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DISCIPLINA DE PROD.

DE TEXTOS
ENSINO MÉDIO
Simulado
Professora: ANA PAULA
Valor: 10,0
PROPOSTA SIMULADO – 2ª série E.M.
ORIENTAÇÕES:

ELABORE SUA REDAÇÃO, EM PROSA, COM UM MÍNIMO DE 10 LINHAS E MÁXIMO DE 20 LINHAS.

Escolas brasileiras ainda formam analfabetos funcionais


Cerca de 29% da população brasileira tem dificuldades para ler textos e aplicar conceitos de matemática;
para especialistas, dados refletem a falta de investimentos na educação
13/11/2020 - Publicado há 1 ano Por Tainá Lourenço

Neste sábado, 14 de novembro, o Brasil comemora o Dia Nacional da Alfabetização, mas com
pouco a comemorar, diante dos 29% da população que ainda possuem dificuldades para interpretar e
aplicar textos e realizar operações matemáticas simples no cotidiano. O dado é do Indicador de
Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado em 2018, que classifica como analfabetos funcionais os brasileiros
que encontram barreiras em suas vidas como cidadãos, incluindo o mercado de trabalho.
Desenvolvido pelo Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa e realizado
pelo Ibope Inteligência, o Inaf é aplicado a brasileiros entre 15 e 64 anos de idade por meio de teste que
analisa habilidades e práticas de leitura, de escrita e de matemática voltadas ao cotidiano. De acordo com
os resultados, a classe de analfabetos funcionais é dividida em dois grupos: os absolutos, 8%, que não
conseguem ler palavras ou frases e números telefônicos, por exemplo, e os rudimentares, 21%, que têm
dificuldade para identificar ironias e sarcasmos em textos curtos e realizar operações simples, como
cálculo de dinheiro.
Para o especialista em política e gestão educacional, professor José Marcelino de Rezende Pinto,
da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, esses dados refletem a
baixa qualidade da educação brasileira, pois os resultados não se referem às pessoas que nunca
passaram pelo ensino, mas a alunos que estiveram nos bancos escolares. “A nossa escola ainda produz
muitos analfabetos”, afirma, adiantando que “ela não consegue transformar o conhecimento, a
alfabetização, seja ela na linguagem pátria ou matemática, em algo do cotidiano dessas pessoas”.
A afirmação de Rezende é confirmada pelos dados da Avaliação Nacional de Alfabetização,
realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e divulgada
em 2016. Os resultados da avaliação mostraram que 54,73% dos estudantes acima de 8 anos de idade
permanecem em níveis insuficientes de leitura, enquanto que 33,95% dos alunos brasileiros apresentaram
índices de insuficiência na escrita e outros 54,4% estão abaixo do desempenho desejável em matemática.
Para a especialista em teorias da base linguística, a pesquisadora Naiá Sadi Câmara, da
Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), a preocupação é com o futuro desses jovens como
cidadãos, pois “a cidadania vem da capacidade de interagir com as leis, direitos, deveres” e a dificuldade
de comunicação incapacita a vida em sociedade. Naiá argumenta que uma pessoa não é cidadã se não
consegue fazer leitura crítica, argumentação e interação numa sociedade letrada. Além dos danos à
aprendizagem, a pesquisadora afirma que o analfabetismo funcional forma profissionais desqualificados, já
que “se nós somos o que lemos, um aluno de medicina que só lê vídeos do Youtube e 240 caracteres do
Twitter não vai saber nem onde fica o meu coração”, conclui. 
Adaptado de: https://jornal.usp.br/atualidades/escolas-brasileiras-ainda-formam-analfabetos-funcionais/. Acesso em 10 de nov. de 2021.

PROPOSTA
O texto adaptado para ser reproduzido nesta prova mostra que, no Brasil, o analfabetismo funcional ainda
é uma realidade que afeta diretamente o exercício da cidadania de uma parcela da população. A partir da
leitura do texto reproduzido acima e utilizando os conhecimentos que acumulou em sua formação escolar,
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:

Os desafios para combater o analfabetismo funcional no Brasil.

Não esqueça de seguir as seguintes orientações:


- Seu texto deve ter no mínimo 10 e no máximo 20 linhas e ser escrito na modalidade formal de nossa
língua.
- Não é necessário colocar um título.
- Não faça cópias literais do texto-base.
Analfabetismo funcional atinge 29% da população brasileira
Visando mudar esse cenário, Jaraguá do Sul desenvolveu projetos de incentivo à leitura em 32 escolas do
município
Por Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul - 12/11/2021

O incentivo à leitura é uma parte fundamental do processo de alfabetização, pois colabora com o
desenvolvimento crítico e cognitivo dos futuros adultos. Especialistas reconhecem que o hábito deve ser
criado desde a primeira infância, colocando desde cedo as crianças em contato com os livros. Ciente
dessa necessidade e desse desafio, a administração pública de Jaraguá do Sul vem implantando projetos
de incentivo à leitura nas 32 escolas da rede municipal de ensino, em especial o “Sim, Salabim! Leia um
Livro pra mim!” e o “Minhas Leituras, Minhas Memórias”.
Os dados da alfabetização no Brasil estão longe de serem ideais. Segundo a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua Educação de 2019, do IBGE, são 11 milhões de brasileiros
analfabetos. Mas os dados preocupam mais ainda quando se fala em analfabetismo funcional – a
incapacidade de, mesmo sabendo ler, compreender e interpretar textos e ideias e fazer operações
matemáticas. O Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) estima que até 29% da população brasileira
seja analfabeta funcional – pessoas que encontram dificuldades em encontrar emprego, se qualificar na
carreira e até mesmo em organizar a vida e as finanças pessoais.
Muito dessa problemática advém do déficit de hábito de leitura entre a população brasileira.
Segundo a pesquisa “Retratos da leitura no Brasil” divulgada em 2020, somente 52% dos brasileiros têm o
costume de ler. A média nacional de livros inteiros lidos em um ano é de 4,2 livros por pessoa. E entre
2015 e 2019, o país perdeu 46 milhões de leitores.

Analfabetismo funcional é a realidade brasileira


Maria do Carmo*
Publicado em 15 de agosto de 2021 às 06:00
A cada dez brasileiros três são considerados analfabetos funcionais. Segundo o IBGE somos
213.464.499 milhões de brasileiros e apenas 12% da população está no nível “proficiente”, o mais alto da
escala.
O analfabetismo funcional é a incapacidade ou dificuldade de compreender e interpretar textos
simples, ou fazer cálculos básicos. O Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), que avalia o nível de
analfabetismo da população brasileira entre 15 e 64 anos, trouxe dados alarmantes. Segundo a pesquisa
mais recente, de 2018, 96% dos alunos que ingressaram ou concluíram o ensino superior foram
considerados funcionalmente alfabetizados. Porém, apenas 34% destes estudantes alcançaram o nível
máximo de proficiência, sendo que 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita.
O sistema de ensino básico precisa se reinventar e começar a colocar em prática a metodologia
ativa onde os alunos são incentivados a inovar, liderar projetos, criar soluções e lidar com outras pessoas,
eles são reconhecidos tanto por seus resultados conquistados quanto pelo esforço que empregam nesse
percurso.
Outro dado relevante é da ONG Ação Educação e do Instituto Paulo Montenegro analisam desde
2001, o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf), revelou os níveis de alfabetismo da população
brasileira de 15 a 64 anos, segundo a pesquisa, apesar da democratização do ensino nos últimos anos, os
dados mostram que em 2018, 4% dos estudantes que ingressaram no ensino superior eram considerados
analfabetos funcionais. Inclusive a Fametro tem um programa chamado nivelamento para esses alunos
especiais e ensina língua portuguesa e matemática básica.
Para finalizar, infelizmente o analfabetismo funcional dificulta na opinião crítica é por falta de
politicas públicas ligadas ao ensino básico e médio entre os problemas enfrentados pelo Brasil, está o
abandono escolar, agora intensificado pela pandemia da covid-19. O IBGE revelou em 2019, dos 50
milhões de brasileiros entre 14 e 29 anos de idade, 20%, ou seja, 10,1 milhões, não completaram alguma
das etapas do ensino fundamental ou médio. Sem conhecimento não existe uma opinião crítica embasada.

*Reitora do Centro Universitário Fametro, empresária, advogada e doutorando em Direito pela


PUC/Campinas

Fonte: https://d24am.com/artigos/maria-do-carmo-seffair/analfabetismo-funcional-e-a-realidade-brasileira/

Exemplo:
A constituição federal de 1988 garante o direito à educação a todos
os cidadãos. Entretanto, a realidade brasileira difere do previsto, já que é
notável o número de analfabetos funcionais no país, ou seja, de
indivíduos que apresentam graves dificuldades para interpretar e fazer
contas. Essa questão, causada pela insuficiência do modelo escolar
nacional, traz efeitos negativos à economia do país. (TESE)
Em primeira análise, cabe-se dizer que o modelo escolar insuficiente
colabora para a formação de analfabetos funcionais. Segundo a Unesco,
o Brasil é um dos cinco países que mais utiliza métodos mecânicos de
ensino. Esses métodos são pouco dinâmicos e não incentivam o
pensamento crítico, a intepretação e as relações pessoais. Logo, formam
indivíduos analfabetos funcionais, que sofrem déficit em áreas
importantes do conhecimento. (relacionar argumentação com o tema)
Em segundo lugar, os analfabetos funcionais podem ser um
empecilho à economia brasileira. De acordo com Kant, o ser humano é o
que a educação faz dele, assim, quando essa é falha, forma indivíduos
despreparados para a sociedade e para o mercado de trabalho. Visto
isso, essas pessoas têm uma menor produtividade, o que prejudica a
economia no geral.
Diante disso, o Ministério da educação deve diminuir a grade de
conteúdo de ensino até o fundamental, com a priorização da qualidade
em detrimento da quantidade de conhecimento, de forma a despertar o
senso crítico do estudante. Dessa maneira, os efeitos do analfabetismo
funcional serão mitigados, a educação será realizada plenamente e a
economia sofrerá menos prejuízos. (retomar TEMA na conclusão)
A constituição federal de 1988 garante o direito à educação a todos os cidadãos.
Entretanto, a realidade brasileira difere do previsto, já que é notável o número de analfabetos
funcionais no país. Essa questão, causada pela insuficiência do modelo escolar nacional e falta
do hábito da leitura.
Em primeira análise, cabe-se dizer que o modelo escolar insuficiente colabora para a
formação de analfabetos funcionais. Segundo a Unesco, o Brasil é um dos cinco países que mais
utiliza métodos mecânicos de ensino. Esses métodos são pouco dinâmicos e não incentivam o
pensamento crítico, a intepretação e as relações pessoais. Logo, formam indivíduos analfabetos
funcionais, que sofrem défict em áreas importantes do conhecimento.
Ademais, o pouco incentivo à prática da leitura é outro fator que aumenta o problema.
Historicamente, os brasileiros não têm o hábito da leitura, pois nos dois primeiros séculos de sua
formação não havia grande acervo no território. Dessa maneira, a falta do hábito perdura até os
dias atuais, como demonstrou a pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto
Pró-Livro em 2020, a qual revelou que a metade da população deixa o hábito de lado.
Nota-se, portanto, que os problemas ligados ao modelo educacional e à falta de leitura
contribuem para a persistência do analfabetismo funcional. Diante disso, o Ministério da
Educação deve rever a grade de conteúdo de ensino no ensino básico, com a priorização da
qualidade em detrimento da quantidade de conhecimento, de forma a incentivar a leitura e
despertar o senso crítico do estudante. (retomar TEMA na conclusão)

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