que estão
aproveitando, cultivando e repassando as bênçãos de sua Divindade.
O reformismo pregado por Lutero abriu espaço para diversas outras correntes religiosas como:
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• Presbiterianos – Criado pelo teólogo francês João Calvino (1509-1564). Pregavam que só os
escolhidos por Deus se salvariam. Sendo criado depois, pelo teólogo holandês James Arminius, outra
ramificação chamada: arminianismo.
• Anglicanos – Foi criado, em 1534, pelo rei da Inglaterra Henrique VIII, que tinha o objetivo de
anular o seu casamento para casar-se com Ana Bolena. No entanto, a separação não foi aceita pelo
papa Clemente VII, o que levou o monarca a romper com a igreja católica e formar a sua própria
religião.
• Batistas – O movimento anabatista surgiu durante a reforma protestante e fundou a sua primeira
igreja em 1 de janeiro de 1525.
• Metodistas – Foi criada no século XVIII, na Inglaterra, e tinha a intenção de reformular a igreja
anglicana. No entanto, o objetivo dos metodistas não tivera êxito, dando início a uma nova corrente
protestante.
• Neopentecostais – São formados pelas igrejas: Universal do Reino de Deus e a Igreja Renascer em
Cristo. Os neopentecostais têm a pratica de realizar grandes cultos e também de fazer exorcismos.
Baseado no Novo Testamento, o chamado Evangelho, compreendem Jesus Cristo como o Messias,
enviado de Deus para a Terra.
No Brasil, é a utilização do termo “evangélicos” para se referir a uma parte dos cristãos protestantes,
sobretudo os pentecostais e neo pentecostais.
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Igreja Presbiteriana
Igreja Batista
Igreja Congregacional
Igreja Metodista
Igreja do Evangelho Quadrangular
Assembleia de Deus
Igreja de Nova Vida
Igreja Universal do Reino de Deus
Igreja Deus é Amor
Igreja Internacional da Graça de Deus
Igreja Apostólica Renascer em Cristo
Uma de suas principais características é o rompimento com determinadas doutrinas da Igreja Católica,
como a venda de indulgências, a autoridade do papa e a veneração aos santos. O movimento compõe
uma das principais vertentes do cristianismo.
Assim, podemos dizer que todo evangélico é protestante, mas nem todo protestante é evangélico.
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A palavra protestante foi substituída por evangélico em alguns países para retirar a conotação
polêmica da palavra e dando a ela uma característica positiva e universal de seu uso.
A crença pós-morte do evangelismo se resume em apenas Deus pode julgar sua alma e seu destino em
um paraíso ou inferno. As ações não podem te dar uma salvação certa, mas a crença única e certa para
isso, é a de Deus para que sua alma seja julgada. A palavra de Deus, segundo a crença evangélica, é o
único caminho que se pode obter paz de corpo, alma e mente é com as escrituras sagradas, não tendo a
necessidade de rituais de purificação da alma, nem tendo uma necessidade de pessoas santificadas para
o ensino da palavra, visto que cada um, individualmente rege sua vida sem que necessite de meios
para ditar o certo ou o errado dos ensinamentos bíblicos.
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CONCLUSÃO
A Reforma Protestante foi um importante movimento religioso que ocorreu no século XVI.
É considerado como um ponto de transformação porque neste ocorreu o rompimento do
Cristianismo.
De todo modo, tanto Lutero quanto Calvino, que acabaram por indicar o caminho para a fé
Protestante, tinham a intenção de restaurar antigos conhecimentos bíblicos que a Igreja da
época, a Católica, então muito predominante, havia esquecido, ignorado.
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ANEXOS
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.diferenca.com/protestantes-e-evangelicos/amp/
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