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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Áreas de Conservação em Moçambique

Nome: Angélica João Manuel Abdala


Código de Estudante: 708205339

Docente: Msc. Gisela Guibunda Jossamo

Curso: Biologia
Disciplina: Ec. H. e Ed. Ambiental
Ano de Frequência: 4º Ano, Turma A

Nampula, Março de 2023


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 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema).
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos.
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho.
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual).
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo.
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas.
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas.
bibliografia

II
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
III
Introdução....................................................................................................................................................5

1. Áreas de Conservação em Moçambique......................................................................................7

1.1. As principais áreas de conservação em Moçambique...............................................................8

1.1.1. Pincipais Parques de Moçambique....................................................................................9

1.1.2. Principais Reservas de Moçambique...............................................................................12

1.2. Estratégias de preservação das áreas de conservação em Moçambique..................................15

Conclusão.......................................................................................................................................17

Bibliografia.....................................................................................................................................18

IV
Introdução

Moçambique é um país localizado na costa leste da África e é conhecido por sua diversidade
biológica única, com uma variedade de habitats naturais, incluindo florestas tropicais, savanas,
mangais, pântanos e áreas costeiras. A fim de preservar esses ecossistemas valiosos, o governo de

Moçambique tem estabelecido uma série de áreas de conservação em todo o país. O país é lar de
diversas áreas de conservação que desempenham um papel importante na preservação da fauna e
flora local, bem como na promoção do turismo ecológico.

As áreas de conservação em Moçambique incluem parques nacionais, reservas naturais e áreas de


conservação comunitária, todas com o objetivo de proteger a biodiversidade e promover o
desenvolvimento sustentável. Essas áreas fornecem habitats importantes para uma ampla
variedade de espécies animais e vegetais, muitas das quais são endêmicas da região.

Uma das áreas de conservação mais conhecidas de Moçambique é o Parque Nacional da


Gorongosa, localizado no centro do país. Este parque abriga uma grande variedade de animais,
incluindo elefantes, leões, hipopótamos e crocodilos, bem como uma grande variedade de
espécies de pássaros. O parque também oferece atividades de ecoturismo, como caminhadas,
safáris e observação de aves.

Outra área de conservação importante é o Parque Nacional das Quirimbas, localizado no norte de
Moçambique. Este parque é composto por uma série de ilhas e manguezais, e é conhecido por sua
rica biodiversidade e por abrigar algumas das espécies marinhas mais raras e ameaçadas de
extinção do mundo.

Além disso, Moçambique também abriga outras áreas de conservação, como o Parque Nacional
de Bazaruto, o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto e o Parque Nacional do Limpopo,
todos importantes para a preservação da natureza e para a promoção do turismo sustentável no
país.

As áreas de conservação em Moçambique também têm um papel importante na promoção do


turismo e no apoio às comunidades locais. O turismo de natureza é uma indústria crescente em
Moçambique, e muitas dessas áreas estão abertas para visitantes que desejam experimentar a
beleza natural do país. Ao mesmo tempo, muitas áreas de conservação envolvem também as

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comunidades locais em seus esforços de conservação, proporcionando empregos e oportunidades
de desenvolvimento.

Em suma, as áreas de conservação em Moçambique são um componente vital da estratégia do


país para proteger a sua rica biodiversidade e promover o desenvolvimento sustentável.

Este trabalho é de carácter avaliativo da cadeira de Ecologia Ambiental, o qual vem responder,
questões ligadas ao tema sobre as áreas de conservação em Moçambique, que para a
concretização, precisou de várias consultas bibliográficas feitas pela internet e material de apoio
(módulo da cadeira). O trabalho está estruturado em introdução, desenvolvimento do tema,
conclusão e finalmente a bibliografia.

Contudo, como toda pesquisa precisa alcançar objectivos, para tal, neste são os seguintes:

 Identificar as principais áreas de conservação em Moçambique;


 Descrever as principais áreas de conservação em Moçambique;
 Descrever as estratégias de preservação das áreas de conservação em Moçambique.

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1. Áreas de Conservação em Moçambique
Moçambique é um país localizado na costa sudeste da África e possui uma diversidade biológica
única, incluindo florestas, savanas, rios, lagos e áreas costeiras. Para proteger e preservar essa

riqueza natural, o país estabeleceu uma rede de áreas de conservação (CBD, 2010).
Segundo o Ministério da Terra e Ambiente, as áreas de conservação em Moçambique incluem
parques nacionais, reservas naturais, áreas de proteção ambiental e santuários de vida selvagem,
são administradas pelo Ministério da Terra e Ambiente e incluem parques nacionais, reservas
naturais, reservas de caça e áreas de proteção ambiental. Essas áreas são protegidas por lei e
visam preservar a biodiversidade, promover a conservação da fauna e flora, manter os
ecossistemas naturais e fornecer benefícios econômicos e sociais para as comunidades locais.
Entre as áreas de conservação mais conhecidas em Moçambique estão o Parque Nacional da
Gorongosa, a Reserva Nacional do Niassa, a Reserva Especial de Maputo, o Parque Nacional das

Quirimbas, a Reserva Nacional de Gilé e a Reserva Nacional de Chimanimani, todas criadas para
proteger a biodiversidade única do país e promover a conservação ecológica. Cada uma dessas
áreas oferece oportunidades únicas para turismo ecológico e observação da vida selvagem, além

de promover a pesquisa científica e o desenvolvimento sustentável. (CBD, 2010).


O Parque Nacional da Gorongosa, localizado na região central do país é o lar de uma grande
variedade de animais selvagens, incluindo elefantes, leões, leopardos, búfalos e hipopótamos,
bem como uma grande diversidade de aves e plantas. Desde a sua criação em 1960, o parque tem
sido alvo de esforços de conservação e restauração, após anos de conflitos armados e destruição

ambiental. O Parque Nacional do Arquipélago das Quirimbas, localizado na costa norte do país.
O parque é composto por um arquipélago de 27 ilhas, incluindo a Ilha de Ibo, uma antiga cidade
portuguesa do século XVI, e é um importante habitat para espécies marinhas, como golfinhos,

baleias, tubarões e tartarugas marinhas. (CBD, 2010).


No entanto, apesar do reconhecimento da importância dessas áreas para a biodiversidade do país
e do mundo, elas enfrentam uma série de desafios significativos que colocam em risco sua

preservação. (CBD, 2010).

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A caça furtiva é um dos maiores problemas enfrentados pelas áreas de conservação em
Moçambique. A caça ilegal de espécies ameaçadas de extinção, como elefantes e rinocerontes,
para o comércio de marfim e chifres de rinoceronte é uma atividade comum em todo o país,

resultando em uma diminuição acentuada do número desses animais nas áreas de conservação.
(CBD, 2010).
Outro desafio enfrentado pelas áreas de conservação em Moçambique é a exploração madeireira
ilegal. A extração de madeira em áreas protegidas sem o devido planejamento e autorização pode

levar à degradação de habitats naturais, bem como à redução da biodiversidade. (CBD, 2010).
Além disso, as áreas de conservação em Moçambique também enfrentam a pressão do
desenvolvimento humano. Com a crescente demanda por terras para agricultura, pecuária e
mineração, há uma ameaça cada vez maior de invasões e assentamentos humanos ilegais dentro
das áreas de conservação, o que pode levar à perda de habitat e à diminuição da biodiversidade.
Todas essas ameaças afetam a capacidade das áreas de conservação de cumprir seu papel

fundamental na preservação da biodiversidade e na promoção do desenvolvimento sustentável.


(CBD, 2010).
1.1. As principais áreas de conservação em Moçambique

Moçambique é um país com uma rica diversidade biológica e cultural. Para proteger sua
biodiversidade, o país criou diversas áreas de conservação, que são gerenciadas pelo governo ou
por organizações não governamentais.

De acordo com o Relatório de País sobre o Estado da Biodiversidade em Moçambique (CBD,


2010), existem cerca de 49 áreas de conservação em Moçambique, abrangendo mais de 26% da
área terrestre do país. Essas áreas incluem parques nacionais, reservas nacionais, reservas de
caça, áreas de conservação comunitárias e áreas de conservação privadas.

Essas áreas de conservação são essenciais para a proteção da biodiversidade, além de fornecerem
benefícios econômicos, sociais e culturais para as comunidades locais. No entanto, a gestão
adequada dessas áreas é fundamental para garantir sua eficácia na conservação da biodiversidade
e no desenvolvimento sustentável. (CBD, 2010).

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Como resultado, existem diversas áreas de conservação em Moçambique, cada uma com suas
próprias características únicas e importância para a conservação da biodiversidade. Abaixo estão
algumas das principais áreas de conservação em Moçambique, descritas de forma detalhada em
dois grupos (parques e reservas), como também a sua localização.

1.1.1. Pincipais Parques de Moçambique


1. Parque Nacional da Gorongosa

O Parque Nacional da Gorongosa é uma das áreas de conservação mais conhecidas e visitadas em
Moçambique. É um parque nacional de 5.745 km² localizado na província de Sofala, no centro do
país. O parque abriga várias espécies ameaçadas de extinção, como o leão, o elefante,
hipopótamos, crocodilos, o rinoceronte e o cão selvagem africano. O parque também é conhecido
por sua biodiversidade única, que inclui mais de 400 espécies de aves. (CARRUTHERS, 2016).

O Parque Nacional da Gorongosa é uma das áreas de conservação mais importantes em


Moçambique, devido à sua grande diversidade de ecossistemas e à presença de espécies raras e
ameaçadas de extinção. Nos últimos anos, o parque tem sido objeto de um grande esforço de
restauração, liderado pela Gorongosa Restoration Project, que tem como objetivo restaurar a
biodiversidade do parque e melhorar a qualidade de vida das comunidades locais. O projeto tem
obtido resultados positivos, com o aumento da população de animais selvagens e a recuperação
de habitats degradados. (CARRUTHERS, 2016).

2. Parque Nacional das Quirimbas

O Parque Nacional das Quirimbas é localizado na costa norte de Moçambique, provincia de Cabo
Delgado, este parque abrange uma série de ilhas e recifes de coral um importante destino turístico
em Moçambique, que são importantes para a conservação da biodiversidade marinha. Possui uma
extenção de 7.500 km2 e é o lar de várias espécies de peixes, tubarões e tartarugas marinhas, bem
como de aves marinhas. (Pereira & Scharf, 2019).

Das 27 ilhas que compõem o Arquipélago das Quirimbas, 11 são parte do Parque, com águas
cristalinas que escondem extensões massivas de recifes de coral e diversas espécies marinhas,
como golfinhos, tartarugas, dugongos, tubarões e raias.

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A região também abriga várias comunidades locais que dependem dos recursos marinhos para
sua subsistência, o que torna importante o equilíbrio entre a conservação e o uso sustentável dos
recursos.

3. Parque Nacional do Limpopo

O Parque Nacional do Limpopo é uma área de conservação situada no extremo sul de


Moçambique, na província de Gaza. Abrange cerca de 10.000 Km2, que abriga com uma fama
uma grande população de elefantes, bem como outras espécies de animais selvagens, como leões,
girafas e búfalos. A região também é conhecida por sua importância arqueológica, com vários
sítios pré-históricos e históricos sendo encontrados na área.

Também é um importante centro de pesquisa para a conservação da biodiversidade. No entanto, o


parque enfrenta vários desafios, como a caça furtiva e a perda de habitat devido à expansão da
agricultura e da mineração. (Pereira & Scharf, 2019).

4. Parque Nacional do Bazaruto

Localizado ao largo da costa de Moçambique, concretamente na província de Nampula. Este


parque nacional inclui seis ilhas e áreas marinhas adjacentes, totalizando cerca de 1.430 km². É
conhecido por suas belas praias, recifes de coral e vida marinha diversa, incluindo tubarões, raias,
baleias e tartarugas marinhas. (https://www.mta.gov.mz/conservacao/parques/).

O Parque Nacional do Bazaruto foi a primeira área de conservação marinha de Moçambique. Foi
criado em 1971, pelo Diploma Legislativo nº 46/71 de 25 de Maio, abrangendo as ilhas
Benguérua, Magaruque e Bangué, com uma área total de 80 km². As ilhas Bazaruto e Santa
Carolina tinham o estatuto de “Áreas de Vigilância Especial”. Em 2001, pelo Decreto nº 39/2001
de 27 de Novembro, o Parque Nacional do Bazaruto foi alargado, passando a englobar as cinco
ilhas e recebendo a nova denominação de Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, com
uma área total de 1430 km².

No Parque Nacional do Bazaruto podem encontrar-se cerca de 164 espécies de aves, algumas
muito raras. O parque serve também de santuário a várias espécies marinhas, tais como espécies
de peixes, e baleias, raias-mantas, golfinhos, tartarugas-marinhas e dugongos. Quanto aos

10
dugongos, esta é a última população viável do Oceano Índico ocidental, estimada em 250
indivíduos.

5. Parque Nacional de Banhine

Localizado no distrito de Chigubo, na Província de Gaza, Banhine foi estabelecido como Parque
Nacional em 1973 com vista a garantir a sobrevivência da sua biodiversidade única. Os conflictos
dos anos 80 e princípios dos anos 90 dizimaram a maioria das populações de animais selvagens, e
a infraestructura limitada foi destruída. Em 2013, reconhecendo o facto de muitas comunidades
se terem reassentado no Parque, os limites foram alterados para facilitar a gestão da área como
um refúgio para a vida selvagem. Tem uma área de 7.250 km2.

Como parte da ACTFGL, o Banhine oferece safaris extensivos em viaturas do tipo 4×4,
incorporando os Parques Nacionais do Kruger e Limpopo. Existem tendas disponíveis para
visitantes (sem serviços de catering). As trilhas de caminhadas e escaladas, safaris, canoagem e
turismo cultural possuem potencial. (https://www.mta.gov.mz/parques/banhine/).

Os habitats naturais de Banhine são principalmente de paisagem de savana arenosa, floresta de


mopane, pradarias e terras húmidas, bem como floresta de simbirre.Um refúgio para o raro oribi,
grandes antílopes como cudu e nyala, porco-espinho e predadores como o leão, e a chita. Zebra,
gnus e girafas, que anteriormente percorriam a área terão de ser translocados. Banhine alberga
espécies raras de peixes (como killifish e lungfish). As terras húmidas suportam uma rica
avifauna e o parque é um importante ponto de passagem para aves migratórias.
(https://www.mta.gov.mz/parques/banhine/).

6. Parque Nacional de Zinave

O Parque Nacional do Zinave situa-se nos Distritos de Mabote e Govuro, na província de


Inhambane, cobrindo também uma pequena porção no distrito de Massangena na província de
Gaza. O Parque Nacional do Zinave tem uma área de 408,843 hectares e foi criado a 26 de Junho
de 1973. O Parque Nacional do Zinave tem cerca de 200 espécies arbóreas e 200 espécies de
gramíneas. (https://www.mta.gov.mz/conservacao/parques/).

Os animais que podem ser vistos incluem, elefante, girafa, hipopótamo, búfalo, impala, Cudo,
Inhala, oribi, chango, piva, boi-cavalo, zebra, porco-bravo, crocodilo, cabrito do mato e hiena.
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O Parque faz a transição entre as terras tropicais húmidas e as terras secas, sendo um importante
local de passagem para os mamíferos nómadas que atravessam a região do Limpopo.

7. Parque Nacional de Mágoè

Decretado Parque Nacional em 2013, a área foi anteriormente parte integrante do programa
comunitário Tchuma Tchato, uma iniciativa de maneio comunitário de recursos naturais,
incentivando aos residentes locais a agirem como guardiões da vida selvagem. Área de 3.558
Km2.

Predominantemente de floresta de mopane, com floresta ribeirinha e floresta de miombo. A


Albufeira de Cahora Bassa situa-se num desfiladeiro de verdadeira beleza. Um refúgio para a
palanca vermelha regionalmente ameaçada, o Parque também abriga outros grandes animais,
como elefantes, búfalos, hipopótamos, leões e leopardos. O habitat variado e a disponibilidade
permanente de água estimulam as 251 espécies de aves. A albufeira abriga os peixes tigre, vundu
e tilápia. (https://www.mta.gov.mz/parques/magoe/).

8. Parque Nacional do Maputo

O Parque Nacional de Maputo é uma área de conservação localizada no sul de Moçambique,


abrangendo uma área de cerca de 770 quilômetros quadrados ao longo da costa do Oceano
Índico. O parque é caracterizado por uma grande variedade de ecossistemas, incluindo
manguezais, florestas costeiras, savanas e lagoas interiores.
(http://www.maputonationalpark.org/).

A área é o lar de uma rica diversidade de vida selvagem, incluindo elefantes, leões, búfalos,
hipopótamos, crocodilos e uma grande variedade de aves e répteis. O parque é também uma área
importante para a conservação de tartarugas marinhas, com várias espécies visitando suas praias
para desovar. Os visitantes do parque podem desfrutar de uma variedade de atividades, incluindo
safáris em veículos 4x4, caminhadas, passeios de barco e observação de pássaros. Há também
opções de alojamento no parque, incluindo chalés e acampamentos, que oferecem uma
experiência única e autêntica de vida selvagem.

1.1.2. Principais Reservas de Moçambique


1. Reserva Nacional do Niassa
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Situada no norte de Moçambique, na província de Niassa, totalizando cerca de 1.430 Km 2, esta
reserva é uma das maiores áreas protegidas do país e uma das mais importantes para a
conservação da biodiversidade na África Austral e abriga uma grande variedade de espécies de
animais, incluindo elefantes, leopardos, búfalos e várias espécies de primatas. Também é um
importante centro de pesquisa para a conservação da biodiversidade. (MACIE & PIRES, 2014).

No entanto, a reserva enfrenta vários desafios, como a caça furtiva e a perda de habitat devido à
expansão da agricultura e da mineração.

2. Reserva Especial de Maputo

A Reserva Especial de Maputo é uma área de conservação costeira, que abriga uma grande
variedade de ecossistemas, incluindo mangais, estuários e praias. A reserva é conhecida por sua
biodiversidade marinha, que inclui tartarugas marinhas, golfinhos e várias espécies de peixes. No
entanto, a reserva enfrenta vários desafios, como a poluição, a pesca excessiva e a perda de
habitat devido à expansão urbana. (Ribeiro & Simões, 2015).

3. Reserva Especial de Marromeu

Localizada na província de Sofala nas planícies de inundação do rio Zambeze, no centro de


Moçambique, a Reserva Especial de Marromeu cobre uma área de cerca de 1.500 km², é uma das
áreas de conservação mais importantes de Moçambique para a proteção da biodiversidade e dos
recursos naturais. (Governo de Moçambique, 2018).

É uma área de conservação de grande importância para a conservação de espécies de animais


selvagens, especialmente os elefantes. A reserva abriga a maior população de elefantes do país,
bem como outras espécies, como búfalos, leões e antílopes. No entanto, a reserva enfrenta uma
série de desafios para sua conservação, incluindo a caça furtiva, a perda de habitat e a pesca
predatória. Além disso, a construção de represas na bacia do Zambeze, que limita a vazão do rio e
altera o ecossistema, tem um impacto significativo na reserva. (Governo de Moçambique, 2018).

4. Reserva Nacional de Gilé

A Reserva Nacional de Gilé está localizada na província de Zambézia, no centro de


Moçambiquecobre uma área de cerca de 4.000 km², e abriga uma grande variedade de

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ecossistemas, como florestas, savanas, rios e pântanos, e é importante para a conservação de
espécies de plantas endêmicas. (UNDP Mozambique, 2020).

A reserva é importante para a conservação de espécies de animais selvagens, como elefantes,


leões e antílopes, além de várias espécies de aves. No entanto, a região enfrenta desafios
significativos para sua conservação, incluindo a caça furtiva e a perda de habitat devido à
expansão da agricultura em áreas proximas. (UNDP Mozambique, 2020).

5. Reserva Nacional de Chimanimani

Localizada no centro de Moçambique, concretamente na província de Manica, fazendo fronteira


com o Zimbábue, abrange uma área de cerca de 7.500 hectares, a Reserva Nacional de
Chimanimani é uma área de conservação que abriga uma grande variedade de ecossistemas,
incluindo florestas, montanhas e rios. (IUCN, 2020).

A reserva é conhecida por sua beleza cênica e sua biodiversidade, que inclui espécies raras de
aves e primatas. A região também é importante para a conservação de espécies de plantas
endêmicas e tem uma rica história cultural e arqueológica, com vários sítios pré-históricos e
históricos na área. (MACIE & PIRES, 2014).

No entanto, a região enfrenta desafios como a caça furtiva, a perda de habitat e a exploração
ilegal de recursos naturais e é gerenciada pelo governo, com o apoio de organizações não
governamentais e comunidades locais.

6. Reserva Especial de Chitengo

Localizada na província de Manica, no centro de Moçambique, a Reserva Especial de Chitengo é


uma área de conservação que abriga uma grande variedade de ecossistemas, como florestas,
savanas e pântanos. A reserva é importante para a conservação de espécies de animais selvagens,
como elefantes, leões e antílopes. (Mozambique Travel, 2021).

A região também é conhecida por sua importância arqueológica, com vários sítios pré-históricos
e históricos sendo encontrados na área. No entanto, a região é gerenciada pelo governo, com o
apoio de organizações não governamentais e comunidades locais.

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É importante destacar que, apesar dos esforços de conservação em Moçambique, muitas dessas
áreas enfrentam desafios como a caça furtiva, a perda de habitat e conflitos entre comunidades
locais. (Mozambique Travel, 2021).

7. Reserva Nacional de Pomene

Localizada no sul de Moçambique, esta reserva nacional inclui uma área costeira de cerca de 500
km². É conhecida por suas belas praias, recifes de coral e vida marinha diversa, incluindo
tubarões, golfinhos, baleias e tartarugas marinhas.

8. Reserva Nacional do Lago Niassa

A Reserva do Lago Niassa é uma área de conservação localizada no extremo norte de


Moçambique, na fronteira com a Tanzânia e o Malawi. A reserva abrange uma área de cerca de
42.000 hectares, incluindo uma grande parte do Lago Niassa, também conhecido como Lago
Malawi. (https://turismode.mo.gov.mz/index.php/pt/onde-ir/reservas-naturais/lago-niassa).

O Lago Niassa é um dos maiores e mais profundos lagos do mundo, e é conhecido por sua rica
biodiversidade, com muitas espécies de peixes endêmicas encontradas apenas nessa área. A
reserva também inclui uma grande variedade de ecossistemas terrestres, incluindo florestas,
savanas e áreas de transição entre eles.
(https://turismode.mo.gov.mz/index.php/pt/onde-ir/reservas-naturais/lago-niassa).

A Reserva do Lago Niassa é o lar de uma grande variedade de vida selvagem, incluindo
elefantes, leões, leopardos, hienas, hipopótamos e crocodilos, bem como muitas espécies de aves
e peixes. Os visitantes podem desfrutar de atividades como safáris de carro, caminhadas, passeios
de barco e pesca, bem como experimentar a cultura e a vida cotidiana das comunidades locais.

Além das reservas descritas acima, destacam-se outras de menor relevância a mencionar: Reserva
Nacional de Mecuburi (Nampula), Reserva Especial de Malongane (Maputo), Área de
Conservação Comunitária de Nanatha (Sofala), Reserva Especial de Memba (Nampula), Reserva
Nacional de Cheringoma (Sofala), Reserva Especial de Machangulo (Maputo), Reserva Especial
de Quissanga (Cabo Delgado).

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1.2. Estratégias de preservação das áreas de conservação em Moçambique.

Moçambique possui uma grande diversidade de ecossistemas e espécies, o que torna a


conservação da biodiversidade uma prioridade para o país. Segundo o Governo de Moçambique,
Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, afirma que existem várias estratégias,
entre elas descreve algumas das estratégias utilizadas para a preservação das áreas de
conservação em Moçambique que incluem:

1. Criação de áreas protegidas.

A criação de áreas protegidas, como parques nacionais, reservas naturais e zonas tampão, é uma
das principais estratégias de conservação da biodiversidade em Moçambique. Essas áreas são
gerenciadas por instituições governamentais e organizações não governamentais (ONGs) e têm
como objetivo proteger a fauna, flora e ecossistemas naturais.

2. Envolver as comunidades locais

Envolver as comunidades locais no processo de conservação é fundamental para garantir a


sustentabilidade das áreas protegidas. As comunidades podem ser incentivadas a participar em
programas de turismo comunitário, agricultura sustentável e conservação da fauna e flora.

3. Monitoramento e aplicação da lei

O monitoramento das áreas protegidas é essencial para garantir a proteção da biodiversidade. O


patrulhamento e a aplicação da lei também são necessários para combater a caça ilegal, a pesca
ilegal e outras atividades prejudiciais à biodiversidade.

4. Educação Ambiental e sensibilização

Educar e sensibilizar as pessoas sobre a importância da conservação da biodiversidade é crucial


para a proteção das áreas de conservação em Moçambique. Isso pode ser feito por meio de
campanhas de mídia, programas educacionais em escolas e universidades e outras iniciativas.

5. Parcerias com organizações internacionais

Moçambique tem parcerias com diversas organizações internacionais, como a União


Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a Wildlife Conservation Society (WCS),
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que ajudam a implementar estratégias de conservação e fornecem recursos para a proteção da
biodiversidade no país.

Conclusão

As áreas de conservação em Moçambique desempenham um papel importante na proteção da rica


biodiversidade do país, que inclui espécies de plantas e animais endêmicos. Essas áreas são vitais
para a conservação dos ecossistemas naturais, além de serem essenciais para a manutenção da
segurança alimentar e do bem-estar das comunidades locais.

No entanto, a conservação efetiva dessas áreas enfrenta muitos desafios, incluindo a falta de
recursos financeiros, a pobreza das comunidades locais, a exploração ilegal de recursos naturais e
a falta de conscientização sobre a importância da conservação.

Para enfrentar esses desafios, é necessário adotar estratégias eficazes de conservação que
envolvam a colaboração entre as comunidades locais, o governo e organizações não-
governamentais. Algumas das estratégias que têm sido utilizadas com sucesso em Moçambique
incluem:

 Envolver as comunidades locais na gestão das áreas de conservação, oferecendo


incentivos financeiros e treinamento em atividades sustentáveis de subsistência.
 Estabelecer parcerias entre as autoridades governamentais e organizações não-
governamentais para a implementação de projetos de conservação.
 Promover a conscientização pública sobre a importância da conservação através da
educação, campanhas de sensibilização e atividades de divulgação.
 Fortalecer a aplicação da lei para combater a exploração ilegal de recursos naturais e
outras atividades que ameaçam as áreas de conservação.
 Desenvolver a pesquisa científica para obter informações sobre as áreas de conservação e
as espécies que abrigam, a fim de orientar a gestão e conservação dessas áreas.

Em resumo, a conservação das áreas naturais em Moçambique é essencial para a proteção da


biodiversidade, e para o bem-estar das comunidades locais. A implementação de estratégias de
conservação eficazes, incluindo a colaboração entre as partes interessadas, é fundamental para a
manutenção dessas áreas para as gerações futuras.
17
Bibliografia

 African Parks. (2021). Gilé National Reserve. Recuperado em 23 de março de 2023,


disponível em https://www.africanparks.org/the-parks/gilé-national-reserve;
 Carruthers, J. (2016). Gorongosa National Park: An Introduction. Gorongosa Restoration
Project. Disponível em: https://www.gorongosa.org/explore/gorongosa-national-park-
introduction;
 Convention on Biological Diversity (CBD). (2010). Relatório de País sobre o Estado da
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