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Organizador:
Prof. Lucio Flávio Ferreira Costa – Unimontes
Montes Claros – 2022
EMENTA
Conceito e concepção de ciência. Processo de produção de conhecimento científico. Conceituação de
“Metodologia Científica”. Discussão das principais linhas de reflexão epistemológica nas Ciências
Sociais. A problematização teórica e empírica de um objeto de estudos. Procedimentos para a
produção de textos científicos. A pesquisa bibliográfica: procedimentos de leitura e análise crítica do
material coletado. Estrutura do trabalho científico: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Normalização e modelos para: referências bibliográficas, citações, notas de rodapé, abreviaturas,
anexos, índices, listas, sumário, capa, folha de rosto, tabelas, etc. Tipos de comunicação científica:
seminário, workshop, resenha, resumo, artigo, monografia, dissertação, relatório. Uso da tecnologia
informacional na comunicação científica.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. UNIDADE – O Conceito e concepção de ciência. Processo de produção de conhecimento
científico.
1.1. Conhecimento: senso comum, Artísitico, filosófico, teológico ou científico.
1.2. Conceitos de método e metodologia
1.3. Epistemologia - Filosofia da Ciência
1.4. A natureza do conhecimento científico: modernidade e contemporaneidade
1.5. Racionalismo, empirismo e Interacionismo: relação sujeito e objeto
2. UNIDADE – O Discussão das principais linhas de reflexão epistemológica nas Ciências Sociais. A
problematização teórica e empírica de um objeto de estudos.
2.1. Para além do racionalismo e empirismo
2.2. A emergência das ciências humanas: tendências metodológicas no século XIX
2.3. Positivismo, materialismo histórico-dialético
2.4. Tendências metodológicas no século XX
2.5. A especificidade dos “objetos” das ciências sociais
2.6. O caráter “pluriparadigmático” das ciências sociais
2.7. Formação histórica das noções de “indivíduo” e de “sociedade”
2.8. A metodologia na contextualização sócio-histórica do surgimento das Ciências Sociais
3. UNIDADE – O Procedimentos para a produção de textos científicos.
3.1. A pesquisa bibliográfica
3.2. Procedimentos de leitura e análise crítica do material coletado
3.3. Fichamentos e resumos – documentação.
4. UNIDADE – Estrutura do trabalho científico: introdução, desenvolvimento e conclusão.
4.1. Uso da tecnologia informacional na comunicação científica.
4.2. Normalização e modelos aplicáveis aos diversos tipos de trabalhos científicos
4.3. Estrutura do trabalho científico.
4.4. O texto, itens preliminares, itens complementares.
4.5. Sumário;
1
4.6. Numeração progressiva nas seções de um documento;
4.7. Índices e listas
4.8. Ilustrações, tabelas, quadros, mapas, gráficos.
4.9. Numerais, abreviaturas e siglas;
4.10. Notas de rodapé;
4.11. Citações;
4.12. Referências bibliográficas.
4.13. Anexos
5. UNIDADE – Os tipos de comunicação científica / modalidades de trabalho científico
5.1. Seminários, simpósios, congressos, workshops e similares.
5.2. Comunicação, ensaio, resumo e resenha.
5.3. Artigo, monografia, dissertação, tese, relatório de pesquisa e/ou técnico-científico
5.4. Memorial e relato de experiência,
5.5. Projeto de pesquisa, projeto de intervenção
5.6. Relatório de estágio Supervisionado
APRESENTAÇÃO
Esta disciplina é muito importante para a formação do acadêmico. Observando os
detalhes do conteúdo programático percebemos que o mesmo está organizado em dois grandes
eixos. O primeiro trata da contextualização do surgimento e consolidação da ciência, além do
conhecimento e da pesquisa em Ciências Sociais. O segundo trata das técnicas e
procedimentos, das orientações e das normas da metodologia científica.
Esta apostila, da forma como está organizada, busca problematizar as questões do
conhecimento e da ciência ao mesmo tempo em que propõe a prática científica. Serve como
instrumento de problematização teórico-conceitual e de manual de elaboração de trabalhos
científicos.
Aos alunos recomendamos que esta apostila cumpre o objetivo de orientá-los
quanto às exigências específicas aos seus estudos acadêmicos, e desta forma encontrarão aqui
uma razoável fonte de consulta.
Cumpre-nos registrar que os textos referentes a vários tópicos do conteúdo
programático assim como exemplos de textos científicos encontram-se organizados em seção
especial da apostila. Isto se deve à opção de manter a parte técnica concentrada, de forma a
facilitar a consulta pelo aluno no estilo manual para normalização da produção técnico-
científica.
2
aprendizagem de forma a complementar o processo.
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Os itens essenciais - Vários elementos constituem um projeto de pesquisa, a
depender da orientação seguida pela instituição que o recebe. Por exemplo: Capes, CNPq,
Fapemig, Fapesp, Unimontes, etc. Os aqui apresentados são os mais comuns, conquanto possa
haver discrepância na terminologia dos modelos conforme o aluno poderá verificar em diversos
livros que orientam a elaboração de projetos.
Os projetos de pesquisa, pela sua natureza científica, diferem dos demais projetos;
por esta razão pretende-se enfocar de forma simples e sucinta orientações para elaboração
desses projetos, para auxiliar àqueles que se iniciam na pesquisa científica.
Projeto de Pesquisa* Projeto de pesquisa**
- [Capa] - [Capa]
- Folha de rosto - [Folha de rosto]
- Sumário - [Sumário]
- Listas [figuras, tabelas, siglas, - [Listas - figuras, tabelas, siglas,símbolos,
símbolos, anexos, abreviaturas] anexos, abreviaturas]
- Introdução - ASSUNTO OU PROBLEMA: Delimitação,
- Objetivos Justificativa, Relevância Científica,
- Justificativa Relevância Social, Interesse, Viabilidade.
- Formulação do problema - QUADRO TEÓRICO-METODOLÓGICO
- Hipóteses - AS FONTES: Natureza (geral), Classificação,
- Definições conceituais Fontes Primárias, Fontes Secundárias,
- Definição das variáveis Localização (e modos de acesso).
- Definição da área física - PROCEDIMENTOS: Etapas gerais,
- Definição do campo teórico Problemas, Problema Central, Problemas
- Metodologia (caracterização do Corolários, Hipóteses, Hipótese Central,
universo, plano de amostragem, Hipóteses Corolárias, Coleta de Dados,
coleta de dados, apuração e Abordagem, Natureza (geral), Especificação
análise e dos dados, apuração (particular), Organização do Material.
dos resultados) - LIMITAÇÕES
- Cronograma de atividades - PLANEJAMENTO OPERACIONAL:
- Recursos necessários (humanos, Recursos Técnicos (necessários), Previsão de
materiais e financeiros) custos, Cronograma.
- Anexos - PLANO PRELIMINAR
- [Referências Bibliográficas] - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Obs.: Os itens em itálico entre [ ] são acréscimos nossos.
Fonte: (*) França, 1999:42; (**) Azevedo, 1995: 41
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O projeto e o trabalho científico - monografia
TRABALHO CIENTÍFICO -
PROJETO
MONOGRAFIA
Capa Capa
Folha de rosto Folhas: de rosto, aprovação, epígrafe,
dedicatória, agradecimentos,
Sumário Sumário
Listas – Figuras, tabelas, quadros, etc. Listas – Figuras, tabelas, quadros, etc.
Resumo Resumo
I – Introdução – Breve apresentação de todo I – Introdução – Breve apresentação de toda a
o projeto (contendo assunto ou tema, área do monografia (contendo assunto ou tema, área
conhecimento, o interesse e a viabilidade, do conhecimento, o interesse e a viabilidade,
objetivos, etc.) procedimentos adotados no desenvolvimento
da pesquisa, etc.)
II – Revisão da produção bibliográfica já II – Revisão da produção bibliográfica já
acumulada sobre o tema – Estudo acumulada sobre o tema – idem
bibliográfico sobre o tema, as contribuições
científicas específicas do tema selecionado.
III – Definição do problema – Prende-se ao III – Definição do problema – Recuperando o
tema proposto, define a pergunta / questão de tema que foi proposto esclarece de que forma
pesquisa. Discute a relevância e/ou a questão norteou o processo de pesquisa
justificativa da pesquisa. científica. Segue-se
IV - Objetivos da pesquisa • Objetivos da pesquisa
V - Hipóteses • As Hipóteses
VI – Metodologia – Procedimentos da IV – Metodologia – Descrição dos
pesquisa, descrição da metodologia e procedimentos utilizados na pesquisa,
procedimentos de análise. descrição da metodologia.
VII – Cronograma de atividades V – Análise dos dados ou Resultados da
pesquisa
VIII – Recursos necessários VI- Conclusão
IX – Anexos VII – Referências bibliográficas
X – Referências bibliográficas VIII – Anexos
Exemplo de Cronograma
Novembro
Dezembro
Setembro
Fevereiro
Cronograma
Outubro
Agosto
Março
Junho
Julho
Maio
Abril
Levantamento bibliográfico X X X X X X X
Pressupostos teóricos X X X X X X
Procedimentos da pesquisa X X X X
Procedimentos da Análise X X X X X
Conclusão X X X
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Digitação e revisão X X
Apresentação – Defesa X
Entrega Final X
1
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. 2.ª ed. São Paulo: Atlas, 1990. P. 205.
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etapa seguinte é o levantamento bibliográfico, que tem por objetivo situar o pesquisador quanto
ao assunto escolhido, através da revisão de literatura, onde ele passa a ter conhecimento de
outros trabalhos já publicados na área. Para tanto, são utilizadas obras de referência, catálogos
de bibliotecas, índices de periódicos, bases de dados nacionais e internacionais, redes
eletrônicas de comunicação, enfim, todas as fontes disponíveis para se ter acesso à informação
desejada. Feito o levantamento, será necessário obter o material para leitura.
Obtido o material, deve-se efetuar uma leitura cuidadosa anotando-se tudo que se
considerar relevante para o trabalho, e sobretudo a referência bibliográfica (autor, título, local
de publicação, editora e data); no caso de fazer citações de trechos dos trabalhos consultados,
lembrar-se de anotar a paginação correspondente. Caso o levantamento tenha sido muito
exaustivo e resultado em um número excessivo de textos, deve-se dar prioridade aos que
abordam o tema escolhido de forma mais direta. Esses cuidados com a leitura organizada do
material irão economizar tempo futuro e dará mais segurança no momento de se redigir o
trabalho.
O pesquisador deve saber que alguns capítulos desenvolvidos durante a fase do
projeto de pesquisa serão úteis ou até mesmo poderão ser reproduzidos integralmente no
trabalho científico quer seja este monografia, dissertação ou tese. Estes trabalhos são também
relatórios de pesquisa de graduação, especialização, mestrado e doutorado. Sendo portanto
exigidos para obtenção de graus, como a dissertação de mestrado e a tese de doutorado. Para a
conclusão de cursos de especialização, ou mesmo de graduação, é comum a apresentação de
trabalhos acadêmicos muitas vezes chamados simplesmente de monografias. Considera-se
também como monografia a redação de memorial, exigido para a progressão na carreira
docente universitária.
É preciso deixar claro que tanto a dissertação quanto a tese são modalidades de
monografias científicas que obedecem às mesmas regras formais, mas se diferenciam quanto à
finalidade. Assim, ambas, enquanto monografias, são estudos de um tema específico e bem
delimitado a fim de que este possa ser tratado sistematicamente em profundidade, por escrito.
A diferença é que a dissertação é um estudo científico recapitulativo com a finalidade de
reunir, analisar e interpretar as informações coletadas a respeito do tema escolhido. Tem por
finalidade sistematizar os argumentos, as razões, os fatos, as idéias e as opiniões para que
sejam conhecidos todos os aspectos coincidentes e divergentes de assuntos pouco explorados
ou discutíveis e que podem até consubstanciar um conceito ou uma teoria. A tese é um estudo
científico original com a finalidade de pesquisar histórica, filosófica e/ou experimentalmente
um tema para convencer, que se trata de uma contribuição inédita ou de uma nova
consideração a respeito de um assunto já conhecido.
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Itens Argumentação Itens
Preliminares complementares
- capa MODELO IDC - referências
- folha de rosto - Introdução (primeiro capítulo) bibliográficas
- folha de aprovação - Desenvolvimento (diversos capítulos) - anexos ou
- epígrafe - Conclusão (último capítulo) apêndices
- dedicatória - índice
- agradecimentos MODELO IRMRDC - glossário
- sumário - Introdução
- lista de figuras - Revisão de literatura
- lista de tabelas - Materiais e métodos
- lista de siglas - Resultados
- lista de anexos - Discussão
- lista de abreviaturas - Conclusão
- resumo
Obs.: Os itens sublinhados são utilizáveis se for o caso.
Fonte: Azevedo, 1995: 51.
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- Resultados e discussão
Este item visa discutir, confirmar ou negar hipóteses e/ou confirmar resultados da
pesquisa indicados anteriormente na introdução. Expõe de forma detalhada, racional, objetiva e
clara o resultado da pesquisa, permitindo ao leitor completa assimilação da investigação
realizada. Dependendo do estilo do autor ou da necessidade, o item "discussão" pode ser
apresentado separadamente dos resultados;
- CONCLUSÃO
É a parte fina do trabalho e deve incluir, antes de tudo, uma resposta para a
problemática do tema proposto na introdução. É uma decorrência lógica e natural de tudo que a
precede. Deve ser breve, conciso e referir-se às hipóteses levantadas e discutidas
anteriormente. O autor pode expor seu ponto de vista pessoal com base nos resultados que
avaliou e interpretou. Esse item pode incluir também recomendações e/ou sugestões de outras
pesquisas na área;
- Referências bibliográficas
Relação das fontes utilizadas pelo autor. Ver instruções sobre a normalização e
apresentação das referências.
- Anexos e/ou apêndices
Constituindo-se de material complementar ao texto, devem ser incluídos somente
quando imprescindíveis à sua compreensão;
RECOMENDAÇÕES:
- ilustrações (gráficos, mapas, gravuras, fotografias, tabelas e outras) objetivam
complementar o texto, explicando e simplificando seu entendimento. Devem
localizar-se tão perto quanto possível do lugar onde são mencionadas no texto;
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a) cabeçalho – Inclui os seguintes elementos:
- classificação: os artigos devem ser classificados por assunto, recomendando-se a
CDU (Classificação Decimal Universal) com o objetivo de facilitar sua difusão
em nível internacional. Localiza-se na margem superior direita da página;
- título do artigo: deve ser claro e objetivo, podendo ser completado por um
subtítulo. Deve ser escrito na mesma língua do texto, seguido de versões para
outros idiomas, quando for de interesse da revista. Evitar abreviaturas,
parênteses e fórmulas que dificultem a compreensão do conteúdo do artigo.
Quando se tratar de uma tradução, o(s) nome(s) do(s) tradutor (es) e o título
original do trabalho devem constar em nota de rodapé;
- nome do autor e colaborador (es): deve-se indicar o nome por extenso, depois do
título; suas credenciais (referentes ao assunto do artigo) serão indicadas em nota
de rodapé;
b) resumo – Um resumo de conteúdo, deve-se localizar antes do texto, se escrito
na língua deste; e após o texto, se redigido em outros idiomas, de acordo com as normas da
revista;
c) palavras-chave – Algumas publicações solicitam dos autores a indicação de
palavras significativas do conteúdo do artigo, para facilitar a elaboração posterior de um índice
de assunto;
d) notas – Devem ser reduzidas ao mínimo e colocadas em rodapé. A primeira
página do artigo poderá conter as seguintes notas: data em que o artigo foi recebido para
publicação (importante quando se tem necessidade de provar a originalidade de uma idéia ou
descoberta), qualificações, títulos ou credenciais do(s) autor(es), e vínculo institucional;
e) texto – o texto de artigo de publicação periódica, como qualquer outro trabalho
científico, divide-se basicamente em três partes: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão
(a estrutura intelectual e gráfica do artigo assemelha-se àquela apresentada no item
monografia, dissertação e tese)
- Introdução - Exposição breve do tema tratado, apresentando-o de maneira geral
e relacionando a literatura consultada com o assunto do artigo.
- Revisão de literatura - Pode ser incluída na introdução ou apresentada se-
paradamente. Deve citar textos que tenham embasado o desenvolvimento do
trabalho.
- Desenvolvimento - Núcleo do trabalho onde o autor expõe, explica e demonstra
o assunto em todos os seus aspectos. Para relatos de pesquisa, o artigo pode
apresentar a seguinte subdivisão:
- Material e métodos (Metodologia) - Descrição do material e dos métodos para
o desenvolvimento da pesquisa e indicação breve das técnicas e processos
utilizados na investigação.
- Resultados e discussão - Este item visa discutir, confirmar ou negar hipóteses
e/ou confirmar resultados da pesquisa indicados anteriormente na introdução.
Expõe de forma detalhada, racional, objetiva e clara o resultado da pesquisa,
permitindo ao leitor completa assimilação da investigação realizada.
Dependendo do estilo do autor ou da necessidade, o item "discussão" pode ser
apresentado separadamente dos resultados;
- Conclusão - É a parte fina do trabalho e deve incluir, antes de tudo, uma
resposta para a problemática do tema proposto na introdução.
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f) agradecimentos - Localiza-se logo em seguida ao texto, precedendo as
referências bibliográficas;
g) anexos e/ou apêndices - Constituindo-se de material complementar ao texto,
devem ser incluídos somente quando imprescindíveis à sua compreensão;
h) referências bibliográficas – Relação das fontes utilizadas pelo autor. Ver
instruções sobre a normalização e apresentação das referências.
RECOMENDAÇÕES:
- ilustrações (gráficos, mapas, gravuras, fotografias, tabelas e outras) objetivam
complementar o texto, explicando e simplificando seu entendimento. Devem
localizar-se tão perto quanto possível do lugar onde são mencionadas no texto
e/ou em anexos quando se tratar de bases de dados complementares ou muito
extensos;
- artigos publicados em partes, em dois ou mais fascículos, devem conter as
palavras "continua", no fim do texto publicado, "continuação", depois do título
do texto subseqüente, e “fim", depois do título da última parte. Pode-se também
optar pelo acréscimo ao título do número de cada parte, devendo a última ser
indicada. Os artigos devem começar no alto da página, preferencialmente ímpar;
- deve-se evitar a fragmentação de um artigo longo em diversas partes no mesmo
fascículo.
A Resenha
Ao escrever seu texto, seja uma resenha ou uma revisão bibliográfica, tenha em mente o
espaço delimitado, os objetivos propostos e o público-alvo. Com isto claro, faça um esboço ou
roteiro do que vai escrever.
Em linhas gerais, a análise pode ser feita em três momentos. Neles, você apontará os
problemas, falará da relação proposta/ realização, revelará aspectos relevantes e crítica do
texto.
- Estabeleça a suspeita. Duvide da validade daquilo que o autor diz. Verifique se
os fatos que ele conta são verdadeiros; pergunte se as conceituações feitas
correspondem ao objeto investigado; indague se são válidas as respostas dadas
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pelo autor aos problemas levantados.
- Compare as argumentações do autor com outros autores. Isto é imprescindível,
para que sua crítica tenha fundamento e não seja um mero eu-achismo. A sua
opinião é importante, mas você não deve refutar um equívoco com outro
equívoco.
- Critique o tratamento dado: há documentação? Há objetividade? Há clareza?
- Critique a organização do material. Às vezes, o material é bom, mas de tal
forma disposto que põe a perder boa parte do trabalho.
- Veja se os objetivos propostos pelo autor foram alcançados no livro.
- Todos nós temos nossas concepções. Há uma estrutura ideológica em tudo que
afirmamos; neutralidade não existe. Então, cabe perguntar se os pressupostos do
autor estão claros ou se ele as esconde, mascarando-as. O que está por trás do
texto? Que interesses o autor defende? Quem ganha com o triunfo de suas
idéias? O que quer ele, enfim, ao dizer isto? Estas são as perguntas necessárias.
- Mostre a validade ou não das propostas do autor. É preciso ter opinião sobre o
livro e comunicá-la ao leitor da resenha.
Apreciação crítica sobre determinada obra, a resenha visa incentivar a leitura do livro
comentado. Trata-se, geralmente, de um texto curto para publicação em periódicos
especializados. Seu tamanho pode variar entre duas (para jornais não especializados) e dez
laudas (publicações científicas).
As três seções principais da resenha são: introdução, resumo e opinião.
INTRODUÇÃO – Na introdução, que deve ser breve, procure contextualizar o assunto
de que trata o livro. Discuta a relevância do assunto. Assim, o leitor fica localizado no tempo e
no espaço. O objetivo da introdução é levar o leitor a ler a resenha.
RESUMO – Ocupe-se, então, em resumir o livro. Você terá aqui duas opções: um
resumo sem crítica aberta ou um resumo com crítica. No resumo sem crítica aberta, você
simplesmente apresenta as idéias principais do autor (já marcadas), concatenando-as e
ordenando-as. Elas não devem ser jogadas uma atrás da outra: sempre um parágrafo ou uma
frase deve ser relacionado com o que vem antes e depois.
No resumo com crítica, você já vai exercendo a sua opinião, mostrando os pontos falhos
e destacando os pontos válidos, etc.
Surge aqui o problema da citação formal: elas devem aparecer, mas não em muita
abundância. No caso do resumo com crítica, as citações formais (com aspas) ocorrerão mais.
Sempre que elas ocorrerem, devem ser seguidas de indicação das páginas de onde foram
extraídas. Quando há reelaboração do texto, ou citação indireta, esta indicação também é
necessária, .
OPINIÃO – Ao analisar o livro, você recolheu um vasto material. Agora, selecione este
material, ordene-o e o apresente em sua conclusão. Enfim, o livro tem alguma validade? Que
tipo de validade? O que falta ao livro? Há alguma originalidade? A leitura é agradável? Há um
sem-número de aspectos que você pode considerar. E esses aspectos também devem estar bem
inter-relacionadas. Quando for apontado algum senão, será útil indicar a página onde o leitor
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pode ir para conferir.
REDAÇÃO E APRESENTAÇÃO – A resenha deve ter um título, preferencialmente
diferente do título do livro comentado. A redação deve ser direta sem entretítulos; a passagem
de uma parte para outra deve ficar evidente pela organização interna da resenha.
- A primeira página do texto deve começar com uma referenciação completa da
obra.
- Título (criativo, diferente do título da obra, breve e substantivo) no centro da
página.
- referenciação da obra conforme às normas da ABNT, abaixo do título.
- Nome do autor da resenha abaixo da referenciação da obra.
- A redação deve ser direta, sem entretítulos, com a divisão se evidenciando pela
organização do texto.
- Citações formais indispensáveis (in loco: páginas indicadas entre parênteses).
A Revisão Bibliográfica
Se a resenha é uma apreciação sobre determinada obra, a revisão bibliográfica (ou
revisão de literatura) visa, por meio de uma compilação crítica e retrospectiva de várias obras,
demonstrar o estágio atual da pesquisa em torno de determinado objeto (também chamada de
estado da arte).
Não se trata de um texto original. Antes, é um trabalho comparativo que permite ao autor
avançar em relação ao seu tema e criticar o tratamento dados pelos autores ao assunto
pesquisado. A revisão pode ser preparada como artigo para uma revista especializada ou
elaborada para integrar um capítulo de um trabalho maior.
INTRODUÇÃO – Na introdução, delimite o assunto que lhe interessa analisar nos livros
revistos. Indique os contextos históricos dos livros e o que significaram na época em que
surgiram. Procure interessar o leitor a ler sua revisão. O objetivo da introdução é levar o leitor
a ler a revisão.
DESENVOLVIMENTO – Reescreva, resumindo, as principais contribuições deixadas
pelos autores. Para tanto, organize o material temática e cronologicamente. Só considere
aqueles aspectos que façam parte do escopo da revisão. Não resuma, portanto, tudo o que autor
disse, mas apenas o que disse sobre o assunto. Suponhamos que seu assunto seja a discussão
sobre a controvérsia ensino público x ensino privado. Possivelmente, os livros dos autores
tratem de outros temas correlatos. No entanto, você comunicará apenas aquilo que ele
desenvolveu sobre o seu tema. Não se perca em detalhes. Procure pôr em destaque as linhas
centrais do pensamento dos autores, um a um. A documentação deve seguir os mesmos
procedimentos para uma monografia.
CRÍTICA – Você pode apresentar sua crítica de duas formas: numa, você dialoga com
autor, ao mesmo tempo em que apresenta suas contribuições; noutra, você deixa o comentário
para o a seção da crítica propriamente. O resultado deve ser um diálogo com os autores, no
qual se evidenciem os eventuais avanços e equívocos de cada um.
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REDAÇÃO E APRESENTAÇÃO - Os procedimentos a serem seguidos na redação,
documentação, apresentação e editoração são os mesmos indicados para os trabalhos
científicos em geral.
e) Relato de Experiência
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realizadas, as dificuldades encontradas ou previstas, descreve procedimentos utilizados, seja de
campo, de laboratório ou bibliográficos. O informe científico é sintético e ao mesmo tempo
mantém a estrutura intelectual e gráfica dos artigos científicos. (Santos, 1999: p.44)
h) Ensaio científico
Ensaio é o texto científico que desenvolve uma proposta pessoal do autor a respeito
de um determinado assunto. Embora encerre o pressuposto de conhecimentos adquiridos no
meio científico comum, o ensaio pretende expressar a visão do autor, até mesmo de forma
independente com relação ao pensamento científico e comum a respeito do assunto. Pode-se
pensar o ensaio científico como “um conjunto de impressões do especialista”, é claro que o
valor científico do ensaio depende do respeito da comunidade científica pela autoridade e pelo
notório saber do ensaísta. (A estrutura intelectual e gráfica é idêntica à monografia e ao artigo)
(Santos, 1999: p.45)
i) Memorial
O MEMORIAL
O Memorial tem importante utilidade na vida acadêmica, tanto em termos de uso
institucional – para fins de concursos de ingresso e promoção na carreira universitária, de
exames de seleção ou de qualificação em cursos de pós-graduação, de concursos de livre-
docência – como em .termos de retomada e avaliação da trajetória pessoal no âmbito
acadêmico-profissional.
O Memorial é uma retomada articulada e intencionalizada dos dados do
Curriculum Vitae do estudioso, no qual sua trajetória acadêmico-profissional fora montada e
documentada, com base em informações objetiva e laconicamente elencadas. É claro que tal
registro é também muito importante e suficiente para muitas finalidades de sua vida
profissional. Mas o Memorial é muito mais relevante quando se trata de se ter uma percepção
mais qualitativa do significado dessa vida, não só por terceiros, responsáveis por alguma
avaliação e escolha, mas sobretudo pelo próprio autor. Com efeito, o Memorial tem uma
finalidade intrínseca que é a de inserir o projeto de trabalho que o motivou no projeto pessoal
mais amplo do estudioso. Objetiva assim explicitar a intencionalidade que perpassa e norteia
esses projetos. Por exemplo, quando é o caso de se preparar um Memorial para um exame de
qualificação, é o momento apropriado para se explicitar e se justificar o significado da
pesquisa que está culminando na dissertação ou tese, e que tem a ver com um determinado
resultado que está sendo construído em função de uma proposta mais ampla que envolve todo
o investimento que o estudioso vem fazendo, no contexto de seu projeto existencial de vida e
de trabalho científico e educacional.
O Memorial deve cobrir a fase de formação do autor, sintetizando aqueles
momentos menos marcantes e desenvolvendo aqueles mais significativos; depois deve
destacar os investimentos e experiências no âmbito da atividade profissional, avaliando sua
repercussão no direcionamento da própria vida; o amadurecimento intelectual pode ser
acompanhado relacionando-o com a produção científica, o que pode ser feito mediante a
situação de cada trabalho produzido numa determinada etapa desse esforço de apreensão ou
de construção do conhecimento e mediante sua avaliação enquanto tentativa de compreensão
e de explicação de uma determinada temática.
O Memorial se encerra, então, indicando os rumos que se pretende assumir ou que
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se está assumindo no momento atual, tendo como fundo a história pré-relatada. Quando
elaborado para um exame de qualificação, trata-se de situar o projeto de dissertação ou tese
enquanto meta atual e a curto prazo, articulando-o com os investimentos até então feitos e
com aqueles que ele oportunizará para o futuro imediato.
A ESTRUTURA DO MEMORIAL
Itens Argumentação Itens
Preliminares complementares
- capa - Primeiro capítulo – introdução - referências
- folha de rosto - Diversos capítulos – bibliográfic
- epígrafe desenvolvimento as
- dedicatória - Considerações finais – último - anexos ou
- agradecimentos capítulo apêndices
- sumário
- listas (recomenda-se que o
memorial seja elaborado na primeira
pessoa do singular, o que permite ao autor
enfatizar o mérito de suas realizações)
Obs.: Os itens sublinhados são utilizáveis se for o caso.
j) Relatório Técnico-Científico
2
NBR-10719, p.1.
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convenções, tabelas); sumário; texto; anexos ou apêndices; agradecimentos; referências
bibliográficas; Glossário; Índice(s); Ficha de identificação.
o CAPA - Contém dados que identificam a publicação e deve ser
padronizada para todos os números de relatórios em série;
o FOLHA DE ROSTO - Inclui os elementos identificadores do relatório;
o NÚMERO DO RELATÓRIO – o relatório técnico-científico deve ser
numerado em ordem seqüencial indicando-se a posição do trabalho
relatado em relação aos outros da mesma série. Freqüentemente, porém,
encontram-se relatórios não numerados;
o TÍTULO E SUBTÍTULO – podem ser expressos através de uma palavra
ou frase que determine o assunto do relatório. Às vezes, torna-se
necessário usar um subtítulo para identificar melhor o assunto tratado;
o NOME DO AUTOR – deve ser localizado abaixo do título, indicando-se
sempre sua qualificação e função na instituição. Entretanto, é comum o
órgão ou entidade responsabilizar-se pela autoria do relatório; (para
trabalhos de autoria e responsabilidade individual o autor aparece na parte
superior da capa e folha de rosto).
o LOCAL (cidade), o MÊS e ANO de publicação – parte inferior da folha.
o TEXTO - O texto constitui a parte principal do relatório, devendo
apresentar: introdução, metodologia e discussão, procedimentos
experimentais e resultados, conclusões e recomendações. A linguagem
deve ser clara, concisa e formal, usando frases simples e curtas,
terminologia própria do assunto e relatando o desenvolvimento da
pesquisa ou trabalho com indicação cronológica de cada etapa. As
ilustrações constituem parte integrante do texto, desempenhando papel
importante para sua compreensão. Quando se tratar de material
complementar, devem ser incluídas em anexo. Como em qualquer
trabalho científico, o texto do relatório compreende:
- introdução: descreve claramente os objetivos e finalidades do trabalho relatado,
bem como os objetivos do relatório;
- discussão: é a parte do relatório que descreve a natureza e resultados do
trabalho. Em se tratando de um relatório de pesquisa, a discussão descreve a
conduta e processos da investigação. Descrevem-se testes, experiências,
observações, vantagens e desvantagens, métodos usados para coleta dos dados,
resultados e análises. A discussão deve ser redigida de maneira completa, com a
devida atenção para os detalhes técnicos, a fim de facilitar a compreensão e
possibilitar que as técnicas utilizadas possam ser repetidas; deve-se mencionar e
listar todos os equipamentos usados, indicando-se o nome, modelo e série de
cada um (em caso de experiências em laboratório). Essas informações são
necessárias, tendo em vista possibilitar a verificação dos resultados
apresentados, bem como a realização de outros trabalhos com utilização de
equipamentos e processos idênticos;
- conclusões e recomendações: constituem a finalização do relatório e devem ser
baseadas na evidência clara dos fatos observados, apresentando as
comprovações mais importantes para um exame crítico dos dados. Não devem
constar da conclusão os dados quantitativos e resultados passíveis de discussão;
17
o ANEXOS OU APÊNDICES - Outras informações complementares
podem constar de alguns relatórios, tais como análises, cálculos e dados
que, por sua natureza, devam ser incluídos em apêndices ou anexos;
o REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – Para a elaboração de "Referências
bibliográficas", consultar manual próprio.
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO – A ficha de identificação é um item essencial,
específico do relatório técnico-científico. Localiza-se após o índice, podendo também substituir
a folha de rosto. Deve conter todas as informações bibliográficas do documento, além de outros
dados necessários à sua perfeita identificação e ser apresentada de forma normalizada.
18
SUGERIMOS AS SEGUINTES ORIENTAÇÕES QUANTO A SUA
ESTRUTURA:
Itens Preliminares
- Capa - contém os dados básicos que identificam o projeto.
- Folha de rosto - é a fonte principal de identificação do relatório.
- Epígrafe
- Dedicatória
- Agradecimentos
- Sumário - relação das partes principais do projeto, objetivando facilitar a localização e
o acesso às partes em que o assunto/conteúdo foi dividido.
- Lista de figuras
- Lista de tabelas
- Lista de siglas
- Lista de anexos
- Lista de abreviaturas
- Resumo
Argumentação
1 – Introdução - contém a exposição sucinta dos objetivos, justificativa e finalidades do
relatório.
2 – Desenvolvimento
a – Teorias e conceitos em educação – Deve incluir a problematização teórico-conceitual
b – Materiais e métodos didáticos utilizados na(s) atividade(s): uma síntese. Um cronograma
de atividades desenvolvidas pode cumprir o papel de sintetizar informações, mas substitui a
discussão e a argumentação.
c – Resultados alcançados: descrição (utilizando gráficos, tabelas, quadros, figuras, fotos – mas
somente o essencial)
d – Análise dos dados – discussão sobre: a + b + c. Inserir as manifestações dos agentes do
processo educativo – professores, alunos e outros.
3 – Conclusão ou Considerações finais – é a síntese final do trabalho, enfatizando os resultados
alcançados.
Itens complementares
4 – Anexos - material complementar que serve para fundamentar, comprovar e ilustrar o
trabalho como questionários, fichas, textos etc.
5 – Referências bibliográficas – É a relação em ordem alfabética das fontes bibliográficas
utilizadas.
Obs.: A) Os itens sublinhados são utilizáveis se for o caso. B) Conforme França (1999:41),
no Relatório Técnico os anexos aparecem antes das Referências Bibliográficas.
Fonte: Azevedo, 1995: 51; França, 1999:41.
19
esse processo. O relatório é exigido pela instituição e serve para a avaliação do aluno, sendo
necessário para a conclusão do curso de graduação, frequentemente a licenciatura exige este
trabalho. Por isso, o relatório de estágio é importante e deve ser bem-estruturado. Afinal, não é
apenas um documento, mas uma forma de avaliação do estudante. Frequentemente as
instituições fornecem orientações quanto a sua estrutura e apresentação.
l) Pôster
Referências bibliográficas
AZEVEDO, Israel B. O prazer da produção científica. São Paulo: Editora
UNIMEP, 1995.
FRANÇA, Júnia L. et al. Manual para Normalização de publicações técnico-
científicas. 4.ª ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
SANTOS, Antônio Raimundo dos. Metodologia Científica – a construção do
conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
SEVERINO, Joaquim Antônio. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo:
Cortez, 2013.
20
LEITURAS REFERENTES AOS PRÓXIMOS ITENS:
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do
trabalho científico [livro eletrônico]. São Paulo :
Cortez, 2014.
21
referências bibliográficas de obras que tratam do assunto, contato com especialistas no tema,
etc.
Um dos procedimentos mais recomendados para esse fim é a procura de catálogos
de livros e outras publicações, que podem ser publicados pelas editoras ou por bibliotecas.
Algumas instituições elaboram sistematicamente catálogos sobre assuntos específicos: livros,
artigos de revista, relatórios de pesquisa e outras publicações a partir do nome do autor, do
assunto, do país e da época em que foram publicados. Também é interessante consultar
especialistas ou pessoas que realizaram pesquisas na área. Estes podem fornecer não apenas
informações sobre o que já foi publicado, mas também uma apreciação crítica do material a ser
consultado. Outra maneira de identificar fontes significativas consiste em consultar a
bibliografia citada nos livros e revistas.
d) LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
22
estudado pode ser feita através das informações contidas nos resumos de algumas obras ou
através dos índices. Mantenha registros dos documentos consultados, fazendo fichamentos
daqueles fundamentais para o seu trabalho.
e) LEITURA
Localizada a bibliografia pertinente ao tema, é hora de iniciar a leitura e o
ordenamento das informações. Todo material deve ser lido, obedecendo os critérios da leitura
científica. Após a leitura, deve-se proceder ao Fichamento (a ser tratado a seguir). Fichar todo
material lido é urna prática eficiente que auxilia muito a fase da redação do texto. A ficha é um
instrumento fácil de manipular e permite o registro das principais idéias, teorias e dados. As
fichas de resumo e de citação são as mais indicadas para sistematização do material.
Como os objetivos das diversas leituras variam, naturalmente também variam os
procedimentos e as atitudes requeridas. A leitura que se faz na pesquisa bibliográfica deve
servir aos seguintes objetivos:
a) identificar as informações e os dados constantes do material impresso;
b) estabelecer relações entre as informações e os dados obtidos com o problema
proposto;
c) analisar a consistência das informações e dados apresentados pelos autores
f) ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
Os dados e as informações coletadas através das leituras por si só não responderão
à questão central da pesquisa. É necessário que o estudioso faça urna análise e interpretação
apresentando seu significado e demonstrando suas relações e correlações, dando assim um
sentido a estes dados e informações, construindo urna resposta precisa e adequada à questão
central da pesquisa.
g) PLANO DEFINITIVO
Já tendo realizado a leitura, fichamento, análise e interpretação das informações, é
hora de fazer o plano definitivo do texto. Os elementos essenciais de um plano de trabalho da
pesquisa bibliográfica, corno todo o trabalho científico deve apresentar introdução,
desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas. Quando o trabalho é mais extenso, o
desenvolvimento deve ser dividido em itens e/ou sub-itens para facilitar sua organização e
compreensão.
h) REDAÇÃO
A redação da pesquisa bibliográfica segue as normas estabelecidas para produção
de trabalhos científicos.
23
3. tem alguma utilidade, seja para a ciência, seja para a comunidade;
4. demonstra, por parte do autor, o domínio do assunto escolhido e capacidade de
sistematização, recriação e crítica do material coletado;
5. diz algo que ainda não foi dito;
6. indica com clareza os procedimentos utilizados, especialmente as hipóteses (que devem
ser específicas, plausíveis, relacionadas com uma teoria e conter referências empíricas)
com que se trabalhou na pesquisa;
7. fornece elementos que permitam verificar, para aceitar ou contestar, as conclusões a
que chegou;
8. documenta com rigor os dados fornecidos, de modo a permitir a clara identificação das
fontes utilizadas;
9. a comunicação dos dados é organizada de modo lógico, seja dedutiva, seja
indutivamente;
10. é redigido de modo gramaticalmente correto, estilisticamente agradável,
fraseologicamente claro e terminologicamente preciso.
b) PRINCÍPIOS DE COMUNICAÇÃO
Na produção de um texto científico, devem ser seguidos aqueles princípios que lhe
confiram clareza, concisão, coerência, correção e precisão.
COMPROMISSOS BÁSICOS – Entre os princípios de boa comunicação devem
ser buscados alguns abaixo indicados (sem qualquer hierarquia):
1. Clareza - O texto deve ser escrito para ser entendido; a dificuldade do leitor pode
estar na compreensão do assunto, nunca na obscuridade do raciocínio do autor. Um
pensamento claro gera um texto claro, escrito segundo a ordem natural do pensamento e das
regras gramaticais.
2. Concisão - O texto deve dizer o máximo no menor número possível de palavras.
Um autor seguro do que quer dizer não se perde em meio às suas palavras, que são um meio de
dizer e não um fim. Para isto, o autor deve usar frases curtas e parágrafos breves.
3. Correção - O texto deve estar grafado corretamente, pontuado adequadamente e
ter as suas concordâncias regidas conforme as regras.
4. Encadeamento - Tanto as frases como os parágrafos e os capítulos (ou partes)
devem estar encadeados de modo lógico e harmônico. É recomendável também que os
capítulos (ou partes) guardem alguma simetria na sua dimensão.
5. Consistência - O texto deve usar os verbos nos mesmos tempos,
preferencialmente na voz ativa, e os pronomes nas mesmas pessoas. Para se referir a si
enquanto pesquisador, o autor deve escolher um tratamento (eu, nós, o pesquisador, -se) e ficar
nele ao longo do trabalho.
6. Contundência - O texto deve ir direto ao assunto, sem circunlóquios, e fazer as
afirmações de forma forte, não só para criar impacto, mas para marcar bem as suas posições.
7. Precisão - O texto deve buscar usar as palavras e conceitos nos seus sentidos
universalmente aceitos ou definidos a priori. A ambiguidade não concorre para a compreensão;
a exatidão dos termos é indispensável na comunicação científica.
8. Originalidade - Original não é o texto que dá cambalhotas (na cabeça do leitor),
mas tão somente aquele redigido de modo autônomo, agradável e criativo; autônomo é o texto
que não depende em demasia das fontes utilizadas mas procura reescrever de modo
24
independente as idéias tomadas por empréstimo; agradável é o texto escrito de modo a
despertar o interesse do leitor, e criativo é o texto capaz de dizer as coisas, até as já sabidas,
numa perspectiva nova. Ser original é evitar o recurso fácil das frases feitas, dos lugares
comuns e dos jargões profissionais.
9. Correção política - O texto deve dar atenção à noção do "politicamente correto",
no uso de conceitos e palavras, para evitar o emprego de expressões de conotação etnocentrista,
especialmente as de cunho sexista e racista.
10. Fidelidade - O texto deve ser escrito segundo parâmetros éticos, com absoluto
respeito ao objeto de estudo, às fontes empregadas e aos leitores. Evidentemente ainda, os
textos citados não podem ser usados para dizer aquilo que seus autores não quiseram. O texto
usado pode e deve ser interpretado, mas não distorcido. Por isto, toda elipse e toda interpolação
devem ser indicadas.
1. Escreva frases breves e parágrafos curtos. Diga o que quiser no menor espaço
que conseguir. Não alongue as frases com o uso abusivo de "o qual", "cujo" e gerúndios. Você
terá menos chances de parecer complicado.
2. Encadeie as frases e os parágrafos logicamente, com cada frase ou parágrafo
desembocando naturalmente no que vem a seguir. Você terá menos chance de parecer ter
composto uma colcha de retalhos.
3. Evite apelar para generalizações (como "a maioria acha", "todos sabem"). Você
terá menos chance de parecer superficial.
4. Evite repetir palavras, especialmente verbos e substantivos. Use sinônimos.
Você terá menos chance de parecer possuir um vocabulário pobre.
5. Evite modismos linguísticos (como "em nível de", "colocação", "Gadotti vai
dizer que", etc.). Você terá menos chance de parecer um deslumbrado com o jargão
universitário.
6. Evite as redundâncias (como "os alunos são a razão de ser da Escola Prof.
Pegado"). Cada frase deve ser produto de uma reflexão. Você terá menos chance de parecer
apressado.
7. Abstenha-se de superlativos, aumentativos, diminutivos e adjetivos em demasia.
Você terá menos chance de parecer pernóstico.
8. Faça citações diretas o suficiente para favorecer sua argumentação; opte por
reescrevê-las, creditando-as aos seus autores. Você terá menos chance de ser tido como um
mero compilador.
9. Use as notas de rodapé para definições e informações que, embora sucessivas, se
usadas em excesso acabam truncando por demais o texto.
10. Lembre-se que você está escrevendo para um leitor real. Não vale a pena
escrever para não ser lido.
25
aprofundar-se na pesquisa de um tema específico. Para tanto, deve empreender uma pesquisa
bibliográfica extensa. A sistematização, organização e registro do material estudado é
facilitado quando se usa o fichamento como instrumento de registro das informações mais
importantes das leituras realizadas. Objetiva:
a) identificar as obras;
b) conhecer seu conteúdo;
c) fazer citações;
d) analisar o material;
e) elaborar críticas.
O fichamento como técnica de sistematização das bibliografias estudadas foi criado
no século XVII pelo Abade Rozier, da Academia Francesa de Ciência. São vários tipos de
fichas. A escolha de um determinado tipo varia de acordo com a sua finalidade.
b) ASPECTOS FÍSICOS
Existem fichas de vários tamanhos. É conveniente utilizar sempre o mesmo
tamanho, pois facilitará o seu manuseio e arquivamento.
As fichas devem ser arquivadas em fichários por ordem de assunto ou autor. Hoje,
com o computador, estão à disposição alguns programas que permitem elaborar o fichamento
usando esse recurso, o que toma mais prático o armazenamento através dos disquetes ou CDs.
Na utilização tradicional da ficha, pode-se escrever na frente e no verso, porém
ressalta-se que a utilização de apenas um lado facilita o seu manuseio, arquivamento e a
localização no fichário.
Toda ficha deve conter: um cabeçalho que indica o tema geral do trabalho ou
assunto tratado e o tema específico que indica um sub-item do tema geral; a citação
bibliográfica seguindo as normas da ABNT; devem ser numeradas conforme a necessidade (a
seqüência é usada em caso de se utilizar frente e verso – ex: n.° 1, seq. A; n.° 1, seq. B; n.° 2,
seq. A; n.° 2, seq. B). Além de numerar as fichas, repete-se o cabeçalho em todas elas.
26
1 Tema Central
5 Referência bibliográfica.
SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. Cidade: Editora, data.
Localização da obra:
c) TIPOS DE FICHAS
São vários tipos de fichas que podem ser usadas como instrumentos de
sistematização da leitura. A seguir serão apresentados os tipos considerados mais propícios
para o acadêmico: bibliográfica, citações, resumo ou de conteúdo, comentário ou analítica.
27
esclarecimento, o qual deve ser intercalado, entre colchetes. → Exemplo:
Esse rio [Sapucaí], que limita Patrocínio Paulista com Batatais e Altinópolis, é
afluente do Rio Grande. (p.l6-17);
- quando o pensamento transcrito é de outro autor, tal fato tem de ser assinalado (citação
de citação). Muitas vezes o autor fichado cita frases ou parágrafos escritos por outra
pessoa. Nesse caso, é imprescindível indicar, entre parênteses, a referência
bibliográfica da obra da qual foi extraída a citação. → Exemplo:
(...) as gupiaras se encontram ora numa, ora noutra margem do rio" (p. 36)
(MACHADO FILHO, Aires da Mata. O negro e o garimpo em Minas Gerais. 2. ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1964., p. 17).
Obs.: A citação de citação no trabalho final deve ser referenciada em Nota de
Rodapé. Este acima é exemplo no fichamento.
d) MODELO DE FICHA
28
Modelo de fichamento – Analítica com citações
1
Sociologia Clássica – Karl Marx
2 3 4
O materialismo histórico 1
5
MARX, Karl. “Prefácio à contribuição à crítica da economia política”. In: MARX, K. e
ENGELS, F. Obras escolhidas. São Paulo: Alfa-Omega, s/d. Pág. 300 a 303
29
de produção social – contradição não individual – que nasce das condições de existência
social dos indivíduos. No seio da sociedade burguesa as forças produtivas (antagônicas) se
desenvolvem e criam ao mesmo tempo as condições materiais para solução deste
antagonismo (idem). Marx conclui apontando a direção dos seus estudos em contraposição
aos existentes: “trabalhar em conjunto (com Engels) para opor o nosso ponto de vista ao
ponto de vista ideológico da filosofia alemã”; (...) “liquidar com a nossa consciência
filosófica anterior” - diz isto em relação às teorias da época. (p.303)
Finalmente: a) apresenta os escritos anteriores a este “Prefácio à contribuição à
crítica da economia política” (publicado em 1859) em que expôs os temas relacionados à sua
teoria e à sua concepção metodológica da história da humanidade. b) Justifica que este
‘Prefácio...’ contém um esboço da sua trajetória de estudos, e da sua vida profissional (idem).
Nome:____________________________________________________ N.º ________.
Curso: _________________________ Disciplina: _____________________________
1 Tema Central. 2 Tema específico. 3 N.º da ficha. 4 Sequência. 5 Referência bibliográfica.
30
e) RESUMOS
Da mesma forma que as fichas, para os pesquisadores os resumos são instrumentos
obrigatórios de trabalho através dos quais se podem selecionar obras que merecem a leitura do
texto completo. Entretanto, os resumos só são válidos quando contiverem, de forma sintética e
clara, tanto a natureza da pesquisa realizada quanto os resultados e as conclusões mais
importantes, em ambos os casos destacando-se o valor dos achados ou de sua originalidade.
CONCEITO, FINALIDADE E CARÁTER – O resumo é a apresentação concisa e
frequentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância,
isto é, as principais idéias do autor da obra.
A finalidade do resumo consiste na difusão das informações contidas em livros, ar-
tigos, teses, etc., permitindo a quem o ler resolver sobre a conveniência ou não de consultar o
texto completo. O caráter de um resumo depende de seus objetivos: apresentar um sumário
narrativo das partes mais significativas, não dispensando a leitura do texto; condensação do
conteúdo, expondo ao mesmo tempo tanto as finalidades e metodologia quanto os resultados
obtidos e as conclusões da autoria, permitindo a utilização em trabalhos científicos e
dispensando, portanto, a leitura posterior do texto original; análise interpretativa de um
documento, criticando os diferentes aspectos inerentes ao texto.
COMO RESUMIR – Levando-se em consideração que quem escreve obedece a um
plano lógico através do qual desenvolve as idéias em uma ordem hierárquica, ou seja,
proposição, explicação, discussão e demonstração, é aconselhável, em uma primeira leitura,
fazer um esboço do texto, tentando captar o plano geral da obra e seu desenvolvimento.
A seguir, volta-se a ler o trabalho para responder a duas questões principais: de que
trata este texto? O que pretende demonstrar? Com isso, identifica-se a idéia central e o
propósito que nortearam o autor.
Em uma terceira leitura, a preocupação é com a questão: como o disse? Em outras
palavras, trata-se de descobrir as partes principais em que se estrutura o texto. Esse passo
significa a compreensão das idéias, provas, exemplos etc. que servem como explicação,
discussão e demonstração da proposição original (idéia principal). É importante distinguir a
ordem em que aparecem as diferentes partes do texto. Geralmente quando o autor passa de uma
idéia para outra, inicia novo parágrafo; entretanto, a ligação entre os parágrafos permite
identificar:
- consequências (quando se empregam palavras tais como: em consequência, por
conseguinte, portanto, por isso, em decorrência disso etc.);
- justaposição ou adição (identificada com expressões de tipo: e, da mesma forma, da
mesma maneira, etc.);
- oposição (com a utilização das palavras: porém, entretanto, por outra parte,sem
embargo, etc.);
- incorporação de novas idéias;
- complementação do raciocínio;
- repetição ou reforço de idéias ou argumentos;
- justificação de proposições (por intermédio de um exemplo, comprovação, etc.);
- digressão (desenvolvimento de idéias até certo ponto alheias ao tema central do
trabalho).
Os três últimos casos devem ser totalmente excluídos do resumo. A última leitura
deve ser feita com a finalidade de:
31
- compreensão do sentido de cada parte importante;
- anotação das palavras-chave;
- verificação do tipo de relação entre as partes (consequência, oposição,
complementação etc.).
Uma vez compreendido o texto, selecionadas as palavras-chave e entendida a
relação entre as partes essenciais, pode-se passar à elaboração do resumo.
Referências bibliográficas
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica - diretrizes para a elaboração de
trabalhos acadêmicos. 3. ed. ampl. Piracicaba-SP: Editora Unimep, 1995. p 22-26
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2001.
32
IV UNIDADE - Estrutura dos trabalhos científicos
Esta unidade tem como título a Estrutura do trabalho científico, com destaque para
o uso da tecnologia informacional na comunicação científica, bem como a normalização e
modelos aplicáveis aos diversos tipos de trabalhos científicos. Como já vimos as principais
modalidades do trabalho científico, vamos nos prender as orientações básicas de como se
estrutura cada um destes trabalhos, além dos princípios gerais aplicados à produção científica,
da organização dos estudos, da leitura e da escrita, da pesquisa bibliográfica, dos fichamentos e
resumos, passaremos a discutir a estrutura numa perspectiva prática, com orientações, normas e
modelos aplicáveis na escrita do texto.
Várias modalidades de trabalhos científicos foram discutidos e apontadas as
principais observações necessárias em relação a ESTRUTURA DA ARGUMENTAÇÃO
(introdução, desenvolvimento e conclusão) e da APRESENTAÇÃO. Seguiremos com a
discussão das orientações, das normas e modelos a partir da seguinte sequência:
4.1 O texto escrito (Introdução, desenvolvimento e conclusão), margens, citações,
etc.
4.2 Os itens preliminares (Capa, folha de rosto, sumário, etc.)
4.3 Os itens complementares (Referências bibliográficas, anexos, etc.).
4.4 Outros aspectos gráficos e editoração em geral
33
a) O TEXTO: AS MARGENS DO PAPEL E APRESENTAÇÃO
Margem inferior
2,0 cm
b) CITAÇÕES – EXEMPLOS
34
Aplicação: Use Fonte 12, espaçamento 1,5 no texto normal, espaçamento simples
nas citações textuais longas. Modelo:
Livre:
Para Laranjeira (1997), o Brasil possui o maior e mais complexo sistema financeiro
da América Latina, e a alta lucratividade tem caracterizado esse setor que até pouco tempo era
favorecido por altos índices de inflação. Essa elevada rentabilidade estimulou o setor a investir
em inovações tecnológicas, o que colocou os bancos brasileiros próximos à situação dos
bancos de países altamente desenvolvidos.
Textual curta
Ainda segundo Laranjeira, as inovações tecnológicas no Brasil têm se dado de
forma lenta e indefinida. Em muitos setores não se introduziram completamente as mudanças,
e também é possível encontrar diferentes estratégicas tecnológicas dentro de um mesmo setor.
O mesmo é constatado por Tumolo (2001, p. 2): “Tendo como base as pesquisas realizadas, é
possível afirmar que a marca distintiva do chamado processo de reestruturação produtiva no
Brasil é a ´heterogeneidade generalizada´, que ocorre não só entre as empresas, mas também no
interior delas.” (citação até 3 linhas)
Citação de citação:
Embora haja abundante literatura a respeito, deve-se reconhecer que o processo de
reestruturação produtiva no Brasil é um fenômeno relativamente novo. Gihahy (citado por
TUMOLO, 2001, p.11) afirma que “a difusão de inovações tecnológicas e organizacionais na
indústria brasileira começa em meados dos anos 70”.
Textual longa:
Segundo Segnini (1999), o processo de reestruturação no setor bancário se constitui
no processo de reestruturação do próprio capitalismo. Vai além dos espaços produtivos, porém,
mais amplo e complexo, por se tratar de um processo intensificador da internacionalização do
capital e da expansão do ideário neoliberal.
Essa dinâmica insere-se num contexto de intensificação da mundialização dos
mercados e dos fluxos financeiros, cuja velocidade possibilita a caracterização
da internacionalização dos bancos, ampliando a interpenetração dos diversos
mercados nacionais. Nesse sentido, o sistema financeiro assume um duplo
papel: ao mesmo tempo em que atua como agente no processo de
reestruturação mais amplo, também vivencia reestruturações nos processos
produtivos no sentido de se adequar à lógica de ‘livre mercado’ que norteia a
intensa competição já outrora existente, porém intensificada nesse setor.
(SEGNINI, 1999, p. 2)
Aqui** Use fonte 11, espaçamento simples, recuo 4 cm.
C) NOTAS DE RODAPÉ
As notas de rodapé podem ser bibliográficas, utilizadas para indicar a fonte de onde
35
foi tirada uma citação, ou explicativas, utilizadas para apresentar comentários ou observações
pessoais do autor, informações obtidas por meio de canais informais, e informações adicionais
sobre o tema em discussão no texto. As notas de rodapé devem ser reduzidas ao mínimo e
colocadas de forma padronizada. Uma vez que a sequencia deve ser igual. A primeira página
do artigo poderá conter as seguintes notas: data em que o artigo foi recebido para publicação
(importante quando se tem necessidade de provar a originalidade de uma idéia ou descoberta),
qualificações, títulos ou credenciais do(s) autor(es), e vínculo institucional. Usamos as notas de
rodapé para definições e informações que, embora sucessivas, se usadas em excesso acabam
truncando por demais o texto.
Como configurar notas de rodapé no Word?
Os editores de texto, normalmente, tem a função de inserir notas de rodapé
automaticamente. Esse é o caso do Word da Microsoft.
• Primeiro escreva o texto da nota em algum lugar. Copie ou recorte o texto a ser colado na NR.
• Depois pressione o atalho [Ctrl + Alt + F]
• Outra opção: ir ao MENU, Referências, clicar no ícone “Inserir nota de rodapé”.
• Aparece a NR no lugar com o número subscrito colocado na ordem automaticamente. O cursor já
vai aparecer no espaço no rodapé. Cole o texto que você digitou previamente ou basta você
preencher as informações do rodapé.
• Clique de volta em algum lugar fora do rodapé e continue seu texto normalmente.
Selecione todo o primeiro parágrafo que você escreveu. Com o texto selecionado
clique com o botão direito em PARÁGRAFO. Abre uma janela que você delimita as opções de
parágrafo: Em Geral, escolha ALINHAMENTO, JUSTIFICADO. Abaixo tem RECUO,
ESPECIAL, escolha Primeira Linha, 2 cm. Em Espaçamento escolha 1,5.
A ferramenta PINCEL: depois de formatado um parágrafo, selecione e clique com
o botão direito do mouse e escolha a opção do PINCEL. O cursor se transforma num pincel. E
Aí é só clicar no parágrafo que você quer colar o formato, como um pincel mesmo. O PINCEL
copia e cola o formato onde você quiser. O Pincel vale para Títulos, Cores, Fontes, etc.
E) NUMERAÇÃO DE PÁGINAS
36
introdução, selecione e dele o número de página. Você vai verificar que na primeira seção não
terá mais número de página. Enquanto da introdução do seu texto em diante vai ocorrer a
numeração automática.
G) RESUMO
37
REBELDIA, PROTESTO OU DEPREDAÇÃO DO PATRIMONIO PÚBLICO –
UM ESTUDO DO COMPORTAMENTO DOS JOVENS DA ESCOLA ESTADUAL
PROFESSORA MARIA EDUARDA VERSIANE MAIA NO
MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA PONTE
RESUMO
O texto apresenta um perfil dos jovens da Escola Estadual Professora Maria Eduarda Versiane
Maia no município de São João da Ponte realizado a partir de uma pesquisa com os alunos
matriculados em três séries do Ensino Médio. Ao rever teorias e pesquisas sobre o assunto, são
indicados os principais trabalhos relativos a uma sociologia da juventude, onde as principais
questões que nortearam esta investigação são alguns pontos comparativos relativos à rebeldia e
os protestos, cujo foco centra-se naquelas atitudes que resultam da depredação do patrimônio
público. O foco do artigo reside análise das informações levantadas através da pesquisa, de
entrevistas dirigidas e de observações ao longo de dezoito meses. O plano de investigação traz
os dados de uma pesquisa de amostragem realizada com 69 estudantes do primeiro , segundo e
terceiro ano do Ensino Médio da referida escola. A pesquisa, ao buscar a percepção dos
sujeitos, adota uma abordagem qualitativa do problema, mas faz uso, também, de
procedimentos quantitativos para alcançar seus objetivos. Os dados mostram que muitas coisas
contribuem para que seja facilitado o ato de vandalismo. A falta de fiscalização constante
durante o intervalo das aulas, falhas por parte da instituição escolar, ausência de projetos
sociais e do Estado que mantenham os alunos jovens ocupados são alguns citados. Finalmente
conclui e reforça a tese de que a depredação é um ato de rebeldia e “vadiagem”, pois não
ocorrem mensagens de protesto, reivindicação ou coisa similar, tanto de solicitação de
qualquer melhoria da escola ou na comunidade.
3
Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Ciências Sociais – Licenciatura, da Universidade Estadual de Montes Claros
– UNIMONTES e Universidade Aberta do Brasil – UAB, como requisito de avaliação da disciplina TCC – Trabalho de
Conclusão de Curso, orientado pelo prof. Lucio Flavio F. Costa.
38
4.2 Os itens preliminares
• Capa
• Folha de rosto
• Epígrafe e dedicatória
• Resumo
• Listas de tabelas, figuras e ilustrações.
39
JOSÉ GONÇALVES FERREIRA
MARIA IRLANDA FREITAS
MARIA FRANÇA RIAL CASTRO
METODOLOGIA DE
ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS
40
(NOME DO ALUNO)
ADESIVO número 1
Obs.: Capa de trabalho acadêmico, tipo
MEMORIAL. Fonte única (12) e cor única (preto), sem
nenhum destaque ou desenho. Os dados adicionais
constarão da folha de rosto.
41
(NOME DO ALUNO)
ADESIVO número 2
Obs.: Folha de rosto - tipo MEMORIAL. Fonte única
(12) e cor única (preto), sem nenhum destaque ou
desenho.
Não cole isto no seu trabalho.
42
“Não é a conscientização que pode levar o povo a
‘fanatismos destrutivos’. Pelo contrário, a conscientização
que lhe possibilita inserir-se no processo histórico, como
sujeito, evita os fanatismos e o inscreve na busca de sua
afirmação.”
Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido.
Modelo de Epígrafe
43
Dedico este trabalho aos meus filhos ... que ficaram
privados de minha atenção quando...
Modelo de Dedicatória
44
AGRADECIMENTOS
Modelo de agradecimento
45
SUMÁRIOS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
A CONTINGÊNCIA DO MEMORIAL ............................................................................ 7
DISCENTE E DOCENTE ................................................................................................. 8
COMEÇANDO PELO MAGISTÉRIO SUPERIOR ........................................................ 11
A OPÇÃO PELA EDUCAÇÃO ...................................................................................... 16
A FUNDIÇÃO DE EXPERIÊNCIAS ............................................................................... 22
CONSTRUINDO O FUTURO ......................................................................................... 27
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 29
ANEXOS: Relação de livros e teses ................................................................................. 30
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7
A SALA DE AULA: ESPAÇO DE SABER E CONFLITO ............................................ 8
SEGUNDO ANO: PRINCÍPIO DO ENTROSAMENTO ................................................ 11
MINHA FORMAÇÃO POLÍTICA E RELIGIOSA ......................................................... 16
EDUCAÇÃO, TRABALHO, LABOR E AÇÃO .............................................................. 22
O RETORNO À ESCOLA ................................................................................................ 27
CONCLUSÃO................................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 30
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 5
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 6
PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................................... 11
OBJETIVOS ...................................................................................................................... 12
METODOLOGIA ............................................................................................................. 13
CRONOGRAMA .............................................................................................................. 15
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 16
46
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
LISTA DAS ILUSTRAÇÕES
1 ELABORAÇÃO DO TRABALHO, TÉCNICO, CIENTÍFICO E CULTURAL 1
1.1 O PLANEJAMENTO 2
1.1.1 A Escolha do Assunto 3
1.1.2 A Busca do Documento 3
1.1.2.1 Uso da Biblioteca 3
1.1.2.2 Seleção das Fontes 4
1.1.2.3 Levantamento Bibliográfico 4
1.1.2.4 Compilação dos Dados 6
1.1.3 Anotações Pessoais 6
1.2 REDAÇÃO 7
2 TIPOS DE TRABALHOS 8
2.1 MONOGRAFIAS 9
2.1.1 Definição 9
2.1.1.1 Livros, Folhetos, Separadas, etc. 9
2.1.1.2 Teses e Dissertações 9
2.1.1.3 Trabalhos de conclusão de curso (TCCs) 9
2.1.1.4 Relatórios 10
2.1.1.4.1 Relatórios Técnico-Científicos 10
2.1.1.4.2 Relatórios de Viagem 10
2.1.1.4.3 Relatórios de Estágios e Visitas 10
(...)
Exemplo de sumário de trabalho com numeração progressiva.
47
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
I. A Pirâmide ............................................................................................................. 08
II. Criança brincando ................................................................................................. 15
III. O Beijo ................................................................................................................. 22
IV. O Pôr-do-sol ......................................................................................................... 32
V. A Rosa .................................................................................................................. 43
VI. O Príncipe ............................................................................................................. 44
VII. A Princesa ............................................................................................................. 45
48
LISTA DE ANEXOS
LISTA DE ANEXOS
LISTA DE ANEXOS
ANEXO A – Formulário para Elaboração da Ficha Catalográfica ................................... 17
ANEXO B – Ficha Catalográfica ...................................................................................... 20
ANEXO C – Abreviaturas dos Meses ............................................................................... 23
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Dimensões dos SBDH ...................................................................................... 17
Figura 2 - Esquema de BDH de acoplamento fraco ......................................................... 20
Figura 3 - Esquema de BDH de acoplamento forte .......................................................... 23
Figura 4 - Três camadas da arquitetura de mediadores .................................................... 26
Figura 5 - Arquitetura do Sistema HERMES ................................................................... 28
LISTA DE QUADROS*
49
Memorial sem itens preliminares ou iniciais:
TRAJETÓRIA E RECONSTRUÇÃO:
MEMÓRIAS DO PERCURSO DE UM EDUCADOR
Milton Friburgo4
A CONTINGÊNCIA DO MEMORIAL
Desde 1959, quando me inscrevi para o concurso de juiz do trabalho, que escrevo e
reescrevo curricula vitae. Todavia, memorial este é o primeiro que elaboro, especialmente para
me candidatar ao prêmio da área.
Além dessa exigência das faculdades mais antigas, a exemplo da Medicina, o
memorial sempre constou de determinados concursos no magistério superior, consistindo em
"um relato circunstanciado, minucioso e analítico dos trabalhos de pesquisa, ensino e extensão
realizados pelo candidato, bem como de sua vida profissional e perspectiva de seu trabalho
futuro". Assim o definiu a Universidade Federal Fluminense, em edital para concurso ao qual
se submeteu Osmar Fávero (1993). Um memorial bem sucedido literariamente foi redigido por
Magda Soares (1991) para o seu concurso de professor titular da Faculdade de Educação da
Universidade Federal de Minas Gerais, publicado com o sugestivo título de Metamemória-
memórias: travessia de uma educadora.
Afora o uso do memorial para concurso universitário, percebe-se uma outra
utilização como trabalho conclusivo de cursos, pelo seu caráter reflexivo e autocrítico. Assim,
nessa modalidade, foi elaborado por Júlio Leite Filho (1990) para curso de Formação de
Instrutores da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará. Do mesmo modo, o nosso Programa
de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) passou
a requerê-lo juntamente com o projeto de tese de doutorado para os exames de qualificação.
Entretanto, apesar da sua utilização crescente, nota-se ainda uma certa confusão
entre memorial e curriculum vitae. Para dirimí-la, Moraes (1992, p. 36) conceituou este como
o conjunto de informações sobre as habilitações do indivíduo, apresentado de maneira
seqüencial e sem comentários, [enquanto o memorial] é o relatório de informações do
4
Professor da Universidade XXXXX, Departamento de XXXXXXX. Ou Aluno do Curso
XXXX, Unimontes, 2003. Núcleo X, Módulo I, Turma A.
50
indivíduo apresentado de maneira crítica.
Afirmou ainda, com propriedade, Moraes que a elaboração do memorial é uma
contingência de todo aquele que queira prosseguir na carreira acadêmica. No meu caso, a
pretensão ao Prêmio exigiu a indicação das habilitações e das evidências do desempenho e
preparo acadêmico.
Pelo exposto, é relevante para a elaboração do memorial saber-se das condições em
que foram obtidos os títulos da formação acadêmica, bem assim as circunstâncias teóricas e
sociais que predominaram no momento da execução do projeto de tese. O memorial é não
somente crítico, como autocrítico do desempenho acadêmico do candidato. Crítica que conduz
forçosamente à avaliação dos resultados obtidos na trajetória da carreira científica. Portanto, o
memorial tem muito a ver com condições, situações e contingências que envolveram a feitura
dos trabalhos. Além de ser auto-avaliativo é um pouco confessional. E mais, o memorial deve
ensejar a projeção dos planos que o candidato porta para desenvolver na universidade. Osmar
Fávero, no seu memorial já citado, depois que auto-avaliou os seus títulos acadêmicos,
atividades de magistério, profissionais e científicas, traçou o plano de trabalho a ser executado
para a universidade para a qual foi classificado.
O presente memorial foi organizado seguindo essas diretrizes. As atividades em
grupos conectaram-se com outros conjuntos; por exemplo, nos títulos acadêmicos, há
referência às teses, que foram analisadas mais detidamente na parte reservada à produção
intelectual. (...)
REFERÊNCIAS
MORAES, Irany Novah. Elaboração da pesquisa científica. 2. ed. amp. São Paulo: Álamo,
Faculdade Ibero-Americana,1985.
51
4.3 Os Itens complementares.
• Apêndices e Anexos
• Referências bibliográficas
•
52