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3
APRESENTAÇÃO
Este material é parte da minha tese de doutorado a qual deu origem ao
livro “Revitalização de Igrejas – um Paradigma Bíblico a partir de Apocalipse”.
Pensando em alcançar um público mais abrangente com os princípios bíblicos
universais e atemporais que devem ser aplicados no processo revitalização de
igrejas locais, omitimos no livro os capítulos 1 e 3 da tese, visto que estão mais
diretamente relacionados com o contexto da denominação Batista Nacional.
No primeiro capítulo, apresentamos um resumo histórico da chegada e
consolidação dos Batistas no Brasil, do Movimento de Renovação Espiritual
ocorrido entre as igrejas históricas, bem como do nascimento da Convenção
Batista Nacional, com destaque especial na Região Nordeste
No terceiro capítulo, implementamos uma pesquisa em 52 igrejas Batistas
Nacionais dos seguintes estados do Nordeste: Pernambuco, Ceará, Paraíba e
Rio Grande do Norte. Nessa pesquisa, da qual participaram pastores e líder es
locais, procuramos fazer um levantamento do estado de saúde dessas igrejas,
onde nos concentramos em seis áreas essenciais: (1) pregação e ensino das
Escrituras, (2) vida de oração, (3) Amor e Comunhão, (4) visão e prática
missionária, (5) culto de adoração coletivo e público, (6) Liderança.
Disponibilizamos aqui os dados detalhados organizados em tabelas e os
resultados finais da pesquisa em termos de porcentagens, os quais não foram
incluídos no livro.
Portanto, os leitores do livro “Revitalização de Igrejas”, interessados em
conhecer os detalhes da pesquisa, poderão ter acesso gratuito a todo o conteúdo
adicional acima mencionado.
4
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 ...................................................................................................................... 31
1.1 - A Chegada e Consolidação dos Batistas no Brasil ................................................. 6
1.2 - O Movimento de Renovação Espiritual .................................................................. 8
1.3 - O Nascimento da Convenção Batista Nacional .................................................... 15
1.4 - O Movimento de Renovação Espiritual e o Surgimento da Convenção Batista
Nacional no Nordeste...................................................................................................... 19
1.5 - Raízes Doutrinárias e Teológicas dos Batistas Nacionais ................................... 23
1.6 - Princípios e Práticas dos Batistas Nacionais ........................................................ 27
CAPÍTULO 2 ...................................................................................................................... 31
UM PROCESSO DE REVITALIZAÇÃO NAS IGREJAS BATISTAS NACIONAIS 31
2.1 - Análise e Interpretação da Pesquisa em Igrejas da CBN ..................................... 32
2.1.1 - Dados Gerais das Igrejas da CBN no Nordeste ............................................ 33
2.1.2 - Resultados da Pesquisa por Áreas das Igrejas ............................................... 35
2.2 - Resultado Geral da Pesquisa por Áreas e Estados ............................................... 70
TABELAS ........................................................................................................................... 74
5
O NASCIMENTO DAS IGREJAS DA CONVENÇÃO
BATISTA NACIONAL
1
Estaduais. Disponível em <https://cbn.org.br/estaduais/>, Acesso em 29/03/2022.
2
Quem somos e o Que fazemos? Disponível em <https://cbn.org.br/institucional/quem-somos/>,
Acesso em 29/03/2022.
6
Em 1860, chegou ao Brasil o primeiro missionário batista, o americano
Thomas Jefferson Bowen, o qual ficou pouco tempo no país, devido a problemas
de saúde3. Cerca de dez anos depois, em setembro de 1871, foi fundada e
inaugurada a primeira igreja Batista em território brasileiro, por meio de um grupo
de americanos vindos do Sul dos Estados Unidos, que residiam na cidade de
Santa Bárbara D’Oeste, no estado de São Paulo. Esta era uma igreja voltada
para assistir a colônia de imigrantes americanos naquela cidade, seus cultos
eram em inglês, e não tinha o intento missionário de evangelizar brasileiros a fim
de ganhá-los para Jesus 4.
3
TOGNINI, Enéas; DE ALMEIDA, Silas Leite. História dos Batistas Nacionais. Brasília-DF:
LERBAN, 2007, p.20-21.
4
BORGES, Hebert. Batistas Nacionais – origem, Doutrinas, Princípios e Práticas. Brasília-DF:
LERBAN, p.25-26.
5
BORGES, Batistas Nacionais, p.26-27.
6
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.21.
7
Ibid., p.24.
7
maneira que, na década de 1960, os batistas estavam presentes em quase todo
o território nacional, inclusive entre algumas tribos indígenas 8.
8
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.26, 29.
9
Ibid., p.39.
10
SILVA, Jesus Aparecido dos Santos. Renovação Espiritual entre os Batistas no Brasil – uma
Abordagem Sociológica. Brasília-DF: LERBAN, 2015, p.115.
11
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.38.
8
pastores, ministros e leigos de diversas denominações históricas na América do
Norte, Europa e África, tiveram a chamada “experiência pentecostal” 12.
12
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.40.
13
Ibid., p.39.
14
Ibid., p.40.
15
SILVA, Renovação Espiritual entre os Batistas no Brasil, p.20.
9
Porém, como se deu esse movimento de renovação entre os batistas
brasileiros? Quais pessoas foram levantadas inicialmente no Brasil para
encabeçar e fomentar renovação espiritual nas igrejas Batistas tradicionais?
Todos que participaram desse movimento que ainda estão vivos e aqueles que
escreveram acerca dele, são unânimes em destacar três pessoas chaves em
nível nacional: a missionária Rosalee Mills Appbleby, e os pastores José Rego
do Nascimento e Enéas Tognini. Esse dado histórico foi resumido por Silva da
seguinte maneira:
16
Ibid., p.20.
17
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.48.
18
Ibid., p.50.
10
“renovação espiritual”, e “a necessidade de o crente viver uma vida espiritual
vitoriosa” 19.
19
SILVA, Renovação Espiritual entre os Batistas no Brasil, p.86.
20
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p. 51.
21
SILVA, Renovação Espiritual entre os Batistas no Brasil, p.107.
22
DE ARAÚJO, Rosivaldo. Ninguém Detém! É Obra Santa: uma análise da história do movimento
de renovação espiritual no nordeste do Brasil e autobiografia. Brasília: LERBAN; Salvador: Obra
Santa; João Pessoa: Betel Brasileiro, p.31.
11
à busca de um avivamento” 23. As pessoas ficavam tão impactadas que, ao
término das pregações elas iam à frente quebrantadas e prostravam-se em
busca de renovação. José Rego do Nascimento passou a ser convidado para
pregar em congressos de jovens, conferências e encontros de renovação
espiritual em igrejas e seminários teológicos por todo o Brasil. Silva ressalta a
importância e influência do ministério desse grande líder. Acerca dele, escreveu:
“José Rego do Nascimento é considerado como o arauto do movimento de
renovação espiritual no Brasil. O pastor se destacou por ser carismático, bom
orador e hábil escritor. Coube a ele a tarefa de divulgar o movimento por todo o
Brasil” 24.
23
Ibid., p.29.
24
SILVA, Renovação Espiritual entre os Batistas no Brasil, p.90.
25
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.60.
26
Ibid., p.55-56.
27
Ibid., p.58-66.
12
do Nascimento, juntamente com a igreja que pastoreava, “foram
impiedosamente expulsos” da denominação Batista Brasileira 28.
28
Ibid., p.80-82.
29
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.116-117.
30
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.31.
13
Movimento de Renovação Espiritual não apenas entre os Batistas, mas também
entre os Presbiterianos Independentes, Metodistas e Congregacionais 31. Ele
viajava por todo o país atendendo aos convites das igrejas Batistas, Ordem de
Pastores, retiros espirituais, congressos de jovens e conferências pregando a
mensagem de renovação espiritual.32
31
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.110.
32
Ibid., p.125.
33
Ibid., p.110.
34
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.275.
35
Ibid., p.55-56; 68-73. Veja também DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.28-32.
36
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.277.
14
Percebe-se nesse breve relato histórico que pastores e igrejas da época
evidenciaram marcas distintivas de igrejas revitalizadas, vivas e saudáveis: vida
de oração intensa, pregação fiel das Escrituras no poder do Espírito,
manifestações de dons espirituais e crescimento quantitativo.
37
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.162.
38
Ibid., p.53.
39
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.58-66.
15
parecer final quanto à doutrina do batismo no Espírito Santo, bem como
à participação e ao envolvimento de pastores e igrejas batistas no
Movimento de Renovação Espiritual. No referido parecer os líderes e
irmãos foram chamados de pentecostais, foram orientados a reestudar o
tema do batismo no Espírito Santo, e, caso persistissem na posição que
defendiam naquele momento, deveriam sentir-se à vontade para saírem
da denominação e passarem para denominações pentecostais 40.
(2) Em 27 de janeiro de 1965, na 47ª Assembleia da CBB, na Igreja Batista
de Niterói-RJ, decidiram desligar e excluir da denominação todas as
igrejas batistas ligadas ao Movimento de Renovação Espiritual. Como
resultado dessa decisão, num primeiro momento, trinta e duas igrejas
foram excluídas, sendo a grande maioria pertencente à Convenção
Batista do Estado de Minas Gerais. Nessa mesma Assembleia, as
Convenções Estaduais receberam a autorização e o direito de excluir
qualquer igreja nos seus respectivos estados que estivesse envolvida no
“movimento renovacionista pentecostal”. A exclusão das Convenções
Estaduais implicava automaticamente na exclusão da CBB. Sendo assim,
até o final daquele ano, em todo o Brasil, cinquenta e duas igrejas já
haviam sido expulsas da denominação 41.
40
Ibid., p.136-140.
41
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.150-157.
42
Ibid., p.162, 239.
16
Movimento de Renovação Espiritual saiu em busca de qualquer grupo
pentecostal para se filiarem. Todos permaneceram firmes e fiéis aos princípios
da denominação Batista. 43 Falando acerca de si mesmo e do José Rego do
Nascimento, Tognini afirma enfaticamente que eles sempre foram batistas de
convicção e nunca pensaram em deixar a denominação 44. Esse apego à
denominação e à posição doutrinária batista aliado ao sentimento de aversão a
Convenções, resultado das experiências dolorosas e desagradáveis que
passaram, fizeram com que os pastores e as igrejas batistas renovadas ficassem
um bom tempo sem uma liderança ou instituição que as unissem e mantivessem
coesas 45.
43
Ibid., p.139.
44
Ibid., p.126.
45
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.162-163.
46
Ibid., p.164.
47
Ibid., p.166-168.
48
Ibid., p.242.
17
Enéas Tognini, vivenciaram um emocionante reencontro de reconciliação, por
ocasião do 1º Congresso Latino-Americano Batista de Adoração. Hoje, mesmo
como duas Convenções distintas, andam lado a lado em comunhão fraterna 49.
49
Ibid., p.243-244.
50
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.169.
51
Ibid., p.182.
52
Ibid., p.182-183. Veja também DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.133-143.
18
filosofia de trabalho a formação de obreiros da Amazônia para servirem
em sua própria região. Posteriormente, em lugar do CENTROAM, foi
criado o STEBNA – Seminário Teológico Batista Nacional da Amazônia53.
JAMI – Junta Administrativa de Missões. Em janeiro de 1995, a JAMI foi
criada com o propósito de elaborar e administrar a política de Missão da
CBN, auxiliar as Igrejas Batistas Nacionais no cumprimento da missão no
Brasil e no exterior, bem como administrar e coordenar projetos
missionários, principalmente, transculturais. Desde março de 1997, a
JAMI tem investido também no preparo e capacitação de missionários
transculturais através do CETRAMI - Centro de Estudo Transcultural e
Missiológico, que ela criou com esse propósito 54.
53
Ibid., 184-187. Veja também DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.144.
54
Ibid., p.224, 225, 233.
55
Quem Somos e o Que Fazemos? Disponível em <https://cbn.org.br/institucional/quem-
somos/>, Acesso em: 17/12/2021.
19
vizinhos 56. De sorte que Rosivaldo de Araújo, de maneira criativa, refere-se à
capital mineira como “a Meca da Renovação Espiritual” 57. Porém, no que diz
respeito à região Nordeste, o núcleo desse movimento renovacionista foi a
cidade de Recife, no estado de Pernambuco. Falando acerca do conteúdo de
seu livro, de Araújo menciona esse fato histórico, quando escreveu:
56
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.18.
57
Ibid., p.101.
58
Ibid., p.23.
59
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.25-29.
20
A ida do pastor José Rego ao Recife provocou um
verdadeiro rebuliço no seio das igrejas e instituições
evangélicas de todo o Brasil. O pastor José Rego voltou
para Belo Horizonte, porém muitos seguimentos
evangélicos no Recife foram incendiados pelo poder de
Deus. Ninguém mais conseguia viver aquela vida antiga,
morna, acomodada e sem unção. Os batismos no Espírito
Santo começaram a se suceder naquelas igrejas
tradicionais e conservadoras, entre pastores, líderes e os
crentes em geral 60.
60
Ibid., p.30, 32.
61
Ibid., p.39, 42.
62
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.47.
63
SILVA, Renovação Espiritual entre os Batistas no Brasil, p.139. Veja também TOGNINI; DE
ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.181.
64
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.82-86.
65
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.196-197.
21
Referindo-se à história de Renovação Espiritual no Brasil, a missionária e
professora betelina Durvalina Barreto escreveu: “Ninguém pode se referir a esse
fato histórico, a esse mover do Espírito Santo, sem se reportar ao Pr. Rosivaldo
de Araújo e ao seu hino alvissareiro ‘Obra Santa’” 66. Um fato que merece
destaque ainda é que, antes mesmo da criação e organização da CBN, em 1967,
foi organizada em Recife, na Igreja Batista de Casa Amarela, a CBMN –
Convenção Batista Missionária do Nordeste, a princípio dirigida pelo Pr.
Rosivaldo. Ele foi também o primeiro reitor do STEN – Seminário Teológico do
Nordeste, organizado naquele mesmo ano 67.
66
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.13.
67
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.182. Veja também DE ARAÚJO,
Ninguém Detém! É Obra Santa, p.168.
68
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.59.
69
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.62.
70
Ibid., p.73.
22
O avivamento espiritual que estava acontecendo em Recife e cidades
adjacentes provocou grande impacto em outros estados do Nordeste. Na
Paraíba, a cidade de João Pessoa e especialmente Campina Grande foram
fortemente afetadas por esse Encontro de Renovação. O grande líder do
movimento no Nordeste chegou a denominar Campina Grande de “a cidade
paraibana do avivamento” 71. No entanto, além de Pernambuco (Recife, Caruaru)
e da Paraíba (João Pessoa e Campina Grande), a obra de Renovação Espiritual
alcançou outros estados do Nordeste: Bahia (Salvador, Vitória da Conquista),
Sergipe (Aracaju), Maranhão (São Luís), Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.
71
Ibid., p.89.
72
Ibid., p.120.
73
DE ARAÚJO, Ninguém Detém! É Obra Santa, p.74, 120.
23
(1644 - Inglaterra), a segunda Confissão de Londres (1698 - Inglaterra), a
Confissão de Fé New Hampshire (1833 – Estados Unidos) e a Declaração de
Mensagem e Fé Batistas (1925 – Estados Unidos)” 74. Porém, os Batistas
Nacionais preservam e adotam a mesma Confissão de Fé elaborada e
sistematizada por uma comissão de dezenove importantes líderes batistas,
nomeada pela Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, em 1964. Essa
Confissão foi preparada por ocasião das comemorações do terceiro jubileu da
organização da primeira convenção batista em território americano 75.
74
BORGES, Batistas Nacionais, p.53.
75
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.19. Veja também “Manual Básico
Batista Nacional e Manual da ORMIBAN”, p.9.
76
Manual Básico Batista Nacional e Manual da ORMIBAN”, p.21-26. Veja a Declaração de Fé
completa nos anexos desse trabalho.
24
Salvação – A salvação dos pecadores é somente pela graça mediante a
fé no Filho de Deus. Por intermédio de sua morte na cruz, Ele realizou completa
expiação dos nossos pecados.
25
Justos e Ímpios - Há uma diferença radical e essencial entre os justos e
os ímpios. Somente aqueles que pela fé são justificados em o nome do Senhor
Jesus e santificados pelo Espírito de nosso Deus são verdadeiramente justos
diante de Deus, enquanto que todos aqueles que continuam na impenitência e
na incredulidade são ímpios aos Seus olhos.
77
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.14.
78
TOGNINI; DE ALMEIDA, História dos Batistas Nacionais, p.126.
79
Ibid., p.14.
26
posicionamento defendido pelos batistas renovados era que o batismo no
Espírito Santo é uma bênção distinta do novo nascimento, e que os dons
espirituais são bênçãos para hoje 80. Ou seja, os Batistas Nacionais defendem a
contemporaneidade dos dons espirituais e o batismo no Espírito Santo como um
segundo evento após a experiência da regeneração. Silva destaca que nesse
ponto a posição doutrinária do Movimento de Renovação Espiritual é a mesma
do Movimento Pentecostal81. No entanto, apesar dessa semelhança doutrinária
há uma diferença fundante entre os renovados e os pentecostais. Para o
pentecostalismo, a evidência de que o crente foi batizado no Espírito Santo é o
dom de línguas. Para o Movimento de Renovação o falar em línguas não é
necessariamente a evidência da experiência do batismo no Espírito Santo 82.
Vale lembrar que, nenhum dos principais líderes batistas relataram em sua
experiência do batismo no Espírito Santo que vivenciaram o fenômeno da
glossolalia.
80
Ibid., p.14.
81
SILVA, Renovação Espiritual entre os Batistas no Brasil, p.112.
82
Ibid., p.115, 132. Veja também BORGES, Batistas Nacionais, p.92.
83
Manual Básico Batista Nacional e Manual da ORMIBAN, p.29.
27
própria identidade e os identifica com os batistas de todo o mundo ao longo da
história. Segue abaixo os princípios que caracterizam os batistas 84:
Cada igreja local tem autonomia para administrar seu próprio destino – A
igreja deve submissão somente a Cristo, e não pode sujeitar-se a
84
Manual Básico Batista Nacional e Manual da ORMIBAM. Brasília: LERBAN. Parte integrante
da Confissão de Fé dos Batistas do Sul dos Estados Unidos.
85
SILVA, Renovação Espiritual entre os Batistas no Brasil, p.33.
28
qualquer autoridade humana ou instituição religiosa. Sua forma de
governo é democrática, suas decisões são tomadas em assembleia com
a participação consciente de cada um dos membros. Mesmo assim,
entende-se que nem a maioria, nem a minoria, nem tampouco a
unanimidade reflete necessariamente a vontade de Deus.
86
Manual Básico Batista Nacional e Manual da ORMIBAM, p.9.
29
princípios herdados dos missionários que plantaram a semente do trabalho
batista no Brasil” 87.
87
BORGES, Batistas Nacionais, p.45.
30
UM PROCESSO DE REVITALIZAÇÃO NAS IGREJAS
BATISTAS NACIONAIS
31
cada área pesquisada em “saudável”, “relativamente saudável”, “fragilizada ou
adoecida” e “muito adoecida”.
A pesquisa de campo teve como público alvo igrejas filiadas à CBN nos
seguintes estados da região Nordeste: Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio
Grande do Norte. Quanto ao estado de Pernambuco, a pesquisa foi dividida em
duas sub-regiões: Sertão e Capital, incluindo a Região Metropolitana. As razões
para a escolha das igrejas da CBN desses quatro estados, foram três:
32
2.1.1 - Dados Gerais das Igrejas da CBN no Nordeste
a) Pernambuco (Sertão)
A CBN possui no Sertão de Pernambuco um total de dezoito igrejas, das
quais dezesseis responderam ao questionário, tendo sido entrevistados
pastores, obreiros locais, seminaristas, líderes e membros de ministérios ou
departamentos. Em termos percentuais, significa que 89% das igrejas da CBN
no Sertão participaram da pesquisa.
88
Para informações mais detalhadas acerca das igrejas, veja a “Tabela 1 – Universo da
Pesquisa” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
89
Veja a “Tabela 2 – Universo da Pesquisa” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
33
c) Paraíba
São doze igrejas da CBN na Paraíba. No total, sete delas responderam
ao questionário. Em termos percentuais, significa que 58,33% das igrejas da
CBN nesse estado participou da pesquisa.
d) Ceará
São dez igrejas da CBN no Ceará. Ao todo, seis delas responderam ao
questionário. Em termos percentuais, significa que 60% das igrejas da CBN
nesse estado participou da pesquisa.
A mais antiga das referidas igrejas foi fundada em 1967 e possui apenas
cinquenta e oito membros. Por outro lado, a mais recente, fundada em 2018, tem
atualmente sessenta membros. Em termos de membresia, a menor, plantada em
1983, possui vinte e seis membros. E, a maior, fundada em 1977, tem
aproximadamente trezentos e cinquenta membros 92.
90
Para informações mais detalhadas, veja a “Tabela 3 – Universo da Pesquisa” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
91
Para maiores detalhes, veja a “Tabela 4 – Universo da Pesquisa” em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
92
Veja a “Tabela 5 – Universo da Pesquisa” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
34
Não foi possível calcular a média de crescimento anual das igrejas dos
quatro estados por falta de alguns parâmetros balizadores necessários, pois não
há registro da quantidade de membros que as referidas igrejas tinham no ano da
sua fundação, nem registro de dados quantitativos da membresia de anos
anteriores.
35
A tabela abaixo resume o resultado geral obtido quanto ao estado de
saúde das igrejas da CBN dos quatro estados nordestinos alvos da pesquisa.
93
Veja “Tabela 1 – Pregação e Ensino” com os percentuais detalhados em “Anexos – Tabelas
e Gráficos”.
36
Teológicos ou Centros de Formações de obreiros da CBN nos estados
do Nordeste em questão primam por uma teologia sadia embasada
das Escrituras.
37
vezes” ou “nunca” 94. Verifica-se que, apesar da preferência dos pregadores das
igrejas da CBN ser o método expositivo, o sermão tópico também é usado,
especialmente pelos pastores do sertão de pernambucano (62,5%). A partir
desses dados pode-se deduzir o seguinte:
Merece destaque ainda o fato de que, uma alta porcentagem 96 nas igrejas
da CBN dos quatro estados nordestinos pesquisados reconhecem a importância
e o valor do tradicional Culto de Doutrina Semanal e da Escola Bíblica Dominical,
pois não abrem mão deles como métodos eficazes e eficientes para manter e
promover a saúde doutrinária das igrejas. Ainda que num percentual abaixo de
45% (exceto nas igrejas do Ceará – 83,3%), os Pequenos Grupos ou Células
também aparecem como ambientes onde ocorre o ensino sadio das Escrituras.
94
Ver “Tabela 1 – Pregação e Ensino” com os percentuais detalhados em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
95
ROBINSON, Haddon W. Pregação Bíblica – O desenvolvimento e a entrega de sermões
expositivos. São Paulo: Shedd Publicações, 2002, p.20-34. LOPES, Hernandes Dias. Pregação
Expositiva – Sua Importância para o crescimento da igreja. São Paulo: Hagnos, 2008, p.11-19.
STOTT, John. Eu Creio na Pregação. São Paulo: Editora Vida, 2003, p.133.
96
Veja a “Tabela 2 – Pregação e Ensino” em “Anexo – Tabelas e Gráficos”.
97
Veja a classificação detalhada na “Tabela 3 – Pregação e Ensino” no “Anexo – Tabelas e
Gráficos”.
38
Nas igrejas do Sertão de Pernambuco, do Ceará e do Rio Grande do
Norte, acima de 90% da totalidade dos entrevistados classificou como
“boa” e “muito boa” a área de pregação e ensino em suas igrejas.
39
maior percentual foram duas: uma com 30 membros (40%) e outra com
63 membros (71,42%) 98.
98
Veja dados detalhados na “Tabela 1 – Vida de Oração” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
99
Veja dados detalhados na “Tabela 2 – Vida de Oração” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
40
frequentadores nos cultos de oração. Isso significa que, as igrejas
desse estado seguem o mesmo padrão das de Pernambuco: em
termos proporcionais, quando mais, menos; e, quanto menos, mais 100.
Contatou-se que, das cinquenta e duas igrejas dos quatro estados que
participaram da pesquisa, trinta e cinco delas conta com menos de 20% da sua
membresia participando das reuniões coletivas de oração. Com base nos dados
apresentados até aqui, pode-se dizer que as reuniões de oração dessas igrejas
estão agonizando. Este é um dos sinais de uma igreja que precisa ser
revitalizada103.
100
Ver dados detalhados na “Tabela 3 – Vida de Oração” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
101
Ver dados detalhados na “Tabela 4 – Vida de Oração” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
102
Ver dados detalhados na “Tabela 5 – Vida de Oração” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
103
LOPES; CASIMIRO, Revitalizando a Igreja, p.12-13.
41
prática de oração coletiva, pode também ser constatada na avaliação que os
pastores e os membros entrevistados fizeram e na maneira como classificaram
essa área em suas comunidades de fé. Menos de 35% da totalidade dos
entrevistados das igrejas de todos os estados classificou essa área como “boa”,
e acima de 65% classificou como “ruim” e “regular”. Merece um destaque
especial as igrejas da Paraíba e do Rio Grande do Norte nas quais 100% dos
pastores classificou como “regular” e “ruim”. 104
104
Veja dados detalhados na “Tabela 6 – Vida de Oração” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
42
2.1.2.3 - Amor, Comunhão e Relacionamentos Saudáveis
Mais de 80% dos pastores e líderes das igrejas da CBN nos referidos
estados declarou que em suas igrejas existem iniciativas e ações que
viabilizam e promovem comunhão, convivência e integração entre os
membros 105;
105
Veja os dados detalhados na Tabelas 1 e 2 – Amor e Comunhão em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
43
de Cristo106. Sendo assim, os dados demonstram que, nesse quesito,
as referidas igrejas potiguares necessitam urgentemente de
revitalização.
106
Veja “Tabela 3 – Amor e Comunhão” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
44
Apesar desses números positivos, constatou-se que, pelo menos, dois
aspectos dentro dessa área demandam atenção especial e ajustes: (1)
a falta de planejamento e intencionalidade para promover e fomentar
melhor assistência aos novos convertidos por parte de uma boa
porcentagem das igrejas dos referidos estados; (2) falta de maior
engajamento e atuação abaixo do seu potencial por parte do
departamento ou ministério responsável por essa área nas igrejas de
Pernambuco (sertão e capital) 108;
108
Veja os dados detalhados na Tabelas 1 e 2 – Amor e Comunhão em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
45
Corpo de Cristo é que haja entre eles cuidado mútuo, valorização da
função de cada um e interdependência;
46
demonstram os dados, apesar do potencial que possuem para fazer
bem mais, eles têm fraca participação 109.
109
Veja “Tabela e1 e 2 – Amor e Comunhão” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
110
Veja os detalhes dessa classificação na “Tabela 4 – Amor e Comunhão” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
111
Ibid.
47
Apesar de que, respectivamente, 20% (sertão) e 26,7% (capital) desse
percentual de líderes respondeu e destacou que os responsáveis por essa
área em suas igrejas são pouco atuantes, fazem bem menos do que
poderiam fazer, atuam abaixo do seu potencial 112.
Com base nos dados estatísticos e informações expostas até aqui, pode-
se chegar a algumas conclusões:
Por parte da maioria dos pastores e de suas igrejas, nessas duas regiões
do estado de Pernambuco, existem iniciativas planejadas e intencionais
na busca de promover e incentivar o engajamento da membresia com a
obra missionária local e transcultural;
112
Veja “Tabela 1 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
113
Ibid.
48
mesmo sendo ensinados, os irmãos não se envolvem com o trabalho de
evangelização local.
Visto que 81,3% das igrejas do sertão pernambucano e 100% das igrejas
de Recife e Região Metropolitana realizam cultos e conferências
missionárias, e 100% dos pastores disseram que os membros são
ensinados a evangelizar, pode-se indagar: Por que uma porcentagem tão
elevada de igrejas não faz jus ao potencial que possuem para
evangelismo local? Dois fatores podem estar contribuindo: (1) A recusa
deliberada da maioria dos crentes em abraçar os desafios missionários e
se engajar no cumprimento da missão e/ou, (2) a falta de treinamento
adequado com o intuito de capacitar os irmãos para evangelizar. Pois,
25% (sertão) e 26,7% (capital) dos pastores disse que os membros de
suas igrejas não são treinados para serem missionários perto, longe e
muito longe, ao passo que, respectivamente, 62,5% e 46,7% afirmou que
apenas alguns irmãos recebem esse tipo de treinamento.
114
Veja “Tabela 2 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
49
Realização e Investimento em Missões (Assistência Social)
Pode-se deduzir que há dois fatores possíveis por detrás desses dados
negativos: (1) a falta de amor e empatia para com o próximo e/ou, (2) a
falta de entendimento adequado do evangelho integral que enxerga o
homem na sua integralidade.
Constatou-se que 50% das referidas igrejas não faz nenhum investimento
no envio e sustento de missionários em campos transculturais, ao passo
que, respectivamente, 12,5% (sertão) e 21,4% (capital) dos pastores e
líderes declarou que investe, porém, abaixo do seu potencial. Ou seja,
suas igrejas têm condições e capacidade suficiente para investir bem
mais em obreiros e projetos missionários em outros países e culturas, no
entanto, não o fazem, apresentam inércia116.
115
Veja “Tabela 2 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
116
Ibid.
50
A soma total das igrejas que nada investem e daquelas que investem em
missões transculturais abaixo do seu potencial, chega a 62,5% das igrejas
sertanejas e 71,4% nas de Recife e Região Metropolitana 117.
117
Veja “Tabela 2 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
51
Realização e Investimento em Missões (Plantação de Igrejas)
75% das igrejas do sertão já plantou uma ou mais igrejas. Apesar desse
dado estatístico geral ser positivo, das dezesseis igrejas que participaram
da pesquisa, quatro delas, entre 16 e 32 anos de existência, plantaram
apenas uma ou duas novas igrejas, e três delas não plantaram
nenhuma118;
A soma total dos líderes e outros entrevistados que classificou essa área
nas igrejas CBN-Sertão como “regular” e “ruim”, chega em média a 62%.
118
Veja detalhes na “Tabela 3 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
119
Veja detalhes na “Tabela 4 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
52
Nas igrejas da CBN Recife e Região Metropolitana, 60% dos pastores e
52% dos demais entrevistados classificaram essa área também como
“regular” e “ruim” 120.
Por outro lado, nas igrejas do Ceará e do Rio Grande do Norte, no quesito
conscientização missionária intencionalmente planejada, há uma
deficiência maior. Pois, respectivamente, em 50% e 33,4% dessas igrejas
não há nenhuma equipe ou grupo responsável por promover, divulgar e
fomentar o engajamento dos membros com a obra missionária.
Acrescente-se a isso o fato de que nas igrejas de ambos estados 33,3%
tem um departamento ou ministério muito pouco atuante, que realiza um
trabalho aquém do potencial que possui 122;
120
Veja detalhes na “Tabela 5 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
121
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 6 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
122
Ibid.
53
missionárias. Por outro lado, 42,9% declarou que realizam, porém, com
pouca regularidade123;
Com base nos dados estatísticos e informações expostas até aqui, pode-
se chegar a algumas conclusões:
123
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 6 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
124
Ibid.
54
Realização e Investimento em Missões (Evangelismo Local)
A soma das igrejas dos três estados em questão que não realizam um
trabalho regular e efetivo de evangelização local e as que o fazem abaixo
do seu potencial, chega, respectivamente, aos percentuais de 71,4%,
50% e 83,3%.
125
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 7 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
55
Os dados a seguir corroboram essa última inferência: respectivamente,
em 71,5% (Paraíba), 50% (Ceará) e 100% (R. G. do Norte) das igrejas da
CBN nos referidos estados, não há um investimento intencional e eficiente
para treinar e capacitar os membros a fim de cumprirem sua missão, em
seu próprio contexto e em contextos mais distantes. Vale salientar que,
nesse quesito, as igrejas da CBN-RN apresentam um quadro mais
preocupante e deficitário.
A soma das igrejas dos três estados em questão que não realizam um
trabalho regular e efetivo de assistência social aos que mais necessitam
e as que o fazem abaixo do seu potencial, chega, respectivamente, aos
percentuais de 71,5%, 61,6% e 66,6% 127.
126
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 7 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
127
Ibid.
56
Líderes e membros precisam rever seu entendimento e prática da missão
confiada à igreja. A missão de Cristo e dos apóstolos enxerga e alcança
o homem na sua integralidade. No entanto, as igrejas em questão, ou
ignoram ou minimizam o claro ensino bíblico do evangelho integral para o
homem integral.
128
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 7 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
57
igreja missional está a pregação do evangelho no contexto local e nos confins
da terra, ao mesmo tempo.
129
Veja os dados mais detalhados nas “Tabelas 8 e 10 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos
– Tabelas e Gráficos”.
130
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 9 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
131
Veja os dados mais detalhados nas “Tabelas 10 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
58
Com base no alto percentual negativo apresentado, as igrejas da CBN-
CE, a princípio podem ser consideradas “muito adoecidas” no quesito
“plantio de igrejas”. No entanto, avaliando o tempo de existência dessas
comunidades locais, pode-se concluir que elas apresentam certa
fragilidade, mas não adoecimento. Das seis igrejas que participaram da
pesquisa, três existem há mais de 10 anos (11, 13 e 17 anos), e as outras
três, há menos de 10 anos (3, 5 e 9 anos) 132. O fator tempo transcorrido
de existência pode ser um dos fatores determinantes para o baixo
percentual de “plantação de novas igrejas” por parte das igrejas
cearenses.
Aspectos Saudáveis
132
Veja os dados mais detalhados nas “Tabelas 9 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
133
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 11 – Visão e Prática Missionária” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
59
100% dos pastores das igrejas de Pernambuco (sertão e capital) e da
Paraíba, bem como 85,72% dos líderes das igrejas do Rio Grande do
Norte declararam que os principais e os mais frequentes cânticos de
louvor que fazem parte da liturgia dos cultos públicos de suas igrejas são
teocêntricos e cristocêntricos. Ou seja, o conteúdo dos hinos cantados
nas reuniões coletivas de adoração ressaltam a natureza de Deus, seus
atributos e seus feitos grandiosos, bem como destacam a pessoa de
Cristo e a sua obra redentora na cruz do Calvário 134;
Verificou-se também que, para 100% dos pastores das igrejas da CBN no
Sertão de Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte, e para
93,3% dos líderes das igrejas da CBN em Recife e Região Metropolitana,
o que mais chama a sua atenção nos hinos de louvor cantados nos cultos
públicos de adoração em suas comunidades de fé, é o “conteúdo bíblico
e teológico” 136;
134
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 1 – Culto de Adoração” em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
135
Ibid.
136
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 2 – Culto de Adoração” em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
137
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 2 – Culto de Adoração” em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
60
Um dado que também chamou bastante a atenção foi que esse interesse
e preocupação com o conteúdo bíblico dos louvores cantados nos cultos
públicos e coletivos não é algo exclusivo dos pastores, mas puderam ser
vistos também na grande maioria dos demais entrevistados. Pois, acima
de 90% deles, nas igrejas dos estados em questão, compartilham com os
seus líderes do mesmo interesse e zelo com a teologia biblicamente
saudável dos cânticos de adoração 138;
Os pastores e líderes das igrejas da CBN nesses três estados são zelosos
e criteriosos no que diz respeito ao conteúdo bíblico e teológico dos
cânticos de adoração cantados em seus cultos públicos e coletivos;
138
Ibid.
139
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 3 – Culto de Adoração” em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
140
Ibid.
61
boa qualidade musical, os louvores precisam ter conteúdo bíblico correto
e teologia saudável. Rejeitam qualquer tipo de adoração influenciada pelo
humanismo, pois reconhecem que o culto é um evento do homem para
Deus e não de Deus para o homem. Nesse aspecto, os cultos de
adoração pública e coletiva são saudáveis;
Existe por parte dos pastores das igrejas das CBN dos quatro estados em
questão preocupação e cuidado com a orientação e instrução daqueles
que são os responsáveis direto pelo louvor em suas igrejas;
141
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 4 – Culto de Adoração” em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
62
Aspectos que demandam cuidados e melhorias
Acima de 65% dos pastores e membros das igrejas da CBN dos três
estados do Nordeste mencionados anteriormente classificaram a área
“culto de adoração” em suas igrejas como “boa” e “muito boa”. Essa
142
Veja os dados mais detalhados nas “Tabelas 6, 7, 8 e 9 – Culto de Adoração” em “Anexos –
Tabelas e Gráficos”.
143
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 1 e 8 – Culto de Adoração” em “Anexos – Tabelas
e Gráficos”.
63
classificação e avaliação indica que os líderes e demais irmãos
entrevistados consideram essa área em suas comunidades locais como
saudáveis 144.
144
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 5 – Culto de Adoração” em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
145
Veja os dados mais detalhados nas “Tabelas 1, 10, 11, 12 – Culto de Adoração” em “Anexos
– Tabelas e Gráficos”.
146
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 13 – Culto de Adoração” em “Anexos – Tabelas e
Gráficos”.
64
corrobora com a conclusão de que nessa área as igrejas cearenses são
saudáveis.
3.1.2.6 - Liderança
Gráficos”.
65
Com base nos dados expostos acima, pode-se fazer algumas deduções
e chegar a algumas conclusões:
66
Os pastores e líderes que conduzem e cuidam dessas igrejas são
homens que primam por uma vida piedosa. São servos tementes a Deus
que procuram exercitar a piedade, que zelam por uma vida moral e ética
ilibada, que entendem que no sagrado ministério caráter vale mais do que
carisma, e vida com Deus é mais importante do que performance
ministerial;
67
intencional e programado para a formação de novos líderes, ao passo
que, 37,5% (Sertão) e 20% (Recife) deles afirmou que existe, sim,
iniciativas e ações com essa finalidade, no entanto, não é algo muito
eficiente. Ou seja, há intencionalidade e planejamento, mas falta
eficiência. De maneira que, a soma daqueles que disseram que não há
nada do tipo com aqueles que responderam que o programa que existe é
ineficiente, chega a 62,5% (Sertão) e 73,3% (Capital) 148.
148
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 1 – Liderança” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
149
Ibid.
68
Os dados coletados 150 retratam a ordem na qual todos os entrevistados
(pastores, líderes de ministérios e outros) declararam ser os aspectos da
liderança de suas igrejas que mais precisam de ajustes e melhorias: vida
de oração, cuidado pastoral e visitação, vida familiar, integridade e
reputação, pregação e ensino. Quanto mais localizado na parte de cima
da tabela, mais carecem de revitalização;
Merece destaque especial o fato de que nas igrejas dos quatro estados
que participaram da pesquisa, “vida de oração” é o aspecto mais crítico
no qual os líderes mais necessitam melhorar e precisam de revitalização
urgente;
150
Veja os dados mais detalhados nas “Tabelas 2, 3, 4 e 5 – Liderança” em “Anexos – Tabelas
e Gráficos”.
151
Veja os dados mais detalhados na “Tabela 6 – Liderança” em “Anexos – Tabelas e Gráficos”.
69
2.2 - Resultado Geral da Pesquisa por Áreas e Estados
70
importância na vida das igrejas da CBN, elas apresentam quadros de saúde
opostos. Verifica-se que igrejas podem ser, por um lado, doutrinariamente
saudáveis, mas, por outro lado, desprovidas de fervor espiritual e adoecidas no
que diz respeito à busca de uma intimidade mais profunda com Deus por meio
da oração. Quanto a isso, há precedentes no Novo Testamento. Por exemplo,
em Apocalipse 2 e 3 verifica-se a existência de igrejas que não apresentavam
nenhum problema doutrinário. A igreja de Éfeso foi elogiada por seu zelo e saúde
doutrinária (Ap 2.1-3). Porém, foi duramente repreendida porque lhe faltava uma
virtude essencial: amor a Deus e aos homens (Ef 2.4). As igrejas de Sardes e
Laodiceia não receberam nenhuma repreensão por causa de possíveis
problemas doutrinários em seu meio (Ap 3.1-6; 14-22). No entanto, a primeira
encontrava-se espiritualmente morta (Ap 3.1) e, a segunda, num estado de
mornidão espiritual, indiferença, neutralidade e autossuficiência. Ou seja, eram
saudáveis no quesito “ensino correto da Palavra de Deus”, mas muito adoecidas
no aspecto fervor e vigor espiritual.
71
líderes habilitados e capacitados para dar continuidade ao bom andamento da
igreja.
(2) Além disso, e talvez, com a maior urgência, os pastores e líderes das
referidas igrejas da CBN precisam cuidar e dedicar-se mais intensamente a uma
vida de oração. Tanto pastores como os membros entrevistados reconhecem
que esse é o principal e mais urgente aspecto da vida de sua liderança que
precisa melhorar. Tudo indica que, esse fator tem influenciado diretamente para
que a área “vida de oração” das igrejas da CBN encontre-se muito adoecida.
73
TABELAS
74
Tabela 3 – Universo da Pesquisa
75
Tabela 2 – Pregação e Ensino
Vida de Oração
76
Tabela 2 – Vida de Oração
77
Tabela 5 – Vida de Oração
78
Tabela 3 – Amor e Comunhão
79
Visão e Prática e Missionária
80
Tabela 4 – Visão e Prática Missionária
81
Tabela 5 – Visão e Prática Missionária
82
Tabela 9 – Visão e Prática Missionária
83
Culto de Adoração Coletivo e Público
84
6 – Culto de Adoração
Tabela 5
85
Tabela 10 – Culto de Adoração
86
Tabela 13 – Culto de Adoração
87
Liderança
Tabela 1 - Liderança
Tabela 2 - Liderança
Tabela 3 - Liderança
88
Tabela 4 - Liderança
Tabela 5 - Liderança
Tabela 6 - Liderança
89
Tabela 1 – O Paradigma de Cristo para Revitalização de Igrejas
90
Tabela 2 – O Paradigma de Cristo para Revitalização de Igrejas
91
92