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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

O Ciclo Hídrico (fases, fenómenos que ocorrem e influencia humana) e Classificação


da Gestão dos Recursos Hídricos

Iº Trabalho de Campo

Nome: Fermino António Namarocolo. Código: 708211164

Curso: Licenciatura em Gestão


Ambiental.
Disciplina: Gestão de Recursos
Hídricos
Ano de frequência: 3º
Turma: B.
Docente: Lazaro João Kangela

Nampula, Abril 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

O Ciclo Hídrico (fases, fenómenos que ocorrem e influencia humana) e


Classificação da Gestão dos Recursos Hídricos

Nampula, Maio 2023


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Análise e  Revisão
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nacional e
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internacionais
relevantes na área
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teóricos práticos
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Bibliográficas citações e citações/referência
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Índice

Introdução ................................................................................................................................... 5

Objectivos ................................................................................................................................... 6

Objectivo Geral........................................................................................................................... 6

Metodologia de Trabalho............................................................................................................ 6

1. Conceito de ciclo hidrológico ............................................................................................. 7

1.1. Classificação dos Recursos Hídricos ............................................................................... 9

1.1.1. Ecossistemas Totalmente Dependentes De Água Subterrânea .................................... 9

1.1.2. Ecossistemas muito dependentes de Água Subterrânea............................................... 9

1.1.3. Ecossistemas Parcialmente Dependentes de Água Subterrânea ................................ 10

1.1.4. Ecossistemas que utilizam de uma forma pontual ou oportunista a Água subterrânea
para a sua sobrevivência ........................................................................................................... 10

1.1.5. Ecossistemas Terrestres ............................................................................................. 10

1.1.6. Zonas Húmidas .......................................................................................................... 10

1.1.7. Ecossistemas Fluviais ................................................................................................ 11

1.2. Balanço hidrológico global............................................................................................ 11

1.3. Gestão Sustentável em Recursos Hídricos .................................................................... 12

Conclusão ................................................................................................................................. 13

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 14


Introdução

O presente trabalho aborda sobre o Ciclo Hídrico (fases, fenómenos que ocorrem e influencia
humana) e Classificação da Gestão dos Recursos Hídricos. No entanto, a gestão dos recursos
hídricos, diferencia-se em função das características políticas, económicas, sociais,
económicas e culturais da região considerada para sua aplicação. O Objectivo da gestão dos
recursos hídricos, sob o ponto de vista da melhoria da qualidade de vida, é aumentar a
disponibilidade e a qualidade da água para atender as funções essenciais e reduzir a demanda
no uso não essencial através da optimização dos processos de utilização.

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Objectivos

Objectivo Geral

 Conhecer a base à adequada gestão dos recursos hídricos nas suas múltiplas vertentes.
Objectivo específico

 Definir recursos hídricos;

 Classificar os recursos hídricos;

 Identificar os fenómenos que ocorrem e influencia humana.

Metodologia de Trabalho

Para a elaboração do presente trabalho recorreu-se ao método bibliográfico, pois fez-se o uso
de livros, módulos e manuais, que constituíram na concretização do trabalho final.
O método bibliográfico, consiste na recolha de informações relacionadas com o tema em
estudo, onde vão ser identificadas informações teóricas ligadas ao tema em estudo que
tornarão possível sua produção, e o uso da internet de forma a fundamentar cientificamente a
situação em causa.

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1. Conceito de ciclo hidrológico
De acordo com Righetto (1998), o ciclo hidrológico é o processo natural de evaporação,
condensação, precipitação, detenção e escoamento superficial, infiltração, percolação da água
no solo e nos aquíferos, escoamentos fluviais e interacções entre esses componentes.

O conceito de ciclo hidrológico está ligado ao movimento e à troca de água nos seus
diferentes estados físicos, que ocorre na Hidrosfera, entre os oceanos, as calotes de gelo, as
águas superficiais, as águas subterrâneas e a atmosfera. Este movimento permanente deve-se
ao Sol, que fornece a energia para elevar a água da superfície terrestre para a atmosfera
(evaporação), e à gravidade, que faz com que a água condensada se caia (precipitação) e
que, uma vez na superfície, circule através de linhas de água que se reúnem em rios até atingir
os oceanos (escoamento superficial) ou se infiltre nos solos e nas rochas, através dos seus
poros, fissuras e fraturas (escoamento subterrâneo). Nem toda a água precipitada alcança a
superfície terrestre, já que uma parte, na sua queda, pode ser interceptada pela vegetação e
volta a evaporar-se.

Segundo, Zimbres (2011, p.12), o ciclo da água, conhecido cientificamente como o ciclo
hidrológico, refere-se à troca contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do
solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas.

O ciclo pode-se visualizá-lo como tendo início com a evaporação da água dos oceanos. O
vapor resultante é transportado pelo movimento das massas de ar. Sob determinadas
condições, o vapor é condensado, formando as nuvens que por sua vez podem resultar em
precipitação. Esta precipitação que ocorre sobre a terra pode ser dispersa de várias formas. A
maior parte fica retida temporariamente no solo próximo onde caiu, que por sua vez, retorna à
atmosfera através da evaporação e transpiração das plantas. Uma parte da água que sobra
escoa sobre a superfície do solo ou para os rios, enquanto a outra parte penetra profundamente
no solo, abastecendo o lençol da água subterrâneo.

As principais variáveis hidrológicas consideradas no ciclo hidrológico são:

 E: evaporação (mm/d);
 q: umidade específica do ar em gramas de vapor d’ água por quilo de ar, ou g/kg;
 P: precipitação (mm);
 i: intensidade de chuva (mm/h);
 Q: deflúvio superficial ou vazão (m³/s);
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 f: taxa de infiltração (mm/h);
 ET: evapotranspiração (mm/d).

O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, é o movimento contínuo da água presente nos oceanos,
continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse movimento é alimentado pela força
da gravidade e pela energia do Sol, que provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos
continentes.

Na atmosfera, forma as nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações, na forma de


chuva, granizo, orvalho e neve.

Figura - Ciclo hidrológico (fonte: http://ga.water.usgs.gov/edu/watercycle.html).

O movimento permanente da água, em regime ininterrupto, no ciclo hidrológico é mantido


pela energia solar e pela energia gravítica. A quantidade total de água na Terra é constante e
aproxima-se dos 1400x1015 m3.
Destaca-se, ainda, os principais processos envolvidos no ciclo hidrológico (IST, 2018):
 Transferência de água da superfície da Terra para a atmosfera, por evaporação dos
oceanos, lagos, rios, solo, por sublimação do gelo e por transpiração dos animais e
plantas;
 Condensação parcial do vapor de água da atmosfera em nuvens e nevoeiros;
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 Transporte de vapor de água pela circulação atmosférica;
 Transferência de água da atmosfera para a superfície da Terra (líquida ou sólida);
 Infiltração e alimentação dos aquíferos;
 Retenção em lagos, glaciares e na vegetação;
 Escoamento à superfície dos continentes em direcção aos oceanos.
1.1.Classificação dos Recursos Hídricos

A água é encontrada em todos os corpos do sistema solar nas formas de vapor ou gelo. A
Terra, porém, é o único que possui água no estado líquido e em abundância. Ela representa
um recurso natural de valor económico, estratégico e social, além de ser um dos elementos
fundamentais para existência e bem-estar do homem e componente importantíssimo na
manutenção dos ecossistemas do planeta.

Apesar de, aparentemente, a Terra dispor de uma enorme quantidade de água, quase 97%
estão represadas nos mares e oceanos e cerca de 2% congeladas nas regiões polares. Apenas
1% da água doce está efectivamente disponível para o consumo humano, uso agrícola e
industrial. Ela se encontra em córregos, rios e lagos constituindo os recursos hídricos
superficiais, assim como nos interstícios do solo e subsolo, formando os recursos hídricos
subterrâneos. Estes últimos representam cerca de 97% do total de água doce existente no
planeta Terra.

Quanto ao grau de dependência, Hatton e Evans (1998) classificaram os ecossistemas nos


seguintes tipos:

1.1.1. Ecossistemas Totalmente Dependentes De Água Subterrânea

Comunidades onde apenas mudanças ligeiras daqueles atributos, abaixo ou acima de um valor
limite, podem provocar a sua morte.

São os casos de ecossistemas em ambiente cársico e vegetações ripárias ao longo de cursos de


água.

1.1.2. Ecossistemas muito dependentes de Água Subterrânea

Comunidades onde por efeito de alterações moderadas do caudal de descarga ou do nível


freático dos aquíferos, podem provocar uma modificação substancial na sua distribuição,
composição e biodiversidade. Tais ecossistemas utilizam de modo conjuntivo, quer água

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superficial quer água subterrânea, podendo eventualmente morrer se a fonte subterrânea
cessar.

1.1.3. Ecossistemas Parcialmente Dependentes de Água Subterrânea

Estes ecossistemas são caracterizados por existir, não um valor limite para a sua
sobrevivência, mas tão-somente um nível de resposta proporcional ao grau de modificação
dos valores dos atributos hidrogeológicos observados. Muitos dos ecossistemas dependentes
do caudal de base dos rios situam-se neste grupo particular.

1.1.4. Ecossistemas que utilizam de uma forma pontual ou oportunista a Água


subterrânea para a sua sobrevivência

Nestes casos a água subterrânea só desempenha um papel relevante no balanço hídrico normal
da estação seca ou durante uma seca extrema. São comunidades que podem tolerar uma
ausência do contributo subterrâneo, masque eventualmente colapsam se aquela situação se
prolongar por tempo excessivo.

1.1.5. Ecossistemas Terrestres

Esta classe de ecossistema integra habitats que têm um grau de dependência sazonal ou
episódico da água subterrânea contida em aquíferos recargados durante a estação húmida. Em
particular estes sistemas são particularmente sensíveis a alterações do nível freático
principalmente na zona da raiz das plantas. A água aí armazenada desempenha um papel
relevante já que cobrirá a proporção perdida por evaporação, durante o período em que o
conteúdo de humidade do solo é baixo. Para além do mais o fluxo de água deverá ser
suficiente para garantir a retenção por parte da vegetação e o ecossistema relativamente
tolerante ao grau de salinidade da água.

1.1.6. Zonas Húmidas

Esta classe de ecossistema é também sazonalmente dependente da água provinda dos


aquíferos ou de formações hidrogeológicas indiferenciadas Nestes ecossistemas o nível
freático nos aquíferos livres e o seu caudal de descarga deve ser adequado para assegurar o
estado de humidade requerido para manter um bom estado ecológico do sistema. Alterações
significativas do nível freático podem ter importantes efeitos negativos nas comunidades

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daqueles ecossistemas principalmente no que se refere a prolongadas subidas ou descidas
daquele.

1.1.7. Ecossistemas Fluviais

Nesta categoria incluem-se os ecossistemas aquáticos e ripários dependentes da água


subterrânea provinda dos caudais de base dos cursos de água, com maior ou menor dimensão,
localizados em especial em zonas áridas ou semiáridas. A sua sobrevivência depende quase na
totalidade da água subterrânea fornecida pelo aquífero, especialmente durante a estação seca.

O ambiente geológico condiciona significativamente as trocas de água entre os sistemas


superficial e subterrâneo. É o caso dos aquíferos porosos de características aluvionares,
caracterizados por elevados valores de coeficiente de armazenamento e de transmissividade, e
as formações hidrogeológicas fissuradas, em que o factor armazenamento é reduzido e a
circulação se processa por caminhos preferenciais. Os processos que ocorrem na zona
hiporreica são, regra geral, complexos, de natureza hidráulica, geoquímica e biológica,
envolvendo tempos de resposta diferentes às solicitações exteriores e composições químicas
também diferentes das águas.

1.2.Balanço hidrológico global


Porto & Filho, (2005) afirmam que devido ao fato de que a quantidade total de água
disponível na Terra é finita e indestrutível, podemos olhar para o ciclo hidrológico global
como sendo um sistema fechado. Uma versão mais generalizada do balanço hídrico poderá
explicar os vários componentes de um ciclo hidrológico e fornecer uma visão de técnicas de
resolução de problemas em regiões hidrológicas complexas.
Anualmente é mobilizado um total (aproximado) de 624 000 km3 de água, promovido pelo
ciclo hidrológico.
As grandezas hidrológicas nos diferentes intervalos de tempo a que se podem referir são
expressas frequentemente em alturas de água (H) uniformemente distribuídas sobre a
projecção horizontal das áreas (A) a que os volumes (V) daquelas grandezas se referem. O
facto de se exprimir a generalidade das grandezas hidrológicas em termos das alturas de água
que lhes correspondem tem a vantagem de oferecer uma avaliação física mais perceptível,
tornando mais facilmente apreensível a informação transmitida (IST, 2018).

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1.3. Gestão Sustentável em Recursos Hídricos

Segundo Leal (1998), a gestão sustentável dos recursos hídricos passa necessariamente por
considerar um novo modelo de desenvolvimento incorporando ao conceito de meio ambiente
a ideia do homem inserido no mesmo, além do próprio meio físico. È necessário entender que
os meios físicos e socioeconómicos são fontes de recursos que dão suporte as actividades
humanas e ao mesmo tempo são por elas impactados.

A abundância e a carência da água tem sido factor determinante da evolução dos povos, desde que
a disponibilidade hídrica excedentes, em certas regiões, tem favorecimento ao florescimento de
civilizações e em outras, que apresentam deficit hídrico representa um grande condicionador ao
desenvolvimento das regiões inseridas nestas condições hidrológicas.

O desenvolvimento de uma sociedade tem como base de sustentação os seus recursos naturais e
estes são impactados pelo tipo e grau de desenvolvimento adoptado. Portanto existe um forte
interacção entre os meios económicos e físicos.

Segundo Sachs (1992) devem ser observadas cinco dimensões na sustentabilidade:


económica, social, ecológica, espacial e cultural. De acordo com o referido pesquisador a
sustentabilidade económica defende o gerenciamento e uma alocação mais eficiente dos
recursos, levando em conta critérios macrossociais e não somente microempresariais. A
dimensão social requer uma nova visão de crescimento, tendo como meta a distribuição
equitativa dos bens de modo a reduzir a desigualdade social.

No que se refere a dimensão ecológica pressupõe que seja respeitado a capacidade de suporte
e regeneração dos ecossistemas. A sustentabilidade espacial envolve uma política de gestão
territorial que estimule uma distribuição mais balanceada da ocupação dos espaços urbanos e
rurais. Em relação a sustentabilidade cultural busca-se a preservação da identidade cultural
das comunidades, aproveitando o conhecimento e a sabedoria, no estabelecimento dos
padrões de consumo.

Um adequado modelo de gestão dos recursos hídricos deve considerar a bacia hidrográfica como
unidade de gestão territorial, pelas suas inter-relações de dependência entre os fenómenos físicos
que nela ocorrem em toda a sua extensão.

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Conclusão

Chegado a esta parte pode concluir-se que, o ciclo hidrológico é a sequência fechada dos
processos envolvidos no movimento contínuo da água entre a Terra e a atmosfera. Os recursos
hídricos têm uma grande interacção com os demais componentes do meio ambiente,
principalmente, em relação a ocupação do uso do solo; uso urbano, com lançamento de
esgoto, deposição do lixo, captação para abastecimento e impermeabilização do solo; o uso
industrial, como lançamentos de poluentes e captações; uso rural, como irrigação,
carreamento de sedimentos, erosão de encostas e assoreamento dos cursos d água; os
aproveitamentos minerais, dentre outros

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Referências Bibliográficas

IST. (2018). Hidrologia e Recursos Hídricos. Ciclo hidrológico - distribuição global da


água. Lisboa: IST.
Porto, R. L., & Filho, K. Z. (2005). PHD 2307 - Hidrologia Aplicada. São Paulo: Escola
Politécnica da USP.
Tundisi, J.G (2001). Limnologia e gerenciamento integrado de recursos hídricos. Avanços
conceituais e metodológicos" Ciência e Ambiente.
Leal, M. S (1998). Gestão Ambiental dos Recursos Hídricos – Princípios e Aplicações.
Zimbres, E (2011). Ciclo Hidrológico. Meio ambiente.pro.br. Consultado em 20 de
Marco de 2023.

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