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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Administração Pública

OS PARADIGMAS DO PROCESSO EDUCATIVO E A ESTRUTURAÇÃO LÓGICA DE


UM TRABALHO DE PESQUISA CIENTÍFICA

Nome: Alberto Bernardo Buanalindo, código: 96230690

Lichinga, Março de 2023


1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Metodologia de Investigação Científica irá de forma


preocupada debruçar-se em torno dos paradigmas do processo educativo e a estruturação lógica
de um trabalho de pesquisa científica.

A universidade, na sua essência, assume o papel de construtora de conhecimento, na sua tríade


de ensino, pesquisa e extensão. A pesquisa deve ser entendida como a produção de conhecimento
por uma comunidade de investigação, a extensão é a forma de a universidade prestar serviços à
comunidade, oferecendo cursos e actividades diversas, o ensino é em geral compreendido como
um momento em que, o aluno, numa postura activa e reflexiva desenvolve o seu conhecimento
com a orientação do professor.
1.1. Objectivos
 Diferenciar o paradigma padrão do reflexivo no processo educativo;
 Identificar os elementos de um trabalho de investigação científica;
 Caracterizar cada elemento de um trabalho de investigação científica.
1.2. Metodologia

Para a materialização deste trabalho, usou-se o método bibliográfico. Na pesquisa bibliográfica


são utilizados livros, artigos científicos de onde serão subtraídos os conceitos para ilustração do
trabalho, isso porque a pesquisa bibliográfica tem o objectivo de conhecer as diferentes
contribuições científicas sobre um determinado tema. A Pesquisa bibliográfica é desenvolvida
com base em material já elaborado.

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2. OS PARADIGMAS DO PROCESSO EDUCATIVO

Segundo Mattar (2008, p. 100), a experiência da universidade é uma das mais marcantes na vida
de um ser humano. O estudante passa, durante o período em que está cursando a universidade,
por diversas mudanças, como mudanças de aprendizado e cognitivas, de atitudes e valores,
psicológicos e sociais, além do desenvolvimento moral.

Deste modo, a universidade, na sua essência, assume o papel de construtora de conhecimento, na


sua tríade de ensino, pesquisa e extensão.

No entanto, a forma de «transmissão» de conhecimento muda, na universidade. Não se trata mais


de um processo em que o aluno, numa atitude passiva do estudante deve simplesmente absorver,
simplesmente, as informações transmitidas pelo professor. No ensino universitário, o professor é
visto como orientador de estudo, e do aluno universitário se espera uma postura activa e
reflexiva.

Para Mattar (2008, p. 101), os paradigmas podem ser padrão e reflexivo.

2.1. Paradigma padrão:


 A educação consiste na transmissão de conhecimentos daqueles que sabem para aqueles
que não sabem;
 O professor desempenha um papel de autoridade no processo de ensino;
 Nosso conhecimento do mundo é inequívoco, explicável e não ambíguo;
 Os alunos adquirem conhecimentos por intermédio da absorção de informações e dados
sobre assuntos específicos; uma mente bem-educativa é uma mente bem estruturada.
 Os conhecimentos são distribuídos entre as disciplinas não coincidentes e que juntas
completam o universo a ser conhecido.
2.2. Paradigma reflexivo:
 A educação é o resultado da participação em uma comunidade de investigação orientada
pelo professor;
 O professor está pronto a admitir erros, numa postura de falibilidade;
 Os alunos são estimulados a pensar sobre o mundo quando o nosso conhecimento a seu
respeito revela-se ambíguo, equívoco e inexplicável;

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 Os alunos pensam e reflectem, desenvolvendo cada vez mais o uso da razão, assim como
a capacidade de serem criteriosos;
 As disciplinas em que ocorrem questionamentos não são coincidentes nem completas, e
suas relações com os temas são bastantes problemáticas.

A diferença de fundo entre o ensino universitário e o ensino nos níveis inferiores reside nesta
triple função da universidade e na forma como o aluno desenvolve o seu conhecimento.
Enquanto nos níveis inferiores, predomina o paradigma padrão, na universidade deve predominar
o paradigma reflexivo, onde professor é visto como orientador de estudo, e do aluno universitário
se espera uma postura activa e reflexiva.

3. A ESTRUTURAÇÃO LÓGICA DE UM TRABALHO DE PESQUISA CIENTÍFICA

Segundo Sérgio Artur (2011), os trabalhos acadêmicos como monografias, dissertações e teses,
relatórios, seguem estrutura mais ou menos homogênea, com pequenas variações:

3.1. Elementos pré-textuais

Capa (obrigatório), é o elemento que deve constar entre as páginas introdutórias somente
quando a cobertura do conteúdo for transparente. A Capa é, necessariamente, o elemento
externo, para identificação do trabalho.

A capa contém:

a) Nome do autor (na margem superior);


b) Título do trabalho (mais ou menos centralizado na folha);
c) Instituição onde o trabalho foi executado (na margem inferior);
d) Cidade e ano de conclusão do trabalho (na margem inferior).

Folha-de-rosto (obrigatório) - deve conter: As mesmas informações contidas na capa, as


informações essenciais da origem do trabalho;

Errata (opcional) – onde aparecem as correções descobertas após a impressão do trabalho;

Folha de aprovação (obrigatória) – é o local onde o examinador assina e coloca a data de


avaliação do trabalho;

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Dedicatória (opcional) - tem a finalidade de oferecer o trabalho a alguém como homenagem de
gratidão especial. Este item é dispensável, mas usual. São preferíveis as mais formais;

Agradecimentos (opcional) - manifestação de gratidão àqueles que contribuíram na elaboração


do trabalho. É outro item dispensável e usual, a formalidade aqui é também recomendada;

Epígrafe (opcional) - citação de um pensamento que, de certa forma, embasou ou inspirou o


trabalho. Pode ocorrer, também, no início de cada capítulo ou partes principais;

Índices (obrigatórios): de figuras, mapas, tabelas, gráficos, fotografias;

Lista de abreviaturas (obrigatória) – contém todas as siglas e abreviaturas utilizadas no texto;

Resumo (obrigatório) - tem por objectivo dar visão rápida do conteúdo ao leitor, para que ele
possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Deve ser totalmente fiel ao
trabalho e não pode conter nenhuma informação que não conste do texto integral.

3.2. Elementos textuais

Conjunto de palavras e frases articuladas, escritas sobre qualquer suporte. É a parte em que todo
o trabalho de pesquisa é apresentado e desenvolvido; deve expor raciocínio lógico, ser bem
estruturado, fazer uso de linguagem simples, clara e objectiva.

Introdução - apresenta o tema e indica aos leitores a linha do trabalho, sua motivação e o plano
da obra, com alguns elementos das conclusões alcançadas; menciona a importância do trabalho e
justifica contextual e pessoalmente a necessidade da realização do empreendimento. A
introdução deve ambientar o leitor. Cita fatos históricos importantes e trabalhos clássicos.

Desenvolvimento - varia muito conforme o tipo do trabalho. Em pesquisas experimentais é


comum subdividir essa parte em revisão da literatura, metodologia, resultados e discussão.
Entretanto, em pesquisas qualitativas, muitas vezes essa estrutura não é adequada. Em qualquer
tipo de pesquisa é importante apresentar os trabalhos realizados por outros pesquisadores.

Conclusão - conclusões ou recomendações apresentam, objetivamente, o desfecho do trabalho a


partir dos resultados. É sempre importante apresentá-las de maneira relativa.

Colocam-se lado a lado os objetivos e as conclusões, assegurando-se que não tenham sido
citadas conclusões que não foram objetivos do trabalho.

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3.3. Elementos pós-textuais

Referências bibliográficas (obrigatória) – onde constam todas as obras citadas no texto;

Apêndice (opcional) – conjunto de texto e documentos que ajudam no entendimento do trabalho,


mas que são de autoria do pesquisador;

Anexos (opcional) – conjunto de textos e documentos que auxiliam no entendimento do trabalho,


mas que não são da autoria do pesquisador.

Glossário (opcional) - explicação dos termos técnicos, verbetes ou expressões que constem do
texto ou que o complementem. Elemento facultativo, a ser inserido de acordo com necessidade, é
uma lista em ordem alfabética de palavras especiais, de sentido pouco conhecido, obscuro ou de
uso muito restrito, ou palavras em língua estrangeira acompanhadas de suas respectivas
definições.

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4. Referências Bibliográficas

ARTUR, Sérgio Daniel. Metodologia de Investigação Científica. UCM, 2011.

MATTAR, João. Metodologia de Científica, na era da Informática. 9ª. Ed. Saraiva: São Paulo,
2008

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