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Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
TEXTOS MOTIVADORES
Texto I
Fala-se em educação, hoje, evidenciando um caráter amplo, democrático, plural e irrestrito. A escola brasileira
garantiu (e ainda garante) o ingresso do aluno à educação de base, cumprindo um dos pilares da sociedade moderna.
Mas, a permanência de crianças e jovens no espaço educacional, é um desafio gigantesco, demonstrando uma triste
realidade.
O plano de valorização da educação e, consequentemente do aluno, permeia problemas que envolvem uma
ampla cadeia reflexiva, instaurando desdobramentos complexos, contraditórios e em alguns casos assustadores.
A educação não depende só de novos incentivos, edifícios e materiais coloridos e atraentes, mas, também, de um
olhar clínico para diversos envolvimentos, desenvolvimentos, rupturas e análises com resultados satisfatórios, como,
por exemplo, o número considerável de analfabetos funcionais no Brasil: uma realidade preocupante.
O analfabetismo divide-se em duas vertentes: o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional. No
primeiro caso, a pessoa não teve nenhum ou pouco acesso à educação. No segundo caso, a pessoa é capaz de
identificar letras e números, mas não consegue interpretar textos e realizar operações matemáticas mais complexas.
As duas formas de analfabetismo comprometem o desenvolvimento pessoal e social do indivíduo.
De acordo com o diretor de relações com o mercado do Instituto Monitor, Eduardo Alves, mais do que limitar a
inclusão da pessoa enquanto cidadão, o analfabetismo restringe o desenvolvimento profissional. “Isso reflete no país
como um todo. Vivemos em um momento de ‘apagão de talentos’, de falta de mão-de-obra especializada, e está tudo
relacionado com a base da educação brasileira, que ainda deixa a desejar”, explica Alves. [...]
Texto III
Pesquisa aponta que 29% da população adulta não está plenamente alfabetizada, mas não deixa de acessar as
redes sociais: 86% deles usam WhatsApp e 72%, Facebook.
Três entre cada dez brasileiros têm limitação para ler, interpretar textos, identificar ironia e fazer operações
matemáticas em situações da vida cotidiana – e, por isso, são considerados analfabetos funcionais.
Neste ano eles, representam 29% da população entre 15 e 64 anos, mas o grupo já foi bem maior: em 2001,
chegou a 39%, de acordo o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf).
O Inaf acompanha os níveis de analfabetismo no Brasil em uma série histórica desde 2001, mas, pela primeira
vez neste ano, trouxe informações relacionadas ao contexto digital. Os dados relacionados ao uso de redes sociais
foram divulgados nesta segunda-feira com exclusividade para a BBC News Brasil.
[...]
PROPOSTA I – ENEM
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o
tema “O combate ao analfabetismo funcional e a consequente exclusão social por ele gerada”. Sua redação deve
apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
Você pode nunca ter ouvido o nome deles, mas não vai fugir dessas celebridades por muito tempo. Os
youtubers (famosos por criar vídeos para a plataforma do Google) são a nova “turma de amigos” de crianças e
adolescentes. E trilharam um caminho bem comum hoje em dia: saíram da Internet para as livrarias, para a TV aberta
e até para os cinemas. Kéfera Buchmann, 22, Christian Figueiredo, 21, Bruna Vieira, 22, e Isabela Freitas, 24,
são alguns desses ídolos com milhões de seguidores. Sim, milhões.
Em seus vídeos, eles falam basicamente sobre comportamento. De jovem para jovem. Por trás das câmeras e
da tela do computador, abordam bullying, desilusões amorosas e a superação com a ajuda da Internet. Tudo com uma
pitada de humor. Um cardápio perfeito para atrair quem está em busca de informação, mas prefere manter distância
dos adultos e de quem não passa a credibilidade necessária sobre assuntos tão característicos de uma geração. São
eles os novos formadores de opinião. Mas quais são os valores que eles estão passando para seus seguidores?
Texto II
As crianças e os adolescentes se identificam com os youtubers, pois possuem praticamente a mesma faixa
etária, estão em séries próximas na escola, curtem as mesmas músicas, filmes, séries e livros. Além disso, situações
comuns da vida de um jovem são compartilhadas diariamente por esses influenciadores na Internet.
Mas, o que chama mais a atenção do seu filho é a proximidade com o ídolo. É comum os youtubers interagirem
com os fãs, respondendo perguntas e até marcando eventos para encontros presenciais.
Fama no Youtube e a liberdade de expressão
Você já ouviu falar de Whinderson Nunes? Ele é um comediante que se apresenta nos palcos de todo o Brasil
com shows de stand-up comedy, mas ganhou notoriedade em seu canal no Youtube, que hoje tem mais de 17 milhões
de seguidores. Whinderson fala de assuntos aleatórios, como experiências pessoais, relacionamentos, desabafos,
paródias e até resenhas de filmes, tudo de uma maneira bem-humorada e livre.
Essa liberdade de expressão é outro ingrediente que chama a atenção dos jovens. O sueco Felix Kjellberg, mais
conhecido como PewdiePie, é o youtuber mais conhecido mundialmente. Além de humor, ele faz vídeos sobre um
assunto que muito interessa os jovens, videogame.
Pewdiepie conta com mais de 53 milhões de inscritos ao redor do mundo e devido a tanta notoriedade somada
à liberdade de expressão, o youtuber teve recentemente o contrato cancelado com a Disney por ser acusado de
produzir vídeos com conteúdos racistas.
Conheça os tipos de canais que fazem mais sucesso entre os jovens
Não é só de humor que vive o Youtube. Além de canais desse gênero, existem programas com foco em
culinária, maquiagem, tutorial, idiomas e aulas para vestibular. Um tipo de youtuber que cresce no Brasil são aqueles
que falam de livros, conhecidos como booktubers.
Texto III
Diante das transformações ocorridas na sociedade contemporânea, com o advento da Internet vivemos em
uma sociedade conectada com as mídias sociais e com isso um cidadão comum pode se tornar mais conhecido e
influenciar o comportamento de jovens. Isso pode ser possível com uma câmera na mão, uma ideia na cabeça e uma
plataforma como, por exemplo, o YouTube, então surge o fenômeno conhecido como youtuber. Essas pessoas são
fenômenos midiáticos, pois ao gravar vídeos sobre assuntos variados para entreter seu público, conseguem a adesão
de milhares de pessoas e acabam lucrando/ganhando em média US$ 1 a cada mil visualizações por vídeos.