Você está na página 1de 15

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O papel dos rios Nilo, Tigre e Eufrates no desenvolvimento da agricultura

Nome: Amina Raimundo Nambera


Código do Estudante: 708224905

Curso: Curso de História


Disciplina: Historia Económica I
Ano de Frequência: 10 Ano
Docente: Chico Gerito Amurane

Quelimane, Outubro, 2022


Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia

1
Folha de recomendações

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

2
Índice
1. Introdução.....................................................................................................................................4

1.1. Objectivos..................................................................................................................................4

1.1.1. Geral.......................................................................................................................................4

1.1.2. Específicos..............................................................................................................................4

1.2. Metodologia...............................................................................................................................4

2. O papel dos rios Nilo, Tigre e Eufrates no desenvolvimento da agricultura................................5

2.1. Tigre e Eufrates, os rios de uma região estratégica que abriga civilizações.............................5

2.1.1. A mesopotâmia e os rios tigre e eufrates................................................................................6

2.2. Situações geográficas: condições e sentidos da acção..............................................................7

2.3. O Egipto e o rio nilo..................................................................................................................8

2.3.1. Vale do Nilo...........................................................................................................................8

2.4. Os Fenícios................................................................................................................................9

2.5. A Caldeia...................................................................................................................................9

2.5.1. Principais Características......................................................................................................10

2.6. Assírios....................................................................................................................................11

2.6.1. Religião.................................................................................................................................12

2.6.2. Economia..............................................................................................................................12

2.6.3. Arte.......................................................................................................................................12

3. Conclusão...................................................................................................................................13

4. Referências bibliográficas..........................................................................................................14

3
1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Historia económica I é do caracter avaliativo com o tema O
papel dos rios Nilo, Tigre e Eufrates no desenvolvimento da agricultura. No desenvolver deste
trabalho veremos que Ao longo da história, as margens dos rios sempre foram de vital
importância para o homem. A água sempre foi protagonista não só na vida real, mas também na
mitologia e nas lendas. Sem excepção, a água está nas lendas de todas as civilizações.

O Tigre e o Eufrates, são dois dos três rios sagrados do mundo pelos quais as civilizações foram
fundadas e demolidas, tantas guerras estouraram e a paz foi feita, pela qual tantas pessoas
morreram e tantos amores foram perdidos, sendo o tema de canções e lendas. Esta bacia é um
ponto-chave das civilizações. Escavações na região iluminaram a história da humanidade.

Os caldeus são um dos povos da Antiguidade que conquistaram e habitaram a região sul da


Mesopotâmia conhecida como Caldeia (actual Iraque, Síria e Turquia).Eles são citados na Bíblia
como os destruidores de Jerusalém que, sob o comando do rei Nabucodonosor, levou o povo
judeu para o que ficou conhecido como “cativeiro babilónico.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Analisar O papel dos rios Nilo, Tigre e Eufrates no desenvolvimento da agricultura

1.1.2. Específicos
 Descrever os Fenícios
 Destacar os Assírios
 Indicar as principais características da Caldeia

1.2. Metodologia
Para a produção do presente trabalho, usar-se-á a abordagem qualitativa pois pretende-se Analisar
O papel dos rios Nilo, Tigre e Eufrates no desenvolvimento da agricultura e os dados serão
recolhidos a partir da revisão bibliográfica que servirá de base para a exploração teórico, dos
conceitos científicos discutidos no trabalho.

4
2. O papel dos rios Nilo, Tigre e Eufrates no desenvolvimento da agricultura
De acordo com Pena (2012), "A prática da agricultura é uma das mais antigas actividades
desenvolvidas pelos humanos. No Período Neolítico, a constituição das primeiras técnicas e
materiais utilizados para o cultivo de plantas e confinamento de animais foi a principal causa para
aquilo que se denominou como a sedentarização do ser humano, o que permitiu a sua moradia
fixa em uma dada localidade, embora a colecta e a caça tenham convivido por muito tempo lado
a lado da agricultura.

O desenvolvimento da agricultura, portanto, esteve directamente associado à formação das


primeiras civilizações, o que nos ajuda a entender a importância das técnicas e do meio técnico
no processo de construção das sociedades e seus espaços geográficos. Nesse sentido, à medida
que essas sociedades modernizaram suas técnicas e tecnologias, mais a evolução da agricultura
conheceu os seus avanços." (p.32).

2.1. Tigre e Eufrates, os rios de uma região estratégica que abriga civilizações
Dois rios que correm por milhares de anos. Símbolos de fertilidade e criadores da história da
região. Estados foram fundados e destruídos ao longo da história, porque a humanidade quis se
instalar neste fértil território em cada época histórica. Os elamitas, assírios, babilónios, sumérios,
acadianos e muitos outros habitavam as margens desses rios. Eles uniram mais civilizações do
que o rio Nilo, a veia principal do Egipto, formando um mosaico cultural nesta terra infinita.
Esses dois rios são o Tigre e o Eufrates. Pena (2012, p.36)

São águas da geografia que hospedou todas as religiões abraâmicas. O Tigre e o Eufrates são o
sangue vital de uma área de importância religiosa, política, comercial e estratégica. Dois rios que
marcaram a história não só da Anatólia, mas também de todo o mundo graças às suas terras
férteis.

Ao longo da história, as margens dos rios sempre foram de vital importância para o homem. A
água sempre foi protagonista não só na vida real, mas também na mitologia e nas lendas. Sem
excepção, a água está nas lendas de todas as civilizações. O Deus da Água "Enki" no mito de
Adapa dos sumérios cria o Tigre e o Eufrates, faz chover para que os rios fiquem cheios e haja
abundância.

5
Pena (2012) diz que Tigre e o Eufrates são águas que não podem ser compartilhadas ao longo dos
séculos. Porque a área que alimenta esses rios é foco de interesse devido à sua localização
geopolítica, e eles testemunharam guerras e lutas. Hoje, o Tigre e o Eufrates são rios muito
importantes que fornecem água às cidades da Turquia, Iraque e Síria, e que cruzam a fronteira
com a Turquia. Barragens muito importantes são encontradas nesses dois rios cruciais. A maior
parte das barragens é construída no âmbito do Projecto do Sudoeste da Anatolia (GAP), que é um
dos investimentos de desenvolvimento mais assertivos do mundo e com a sustentabilidade em
primeiro plano. Até o momento, 7 barragens foram construídas no Eufrates e 6 no Tigre. A
Barragem de Atatürk no Eufrates é a sexta maior barragem do mundo em termos de volume de
enchimento. É ao mesmo tempo o maior da Europa e da Turquia. Actualmente, os dois rios estão
no foco da política e das relações internacionais do Oriente Médio. (p.37)

O Tigre e o Eufrates, são dois dos três rios sagrados do mundo pelos quais as civilizações foram
fundadas e demolidas, tantas guerras estouraram e a paz foi feita, pela qual tantas pessoas
morreram e tantos amores foram perdidos, sendo o tema de canções e lendas. Esta bacia é um
ponto-chave das civilizações. Escavações na região iluminaram a história da humanidade.

O Eufrates sempre corre violentamente, moldou a terra para fazer um caminho para ele. O Tigre
traçou uma forma serpentina. Fırat é um nome para meninos e Tigre para meninas devido a essas
características. Eles serviam de guia para os viajantes à noite, eles assistiam às guerras em
silêncio. Eles deram vida à terra e à humanidade, mas tiraram suas vidas ao mesmo tempo. O
Tigre e o Eufrates continuarão a correr em paz até a eternidade. E muitas famílias na Anatólia
darão nomes de Dicle e Fırat a seus filhos. Pena (2012, p.37).

O Tigre e o Eufrates são águas de uma região multifacetada e multicultural na qual o homem vive
desde o Neolítico. São as águas de uma geografia de importância religiosa, política, comercial e
estratégica. Rios essenciais em uma área na intersecção da Rota da Seda no passado e as rotas de
petróleo e gás natural hoje.

2.1.1. A mesopotâmia e os rios tigre e Eufrates


Ferreira, (1993) afirma que Mesopotâmia vem do grego e quer dizer “entre rios” (meso = meio,
entre. Já potamus = rio. Potamus deu origem ao termo que designa a água que é boa para beber,

6
ou seja, potável). “Entre Rios” faz referência ao fato da região ficar entre os rios Tigre e
Eufrates. (p.90)

Segundo Ferreira, (1993) a localização privilegiada proporcionou à Mesopotâmia um solo muito


fértil, responsável por duas colheitas anuais. A fertilidade do solo permitiu o desenvolvimento da
agricultura e da pecuária na região. Porém essa abundância ocasionou numa série de disputas
pelo controle das terras beira-rio. (p.90)

Na Mesopotâmia, a formação das primeiras cidades foi muito parecida com a do Egipto, mas com
uma diferença muito importante, isto é, na região não existiu apenas um Estado centralizado, mas
vários reinos que disputavam o controlo da área. Destes reinos destacaram-se, em ordem
cronológica, sumérios, acádios, babilónicos, assírios e caldeus.

Para Ferreira, (1993) a riqueza natural da Mesopotâmia possibilitou o nascimento de uma


próspera sociedade agrícola. A cidade da Babilónia (imagens acima) demonstra toda essa riqueza.
Por sinal, a prosperidade e a riqueza que atraíram a cobiça de Ciro, rei da Pérsia, que conquistou
a cidade e toda a região em 550 a.C., pondo fim na independência política mesopotâmica. (p.91).

2.2. Situações geográficas: condições e sentidos da acção


Segundo Teixeira (2000), países, regiões e localidades vêm adoptando medidas diferentes de
enfrentamento da pandemia, em tempos distintos. Leva-se em conta informações e
conhecimentos disponíveis, mas, sobretudo, as condições particulares para agir, isto é, a situação
em cada lugar. (p.12)

A situação expressa a tensão entre a liberdade e a condição para a acção. Enquanto sítio e acção
contribuem para analisar indissociavelmente conjuntura e estrutura, sobretudo neste período
marcado pelo tropel de eventos e crises sistemáticas, que a todo momento demandam
compreensão e acção. Conjuga condicionalidades do território herdado e acções visando aos
objectivos, sentidos e projectos. A situação geográfica se define pela sua coerência interna e
como relação do lugar com o mundo pelos sentidos dos eventos que se geografizam no lugar
frente às possibilidades existentes na escala global.

Assim, situação é tanto a condição da acção num dado lugar como também o sentido da acção na
relação lugar/mundo. A conjuntura é cada vez mais crítica e as desigualdades cada vez mais

7
evidentes. O tropel de eventos é vertiginoso e as crises se agravam. A desigual distribuição das
formas e oportunidades de viver e de morrer e da condição de acção mostram que o indivíduo
também vale pelo lugar onde está e habita. Teixeira (2000, p.12).

2.3. O Egipto e o rio nilo


Segundo Cardoso (1982) o Egipto Antigo surgiu e se desenvolveu no entorno do rio Nilo.
Conforme afirmou o historiador grego Heródoto “O Egipto é uma dádiva do Nilo”. Com isso, não
é incorrecto afirmar que o Egipto Antigo existia graças ao Nilo. (p.54).

Cardoso (1982) afirma que como nesta região a terra era bastante fértil, as comunidades locais
logo se tornaram sedentárias, desenvolvendo a agricultura. O desenvolvimento da agricultura foi
essencial para que as tribos que habitavam a região passassem a se organizar de forma mais
complexa. Afinal, agora era necessário contabilizar a produção agrícola que era produzida de
forma colectiva. (p.54).

A primeira forma de organização egípcia foram os nomos, espécie de vilarejos independentes,


que se organizavam de forma cooperativa. A produção agrícola era comunitária, isto é, pertencia
a todos. A unificação dos diversos nomos resultou na formação do Estado egípcio.

2.3.1. Vale do Nilo


Para Teixeira (2000) o vale fica na região da África Setentrional, entre os territórios do Egipto e
do Sudão. O Nilo é um rio extremamente importante para aquela localidade porque atravessa toda
a extensão do deserto do Saara.(p.47)

Para os egípcios, o rio Nilo é muito importante, pois contribui com a irrigação agrícola,
navegação e aquisição de água para a utilização humana e dos animais. No deserto existem
represas e canais de irrigação que asseguram o fornecimento de água.

Teixeira (2000) afirma que Egipto e Sudão são os países que compõem o vale do Nilo. Foi
exactamente nessa região que a civilização egípcia, uma das mais importantes civilizações da
antiguidade, se desenvolveu. Seguem algumas características importantes do vale (p.48):

• Fica em um local fértil do deserto. Por causa dos períodos das cheias do rio, as margens ficam
inundadas e servem para os sistemas de abastecimento de água e irrigação.

8
• O rio é bastante utilizado para a navegação comercial e o transporte de mercadorias.

• A agricultura é amplamente praticada nas margens do rio, porque as terras são férteis e
húmidas. Os produtos mais comuns são a cana-de-açúcar e o arroz.

• Na fronteira entre o Egipto e o Sudão fica localizada a Usina hidreléctrica de Assuã. Ela produz
boa parte da energia usada por aqueles países e a sua construção foi concluída no ano de 1970.

• Cidades importantes como Alexandria, Asiut, Assuã, Cairo e El Giza – Egipto; Atbara, Cartum
e Ondurmã – Sudão ficam localizadas no vale do Nilo.

• O vale está situado em uma região de clima desértico, cuja temperatura média anual é de 25 °C
e o índice pluviométrico é muito baixo, 20 mm em média por ano.

2.4. Os Fenícios
Segundo Figueira (2005), Fenícia é nome dado a antiga civilização que se desenvolveu ao longo
das regiões litorâneas dos atuais Líbano, Síria e Israel. Os fenícios ocupavam uma estreita faixa
de terra situada entre o litoral do Mediterrâneo e as montanhas do actual Líbano, Síria e Israel.
Uma parte era um território muito fértil e a outra parte do território era muito quente e árida, com
secas praticamente o ano inteiro. As altas montanhas impediam os fenícios de adentrar o
continente, assim eles voltaram seus esforços para o mar e tornaram-se os grandes navegantes do
mundo antigo. (p.180)

Na Fenícia não havia Estado unificado já que suas cidades eram cidades-Estados, assim cada uma
destas constituía uma unidade política independente, que frequentemente entravam em conflito e
podiam dominar umas as outras, embora também colaborassem através de ligas e alianças.

2.5. A Caldeia
Os caldeus são um dos povos da Antiguidade que conquistaram e habitaram a região sul da
Mesopotâmia conhecida como Caldeia (actual Iraque, Síria e Turquia).Eles são citados na Bíblia
como os destruidores de Jerusalém que, sob o comando do rei Nabucodonosor, levou o povo
judeu para o que ficou conhecido como “cativeiro babilónico” (exílio). Além deles, os sumérios,
assírios, acádios, amonitas, hititas, habitaram a região entre os rios Tigre e Eufrates, denominada
de Crescente Fértil, berço das primeiras civilizações da história. Figueira (2005, p.171).

9
De origem árabe, os caldeus ocuparam terras pertencentes a Mesopotâmia. Ao lado dos Medos
(povo da média) derrotaram os assírios que ali habitavam, formando assim um grande império: O
"Segundo Império Babilónico" ou "Império Neobabilônico". Por esse motivo, os caldeus são
chamados também de "novos babilónios". A primeira investida dos caldeus ocorreu em 612 a.C.
com a tomada da capital Assíria: Nínive.

Após a morte de seu pai Nabopolassar, Nabucodonosor (604-562 a.C.), em 586 a.C., continuou a
conquista das terras e reconstrução das cidades que foram destruídas pelas guerras. Esses são os
dois reis mais importantes do império caldeu e o governo de Nabucodonosor foi um dos períodos
mais áureos da Mesopotâmia. Figueira (2005, p.171).

A capital do Império era a Babilónia, uma bela cidade construída com muralhas, palácios,
santuários e templos. Após a morte de Nabucodonosor, que governou cerca de 40 anos, houve um
enfraquecimento do Império e, a partir de 539 a.C., eles foram dominados pelos Persas sob o
comando do rei Ciro.

2.5.1. Principais Características


Os caldeus eram um povo semita que conquistou a região da Mesopotâmia por possuir um
carácter bélico e violento, fazendo muitos escravos. No tocante a organização social, a sociedade
dos caldeus era baseada na monarquia despótica e teocrática, donde havia o rei, que comandava
todo o império, e abaixo dele estavam os nobres, sacerdotes, comerciantes, pequenos
proprietários e escravos. Figueira (2005, p.171).

As principais actividades da maior parte dos povos mesopotâmicos eram a agricultura, a criação
de animais e o comércio. No entanto, com a conquista dos caldeus e a necessidade de reconstruir
a Babilónia, nessa fase a economia foi gerada pelo serviço de construção, ainda que a agricultura
fosse uma importante actividade para alimentar o povo.

Como todos os povos mesopotâmicos a religião dos caldeus era politeísta, com o culto a diversos
deuses os quais estavam relacionados com a natureza e os animais. Na porta da cidade da
Babilónia foi feito um mosaico de Ishtar, a deusa do amor e protectora da cidade. Figueira (2005,
p.171).

10
Nabucodonosor transformou a cidade da Babilónia em um grande centro cultural. Sob seu
governo foram produzidas diversas obras urbanas desde ruas, jardins, muralhas, templos,
palácios, dos quais se destacam os Jardins Suspensos da Babilónia e a Torre de Babel.

Além disso, eles foram pioneiros nos estudos sobre astrologia e astronomia e ainda, no avanço
dos estudos da matemática. O chamado "Ur dos Caldeus" corresponde a cidade suméria que foi
ocupada por essa civilização. Figueira (2005, p.171).

2.6. Assírios
De acordo com Figueira (2005) Os assírios eram povos semitas que viviam ao norte da
Mesopotâmia na região dos rios Tigre e Eufrates. O império assírio foi formado após a queda do
império acadiano. Ficaram conhecidos por integrarem uma sociedade guerreira, cruel e
implacável. (p.175).

Sua tecnologia militar foi destacada pelo uso do ferro, cobre e estanho para entalhar armas. No
auge do poder, controlavam o Chipre, o Egipto, a Mesopotâmia e a região hoje ocupada pelo
Estado de Israel. Evidências arqueológicas apontam que os assírios surgiram no fim do terceiro
milénio III a.C.. Além da habilidade bélica, ficaram também conhecidos pela arquitectura
integrada por edifícios imponentes destacados nas cidades de Assúr, Nínive e Nimrud.

Figueira (2005) afirma que Travavam relações comerciais com os hititas, que actualmente vivem
na Turquia, já no século XIX a.C.. A actividade comercial é intensificada entre os séculos XIX e
XVIII a.C., quando adoptam o sistema babilónico nas transacções. Nessa fase, atuam com os
amoritas. A conquista da Babilónia viria em 729 a.C., sob o reinado de Tiglath-Pileser III,
também chamado de Teglatefalasar III, que viveu entre 746 a.C. a 727 a.C.. Sob o comando desse
rei, os assírios chegaram a porção média do oriente, onde foram conquistados o reino de Urartu,
em Ararat. (p,175).

Foi no reinado de Sargão II, que os assírios conquistaram Israel. Sargão II viveu entre 721 a.C. e
705 a.C. e, entre as marcas de sua conquista esteve a deportação de 27 mil israelitas e a invasão
da Síria, em 715 a.C..

O sucessor de Sargão II, Senaquerib (705 a.C. até 681 a.C.) foi o responsável pela transferência
da capital para Nínive. Antes disso, a sede em Assur. Senaquerib ainda tentou conquistar Judá.

11
Ele ordenou o cerco à cidade, fracassou e, quando retornou derrotado a Nínive, dois de seus
filhos o assassinaram.

Em seu lugar passou a reinar o filho Esar-Hadom, chamado também de Assaradom e que viveu
entre 681 a.C. até 669 a.C.. Assaradom expandiu o domínio assírio até o Nilo e se estabeleceu no
Egipto. Também reconstruiu a Babilónia que, durante certo período, foi a capital do império.
Figueira (2005, p.175).

2.6.1. Religião
De idioma semita, os assírios eram politeístas e acreditavam em deuses que simbolizavam o Sol e
os planetas. Por conta da religião, demonstravam conhecimento na astronomia. Na base religiosa,
o deus Sol era representado como um soberano déspota e com uma vida farta. Figueira (2005,
p.175). Abaixo do deus Sol estavam os servos, representados como comerciantes.

2.6.2. Economia
Figueira (2005) diz que a economia assíria era baseada no saque e nos tributos adquiridos na
guerra. Os povos conquistados passavam a ser tratados como servos. Também actuavam de
maneira rudimentar a agricultura e o comércio. (p.176)

2.6.3. Arte
Figueira (2005) alega que a arte assíria era marcada pelo realismo, com baixos-relevos e
demonstrando a vocação bélica e da caça. As representações eram figuradas em baixo relevo na
cerâmica, em tapetes e jóias. Utilizavam a escrita cuneiforme inscrita em ladrilhos de argilas e,
ainda, em murais. (p.176)

12
3. Conclusão
Chegado no final deste trabalho de pesquisa que teve como tema O papel dos rios Nilo, Tigre e
Eufrates no desenvolvimento da agricultura, concluímos que Os caldeus são um dos povos da
Antiguidade que conquistaram e habitaram a região sul da Mesopotâmia conhecida como Caldeia
(actual Iraque, Síria e Turquia).Eles são citados na Bíblia como os destruidores de Jerusalém que,
sob o comando do rei Nabucodonosor, levou o povo judeu para o que ficou conhecido como
“cativeiro babilónico” (exílio).

Na Fenícia não havia Estado unificado já que suas cidades eram cidades-Estados, assim cada uma
destas constituía uma unidade política independente, que frequentemente entravam em conflito e
podiam dominar umas as outras, embora também colaborassem através de ligas e alianças.

Para os egípcios, o rio Nilo é muito importante, pois contribui com a irrigação agrícola,
navegação e aquisição de água para a utilização humana e dos animais. No deserto existem
represas e canais de irrigação que asseguram o fornecimento de água.

Na Mesopotâmia, a formação das primeiras cidades foi muito parecida com a do Egipto, mas com
uma diferença muito importante, isto é, na região não existiu apenas um Estado centralizado, mas
vários reinos que disputavam o controlo da área. Destes reinos destacaram-se, em ordem
cronológica, sumérios, acádios, babilónicos, assírios e caldeus.

O Tigre e o Eufrates, são dois dos três rios sagrados do mundo pelos quais as civilizações foram
fundadas e demolidas, tantas guerras estouraram e a paz foi feita, pela qual tantas pessoas
morreram e tantos amores foram perdidos, sendo o tema de canções e lendas. Esta bacia é um
ponto-chave das civilizações

13
4. Referências bibliográficas
Pena, R. F. A. (2012). "Evolução da agricultura e suas técnicas"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/evolucao-agricultura-suas-tecnicas.htm. Acesso em 26
de Outubro de 2022.

Cardoso, C. F. S. (1982). O Egipto Antigo. São Paulo: Brasiliense.

Ferreira, O. L. (1993). Mesopotâmia. São Paulo: Editora Moderna.

Figueira, G. D. (2005). História. São Paulo: Ática.

Teixeira M. P. F. (2000). Brasil – História e Sociedade. São Paulo: Ática.

14

Você também pode gostar